segunda-feira, 26 de março de 2012

Autismo e a Síndrome de Deficiência de Receptores de Folato

Autismo e a Síndrome de Deficiência de Receptores de Folato
http://claumarcelino.blogspot.com.br/2012/03/autismo-e-sindrome-de-deficiencia-de.html

Por Claudia Marcelino:

Ao tomar conhecimento desta pesquisa publicada no Neuropediatric Journal em
2007, fiquei impressionada por dois motivos:
- 1º por ter sido feita diretamente com pacientes e não com ratos;
- 2º pelos pacientes terem recebido um tratamento relativamente simples:
níveis adequados de folato via oral e com isso apresentado bons resultados
em um prazo curto, apenas um ano.

25 crianças entre 2 e 12 anos, com diagnóstico de autismo clássico de
Kanner com e sem déficits neurológicos, foram examinadas para a
constatar-se o nível de fosfato no fluido cerebro-espinal, embora todas as
crianças apresentassem níveis normais de folato no plasma sanguíneo.
23 crianças apresentavam baixos níveis no cérebro e 19 delas também
apresentavam auto anticorpos aos receptores de folato.

A autoimunidade aos receptores de folato ou a redução do transporte de
folato que atravesse a barreira hemato encefálica parece representar um
fator muito importante no desenvolvimento do autismo para pelo menos uma
parcela dos pacientes diagnosticados com a síndrome.
O fluido cerebro espinal destes pacientes foi obtido através de pulsão
lombar e cuidadosamente preparados para a detecção dos níveis de 5MTHF
conforme descrito na pesquisa e comparados com os níveis de pacientes
saudáveis na mesma idade.
Para os pacientes detectados com baixos níveis de 5MTHF foi estabelecido um
protocolo de tratamento com administração oral de 1 mg de folinato de
cálcio para cada quilo de peso, divididos em 2 doses, durante
aproximadamente um ano com acompanhamento dos níveis no fluido cerebro
espinal aos 3 e 6 meses de tratamento e avaliações através de escalas de
diagnóstico para os défictis de comunicação, sociabilidade e interesses.

Dois pacientes que foram diagnosticados precocemente, aos 2 anos e 8 meses
e outro aos 3 anos e 2 meses e receberam o tratamento, foram curados com a
total recuperação do autismo e déficits neurológicos.
Três pacientes mais velhos diagnosticados e tratados a partir da idade de
4, 9, 8 e 11,9 anos, não se recuperaram do autismo, mas apresentaram
melhoras dos seus défictis neurológicos.

Os outros 13 pacientes na faixa etária entre três e sete anos, mostraram
uma boa resposta após o tratamento com melhoria da maior parte dos défictis
neurológicos, mas apenas recuperação parcial do seu autismo.

Esta recuperação se apresentou da seguinte forma:

- Melhoria do comprometimento social de 4 entre os 13 pacientes;

- Reversão da comunicação prejudicada em 9 dos 13 pacientes;

- Desaparecimento de comportamento e interesses restritos perseverantes em
6 dos 13 pacientes.

O percentual de melhoria global e melhoria de cada recurso mostrou uma
tendência de melhor resultado se o diagnóstico e tratamento acontecerem em
uma idade mais precoce.
O tratamento também mostrou-se efetivo no alívio de convulsões e ataxia,
mas apresenta uma resposta baixa na irritabilidade e demostra-se sem efeito
sobre discinesias, retardo mental e autismo em pacientes mais velhos.

O exame de níveis de folato no fluído cerebro espinal de pacientes com
suspeita de autismo clássico, pode vir a ser determinante para o tratamento
efetivo do distúrbio.

Para maiores informações:

http://www.garabedianproperties.com/Info/ramaekers2007.pdf
--
Autismo: - Aceitação sim, CONFORMISMO não!!!!!!!!

http://dietasgsc.blogspot.com

http://claumarcelino.blogspot.com

http://twitter.com/Clau_Marcelino

http://sites.google.com/site/desvendandooautismo

Claudia Marcelino, moderadora dos Grupos Autismo Esperança, Autismo
Tratamento, Diário de um Autista, Autismo é Tratável e mãe de Maurício, 20
anos - RJ.
Autora do livro: Autismo Esperança pela Nutrição.

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