ABA - Iniciar uma interação
Tirado do blog uma voz para o autismo
http://www.umavozparaoautismo.blogspot.com.br/search/label/ABA
Os objetivos são ensinar um maneira apropriada para começar uma interação, o que aumentará o desejo de obter e manter a atenção das pessoas.
Você pode usar a indução de acerto (prompt) começando pelo suporte físico completo até o apontar, você considera que a criança aprendeu após fazer a ação três dias seguidos, em duas situações distintas de forma independente (sem indução de acerto).
Fase 1: Pergunte para a criançaa "Aonde está a bola (ou qualquer objeto)? A criança responde "lá" e aponta na direção do objeto. É super importante planejar a variação dos objetos e posição do objeto. Comece com objetos grandes e depois passe para objetos menores que vão requerer mais atenção da criança. Quando nos iniciamos a fase 1, nós fazíamos 10 repetições por sessão, divididas em dois grupos de 5 vezes. Este exercício requereu mais repetição constante até que nos atingíssemos "expontanedade" lá pela terceira repetição. Quando isso aconteceu, nós passamos a repetir 10 vezes mas, de forma mais aleatória durante a sessão. Perguntava: "Cadê o carneiro?" que estava posicionado no chão mas com alguma distancia do Pedro ou do Luís, então eles olhavam no quarto e viam o carneiro, podendo dar a resposta apontando "lá", então nós usávamos o carneiro para fazer a atividade seguinte. Dessa maneira nos fomos fazendo as 10 vezes na sessão, eles achavam o objeto e usavamos-o para a atividade seguinte. Mas, no comeco, foi só repetição.
Fase 2: Peça à criança para dar um objeto para uma determinada pessoa. A pessoa não deve receber o objeto até que a criança diga "Toma" ou "aqui" ou qualquer outra coisa que seja para chamar a atenção do receptor que seja socialmente apropriado (sem ser grito). Você pode incrementar pedindo que a criança diga "Toma (nome da pessoa que ela está entregando o objeto)"
Você pode usar o jogo com bola, ou rolar carrinho, quando jogar a bola um para o outro os dois devem dizer "La vai, fulano". Conosco a bola funcionou melhor, aqui nos tinhamos problemas de atenção no receptor também (que era o Pedro ou o Luís), mas nós seguimos trabalhando o levar alguma coisa para alguém, por exemplo: O Luís ainda chupava chupeta para dormir, então na hora de colocá-los na cama eu dava chupeta para o Pedro levar para o Lú, como é uma coisa que o Lú IA querer receber, eu eliminei o problema da distração do receptor. Fazia a mesma coisa com bolacha, maçã, ou algum brinquedo. Essa fase foi incorporada também nos "favores diários" como buscar um yogurte para a mamãe!
Fase 3: Conseguir a atenção de alguém. A criança deve dizer ou perguntar alguma coisa para alguém. Esse alguém não deverá responder na tentativa inicial, então a criançaa deve dizer o nome da pessoa e cutucar o braco dela. Nesta fase, o Luís devia dizer o nome da pessoa, para o Pedro, pela maior dificuldade na fala, ele só precisava cutucar a pessoa e pedir o que queria (eu achei que acrescentar dizer o nome, poderia desinteressar o Pedro completamente pois seriam muitos obstaculos para ele de uma única vez). Nós usamos muito bolinhas de sabão, se você fizer com outra pessoa, a pessoa que sopra as bolinhas de sabão deve ficar de costas e o segundo adulto deve guiar a criança para pedir que sopre mais bolinhas. Nós também usamos bexigas, os meus adoram quando você assopra a bexiga e deixa ela esvaziar voando pelo ar, para soprar a bexiga de novo, o soprador também deve estar "inatento" ao primeiro pedido da criança para que ela seja levada a cutucá-lo pela atenção.
Eu fiz muito este exercício sozinha (pela falta do segundo adulto), e percebi que o importante é o "fazedor da ação" estar realmente ocupado com outra coisa, para o Pedro, era ofencivo se você não estava fazendo nada e ignorava o primeiro pedido dele, então eu assoprava as bolinhas de sabão e fingia que estava escrevendo, assim quando ele vinha pedir, eu podia "ignorar" o pedido porque estava genuinamente ocupada e ele então persistia com o toque no meu ombro.
Se ele precisasse de inducao de acerto, eu puxava e fazia o movimento sem olhar para ele, então quando ele me cutucava é que eu olhava, é mais difícil sozinha, com dois adultos funciona muito mais facil.
Fase 4: Mostrar alguma coisa que a criança fez. Tenha certeza que a outra pessoa pode ver o que foi feito.Eles faziam projetos de arte com a tutora e depois vinham me mostrar. A tutora dizia, "Vamos mostrar para a mamãe" e eles saiam do segundo andar até a cozinha para me mostrar o desenho ou colagem. A tutora seguia para ter certeza que não iria acontecer nenhuma distração no caminho e eles não iriam "perder o rumo", nas primeiras vezes eu atendi rapidamente (para criar o incentivo de vir mostrar), depois nós acrecentamos o cutucar para mostrar. Nós fazíamos a "exposição do trabalho" na parede ou janela. No fim do dia eu retirava para não ficar muita coisa pela casa.
Qualquer iniciação de interação expontânea e socialmente apropriada era prontamente atendida e reforçada. Depois essa resposta de atenção foi sendo trabalhada com espera para ser atendido, persistência. Colocá-lo a participar as atividades rotineiras da casa, seguindo os moldes do RDI também foi importante para o amadurecimento desta habilidade.
http://www.umavozparaoautismo.blogspot.com.br/search/label/ABA
Os objetivos são ensinar um maneira apropriada para começar uma interação, o que aumentará o desejo de obter e manter a atenção das pessoas.
