Pesquisadores testam droga que pode reverter sintomas do autismo
Os cientistas descobriram que medicamento corrige 17 tipos de
anormalidades ligadas ao autismo, incluindo problemas de comportamento
social
No Rio, Instituto Priorit busca desenvolver crianças com autismo
Fabio Rossi / Agência O Globo
LONDRES - Uma droga que pode reverter o autismo está sendo, pela
primeira vez, testada em crianças com a condição, revelaram os
cientistas. Os estudos preliminares mostraram que a droga, chamada
Suramina, que já é usada para tratar a doença do sono na África, corrige
sintomas semelhantes ao autismo em ratos.
O medicamento tem como
alvo um sistema de mensagem celular que produz uma resposta metabólica
ao estresse. De acordo com a nova teoria, o autismo é fortemente ligado a
esta via, conhecida como sinalização purinérgica. Os cientistas
descobriram que a droga corrige 17 tipos de anormalidades ligadas ao
autismo, em ratos geneticamente modificados, incluindo problemas de
comportamento social, publicou o “Daily Mail”.
“Nossa teoria
sugere que o autismo se deve ao fato de as células emperrarem em um modo
defensivo metabólico e não se comunicam entre si com normalidade, o que
pode interferir no desenvolvimento e na função do cérebro”, disse
Robert Naviaux, professor de Medicina e codiretor do codiretor do Centro
de Doenças Mitocondriais e Metabólica da Universidade da Califórnia.
Naviaux
reconhece que a correção das anomalias nos ratos está muito distante de
uma cura para os humanas, mas sinaliza que os pesquisadores se sentem
encorajados o suficiente para por à prova este método com criança que
apresentem aspectos do autismo, no próximo ano.
“Este processo se
encontra nas primeiras etapas de desenvolvimento. Acreditamos que este
enfoque, chamado terapia anti-purinergic, ou APT, ofereça um caminho
novo, fresco e emocionante, que poderia conduzir ao desenvolvimento de
uma nova classe de medicamentos para tratar o autismo”, acrescentou.
Para
o professor Naviaux, a eficácia impressionante da droga em camundongos
pode pavimentar o caminho para uma classe completamente nova de
anti-inflamatórios para tratar o autismo e outros transtornos.
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