Willian é um menino de quatro anos que tem tendência a mudar casualmente
de um equipamento para outro. Apesar dele às vezes parar para empurrar um
balanço ou chutar uma almofada, não parece saber “o que fazer”. Na pré-escola,
ele costuma empurrar as outras crianças e seu comportamento está começando a ser
considerado problemático. A Terapeuta Ocupacional (TO) de Willian descobriu que
precisa ajudá-lo a envolver-se em interações bem simples com os equipamentos. Quando
ele se aproxima de um balanço de pneu e parece preparar-se para chutar, a TO gentilmente coloca um de
seus pés dentro do pneu e pressiona-o para cima e para baixo, dizendo “pule,
pule, pule”.
Ela segura as mãos dele enquanto fica em pé no interior do pneu,
entra no pneu junto com ele e ela mesma começa a pular. Quando Willian começa a
movimentar seu dorso para cima e para baixo como se estivesse pulando, a TO o
ajuda a subir no seu e eles pulam juntos. Nas semanas seguintes, Willian sempre
entra primeiro no pneu quando chega a sessão. Depois de algumas sessões, ele
parece ter controlado o conceito de uma das coisas que pode fazer com este
equipamento. Ao perceber que isto ocorreu, a TO tentar incorporar o “brincar”
na atividade dizendo “Sou um sapo! Croc, croc” enquanto pula agachada de dentro
do pneu para a esteira. Willian a princípio precisa de ajuda para agachar, mas
a ideia de ser um sapo parece chamar sua atenção.
Uma vez que ele assumiu o
controle sobre esta ação, continuou interessado em brincar de “sapo” e diz “eu
sou um sapo, eu pego moscas”. A TO então introduz “moscas” na atividade,
jogando fichas para ele pegar. Para Willian, a ideação emergente permite que
ele dê novas ideias para a atividade. As interações com a terapeuta durante o “brincar”,
em troca, motivam-no a continuar tentando ações desafiadoras e que o organizem.
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