Você pode usar a indução de acerto (prompt) começando pelo suporte físico completo até o apontar, você considera que a criança aprendeu após fazer a ação três dias seguidos, em duas situações distintas de forma independente (sem indução de acerto).
Fase 1: Pergunte para a criançaa "Aonde está a bola (ou qualquer objeto)? A criança responde "lá" e aponta na direção do objeto. É super importante planejar a variação dos objetos e posição do objeto. Comece com objetos grandes e depois passe para objetos menores que vão requerer mais atenção da criança. Quando nos iniciamos a fase 1, nós fazíamos 10 repetições por sessão, divididas em dois grupos de 5 vezes. Este exercício requereu mais repetição constante até que nos atingíssemos "expontanedade" lá pela terceira repetição. Quando isso aconteceu, nós passamos a repetir 10 vezes mas, de forma mais aleatória durante a sessão. Perguntava: "Cadê o carneiro?" que estava posicionado no chão mas com alguma distancia do Pedro ou do Luís, então eles olhavam no quarto e viam o carneiro, podendo dar a resposta apontando "lá", então nós usávamos o carneiro para fazer a atividade seguinte. Dessa maneira nos fomos fazendo as 10 vezes na sessão, eles achavam o objeto e usavamos-o para a atividade seguinte. Mas, no comeco, foi só repetição.
Fase 2: Peça à criança para dar um objeto para uma determinada pessoa. A pessoa não deve receber o objeto até que a criança diga "Toma" ou "aqui" ou qualquer outra coisa que seja para chamar a atenção do receptor que seja socialmente apropriado (sem ser grito). Você pode incrementar pedindo que a criança diga "Toma (nome da pessoa que ela está entregando o objeto)"
Você pode usar o jogo com bola, ou rolar carrinho, quando jogar a bola um para o outro os dois devem dizer "La vai, fulano". Conosco a bola funcionou melhor, aqui nos tinhamos problemas de atenção no receptor também (que era o Pedro ou o Luís), mas nós seguimos trabalhando o levar alguma coisa para alguém, por exemplo: O Luís ainda chupava chupeta para dormir, então na hora de colocá-los na cama eu dava chupeta para o Pedro levar para o Lú, como é uma coisa que o Lú IA querer receber, eu eliminei o problema da distração do receptor. Fazia a mesma coisa com bolacha, maçã, ou algum brinquedo. Essa fase foi incorporada também nos "favores diários" como buscar um yogurte para a mamãe!
Fase 3: Conseguir a atenção de alguém. A criança deve dizer ou perguntar alguma coisa para alguém. Esse alguém não deverá responder na tentativa inicial, então a criançaa deve dizer o nome da pessoa e cutucar o braco dela. Nesta fase, o Luís devia dizer o nome da pessoa, para o Pedro, pela maior dificuldade na fala, ele só precisava cutucar a pessoa e pedir o que queria (eu achei que acrescentar dizer o nome, poderia desinteressar o Pedro completamente pois seriam muitos obstaculos para ele de uma única vez). Nós usamos muito bolinhas de sabão, se você fizer com outra pessoa, a pessoa que sopra as bolinhas de sabão deve ficar de costas e o segundo adulto deve guiar a criança para pedir que sopre mais bolinhas. Nós também usamos bexigas, os meus adoram quando você assopra a bexiga e deixa ela esvaziar voando pelo ar, para soprar a bexiga de novo, o soprador também deve estar "inatento" ao primeiro pedido da criança para que ela seja levada a cutucá-lo pela atenção.
Eu fiz muito este exercício sozinha (pela falta do segundo adulto), e percebi que o importante é o "fazedor da ação" estar realmente ocupado com outra coisa, para o Pedro, era ofencivo se você não estava fazendo nada e ignorava o primeiro pedido dele, então eu assoprava as bolinhas de sabão e fingia que estava escrevendo, assim quando ele vinha pedir, eu podia "ignorar" o pedido porque estava genuinamente ocupada e ele então persistia com o toque no meu ombro.
Se ele precisasse de inducao de acerto, eu puxava e fazia o movimento sem olhar para ele, então quando ele me cutucava é que eu olhava, é mais difícil sozinha, com dois adultos funciona muito mais facil.
Fase 4: Mostrar alguma coisa que a criança fez. Tenha certeza que a outra pessoa pode ver o que foi feito.Eles faziam projetos de arte com a tutora e depois vinham me mostrar. A tutora dizia, "Vamos mostrar para a mamãe" e eles saiam do segundo andar até a cozinha para me mostrar o desenho ou colagem. A tutora seguia para ter certeza que não iria acontecer nenhuma distração no caminho e eles não iriam "perder o rumo", nas primeiras vezes eu atendi rapidamente (para criar o incentivo de vir mostrar), depois nós acrecentamos o cutucar para mostrar. Nós fazíamos a "exposição do trabalho" na parede ou janela. No fim do dia eu retirava para não ficar muita coisa pela casa.
Qualquer iniciação de interação expontânea e socialmente apropriada era prontamente atendida e reforçada. Depois essa resposta de atenção foi sendo trabalhada com espera para ser atendido, persistência. Colocá-lo a participar as atividades rotineiras da casa, seguindo os moldes do RDI também foi importante para o amadurecimento desta habilidade.
ABA - desenvolvendo auto-controle
O Luís por muito tempo foi uma incógnita para mim. Tinha seu acessos de
raiva e eu nao tinha a menor idéia o que havia acontecido. A minha
rotina era sob gritos, pois cada ataque de raiva durava pelo menos 1
hora e meia e eram uns 8 por dia. Exaustivo!
O problema do Luís era "sair alguma coisa da rotininha dele". Ele também tem problemas quando caía uma gota na mesa ou no chão (mais com líquidos) e ficava fixado em limpar e muito nervoso.
