quinta-feira, 24 de maio de 2012

EXEMPLO DE CASO: ESTIMULANDO A IDEAÇÃO

Willian é um menino de quatro anos que tem tendência a mudar casualmente de um equipamento para outro. Apesar dele às vezes parar para empurrar um balanço ou chutar uma almofada, não parece saber “o que fazer”. Na pré-escola, ele costuma empurrar as outras crianças e seu comportamento está começando a ser considerado problemático. A Terapeuta Ocupacional (TO) de Willian descobriu que precisa ajudá-lo a envolver-se em interações bem simples com os equipamentos. Quando ele se aproxima de um balanço de pneu e parece preparar-se  para chutar, a TO gentilmente coloca um de seus pés dentro do pneu e pressiona-o para cima e para baixo, dizendo “pule, pule, pule”. 
 
Ela segura as mãos dele enquanto fica em pé no interior do pneu, entra no pneu junto com ele e ela mesma começa a pular. Quando Willian começa a movimentar seu dorso para cima e para baixo como se estivesse pulando, a TO o ajuda a subir no seu e eles pulam juntos. Nas semanas seguintes, Willian sempre entra primeiro no pneu quando chega a sessão. Depois de algumas sessões, ele parece ter controlado o conceito de uma das coisas que pode fazer com este equipamento. Ao perceber que isto ocorreu, a TO tentar incorporar o “brincar” na atividade dizendo “Sou um sapo! Croc, croc” enquanto pula agachada de dentro do pneu para a esteira. Willian a princípio precisa de ajuda para agachar, mas a ideia de ser um sapo parece chamar sua atenção. 
 
Uma vez que ele assumiu o controle sobre esta ação, continuou interessado em brincar de “sapo” e diz “eu sou um sapo, eu pego moscas”. A TO então introduz “moscas” na atividade, jogando fichas para ele pegar. Para Willian, a ideação emergente permite que ele dê novas ideias para a atividade. As interações com a terapeuta durante o “brincar”, em troca, motivam-no a continuar tentando ações desafiadoras e que o organizem.
 

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