Mães em contato com componentes como inseticidas e revestimentos de panela podem ter filhos portadores da síndrome
fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2012/05/21/interna_tecnologia,295473/exposicao-a-produtos-toxicos-causa-autismo.shtml
Paloma Oliveto - Correio Braziliense
O perigo pode estar na prateleira da despensa, e muita gente nem sequer desconfia disso. Inseticidas e outros produtos usados ou consumidos no dia a dia foram listados na publicação científica Environmental Health Perspectives como possíveis agentes ambientais por trás de um distúrbio que afeta 60 crianças em cada 10 mil nascimentos: o autismo. Apesar de fatores externos, sozinhos, serem apontados pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos como responsáveis por 3% dos casos, ainda não se conheciam as substâncias tóxicas envolvidas com um problema que traz graves implicações para portadores e familiares.
De acordo com Janie Shelton, autora de um dos artigos e pesquisadora de saúde pública da Universidade da Califórnia, os casos de autismo estão aumentando no mundo todo, algo que intriga os cientistas. Somente na Califórnia, conta ela, houve um crescimento de 600% na incidência do distúrbio. “Apenas um terço dos casos pode estar relacionado à melhoria do diagnóstico”, esclarece. Embora o autismo esteja intimamente ligado a fatores genéticos, uma quantidade expressiva de novas ocorrências não pode ser explicada apenas por mutações, alega a pesquisadora.
Janie conta que uma pesquisa feita no Vale Central da Califórnia, região com maior produção agrícola do estado, mostrou uma forte associação entre pesticidas e autismo. Mulheres que viviam a menos de 500m de distância de plantações em que se usava o pesticida organoclorado, já associado a doenças como o câncer, tinham 7,6 mais riscos de darem à luz portadores do distúrbio. A intoxicação, segundo a especialista, ocorre entre o 26º e o 81º dia de gestação, fase na qual o tubo neural do feto está se fechando. Essa estrutura, mais tarde, dá origem ao cérebro e à medula espinhal.
Também no Vale Central, outra pesquisa identificou um aumento na presença de metabólitos de inseticidas na urina de mães de crianças autistas. “Embora esses estudos não possam ser considerados conclusivos no sentido de estabelecerem a associação definitiva entre autismo e produtos químicos, eles levantam importantes questões relacionadas aos efeitos na saúde de um feto ainda em desenvolvimento”, acredita Janie. A especialista lembra que gestantes podem estar expostas a pesticidas mesmo quando não vivem em áreas rurais. “Elas podem, por exemplo, consumir alimentos contaminados”, lembra.
Phillip Landrigan, diretor do Centro de Saúde Ambiental Infantil da Faculdade de Medicina de Mount Sinai, em Nova York, alerta que os pesticidas organoclorados não são os únicos vilões. Autor de um dos artigos publicados na Environmental Health Perspectives, ele conta que, no fim do ano passado um congresso organizado pelo centro de pesquisa apresentou a lista dos elementos associados ao autismo, com base em diversos estudos epidemiológicos (veja infografia). Alguns desses compostos estão presentes em produtos de fácil acesso, como inseticidas domésticos. “Uma grande preocupação é que um vasto número de produtos químicos de amplo uso ainda não foi investigado e apenas cerca de 20% foi testado para potencial toxicidade durante as primeiras fases do desenvolvimento do feto”, diz.
Mesmo sem morar em regiões agrícolas, as gestantes correm riscos. Um dos compostos químicos citados durante o evento em Mount Sinai é o metilmercúrio, que pode contaminar peixes. O mercúrio é amplamente usado com fins industriais e agrícolas e, no ambiente, sofre biotransformações, deixando de ser um elemento inorgânico para se tornar o metilmercúrio. Esse processo ocorre principalmente nos oceanos e na água doce. Quando peixes contaminados são consumidos, o composto se deposita no cérebro. Não existe consenso médico sobre se gestantes deveriam evitar o alimento, mas um estudo epidemiológico conduzido pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Harvard e da Universidade do Sul da Dinamarca, em Odense, alertou recentemente que níveis de ingestão antes considerados seguros podem, na verdade, ser danosos.