Para trabalhar esse problema, nós desenvolvemos um programa com base no ABA, "you're cool, you stayed calm" (você é legal, você ficou calmo) então nós "apertavámos os botões" do Luís, só um pouquinho com a intensão de colocá-lo próximo ao seu limite de tolerância, mas sem atravessar esse limite e então premiávamos ele por estar calmo antes que ele tivesse tempo de explodir.
A idéia é trabalhar o descontrole em um ambiente controlado. Seria mais ou menos assim:
Eu dou um copo de suco para ele e deixo uma gota cair na mesa "acidentalmente" mas limpo super rápido porque eu já tinha o papel toalha à mão, olho para ele e digo "você ficou calmo, que bom!" e dou o brinquedo reforço para ele, assim ajuda a distraí-lo da situação estressante. E repito, "caiu uma gota e você ficou calmo, eu estou tão orgulhosa de você". Só que tem que ser super rápido, para não dar tempo de desencadear o ataque. Conforme a criança for acostumando com esses "acidentes" rápidos, você pode ir aumentando bem de vagar o tempo de demora para limpar. Por exemplo, você vai demorar 1 segundo, depois 2, depois 5 segundos. Se no caminho ela tiver um ataque porque você demorou demais para limpar a sujeira, volte ao intervalo anterior, mas persista.
Ao mesmo tempo trabalhe em outras atividades "menos tensas" a flexibilidade, por exemplo, tente quebrar as rotininhas que a criança tenha estabelecido, ou faça alguma coisa diferente do que ela esta acostumada e sempre premeie por ela ter ficado calma com a mudança.
Vá aos pouquinhos com o tamanho da sujeira, comece com só uma gota e depois que ela aceitar, passe para mais um pouquinho.
Agora, se no percurso da vida alguma sujeira acontecer fora do "ambiente controlado" e a criança tiver um ataque de raiva, limpe rápido e tente retirá-la da situação. Até que ela tenha masterizado a sujeira, ou o que quer que seja que a descontrole. Criança (ou qualquer pessoas) em descontrole não aprende, não processa.
Não adianta você tentar explicar ou ensinar enquanto criança estive descontrolada, ela não vai ouvir e só vai piorar a cena com a falação.
Você pode fazer um livrinho com a criança como personagem ou algum personagem que ela goste, esse livrinho pode mostrar que "o Luís é um menino muito sabido e organizado; que gosta das coisas bem limpinhas, mas às vezes pode cai uma gotinha de suco na mesa, ou o pão pode cair no chao, mas o Luís fica calmo e pede para a mamãe limpar."
E você lê esse livrinho personalizado para a criança num momento que ela esteja calma e feliz, assim facilita o aprendizado da menssagem.
O problema do Luís era "sair alguma coisa da rotininha dele". Ele também tem problemas quando caía uma gota na mesa ou no chão (mais com líquidos) e ficava fixado em limpar e muito nervoso.
Para trabalhar esse problema, nós desenvolvemos um programa com base no ABA, "you're cool, you stayed calm" (você é legal, você ficou calmo) então nós "apertavámos os botões" do Luís, só um pouquinho com a intensão de colocá-lo próximo ao seu limite de tolerância, mas sem atravessar esse limite e então premiávamos ele por estar calmo antes que ele tivesse tempo de explodir.
A idéia é trabalhar o descontrole em um ambiente controlado. Seria mais ou menos assim:
Eu dou um copo de suco para ele e deixo uma gota cair na mesa "acidentalmente" mas limpo super rápido porque eu já tinha o papel toalha à mão, olho para ele e digo "você ficou calmo, que bom!" e dou o brinquedo reforço para ele, assim ajuda a distraí-lo da situação estressante. E repito, "caiu uma gota e você ficou calmo, eu estou tão orgulhosa de você". Só que tem que ser super rápido, para não dar tempo de desencadear o ataque. Conforme a criança for acostumando com esses "acidentes" rápidos, você pode ir aumentando bem de vagar o tempo de demora para limpar. Por exemplo, você vai demorar 1 segundo, depois 2, depois 5 segundos. Se no caminho ela tiver um ataque porque você demorou demais para limpar a sujeira, volte ao intervalo anterior, mas persista.
Ao mesmo tempo trabalhe em outras atividades "menos tensas" a flexibilidade, por exemplo, tente quebrar as rotininhas que a criança tenha estabelecido, ou faça alguma coisa diferente do que ela esta acostumada e sempre premeie por ela ter ficado calma com a mudança.
Vá aos pouquinhos com o tamanho da sujeira, comece com só uma gota e depois que ela aceitar, passe para mais um pouquinho.
Agora, se no percurso da vida alguma sujeira acontecer fora do "ambiente controlado" e a criança tiver um ataque de raiva, limpe rápido e tente retirá-la da situação. Até que ela tenha masterizado a sujeira, ou o que quer que seja que a descontrole. Criança (ou qualquer pessoas) em descontrole não aprende, não processa.
Não adianta você tentar explicar ou ensinar enquanto criança estive descontrolada, ela não vai ouvir e só vai piorar a cena com a falação.
Você pode fazer um livrinho com a criança como personagem ou algum personagem que ela goste, esse livrinho pode mostrar que "o Luís é um menino muito sabido e organizado; que gosta das coisas bem limpinhas, mas às vezes pode cai uma gotinha de suco na mesa, ou o pão pode cair no chao, mas o Luís fica calmo e pede para a mamãe limpar."
E você lê esse livrinho personalizado para a criança num momento que ela esteja calma e feliz, assim facilita o aprendizado da menssagem.
ABA - Pronomes e reversão de pronomes
Tem gente que acredita que a reversão do pronome também está ligada ao conhecimento pragmático,
é a questão de tomar a perspectiva do outro e isso também explicaria
porque tantas crianças com autismo ao invés de narrar o que aconteceu,
encenam com as mesmas palavras (ecolalia dos diálagos) o que querem
contar.
