terça-feira, 2 de abril de 2013

Dia Mundial da Conscientização do Autismo



Hoje, 02 de Abril, é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo decretado pela ONU. Aqui, Na pracinha, nossa colunista Patrícia Trindade, compartilha conosco o dia a dia do Luca, seu filho autista. O autismo afeta milhões de pessoas e a incidência vem crescendo, por isso, é muito importante que os pais compreendam o transtorno e assim possam identificar os sinais em seus filhos. 
O blog Lagarta vira Pupa, que conta a história de uma mãe, a Andréa, e seu filho autista, o Théo, fez um post esclarecedor sobre o assunto que republicamos a seguir. 
"Sabia que dia 2 de Abril é o Dia Mundial da Conscientização do Autismo decretado pela ONU?
Mas por que é tão importante ter um dia mundial só para o autismo? Porque ele afeta milhões de pessoas no mundo inteiro e sua incidência vem crescendo. A última estatística nos Estados Unidos fala de 1 em 50 crianças. Isso é mais do que câncer pediátrico, Aids e diabetes infantil JUNTOS. Ele também afeta 4 meninos para cada menina.

Sabemos que o movimento em torno da data tem crescido, inclusive com o apoio da mídia. Muita informação tem sido divulgada. Pra que você não fique perdido no meio de tanta notícia, resolvi resumir, aqui, o que é mais importante saber:

O que é o autismo?
O autismo é um transtorno do desenvolvimento que se manifesta na infância e afeta três áreas importantes:
:: A comunicação: a criança não fala, tem dificuldades para realizar um diálogo ou não fala de forma funcional (repete o que os outros falam, por exemplo)
:: A interação: a criança apresenta pouco contato visual e parece não ter interesse em interagir com outras crianças ou pessoas
:: O comportamento: a criança tem interesses muito restritos e pode apresentar comportamentos repetitivos
Crianças autistas, frequentemente, também apresentam dificuldades motoras e sensoriais (você pode ler mais sobre isso AQUI).

Quais as causas do autismo?

Nos últimos cinco anos, cientistas identificaram vários genes e mutações genéticas associadas ao autismo. Acredita-se que a maioria dos casos de autismo ocorre por uma combinação de predisposição genética com fatores ambientais que ocorrem durante o desenvolvimento do cérebro do bebê. Alguns fatores ambientais já identificados, que aumentam levemente o risco da criança desenvolver autismo (juntamente com a predisposição genética) são a idade avançada dos pais, prematuridade e baixo peso ao nascer e infecções maternas durante a gestação.

Autismo tem cura?

Ainda não, mas tem tratamento! E quanto antes vier o diagnóstico e a intervenção, melhor! Em geral, ela inclui terapia comportamental, terapia ocupacional e fono. Fazendo um tratamento adequado, a criança melhora muito ao longo dos anos, podendo, inclusive ter uma vida independente.

Autismo tem “cara”?

Não. Há vários tipo de autismo. A maioria das pessoas ainda tem o estereótipo do “Rain Man” na cabeça. Mas autismo é um espectro que vai desde casos muito leves (como aquela criança que só parece meio “excêntrica” e anti social) até casos graves, com pessoas que vão precisar de auxílio durante toda a vida. Mas é importante saber que, assim como não há uma pessoa igual à outra, não há um autista igual ao outro. Cada um tem suas fortalezas, potencialidades e suas áreas a desenvolver.

Quais os sinais de alerta?
Se o bebê apresenta qualquer um desses sinais, deve ser levado a um neuropediatra especializado em transtornos do desenvolvimento:
:: Não apresenta sorrisos ou expressões de felicidade a partir dos 6 meses;
:: Não compartilha ou reage a sons, sorrisos ou outras expressões faciais a partir dos 9 meses;
:: Não balbucia palavras aos 12 meses;
:: Não compartilha gestos como apontar, mostrar, tentar alcançar algo ou “dar tchau” aos 12 meses;
:: Não pronuncia nenhuma palavra aos 16 meses;
:: Não fala nenhuma frase de 2 palavras com sentido (excluindo repetição ou imitação) aos 24 meses;
:: Qualquer perda de fala, balbucio ou habilidades sociais (como “dar tchau”e bater palminhas) em qualquer idade.

Crianças autistas também têm dificuldades com o brincar: apegam-se a objetos estranhos (como garrafinhas pet ou caixas de fósforo) e não fazem o uso funcional do brinquedo. Um exemplo clássico é o do carrinho: um criança típica passa o carrinho pelas superfícies e faz sons. Uma criança autista pode enfileirar os carrinhos, dividi-los por cor ou fixar-se apenas em uma parte deles (como as rodinhas, por exemplo).

Já viu o vídeo da história do Theo? (só a estatística mudou de lá pra cá)



 



Como posso ajudar?
Vista uma roupa azul hoje e poste uma foto, dizendo que é pela conscientização do autismo. Veja, nesse link, os eventos do Dia Mundial do Autismo na sua cidade e participe!

Lembre-se de que quanto antes houver o diagnóstico, mais chances tem a criança de viver uma vida plena e independente. Já pensou se você puder ajudar uma criancinha ser diagnosticada antes? "

Fonte: http://www.napracinha.com.br/2013/04/dia-mundial-da-conscientizacao-do.html

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