“Durante a fase de desenvolvimento neurológico do feto, a exposição a toxinas pode provocar não apenas o autismo, mas também outros tipos de distúrbios, como dislexia e deficiência mental”, afirma Philippe Gardjean, de Harvard. “A toxicidade de metilmercúrio é bem conhecida, mas acreditamos que a comunidade médica tem subestimado o risco de dano cerebral associado à exposição a esse composto, bem como muitos outros”, alega. “Até que haja provas suficientes para descartar os efeitos de certas substâncias no sistema nervoso em desenvolvimento, uma abordagem cautelosa implicaria o aconselhamento prudente das gestantes sobre a exposição a substâncias não testadas”, diz.
Julie L. Daniels, pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, observa que, devido à complexidade do autismo, dificilmente será possível encontrar uma causa única – seja genética ou ambiental – para o distúrbio. “Provavelmente há muitas combinações de genes e fatores ambientais que contribuem para a ‘constelação’ de traços do autismo”, diz.
No mês passado, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Mount Sinai publicaram um trabalho na revista Nature no qual descreveram três novos genes associados ao autismo. As mutações CHD8, SNC2A e KATNAL2 foram descobertas graças a uma tecnologia chamada sequenciamento do exoma. Os pesquisadores acreditam que com uma melhor caracterização dos genes, será possível desenvolver no futuro, novas terapias e estratégias preventivas para o autismo.
O que é?
Distúrbio grave do desenvolvimento que se inicia nos três primeiros anos de vida. Fisicamente, as crianças se parecem com as outras, mas exibem comportamentos diferentes, com compromentimento intelectual e do desenvolvimento.
Defeito
O núcleo dos neurônios autistas é menor, e o número de “espinhas”, responsáveis por sediarem proteínas e auxiliarem na comunicação entre os neurônios, também é reduzido
Causas Ambientais
Um estudo recente sugere que a exposição
a produtos químicos está envolvida no desenvolvimento do autismo
> Chumbo (encontrado em estado sólido e líquido, pode estar presente, inclusive, na água)
> Metilmercúrio (encontrado em peixes obtidos em água poluída)
> Inseticidas organofosforados (usado doméstico, agrícola e pecuário)
> Pesticidas organoclorados (encontrados em produtos agrícolas)
> Bifenilpoliclorado (resíduos industriais lançados no meio ambiente por meio de derramamentos acidentais)
> Gás de escape automotivo
> Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (queima incompleta de combustíveis como petróleo e derivados, como carvão, madeira e gás de carvão)
> Retardadores de chama bromados (usados em tecidos para cobertura de móveis e nos plásticos para retardar o avanço do fogo)
> Compostos perfluorados (usados para fazer coberturas não aderentes, como em panelas e ferros de passar roupa)
Genéticas
Diversos estudos sugerem que mutações genéticas estão associadas ao autismo. Artigos publicados recentemente na revista Nature indicam quais os três genes cujas mutações têm maior impacto sobre o distúrbio
> CHD8
> SNC2A
> KATNAL2
Características
> Dificuldade de interação social
> Falta de resposta a estímulos
> Movimentos repetitivos
> Dificuldade de aprendizagem
> Transtorno de deficit de atenção
Diagnóstico
O distúrbio varia muito em gravidade e pode passar despercebido, especialmente em crianças levemente afetadas.
Incidência
60 casos em 10 mil
Fonte: National Institute of Neurological Disorders and Stroke
Três perguntas para...
Phillip Landrigan - Diretor do centro de saúde ambiental infantil da faculdade de medicina Mount sinai, em nova york
Do ponto de vista genético, o que já se sabe sobre o autismo?