Eu acredito que as crianças entendem que você é você e eu é ele/ela quando eles narram, não acredito que seja um problema gramatical, acho que é a pecinha do pragmático que falta. Nós trabalhamos isso como uma questão de fluência. No nosso conceito, nós queríamos praticar e torná-los fluentes nessa reversão de pronomes. E foi praticado na rotina diária e em terapia.
Para o EU:
Eu sempre oferecia: "Quem quer …? (alguma coisas irrecusável) então eu ajudava eles a responder "EU" batendo com a mãozinha no peito.
Quando o EU estava fixo na cabecinha deles, começamos a trabalhar o VOCÊ.
Para o VOCÊ nós utilizamos características visíveis de roupa, cor de cabelo, cor de olhos.
"Quem tem cabelo comprido?" era sempre eu, então eu ajudava eles a colocar a mão em mim e dizer VOCÊ.
Quando estávamos bem nessa, passei a misturá-los nas perguntas.
"Quem está com camiseta branca?" e quando eles hesitavam na resposta eu só colocava a mãozinha na pessoa, neles mesmos para o EU e em mim para o VOCÊ.
A partir deste ponto nós acrescentamos o ele , ela e eles. (em inglês não tem elas) Ufa! E continuamos a utilizar o vestuário, cor dos olhos e com isso, naturalmente foi introduzido o NÓS.
Sozinho o Luís percebeu a diferenca do IT (agora só existe em inglês) e ele
mesmo explicava: "Not she, not he, it barks" quando ouvia um cachorro latindo.
Depois, nós trabalhamos o NÓS como sentido de grupo, de pertencer a um grupo. E isso nós só trabalhamos na rotina diária. Então trabalhamos o NÓS pertencentes a familia e o NÓS = Luís + amiguinhos da escola.
Bibliografia:
Growing Up Social: Exploring How Social Communication Develops ... and strategies to help! by Michelle Garcia Winner
Eu acredito que as crianças entendem que você é você e eu é ele/ela quando eles narram, não acredito que seja um problema gramatical, acho que é a pecinha do pragmático que falta. Nós trabalhamos isso como uma questão de fluência. No nosso conceito, nós queríamos praticar e torná-los fluentes nessa reversão de pronomes. E foi praticado na rotina diária e em terapia.
Para o EU:
Eu sempre oferecia: "Quem quer …? (alguma coisas irrecusável) então eu ajudava eles a responder "EU" batendo com a mãozinha no peito.
Quando o EU estava fixo na cabecinha deles, começamos a trabalhar o VOCÊ.
Para o VOCÊ nós utilizamos características visíveis de roupa, cor de cabelo, cor de olhos.
"Quem tem cabelo comprido?" era sempre eu, então eu ajudava eles a colocar a mão em mim e dizer VOCÊ.
Quando estávamos bem nessa, passei a misturá-los nas perguntas.
"Quem está com camiseta branca?" e quando eles hesitavam na resposta eu só colocava a mãozinha na pessoa, neles mesmos para o EU e em mim para o VOCÊ.
A partir deste ponto nós acrescentamos o ele , ela e eles. (em inglês não tem elas) Ufa! E continuamos a utilizar o vestuário, cor dos olhos e com isso, naturalmente foi introduzido o NÓS.
Sozinho o Luís percebeu a diferenca do IT (agora só existe em inglês) e ele
mesmo explicava: "Not she, not he, it barks" quando ouvia um cachorro latindo.
Depois, nós trabalhamos o NÓS como sentido de grupo, de pertencer a um grupo. E isso nós só trabalhamos na rotina diária. Então trabalhamos o NÓS pertencentes a familia e o NÓS = Luís + amiguinhos da escola.
Bibliografia:
Growing Up Social: Exploring How Social Communication Develops ... and strategies to help! by Michelle Garcia Winner
ABA - aprender abrincar
Este exercício é uma derivação do imitar com objetos e o objetivo
principal é ensinar a criança alguns "roteiros" de brincadeira. É super
importante planejar o que vai ser ensinado e que se respeite a idade da
criança e a melhor maneira de fazer isso é observar as crianças típicas
da mesma idade brincando, não tente ensinar mais do que é próprio da
idade. Nós, adultos, temos tendência de brincar muito sofisticado e isso
perde o sentido da brincadeira para a criança.
Para o Luís eu separei alguns brinquedos que nós temos aqui em casa e o objetivo principal para ele era que ele falasse, emitisse sons, enquanto estava brincando. ( o que é próprio da idade 2 anos e 9 meses).
Nós temos a fazenda então com base nesse brinquedo o roteiro era o seguinte:
O adulto pega dois cavalos de brinquedo, segura um e dá outro para o Luís então ela faz o cavalo galopar e diz "neih, neih" na sequencia diz para o Luís "sua vez" ou "faça isso" e o Luís tem que imitar.
Seguimos esse mesmo princípio para todos os movimentos.
Mais alguns exemplos de exemplos scripts:
FAZENDA
· Faça o cavalo galopar e faça barulho de cavalo;
· Faça a galinha sentar sobre os ovos e cacarege;
· Deite o homem na cama de palha e ronque;
· Coloque o galo no telhado e cante como galo;
COZINHAR
·Corte alguns vegetais (de plástico) e diga "chop, chop"; Monte um sanduíche e nomeie as coisas (alface, tomate, queijo) conforme for montando o sanduíche; "coma" o sanduíche e diga "mmmmm"
Use sua imaginação e os brinquedos que você tem em casa. Lembre-se de manter a linguagem simples para ajudar na imitação e que a criança tenha sucesso e não frustração ao brincar.
Quando a criança já estiver boa em manipular os brinquedos, introduza um amiguinho para brincar em paralelo.
