Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação (TDC)
(APA, 2000) ocorre quando há atraso no desenvolvimento de habilidades
motoras ou dificuldades para coordenar os movimentos, que resultam em
incapacidade da criança para desempenhar as atividades diárias. O
diagnóstico pode ser feito pelo médico, que vai se certificar de que:
1) os problemas de movimento não são devidos a qualquer transtorno físico,
neurológico ou comportamental conhecidos;
2) se mais de um transtorno está presente. As características das crianças com
TDC geralmente são notadas primeiro por aqueles mais chegados a elas,
pois as dificuldades motoras interferem no desempenho acadêmico ou nas
atividades de vida diária (ex.: vestir, habilidade para brincar no
parquinho, escrita, atividades de educação física).
Acredita-se que o TDC afete 5% a 6% das crianças em idade escolar e
tende a ocorrer mais freqüentemente em meninos. O TDC pode ocorrer
sozinho ou pode estar presente na criança que também tem distúrbio de
aprendizagem, dificuldade de fala/linguagem e/ou transtorno do déficit
de atenção. Neste livreto, as dificuldades motoras discutidas são
aquelas mais freqüentemente observadas em crianças com transtorno do
desenvolvimento da coordenação.
Como Ocorrem as Dificuldades de Coordenação?
Não há uma resposta simples para esta pergunta, pois as dificuldades de coordenação
motora podem surgir por várias razões. Problemas podem ocorrer nas
diferentes fases, a medida que as informações são processadas e usadas
para desempenhar movimentos com habilidade. Nós estamos constantemente
recebendo informações do ambiente que nos rodeia por meio dos vários
sentidos.
Processo 1: A primeira possibilidade é que a criança
pode ter dificuldade em interpretar e integrar a informação que está
sendo recebida através da visão, tato, equilíbrio, posição das
articulações ou pelo movimento dos músculos.
Processo 2: A segunda possibilidade é que a criança tem
dificuldade para escolher o tipo de ação motora apropriada para a
situação. Para selecionar uma ação, a criança tem que considerar o
contexto no qual a ação acontece (ex.: A criança que está se aproximando
para subir na calçada deve compreender que dar um passo para cima é
mais ou menos como subir escada).
Processo 3: A terceira possibilidade é de que a criança
pode ter dificuldade para formular o plano de ação na seqüência
correta. A criança tem que organizar os requerimentos motores da tarefa
numa seqüência de comandos, que comunicam aos músculos como desempenhar a
ação requerida (ex.: Quando a criança se aproxima de degraus, ela tem
que transferir o peso para uma perna antes de levantar a outra).
Processo 4: Finalmente, a mensagem que está sendo enviada aos músculos tem que
especificar a velocidade, força, direção e a distância a que tais músculos vão ser
movimentados. Quando a criança tem que se movimentar ou responder a alguma
bola em movimento), essas mensagens também têm que mudar. A criança pode ter
dificuldade para monitorar essa informação ou modificar as mensagens, para guiar e
controlar os movimentos, enquanto eles ainda estão ocorrendo.
Em resumo, a criança pode ter dificuldade para analisar as informações sensoriais do
ambiente; usar essas informações para selecionar o plano de ação
desejado; dar seqüência aos movimentos motores individuais da tarefa;
enviar a mensagem correta para produzir uma ação coordenada; ou integrar
todas essas ações de modo a controlar o movimento enquanto ele está
ocorrendo. O resultado de qualquer um desses problemas é o mesmo. A
criança vai parecer incoordenada, desajeitada, e vai ter dificuldade
para aprender e desempenhar tarefas motoras novas.
Aspectos Característicos de Crianças com TDC
Quando descrevemos crianças com TDC, é importante reconhecer que elas
formam um grupo muito variado. Algumas têm dificuldade em várias áreas,
enquanto outras
podem ter problemas apenas com certas atividades.
Listamos abaixo algumas das características mais comunsque podem ser observadas na criança com TDC.
Características Físicas
1. A criança pode parecer desajeitada ou incoordenada em seus movimentos. Ela pode trombar, derramar ou derrubar coisas.
2. A criança pode ter dificuldade com habilidades motoras grossas (corpo
inteiro), habilidades motoras finas (usando as mãos) ou ambas.