Os resultados obtidos até agora mostram que o autismo e certamente outros distúrbios neurológicos têm um forte componente hereditário. Alguns estudos identificaram mutações em determinados locais do genoma que são fortes candidatas a promover essa suscetibilidade genética, mais consistentemente nos cromossomos 7q, 15q e 16p. O sequenciamento esporádico do exoma em alguns casos de autismo tem detectado novas mutações. Enfim, já foram identificadas centenas de variantes ligadas ao distúrbio. Os genes que parecem estar mais fortemente implicados com o autismo são aqueles que codificam proteínas envolvidas na arquitetura das sinapses (comunicação entre neurônios), síntese de neurotransmissores e receptores de oxinas. É importante lembrar que uma única mutação não é suficiente para desencadear o autismo – uma série de anomalias genéticas estão por trás do problema.
Como questões ambientais podem contribuir para o desenvolvimento do distúrbio?
Os produtos químicos tóxicos podem causar danos ao cérebro humano ainda em desenvolvimento, quer por meio da toxicidade direta ou por interações com o genoma. Um comitê de especialistas da Academia Americana de Ciências estima que 3% dos distúrbios neurocomportamentais são causados diretamente pela exposição a esses produtos, e que outros 25% são provocados por interações entre fatores ambientais e susceptibilidades genética. Nesses casos, produtos tóxicos acabam modificando a expressão do gene e a própria estrutura do DNA.
Essa é uma questão totalmente fechada?
A grande questão ainda não respondida é se ainda há causas ambientais a serem descobertas entre as milhares de substâncias químicas atualmente em amplo uso nos Estados Unidos. Nos últimos 50 anos, mais de 80 mil novos produtos químicos sintéticos foram desenvolvidos no país. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA identificou os 3 mil usados mais amplamente e que, portanto, representam maior potencial de exposição humana. Esses produtos químicos são usados hoje em milhões de bens de consumo. Um grande problema é que crianças e mulheres grávidas estão extensivamente expostas a eles.
fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2012/05/21/interna_tecnologia,295473/exposicao-a-produtos-toxicos-causa-autismo.shtml
Paloma Oliveto - Correio Braziliense
O perigo pode estar na prateleira da despensa, e muita gente nem sequer desconfia disso. Inseticidas e outros produtos usados ou consumidos no dia a dia foram listados na publicação científica Environmental Health Perspectives como possíveis agentes ambientais por trás de um distúrbio que afeta 60 crianças em cada 10 mil nascimentos: o autismo. Apesar de fatores externos, sozinhos, serem apontados pela Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos como responsáveis por 3% dos casos, ainda não se conheciam as substâncias tóxicas envolvidas com um problema que traz graves implicações para portadores e familiares.
De acordo com Janie Shelton, autora de um dos artigos e pesquisadora de saúde pública da Universidade da Califórnia, os casos de autismo estão aumentando no mundo todo, algo que intriga os cientistas. Somente na Califórnia, conta ela, houve um crescimento de 600% na incidência do distúrbio. “Apenas um terço dos casos pode estar relacionado à melhoria do diagnóstico”, esclarece. Embora o autismo esteja intimamente ligado a fatores genéticos, uma quantidade expressiva de novas ocorrências não pode ser explicada apenas por mutações, alega a pesquisadora.
Janie conta que uma pesquisa feita no Vale Central da Califórnia, região com maior produção agrícola do estado, mostrou uma forte associação entre pesticidas e autismo. Mulheres que viviam a menos de 500m de distância de plantações em que se usava o pesticida organoclorado, já associado a doenças como o câncer, tinham 7,6 mais riscos de darem à luz portadores do distúrbio. A intoxicação, segundo a especialista, ocorre entre o 26º e o 81º dia de gestação, fase na qual o tubo neural do feto está se fechando. Essa estrutura, mais tarde, dá origem ao cérebro e à medula espinhal.
