quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Estratégias de Ensino para Crianças com Autismo




- Um dos principais problemas das crianças perturbação autística é a dificuldade em constituir pensamentos através da linguagem. Para estas crianças torna-se muito formar pensamentos a partir de imagens. Assim, palavras como os substantivos são facilmente aprendidas caso o professor associar às palavras imagens.
- Para o ensino de numeros e de conceitos deve ser promovido o uso de métodos visuais concretos.
-Podem existir dois tipos diferentes de ensinar crianças autistas a ler, algumas preferem métodos fônicos, enquanto outras, a memorização das palavras.

- Uma outra dificuldade destas crianças é realizar sequenciações. Assim o professor deve evitar dar instrucções verbais longas (mais de três instrucções), preferindo, caso a criança já saiba ler, escrever as instrucções num papel.
-Um dos problemas tipicos de crianças autistas é apresentarem défices a nível da percepção da informação auditiva, levando assim, a défices na audição. Desta forma, salas barulhentas não são apropriadas para estas crianças. Uma forma de proteger um pouco a criança será colocando-a em locais mais calmos da sala de aula onde este esteja o mais afastado possível de sons da campaínha da escola, som de cadeiras a serem arrastadas.

- Uma outra característica de crianças com PEA é fixarem as suas ideias em determinados assuntos. Assim o professor poderá fazer uso destas ideias fixadoras integrando-as nos trabalhos escolares propostos.

- Muitas destas crianças parecem apresentar uma grande capacidade para o desenho e para o manuseio do computador. Estas competêcias devem ser fortalecidas fornecendo à criança encorejamento a desenvolve-las cada vez mais.

- Existem casos em que as crianças nao possuem um bom controlo manual e assim, nao conseguem desenhar as letras de forma precisa levando a situações de frustração. Caso o professor se encare com este problema poderá fazer uso do computador para a criança começar a escrever.

- Algumas crianças autista apresentam associado um certo grau de hiperactividade. Uma das formas possiveis para acalmar o sistema nervoso destes alunos será fornecer a estes propriocepção e pressão que irá , através por exemplo do uso de coletes de enchimento.
- Uma das formas de melhor o contacto visual e a fala destas crianças será quando o professor interagir de forma directa, tocando-lhes e olhando para elas.

- É sabido que um dos problemas dos autistas é a linguagem, contudo é conhecido que conseguem se expressar com maior facilidade quando cantam. Assim, o professor poderá colocar as perguntas à criança sobre a forma de canção podendo a criança compreender melhor a informação.

- Crianças que apresentem sensibilidade sonora poderão responder melhor caso o professor comunicar com elas sobre a forma de sussuro.

- Algumas crianças não verbais poderão não ser capazes de processar estimulos visuais e auditivos em simultaneo. Assim o professor, deve de fornecer ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual, nunca devem ser dadas ambas ao mesmo tempo. Tal problema acontece porque o sistema nervoso da criança está ainda muito imaturo, não se encontrado apto para processar os dois tipos de informação.

- Crianças não verbais autistas poderão ter como sentido mais apto o tacto. Assim,o professor deve fazer uso desta capacidade da criança e por exemplo ao ensinar as palavras ou os numeros, fornecer ao aluno letras e numeros em plástico para que elas possam senti-las.
- Uma boa forma da criança aprender as suas rotinas será por exemplo, tocar nos objectos e senti-los alguns minutos antes para saber que actividade terão de executar.
- Quando o professor fala perante a turma e dirige-se ao aluno deve chama-lo pelo nome várias vezes, para que se mantenha atento;
- Quando pretende que a criança olhe para alguma informação no quadro procura e certifica-se que este olhe para o local pretendido;
- Cria determinadas rotinas que mantém diariamente como escrever o plano do dia sempre no mesmo espaço do quadro, arruma a sala de forma estruturada;
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O seu lugar fica perto do quadro sem crianças à sua frente para que não se distraia.
- Se o aluno necessita de apoio mais directo pode ser importante ter sempre uma cadeira junto de si, pois assim ele sabe que sempre que precisar o professor pode sentar-se ali;
- Ao seu lado deve estar sentado um colega com capacidade de desempenhar o papel de tutor;
Se existem regras afixadas (informativas de comportamentos que deve ou não deve ter) estas devem estar próximas e a criança deve aprender a olhar para elas sempre que o professor fornecer um sinal combinado.

- Se a criança precisa de incentivos/motivações procurase que sejam dentro dos seus interesses e que possam ser compensadoras de desempenhos pretendidos;

- Quando as crianças apresentam comportamentos disruptivos (esteriotipias) estas devem ser permitidas, contudo, de forma organizada e temporizada;
Estratégias baseadas no Modelo D.I.R

1. . Realizar Interacções Semi-estruturadas de resolução de problemas que envolvem competências cognitivas, sociais, emocionais e de linguagem.

- Se a criança é capaz de imitar e usar gestos complexos de resolução de problemas, o professor deve utilizar interacções dinâmicas de resolução de problemas.

- Se a criança não é capaz de imitar ou de utilizar gestos complexos de resolução de problemas, o professor deve de fazer uso de exercícios mais estruturados para ensinar as competências.
Utilizar as Interacções espontâneas e desenvolvimentalmente apropriadas desenvolvidas pela criança com os professores e os pares e os encontros para brincar como forma de desenvolver capacidades desenvolvimentais funcionais (floortime).

2. Utilizar estratégias aumentativas de comunicação e desenvolver ajudas visuais de comunicação para essenciais ao processo de ensino-aprendizagem.

3. Exercícios estruturados que facilitam o desenvolvimento de competências imitativas e o planeamento motor.

Referências bibliográficas:
Carvalho, A., Onofre, C., APRENDER A OLHAR PARA O OUTRO:Inclusão da Criança com Perturbação do Espectro Autista na Escola do 1º Ciclo do Ensino Básico. acedido em 27 de dezembro de 2008 pelas 14 horas em :
http://sitio.dgidc.minedu.pt/recursos/Lists/Repositrio20Recursos2/Attachments/712/aprender_olhar_outro.pdf
Hewitt, S.(2006).Compreender o Autismo- Estratégias para alunos com autismo nas escolas regulares. Porto Editora.Porto.
Maia, M. (2009). Apontamentos policopiados: D.I.R.: Modelo baseado no Desenvolvimento, nas Diferenças Individuais e na Relação. Aula do dia 14 de Janeiro de 2009.

Um comentário:

  1. Olá Patrícia gostei muito do seu blog, tenho um filho com Asperger e sofremos muito e com isso fui fazer pedagogia estou o quarto período e minha monografia falarei sobre o ensino para crianças com autismo vou precisar muito da sua ajuda. Obrigada

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