3. A criança pode ter atraso no desenvolvimento de certas habilidades
motoras, tais como: andar de velocípede ou bicicleta, agarrar bola,
manejar faca e garfo, abotoar a roupa e escrever.
4. A criança pode apresentar discrepância entre suas habilidades motoras
e habilidades em outras áreas. Por nexemplo, as habilidades
intelectuais e de linguagem podem ser altas, enquanto as habilidades
motoras atrasadas.
5. A criança pode ter dificuldade para aprender habilidades motoras novas. Uma vez
aprendidas, certas habilidades motoras podem ser desempenhadas muito
bem, enquanto outras podem continuar a ser desempenhadas de maneira
pobre.
6. A criança pode ter mais dificuldade com atividades que requerem
mudança constante na posição do corpo, ou adaptação a mudanças no
ambiente (ex.: futebol, beisebol, tênis ou pular corda).
7. A criança pode achar difíceis as atividades que requerem o uso
coordenado dos dois lados do corpo (ex.: recortar com tesoura, cortar
alimento usando faca e garfo, fazer polichinelo, segurar um bastão com
duas mãos para acertar na bola, ou manejar o bastão de hockey).
8. A criança pode apresentar equilíbrio pobre e/ou evitar atividades que requerem essa habilidade.
9. A criança pode ter dificuldade em escrever. Essa é uma atividade que envolve
interpretação contínua da resposta dos movimentos da mão, enquanto novos
movimentos são planejados, o que é muito difícil para a maioria das
crianças com TDC.
Características Emocionais/Comportamentais
1. A criança pode parecer desinteressada em certas atividades, ou as
evita, especialmente aquelas que requerem resposta física. Para a
criança com TDC, habilidades motoras são muito difíceis e requerem mais
esforço. O fracasso repetido pode fazer com que ela evite participar de
tarefas motoras.
2. A criança pode sofrer problemas emocionais secundários, como baixa tolerância à
frustração, auto-estima diminuída e falta de motivação, devido aos
problemas para lidar com atividades corriqueiras, requeridas em todos os
aspectos da vida.
3. A criança pode evitar socialização com os colegas, principalmente no parquinho.
Algumas crianças procuram crianças mais jovens para brincar, enquanto outras vão
brincar sozinhas. Isso pode ser devido à baixa autoconfiança ou tendência a evitar
atividades físicas.
4. A criança pode parecer insatisfeita com seu desempenho (ex.: apaga trabalho que
escreveu, queixa-se do desempenho em atividades motoras, mostra-se frustrada com o produto do trabalho).
5. A criança pode se mostrar resistente a mudanças na sua rotina ou no
ambiente. Se ela tem que fazer muito esforço para planejar a tarefa,
depois, mesmo uma pequena mudança na forma de desempenhá-la pode
representar um grande problema.
Outras Características Comuns
1. A criança pode ter dificuldade em balancear a necessidade de velocidade com a de
exatidão. Por exemplo, a letra pode ser muito boa, mas a escrita é extremamente lenta.
2. A criança pode ter dificuldades acadêmicas em certas disciplinas como
matemática, ditado ou redação, que requerem escrita correta e
organizada na página.
3. A criança pode ter dificuldade com atividades de vida diária (ex.:
vestir-se, usar faca e garfo, dobrar as roupas, amarrar sapatos, abotoar
e manejar fechos de correr/zipper, etc.).
4. A criança pode ter dificuldade para completar o trabalho dentro de um espaço de
tempo normal. Uma vez que as tarefas requerem muito mais esforço, ela
pode ficar mais inclinada à distração e tornar-se frustrada com uma
tarefa rotineira.
5. A criança pode ter dificuldades, em geral, na organização de sua carteira/mesa,
armário, dever de casa ou mesmo do espaço na página.
Se a criança mostrar qualquer uma das características acima e se esses
problemas estão interferindo em sua habilidade de participar com sucesso
em casa, na escola ou no parquinho, é importante que ela faça uma
consulta ao médico da família ou ao pediatra. O médico pode, então,
encaminhá-la para um outro profissional de saúde, no centro de
tratamento mais próximo. Visto que a criança, geralmente, tem
dificuldade com atividades de autocuidado e tarefas escolares, esse
profissional de saúde muitas vezes será um terapeuta ocupacional.