Também no Vale Central, outra pesquisa identificou um aumento na presença de metabólitos de inseticidas na urina de mães de crianças autistas. “Embora esses estudos não possam ser considerados conclusivos no sentido de estabelecerem a associação definitiva entre autismo e produtos químicos, eles levantam importantes questões relacionadas aos efeitos na saúde de um feto ainda em desenvolvimento”, acredita Janie. A especialista lembra que gestantes podem estar expostas a pesticidas mesmo quando não vivem em áreas rurais. “Elas podem, por exemplo, consumir alimentos contaminados”, lembra.
Phillip Landrigan, diretor do Centro de Saúde Ambiental Infantil da Faculdade de Medicina de Mount Sinai, em Nova York, alerta que os pesticidas organoclorados não são os únicos vilões. Autor de um dos artigos publicados na Environmental Health Perspectives, ele conta que, no fim do ano passado um congresso organizado pelo centro de pesquisa apresentou a lista dos elementos associados ao autismo, com base em diversos estudos epidemiológicos (veja infografia). Alguns desses compostos estão presentes em produtos de fácil acesso, como inseticidas domésticos. “Uma grande preocupação é que um vasto número de produtos químicos de amplo uso ainda não foi investigado e apenas cerca de 20% foi testado para potencial toxicidade durante as primeiras fases do desenvolvimento do feto”, diz.
Mesmo sem morar em regiões agrícolas, as gestantes correm riscos. Um dos compostos químicos citados durante o evento em Mount Sinai é o metilmercúrio, que pode contaminar peixes. O mercúrio é amplamente usado com fins industriais e agrícolas e, no ambiente, sofre biotransformações, deixando de ser um elemento inorgânico para se tornar o metilmercúrio. Esse processo ocorre principalmente nos oceanos e na água doce. Quando peixes contaminados são consumidos, o composto se deposita no cérebro. Não existe consenso médico sobre se gestantes deveriam evitar o alimento, mas um estudo epidemiológico conduzido pela Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Harvard e da Universidade do Sul da Dinamarca, em Odense, alertou recentemente que níveis de ingestão antes considerados seguros podem, na verdade, ser danosos.
“Durante a fase de desenvolvimento neurológico do feto, a exposição a toxinas pode provocar não apenas o autismo, mas também outros tipos de distúrbios, como dislexia e deficiência mental”, afirma Philippe Gardjean, de Harvard. “A toxicidade de metilmercúrio é bem conhecida, mas acreditamos que a comunidade médica tem subestimado o risco de dano cerebral associado à exposição a esse composto, bem como muitos outros”, alega. “Até que haja provas suficientes para descartar os efeitos de certas substâncias no sistema nervoso em desenvolvimento, uma abordagem cautelosa implicaria o aconselhamento prudente das gestantes sobre a exposição a substâncias não testadas”, diz.
Julie L. Daniels, pesquisadora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill, observa que, devido à complexidade do autismo, dificilmente será possível encontrar uma causa única – seja genética ou ambiental – para o distúrbio. “Provavelmente há muitas combinações de genes e fatores ambientais que contribuem para a ‘constelação’ de traços do autismo”, diz.
No mês passado, pesquisadores da Faculdade de Medicina de Mount Sinai publicaram um trabalho na revista Nature no qual descreveram três novos genes associados ao autismo. As mutações CHD8, SNC2A e KATNAL2 foram descobertas graças a uma tecnologia chamada sequenciamento do exoma. Os pesquisadores acreditam que com uma melhor caracterização dos genes, será possível desenvolver no futuro, novas terapias e estratégias preventivas para o autismo.
O que é?
Distúrbio grave do desenvolvimento que se inicia nos três primeiros anos de vida. Fisicamente, as crianças se parecem com as outras, mas exibem comportamentos diferentes, com compromentimento intelectual e do desenvolvimento.