Asas para a imaginação:
Quando a criança já tiver um bom repertório de scripts comece a trabalhar coisas mais abstratas, primeiro misturando os jogos de brinquedo, como por exemplo usando o serrote para cortas as frutinhas ao invés da faquinha.
Montem um "acampamento" e finjam estar sofrendo o ataque de um urso, salve alguns brinquedos dos "monstros", faça conchinhas com as mãos e brinquem de mostrar um para o outro o que você está imaginando estar segurando. Ria e divida a gargalhada com a criança.
Bibliografia
Teaching Playskills to children with autistic spectrum disorder - A pratical Guide by Melinda J. Smith. MD
Para o Luís eu separei alguns brinquedos que nós temos aqui em casa e o objetivo principal para ele era que ele falasse, emitisse sons, enquanto estava brincando. ( o que é próprio da idade 2 anos e 9 meses).
Nós temos a fazenda então com base nesse brinquedo o roteiro era o seguinte:
O adulto pega dois cavalos de brinquedo, segura um e dá outro para o Luís então ela faz o cavalo galopar e diz "neih, neih" na sequencia diz para o Luís "sua vez" ou "faça isso" e o Luís tem que imitar.
Seguimos esse mesmo princípio para todos os movimentos.
Mais alguns exemplos de exemplos scripts:
FAZENDA
· Faça o cavalo galopar e faça barulho de cavalo;
· Faça a galinha sentar sobre os ovos e cacarege;
· Deite o homem na cama de palha e ronque;
· Coloque o galo no telhado e cante como galo;
COZINHAR
·Corte alguns vegetais (de plástico) e diga "chop, chop"; Monte um sanduíche e nomeie as coisas (alface, tomate, queijo) conforme for montando o sanduíche; "coma" o sanduíche e diga "mmmmm"
Use sua imaginação e os brinquedos que você tem em casa. Lembre-se de manter a linguagem simples para ajudar na imitação e que a criança tenha sucesso e não frustração ao brincar.
Quando a criança já estiver boa em manipular os brinquedos, introduza um amiguinho para brincar em paralelo.
Asas para a imaginação:
Quando a criança já tiver um bom repertório de scripts comece a trabalhar coisas mais abstratas, primeiro misturando os jogos de brinquedo, como por exemplo usando o serrote para cortas as frutinhas ao invés da faquinha.
Montem um "acampamento" e finjam estar sofrendo o ataque de um urso, salve alguns brinquedos dos "monstros", faça conchinhas com as mãos e brinquem de mostrar um para o outro o que você está imaginando estar segurando. Ria e divida a gargalhada com a criança.
Bibliografia
Teaching Playskills to children with autistic spectrum disorder - A pratical Guide by Melinda J. Smith. MD
ABA - auto crontole
O Plano de ABA do Luís no início do tratamento era só voltado para este
enorme problema, pois era impossível que ele aprendesse qualquer outra
coisa pois sua inflexibilidade era expressa através da agressão, esta
agressão vinha pela falta de controle do impulso. Enfim, este programa
foi utilizado com o Luís para eliminar a agressão (e deu certo!), mas
pode ser utilizado para eliminar qualquer outro comportamento
indesejável como fugir, cuspir, etc.
O básico da técnica é quebrar o problema em etapas, no caso do Luís eu peguei a pior agressão paras ser trabalhada primeiro (mordidas) e trabalhei ela como parte isolada do problema total de agressão, assim ele foi capaz de entender a expectativa pois era clara. Depois é que fomos ampliando para as outras formas de agressão (chutes, tapas, etc). Todos que tinham contato com o Luís fizeram isso simultaneamente, em todos os ambientes.
Técnica de reforco positivo:
Você prepara uma caixa com coisas que seu filho goste, de brinquedos a guloseimas (estas cortadas em pedacinhos pequenos para que ele sempre fique com vontade de "quero mais" e assim você preserva a motivação) e esse será o prêmio. Deixe a caixa absolutamente fora do alcance da criança.
A técnica diz para utilizar um bracelete ou pulseira, o Luís não gostou de ter algo preso ao seu braço, então nós adaptamos para um adesivo na camiseta.
Eu colocava 1 adesivo na camiseta do Luís e dizia: "Você é um menino legal! você está com o adesivo de menino legal" e deixava ele ter acesso a 1 coisa da caixa de tesouros. A cada 15 min (no começo) eu fazia a "inspeção" de adesivo, se ele estava com o adesivo eu mostrava e dizia: "Olha, você é um menino legal, você está com seu adesivo de menino legal!" (se ele tinha perdido o adesivo porque descolou eu colocava outro) e dava acesso a outra coisa da caixa. É importante que você volte o brinquedo para a caixa em 5 min, se ele ainda estiver brincando, distraia com outra coisa menos predileta e retire o brinquedo.
Agora, se ele mordia, perdia o adesivo e o direito de acessar a caixa. Eu retirava o adesivo e dizia: "Você mordeu a mamãe, isso não é atitude de menino legal!"
Atenção: Você "reclama" da atitude e não dele. A atitude de morder é que você não permite.
Depois você pode ir aumentando para a cada 30 min, 1 hora, etc
No começo o comportamento pode piorar, por mais ou menos 3 dias porque a criança ficará ainda mais brava por ter perdido o adesivo e o direito a caixa, mas depois ela realizará o que tem que fazer (ou não fazer) para ter o direito a caixa. Por isso a necessidade de um objetivo claro a ser atingido.
No primeiro mês e meio mais ou menos, o Luís só perdia o direito a caixa se ele mordesse. Tapas, ponta pés, chiliques ainda não retiravam o adesivo, quando ele entendeu bem a mordida, eu passei a usar a técnica para mordidas e chutes, e o resto ele entendeu sozinho.