Não é incomum que os pais ou professores sejam informados de que a
criança vai superar esse distúrbio (Fox & Lent, 1996; Polatajko,
1999). Entretanto, estudos têm mostrado, de maneira bem conclusiva, que a
maioria das crianças não supera esses problemas. Embora estas crianças
possam aprender a fazer bem certas tarefas, vão continuar a ter
dificuldade com tarefas novas, apropriadas para a idade. Além disso,
elas estão mais propensas a apresentar problemas acadêmicos, pouca
competência social, baixa auto-estima e têm menos chances de manter boa
forma física ou participar voluntariamente de atividades motoras (veja
Missiuna, 1999 para uma revisão desses estudos).
Fonte: Cheryl Missiuna, Ph.D., O.T. Reg. (Ont.)
Crianças com Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação: O Papel do Terapeuta Ocupacional
Terapeutas ocupacionais são educados e treinados para analisar o
desenvolvimento das habilidades motoras e também para determinar a
habilidade da criança para lidar com demandas e atividades da vida
diária. Eles têm a preparação adequada para fazer
recomendações sobre como lidar com a criança que tem problemas de movimento.
Na situação atual dos serviços de saúde, o terapeuta ocupacional (TO)
geralmente atua primariamente como consultor. Nesse papel, o TO vai
observar e avaliar a criança, para depois fazer recomendações aos pais e
professores. Essas recomendações podem incluir estratégias específicas
ou acomodações para escrita e outras tarefas na sala de aula; dicas para
facilitar o vestir e a alimentação; atividades para melhorar a
coordenação motora da criança; idéias para atividades de lazer e esporte
na comunidade e o estabelecimento de expectativas apropriadas, para
garantir que a criança tenha sucesso.
O TO e outros profissionais de saúde podem ajudar os pais, os
professores e a criança a desenvolver melhor compreensão das
dificuldades de coordenação que essa criança está tendo. É importante
que os pais e professores identifiquem esses problemas o mais cedo
possível e aprendam a lidar com eles, de forma a prevenir complicações
secundárias (Fox, Polatajko & Missiuna, 1995). Pode ser necessário
ensinar à criança estratégias para compensar seus problemas motores,
assim como lhe devem ser dadas oportunidades adequadas para praticar as
habilidades motoras que precisam ser aprendidas.
É importante educar crianças com TDC de forma que elas se tornem
conscientes, tanto de seus pontos fortes como de suas limitações; assim
elas passarão a compreender como compensar qualquer dificuldade. Essas
crianças experimentarão, assim, mais sucesso e terão mais disposição
para tentar as atividades que elas acham difíceis.
Se a criança está tendo muita dificuldade ou mostrando sinais de
problemas secundários, emocionais ou de comportamento, o terapeuta pode
decidir trabalhar individualmente com a criança, por um curto período de
tempo. O TO pode ensinar diretamente as habilidades motoras
relacionadas a tarefa que a criança precisa aprender. Ele pode também
usar a abordagem cognitiva, para ensinar estratégias de solução de
problemas, as quais vão ajudar a criança a aprender qualquer tarefa
motora nova (esse tipo de abordagem exige que o TO tenha tido
treinamento extra). Em ambos os casos, o motivo e o plano de tratamento
serão discutidos com os pais e com a criança. Embora, na maioria dos
casos, as dificuldades básicas de coordenação não desapareçam, as
crianças mostram melhorias consideráveis na habilidade para desempenhar
tarefas específicas e podem ser ajudadas a participar com sucesso das
atividades em casa, na escola e na comunidade.
dicas para os Pais
Em Casa
1. Encoraje a criança a participar de jogos e esportes que sejam
interessantes para ela e que dêem oportunidade para praticar e se expor a
atividades motoras. Devem-se enfatizar atividades físicas e de
divertimento, em vez de proficiência e competição.