Defeito
O núcleo dos neurônios autistas é menor, e o número de “espinhas”, responsáveis por sediarem proteínas e auxiliarem na comunicação entre os neurônios, também é reduzido
Causas Ambientais
Um estudo recente sugere que a exposição
a produtos químicos está envolvida no desenvolvimento do autismo
> Chumbo (encontrado em estado sólido e líquido, pode estar presente, inclusive, na água)
> Metilmercúrio (encontrado em peixes obtidos em água poluída)
> Inseticidas organofosforados (usado doméstico, agrícola e pecuário)
> Pesticidas organoclorados (encontrados em produtos agrícolas)
> Bifenilpoliclorado (resíduos industriais lançados no meio ambiente por meio de derramamentos acidentais)
> Gás de escape automotivo
> Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (queima incompleta de combustíveis como petróleo e derivados, como carvão, madeira e gás de carvão)
> Retardadores de chama bromados (usados em tecidos para cobertura de móveis e nos plásticos para retardar o avanço do fogo)
> Compostos perfluorados (usados para fazer coberturas não aderentes, como em panelas e ferros de passar roupa)
Genéticas
Diversos estudos sugerem que mutações genéticas estão associadas ao autismo. Artigos publicados recentemente na revista Nature indicam quais os três genes cujas mutações têm maior impacto sobre o distúrbio
> CHD8
> SNC2A
> KATNAL2
Características
> Dificuldade de interação social
> Falta de resposta a estímulos
> Movimentos repetitivos
> Dificuldade de aprendizagem
> Transtorno de deficit de atenção
Diagnóstico
O distúrbio varia muito em gravidade e pode passar despercebido, especialmente em crianças levemente afetadas.
Incidência
60 casos em 10 mil
Fonte: National Institute of Neurological Disorders and Stroke
Três perguntas para...
Phillip Landrigan - Diretor do centro de saúde ambiental infantil da faculdade de medicina Mount sinai, em nova york
Do ponto de vista genético, o que já se sabe sobre o autismo?
Os resultados obtidos até agora mostram que o autismo e certamente outros distúrbios neurológicos têm um forte componente hereditário. Alguns estudos identificaram mutações em determinados locais do genoma que são fortes candidatas a promover essa suscetibilidade genética, mais consistentemente nos cromossomos 7q, 15q e 16p. O sequenciamento esporádico do exoma em alguns casos de autismo tem detectado novas mutações. Enfim, já foram identificadas centenas de variantes ligadas ao distúrbio. Os genes que parecem estar mais fortemente implicados com o autismo são aqueles que codificam proteínas envolvidas na arquitetura das sinapses (comunicação entre neurônios), síntese de neurotransmissores e receptores de oxinas. É importante lembrar que uma única mutação não é suficiente para desencadear o autismo – uma série de anomalias genéticas estão por trás do problema.
Como questões ambientais podem contribuir para o desenvolvimento do distúrbio?
Os produtos químicos tóxicos podem causar danos ao cérebro humano ainda em desenvolvimento, quer por meio da toxicidade direta ou por interações com o genoma. Um comitê de especialistas da Academia Americana de Ciências estima que 3% dos distúrbios neurocomportamentais são causados diretamente pela exposição a esses produtos, e que outros 25% são provocados por interações entre fatores ambientais e susceptibilidades genética. Nesses casos, produtos tóxicos acabam modificando a expressão do gene e a própria estrutura do DNA.
Essa é uma questão totalmente fechada?
A grande questão ainda não respondida é se ainda há causas ambientais a serem descobertas entre as milhares de substâncias químicas atualmente em amplo uso nos Estados Unidos. Nos últimos 50 anos, mais de 80 mil novos produtos químicos sintéticos foram desenvolvidos no país. A Agência de Proteção Ambiental dos EUA identificou os 3 mil usados mais amplamente e que, portanto, representam maior potencial de exposição humana. Esses produtos químicos são usados hoje em milhões de bens de consumo. Um grande problema é que crianças e mulheres grávidas estão extensivamente expostas a eles.
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