Ele gostou tanto da história do adesivo do menino legal que com o tempo eu não usava mais a caixa, só o adesivo. Isso porque, paralelamente, sempre trabalhamos a auto-estima, o orgulho de fazer parte de um grupo e o auto-orgulho quando fazemos coisas boas.
Quando ele comecou a entender, ele vinha para morder, abria a boca e colocava os dentinhos no meu braço, parava e pensava, nao chegava a fechar a mordida, afastava a boca e checava o adesivo. Mas isso demorou quase 1 mês.
Eu sempre leio livrinhos para eles sobre comportamento, o livrinho da mordida diz assim:
"Dentes não são para morder as pessoas, porque mordida dói;
dentes são fortes e afiados, dentes são para mastigar comida;
Mesmo que você sinta vontade de morder,
a melhor atitude é fazer outra coisa, porque mordida, ai, dói!
Você pode morder um brinquedo, ou seu travesseiro,
você pode pedir para a mamãe um abraço,
mmmm, abraço é gostoso.
Dentes não são para morder as pessoas,
porque mordida dói!
Dentes são para um lindo sorriso."
Você pode fazer o livro em casa e colar figuras de revistas, imprimir do Google images, colocar fotografias, ou desenhar. Não se importe com a perfeição, eles não ligam, e leia para seu filho quando ele estiver calmo, e só quando ele estiver calmo, quando ele estiver nervoso não irá aprender. Faça entonações exageradas ao ler.
Mesmo que pareca que a criança não está prestando atenção, leia, leia e leia, um dia você vai se surpreender com ela pedindo para você ler.
Vença pelo cançaso!
Você pode criar seus próprios livrinhos, use sempre primeira pessoa e verbo no presente e escreva sempre o que você espera que a criança faça.
O básico da técnica é quebrar o problema em etapas, no caso do Luís eu peguei a pior agressão paras ser trabalhada primeiro (mordidas) e trabalhei ela como parte isolada do problema total de agressão, assim ele foi capaz de entender a expectativa pois era clara. Depois é que fomos ampliando para as outras formas de agressão (chutes, tapas, etc). Todos que tinham contato com o Luís fizeram isso simultaneamente, em todos os ambientes.
Técnica de reforco positivo:
Você prepara uma caixa com coisas que seu filho goste, de brinquedos a guloseimas (estas cortadas em pedacinhos pequenos para que ele sempre fique com vontade de "quero mais" e assim você preserva a motivação) e esse será o prêmio. Deixe a caixa absolutamente fora do alcance da criança.
A técnica diz para utilizar um bracelete ou pulseira, o Luís não gostou de ter algo preso ao seu braço, então nós adaptamos para um adesivo na camiseta.
Eu colocava 1 adesivo na camiseta do Luís e dizia: "Você é um menino legal! você está com o adesivo de menino legal" e deixava ele ter acesso a 1 coisa da caixa de tesouros. A cada 15 min (no começo) eu fazia a "inspeção" de adesivo, se ele estava com o adesivo eu mostrava e dizia: "Olha, você é um menino legal, você está com seu adesivo de menino legal!" (se ele tinha perdido o adesivo porque descolou eu colocava outro) e dava acesso a outra coisa da caixa. É importante que você volte o brinquedo para a caixa em 5 min, se ele ainda estiver brincando, distraia com outra coisa menos predileta e retire o brinquedo.
Agora, se ele mordia, perdia o adesivo e o direito de acessar a caixa. Eu retirava o adesivo e dizia: "Você mordeu a mamãe, isso não é atitude de menino legal!"
Atenção: Você "reclama" da atitude e não dele. A atitude de morder é que você não permite.
Depois você pode ir aumentando para a cada 30 min, 1 hora, etc
No começo o comportamento pode piorar, por mais ou menos 3 dias porque a criança ficará ainda mais brava por ter perdido o adesivo e o direito a caixa, mas depois ela realizará o que tem que fazer (ou não fazer) para ter o direito a caixa. Por isso a necessidade de um objetivo claro a ser atingido.
No primeiro mês e meio mais ou menos, o Luís só perdia o direito a caixa se ele mordesse. Tapas, ponta pés, chiliques ainda não retiravam o adesivo, quando ele entendeu bem a mordida, eu passei a usar a técnica para mordidas e chutes, e o resto ele entendeu sozinho.
Ele gostou tanto da história do adesivo do menino legal que com o tempo eu não usava mais a caixa, só o adesivo. Isso porque, paralelamente, sempre trabalhamos a auto-estima, o orgulho de fazer parte de um grupo e o auto-orgulho quando fazemos coisas boas.
Quando ele comecou a entender, ele vinha para morder, abria a boca e colocava os dentinhos no meu braço, parava e pensava, nao chegava a fechar a mordida, afastava a boca e checava o adesivo. Mas isso demorou quase 1 mês.
Eu sempre leio livrinhos para eles sobre comportamento, o livrinho da mordida diz assim:
"Dentes não são para morder as pessoas, porque mordida dói;
dentes são fortes e afiados, dentes são para mastigar comida;
Mesmo que você sinta vontade de morder,
a melhor atitude é fazer outra coisa, porque mordida, ai, dói!
Você pode morder um brinquedo, ou seu travesseiro,
você pode pedir para a mamãe um abraço,
mmmm, abraço é gostoso.
Dentes não são para morder as pessoas,
porque mordida dói!
Dentes são para um lindo sorriso."
Você pode fazer o livro em casa e colar figuras de revistas, imprimir do Google images, colocar fotografias, ou desenhar. Não se importe com a perfeição, eles não ligam, e leia para seu filho quando ele estiver calmo, e só quando ele estiver calmo, quando ele estiver nervoso não irá aprender. Faça entonações exageradas ao ler.