2. Tente introduzir a criança, individualmente, em atividades esportivas
novas ou ao novo parquinho, antes de ela ter que lidar com essas mesmas
atividades em situação de grupo. Tente rever as regras e rotinas
relacionadas a cada atividade (ex.: regras de futebol ou do basquetebal)
em um momento em que a criança não esteja concentrada nos aspectos
motores. Faça perguntas simples à criança, para garantir compreensão
(ex.: "O que você deve fazer para chutar a bola?"). Aulas individuais
podem ser úteis em certos momentos, para ensinar habilidades específicas
à criança.
3. A criança pode mostrar preferência por esportes individuais (ex.: natação, corrida,
bicicleta, patins) ou obter melhor desempenho neles, em vez de esportes
de grupo. Se esse for o caso, então tente encorajar a criança a
interagir com colegas em outras
atividades nas quais ela tenha chance de obter sucesso (ex: escotismo, música, teatro, ou artes).
4. Encoraje a criança a ir para a escola com roupas que sejam fáceis de
vestir e retirar. Por exemplo: calças de elástico e camiseta de malha,
calça de malha ou lycra, suéter e tênis com velcro. Quando possível, use
fechos de velcro em vez de botões, fechos de pressão ou cadarços de
amarrar. Ensine a criança a manejar fechos mais difíceis quando você
estiver com tempo e paciência (ex.: no fim de semana, nas férias), ao
invés de quando você está apressada para sair de casa.
5. Estimule a criança a participar de atividades práticas que vão ajudar a melhorar sua
habilidade para planejar e organizar tarefas motoras. Por exemplo: colocar a mesa,
preparar um lanche ou organizar a mochila. Faça perguntas que ajudem a
criança a focar na seqüência de passos (ex: “O que você precisa fazer
primeiro?”). Reconheça que, se sua criança está ficando frustrada, pode
ser que seja o momento de ajudar ou de dar orientação e instruções mais
específicas.
6. Reconheça e reforce os pontos fortes da criança. Muitas crianças com TDC
demonstram boas habilidades em outras áreas, tais como: habilidade
avançada de leitura, imaginação criativa, sensibilidade para as
necessidades dos outros ou habilidade de comunicação verbal elevada.
Fonte:Cheryl Missiuna, Ph.D., O.T. Reg. (Ont.)
dicas para a Escola
Na Escola
Professores e pais podem trabalhar juntos para garantir que a criança
com TDC obtenha sucesso na escola. Para os pais, pode ser útil reunir-se
com a professora, no início do ano escolar, para discutir as
dificuldades específicas da criança e dar sugestões de estratégias que
funcionaram bem. Um plano individualizado de educação pode ser
necessário para algumas crianças, entretanto, para outras, as seguintes
modificações podem ser suficientes.
Na Sala de Aula:
1. Certifique-se de que a criança esteja posicionada apropriadamente na
carteira para começar qualquer trabalho. Certifique-se de que os pés da
criança estejam totalmente apoiados no chão; que a carteira tenha altura
apropriada e que os antebraços estejam confortavelmente apoiados sobre a
mesma.
2. Tente traçar metas realístas e de curto prazo. Isso vai garantir que, tanto a criança
como a professora, continuem motivados.
3. Tente dar um tempo extra para que a criança complete atividades
motoras finas, tais como matemática, escrita, redação, atividades
práticas de ciências e trabalhos de arte. Se há necessidade de
velocidade, esteja disposta a aceitar um produto de menor qualidade.
4. Quando copiar não for o objetivo, tente preparar folhas de exercício
impressas ou préescritas para permitir que a criança foque na tarefa.
Por exemplo: dê-lhe folhas com exercícios de matemática previamente
preparados; páginas com perguntas já escritas, ou em exercícios de
compreensão de texto, ofereça lacunas para preencher. Para estudar em
casa, faça fotocópia das anotações feitas por outro aluno.
5. Introduza computador o mais cedo possível, para reduzir a quantidade
de escrita à mão que é exigida em períodos mais avançados de
escolaridade. Apesar de, a princípio, digitação ser difícil, essa é uma
habilidade que pode ser de grande benefício e, na qual, crianças com
problemas de movimento podem se tornar bastante proficientes.
6. Ensine às crianças estratégias específicas de escrita à mão, que as
encorajem a escrever com letras de forma, ou cursiva, de maneira
consistente. Use canetas hidrográficas finas ou seguradores de lápis, se
eles parecem ajudar a criança a melhorar o padrão de preensão ou a
reduzir a pressão do lápis no papel.
