quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Autismo: descoberta traz esperança de reversão e cura do distúrbio


autismo-mundo
 
O distúrbio nos circuitos neuronais, que está na origem do autismo, poderá ser revertido.
A conclusão é de um estudo suíço, do Biozentrum da Universidade de Basileia, que identificou uma disfunção específica causada pela doença e que conseguiu revertê-la, o que poderá abrir caminho à cura e constitui um enorme passo no desenvolvimento de um futuro tratamento.
Segundo a equipe de especialistas, coordenada por Stephane Baudouin e cujo estudo foi publicado na prestigiada revista científica Science, a existência deste defeito prende-se com uma produção exagerada de um recetor neuronal, o glutamato, que modela esta transmissão, impedindo o desenvolvimento normal do cérebro a longo-prazo e dificultando a aprendizagem.
Eles identificaram um defeito na transmissão de sinais sinápticos em roedores que interfere com a função e a plasticidade dos circuitos neuronais. 
 
O principal interesse do estudo prende-se com o facto de estas falhas no desenvolvimento do circuito neuronal serem reversíveis, o que poderá traduzir-se numa cura para o autismo.
Até ao momento foram identificadas mais de 300 mutações relacionadas ao risco da doença e um destes genes foi de especial importância para os investigadores do Biozentrum da Universidade de Basileia, que assinam este trabalho recente: o neuroligin-3.
Ele desempenha um papel importante na formação das sinapses, estruturas que permitem a comunicação entre os neurónios.
 
Ao reativarem a produção de neuroligin-3 nos ratinhos, os investigadores fizeram com que as células nervosas voltassem a produzir glutamato em níveis normais e o defeito detetado na transmissão de sinais sinápticos típico do autismo desapareceu.
Atualmente não existe uma cura para o autismo, um distúrbio hereditário do desenvolvimento do cérebro que se caracteriza por comportamentos repetitivos e dificuldade de comunicação e de interação social. 
 
Futuramente, a descoberta poderá significar um combate efetivo à doença, que, por enquanto, pode apenas ser atenuada através de terapia comportamental e outro tipo de tratamentos que aliviam os sintomas.
Detalhes do estudo na Science.
 
fonte: 

2 comentários:

  1. Olá Patrícia,

    Meu nome é Juliana e tenho uma filha de 3 anos que foi diagnosticada há poucos dias no espectro. Gostaria muito de entrar em contato com vc para trocar idéias e experiências. Adoro seu blog e estou na fase ainda de coletar informações e estudar tratamentos. Se vc puder entrar em contato agradeço muito, ainda me sinto bem perdida e digerindo ainda o diagnóstico.
    Obrigada.
    Abraço,
    Juliana ( julianavaz2004@gmail.com)

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  2. Oi Juliana, desculpe a demora, só vi essa mensagem hoje. Te mandei um e-mail. Vamos nos falando, ok? bjo

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