Mesmo que pareca que a criança não está prestando atenção, leia, leia e leia, um dia você vai se surpreender com ela pedindo para você ler.
Vença pelo cançaso!
Você pode criar seus próprios livrinhos, use sempre primeira pessoa e verbo no presente e escreva sempre o que você espera que a criança faça.
Indução de acerto
Indução de acerto (no inglês:Prompt)
Este é um texto explicativo, entregue (e ignorado) a escola do Pedro. O princípio é de base na Análise do Comportamento, este mesmo princípio é incorporado pelo RDI - Relationship Developmental Intervention; mas não pelos Froidianos brasileiros, infelizmente o entendimento de desenvolvimento atípico ainda tem muito o que caminhar na minha cidade, o pior que não ter informação, é ter desinformação!
Este é um texto explicativo, entregue (e ignorado) a escola do Pedro. O princípio é de base na Análise do Comportamento, este mesmo princípio é incorporado pelo RDI - Relationship Developmental Intervention; mas não pelos Froidianos brasileiros, infelizmente o entendimento de desenvolvimento atípico ainda tem muito o que caminhar na minha cidade, o pior que não ter informação, é ter desinformação!
Para manter o Pedro engajado na rotina escolar e suas tarefas é impressindível que ele sinta sucesso na execução dessas tarefas e rotinas.
A indução de acerto ou prompt é uma sugestão ou ajuda para estimular a resposta desejada de um indivíduo.
Prompts são frequentemente classificados em uma hierarquia de comando das mais intrusivas a menos intrusiva.
Tipos de indução de acerto
Prompt Verbal: Utilizando uma vocalização para indicar a resposta desejada. (Não confundir prompt com comando – se a professor diz “Venham todos para a fila” é um comando, se a auxiliar diz “Pedro, você tem que fazer fila” é prompt). Este pode ser considerado o mais invasivo pois é o mais difícil de ser retirado. É importante ressaltar que não queremos criar dependência do prompt (seja ele verbal ou qualquer outro) pois isso não incentiva a independência, pelo contrário, gera a dependência de dizerem o que a pessoa deve fazer.
Prompt Físico: Fisicamente manipular o indivíduo a produzir a resposta desejada. Há muitos graus de prompt físico. O mais intrusivo é o mão-sobre-mão, e menos intrusivo é um leve toque para iniciar o movimento de execução da tarefa. Neste caso, utilizamos o copro da pessoa para esinar a resposta (comportamento) que desejamos. Utilizar o corpo e movimento como meio de aprendizado é útil para qualquer pessoa, e sobretudo para pessoas com dificuldade de processamento sensorial, apraxia, tônus muscular, planejamento motor, etc.
Prompt de Modelagem: Modele a resposta desejada para o aluno. Este tipo de linha é mais adequada para os indivíduos que aprendem através da imitação e podem assistir a um modelo.
Prompt Visual: Um sinal visual ou imagem.
Prompt Gestual: Utilizando um gesto físico para indicar a resposta desejada. O mais intrusivo nesta categoria seria um gesto completo, o menos intrusivo uma expressão facial.
Prompt Posicional: Organizar os materiais de forma a facilitar o acerto.
Pede-se a extinção do prompt o mais rápido possível, de forma sistemática e assim evitar a dependência de prompt. A meta do ensino usando prompt é estabelecer a independência na execução das tarefas.
Independência
Como a independência é um dos objetivos da educação do Pedro é de extrema importância que os commandos gerais sejam passados pela professor de classe, isto, além de treiná-lo a ser independente, ajudará a desenvolver o conceito de fazer parte do grupo.
O trabalho da professor de apoio é redirecionar a atençao do Pedro ao que está sendo ensinado ou proposto para a sala e auxilia-lo a executar as tarefas utilizando a hierarquia de prompt extinguindo a sua ajuda o mais breve possível.
Quanto menos a professora de apoio tiver que intervir, melhor estará sendo executado o trabalho de apoio ao desenvolvimento do Pedro.
O vídeo abaixo é um exemplo de diferentes tipos de prompt como apoio para o aprendizado da fala, neste caso, o Luís não tem dificuldade de pronunciar palavras, apesar do autismo, ele sempre foi um "papagaio", ele tinha era dificuldade de dar o significado às palavras e à comunicação (semântica pragmática); o foco era o ensino da língua portuguesa, começando pelas cores.
Thursday, September 1, 2011
Nossa experiência com reforçadores
Encontrar o que motivasse o Pedro sempre foi um dos maiores desafios do tratamento dele e depois de algum tempo, tivemos que construir o sentimento de orgulho nele por ter sucesso nas tarefas. Mas, esse foi um longo caminho.
Não importava o reforçador, se a atividade proposta não tivesse um objetivo lógico na visão do Pedro, nada o motivava para engajá-lo na atividade.
Alguns brinquedos foram poderosos por algum tempo, outros, geralmente os mais caros e que eu achava que iam ser de arrasar, não desperavam nem a curiosidade.
Vasculhendo, vasculando, descobrimos uma série de livrinhos que ele amava, e daí tivemos um reforçador que nos fez caminhar léguas no desenvolvimento do Pedro.
Algumas vezes, coisas simples, como ganhar tempo para ficar olhando as folhas das árvores balançando ao vento eram reforçadores para o Pedro.
Eu não tenho palavras para reforçar com é importante ter um plano em relação aos reforçadores, assim como é importante ter um plano de como ensinar a criança a aprender naturalmente. Ter um reforçador, ou reforçadores poderosos é muito importante, mas mais importante é pareá-los com os reforçadores sociais, com o sentimento de competência, porque a emoção é a verdadeira motivadora para uma mudança ou melhor adaptação de comportamento.
Já com o Luís, nós tínhamos (e temos) muios reforçadores poderosos e hoje o principal é receber atenção que podem vir de momentos em casa ou passeios especiais.