7. Use papel de acordo com as dificuldades de escrita da criança. Por exemplo:
a) linhas bem espaçadas para a criança que escreve com letras muito grandes;
b) papel com linha ressaltada para a criança que tem dificuldade para escrever dentro
das linhas;
c) papel quadriculado para a criança cuja escrita é muito grande ou mal espaçada;
d) papel quadriculado, com quadrados grandes, para a criança que tem problema
para alinhar os números na matemática.
8. Tente focar no objetivo da lição. Se a meta é uma história criativa, então ignore a
escrita bagunçada, mal espaçada ou as várias apagações. Se a meta é que a criança
aprenda a formar um problema de matemática corretamente, então dê tempo
para que isso seja feito, mesmo que o problema de matemática acabe não
sendo resolvido.
9. Considere a possibilidade de a criança usar métodos alternativos de
apresentação para demonstrar compreensão ou domínio do assunto. Por
exemplo: a criança pode apresentar o relatório oralmente; pode usar
desenhos para ilustrar suas idéias; digitar a redação ou o relatório no
computador; gravar a história ou o exame no gravador.
10. Considere a possibilidade de permitir que a criança use o computador
para fazer o rascunho ou a cópia final de relatório, da redação ou
outros deveres. Se a professora quiser ver o produto antes.
11. Quando possível, permita que a criança dite redações, relatórios de
livros ou respostas a perguntas de compreensão para a professora, para
um voluntário ou para outra criança. Para crianças mais velhas, pode-se
introduzir software para o reconhecimento de voz assim que o padrão de
voz da criança estiver maduro o suficiente para ser consistente.
12. Dê tempo adicional, ou acesso a computador, em provas e exames que requeiram
muita escrita.
Na Educação Física:
1. Divida a atividade em partes menores, mas assegure-se de que cada parte tenha sentido e seja possível de ser executada.
2. Tente selecionar atividades que assegurem sucesso para a criança em
pelo menos 50% do tempo. Recompense o esforço e não a habilidade.
3. Tente incorporar atividades que requeiram resposta coordenada dos
braços e/ou pernas (ex.: pular corda, repicar e agarrar uma bola
grande). Encoraje também a
criança para que desenvolva habilidade de usar as mãos no padrão de mão
“dominante” e mão “ajudante” (ex.: segurarando a bola de tênis com uma
mão para acertá-la com a raquete na outra mão).
4. Mantenha o ambiente o mais previsível possível quando for ensinar uma habilidade
nova (ex.: atirar a bola na altura exata das mãos da criança, iniciar
chutando com a bola parada). Introduza mudanças gradualmente, e depois
que cada parte tenha sido dominada.
5. Faça com que a participação seja o maior objetivo e não a competição.
Por meio de preparo físico e de atividades que construam as
habilidades, encoraje as crianças a
competir consigo mesmas e não com os outros.
6. Permita que a criança assuma papéis de liderança nas atividades de educação física
(ex.: capitão de equipe, árbitro). A criança pode desenvolver habilidades de organização e direção, que também são úteis.
7. Modifique o equipamento para reduzir o estresse e o risco de lesões
em crianças que estão aprendendo uma habilidade nova. Por exemplo, bolas
mais leves, de espuma e borracha com tamanhos graduados, ou balões,
podem ser usados para desenvolver
habilidade de agarrar e arremessar.
8. Quando possível, guie passo-a-passo para ajudar a criança a ter a
noção do movimento. Isso pode ser feito, por exemplo, pedindo à criança
que ajude o professor a demonstrar uma habilidade nova à turma. Além
disso, falar alto quando estiver ensinando uma nova habilidade,
descrevendo cada passo claramente.
9. Foque na compreensão do objetivo e das regras dos vários esportes e
atividades físicas. Quando a criança entende claramente o que ela
precisa fazer, fica mais fácil planejar o movimento.
10. Faça comentários encorajadores e positivos sempre que possível. Se
estiver dando instruções, descreva as mudanças nos movimentos de maneira
específica (ex.: “Você precisa levantar seus braços mais alto.”).
Fonte:Cheryl Missiuna, Ph.D., O.T. Reg. (Ont.)
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