Novas descobertas sobre o autismo
Fotografia: AFP
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Cientistas identificaram, pela primeira vez, uma série de mutações genéticas que aumentam o risco de uma criança desenvolver autismo. Os peritos, segundo o jornal americano “New York Times”, encontraram evidências de que o risco aumenta com a idade dos pais, principalmente acima dos 35 anos. As mutações genéticas são extremamente raras. Juntas, são responsáveis por uma pequena fracção nos casos de autismo.
Especialistas dizem que o novo estudo deu aos cientistas algo novo: uma estratégia para a construção do entendimento da base biológica do transtorno. O debate sobre a influência do risco de hereditariedade e de possíveis factores ambientais no autismo já se arrasta há décadas e hoje a maioria dos especialistas concorda que há uma componente genética forte.
Mas os biólogos procuraram, em vão, um meio seguro para esclarecer as chamadas desordens de espectro do autismo, incluindo a síndrome de Asperger e dificuldades sociais associadas que têm sido muito diagnosticadas pelos médicos nas consultas.
A nova pesquisa foi divulgada na “Nature” e mostra que há, provavelmente, centenas ou até milhares de variações genéticas, que podem prejudicar o desenvolvimento cerebral o suficiente para provocar atrasos sociais. “Diria que é um ponto de viragem. Agora temos um caminho pela frente e penso que é justo esperar que venhamos a encontrar 20, 30, ou talvez muito mais mutações nos próximos dois anos”, disse Jonathan Sebat, professor de psiquiatria e de medicina celular e molecular na Universidade da Califórnia, em São Diego.
Outros pesquisadores foram mais cautelosos e afirmaram que a genética dessas mutações raras não foi ainda suficientemente compreendida a ponto de se poder chegar a conclusões sobre o seu efeito no comportamento de genes específicos.
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