Não demorou muito para que reforçadores tangíveis e sociais tivessem quase o mesmo valor para o Luís, simbolismos também funcionavam muito em para ele, sempre que se tomasse o cuidado de usá-los sempre positivamente, como no caso do "nice boy sticker" (adesivo de menino legal).
Seguindo os princípios de reforçador positivo, da aneira correta, sem fazer suborno, a rotina diária e as terapias tornam-se mais fluídas, esta foi a minha experiência.
Wednesday, August 31, 2011
Regras para o reforço positivo
Talvez um dos temas mais pesquisados em psicologia tem sido o uso de reforço. Por mais de 100 anos, os psicólogos examinaram os princípios e a prática do uso de reforço e tem se mostrado, além de muito eficaz, essencial na mudança de comportamento. A pesquisa resultou na formulação de regras sobre como usar de forma mais eficaz as recompensas.
As "regras do reforço positivo" têm sido descritas em muitos livros e manuais. A seguir são o que nós consideramos como as diretrizes mais importantes.
1. O Reforço deve ser uma recompensa!
Muitas vezes nós projetamos que os outros desejariam o que nós gostamos, quando na verdade, algumas coisas que nós gostamos, para nossas crianças podem não achar valor nenhum de recompensa.
É necessário determinar se o que pensamos que seria uma recompensa é realmente um reforço. Precisamos, continuamente, avaliar a situação. O seu filho parece animado quando recebe o reforço? Quando dada uma escolha, a criança seleciona esse reforço? O teste final é se o seu filho irá trabalhar para ganhar o item que você está oferecendo como reforço.
É fundamental monitorar continuamente se um item é reforço. O valor dos reforçadores, muitas vezes, muda rapidamente.
2. Reforço deve ser condicionado.
Reforços só devem estar disponíveis quando o comportamento-alvo ocorre. Tenha cuidado em deixar reforçadores ser acessados em outros momentos do que quando o comportamento-alvo ocorre. Isso tem o efeito de diminuir o poder do reforço. Portanto, tente selecionar apenas reforços que podem ser reservados. Não selecione um reforçador se não pode ser retido ou se essa retirada irá criar enormes problemas.
Há uma exceção a esta regra. Ocasionalmente, pode ser útil fornecer acesso a um reforçador não contingente, que uma criança raramente escolhe, a fim de aumentar o seu interesse naquele item.
3. Devem ser usados uma variedade de reforços.
Ao fornecer uma variedade de reforços, você vai reduzir a probabilidade da criança ficar saciada pelo reforçador. Isto irá manter os reforçadores frescos e, assim, mais poderosos.Uma variedade de reforçadores também é uma ferramenta para que exista um feedback diferencial. Mesmo que seu filho goste muito de um reforçador, faça um rodízio em combinação com reforços menos potentes. Além disso, nunca dê mais reforço do que o necessário.
Sempre que uma criança tem reforços limitados, selecione o reforçadores mais preferidos para serem fornecidos, contingentemente sobre o comportamento mais importante.
4. Reforçadores sociais devem ser pareados com os primários.
Mesmo que seu filho não goste de reforçadores sociais, tais como sorrisos e elogios, associando-os com reforçadores primários (alimentos, bebidas, brinquedos favoritos, etc), eles acabarão por se tornar reforçadores também. Desenvolver o sentimento de recompensas sociais permite que você, eventualmente, intercale reforços sociais e primários, para finalmente desaparecer os reforçadores tangíveis dentro da programação. Além disso, reforçadores sociais são as recompensas principais usadas nas situações diárias.
5. Constantemente desenvolva e identifique reforçadores.
Fique sempre de olho, pela casa, o que pode ser usado como reforçador.
Repare o que atrai a atenção de sua criança e quais são as atividades e movimentos auto-estimulatórios que ela busca, isso a guiará aos itens e atividades que ela prefere. As crianças que se atraem por estímulos visuais podem gostar de labirintos de bolas ou carrinhos ou brinquedos com líquido como lava lamps ou garrafas PET com água e purpurina. Ou então ampolas de areia.
Crianças cuja auto-estimulação é auditiva pode encontrar possíveis reforçadores em objetos com música como livrinhos musicais, instrumentos e música. Crianças cinestésicas, muitas vezes, se interessam por massagens, trampolim e cócegas.
Brinquedos que tenham causa e efeito são, freqüentemente, envolventes. Busque itens que oferecçam estimulação sensorial.
6. Use reforços apropriados para a idade da criança. Isto aumentará a aceitação do seu filho pelos colegas. Também será menos evidente para os outros que seu filho está recebendo um reforço. Um reforço compatível com a idade também promoverá com que as pessoas tratem a criança de forma mais apropriada com a idade cronológica e isso ajudará que seu filho pense em si mesmo de uma forma mais dentro da idade e pode ajudar a promover interesses mais sofisticados.
7. Imprevisibilidade e novidade aumentam consideravelmente o reforço.
Surpresas são geralmente muito agradáveis e altamente motivadoras. Através da criação de um saco ou caixa de mistério, você pode fornecer a criança os reforços de uma forma nova, simplesmente, mudando a sua apresentação. Este entusiasmo será associado com as pessoas, lugares e materiais de ensino das sessões de terapia.
8. No começo, o reforço deve ser entregue imediatamente. O reforço é mais eficaz quando ocorre dentro de uma metade de um segundo após o comportamento. Isto proporciona a associação mais forte entre o comportamento e o reforço, tornando assim mais claro para o seu filho qual é o comportamento desejado. Imediatismo também é especialmente importante, inicialmente, quando a criança está "aprendendo a aprender".
9. O cronograma de reforço deve ser seguido de forma consistente.
Se o comportamento positivo ocorre e não sé recompensado ou, pior ainda, se ocorrer um comportamento negativo e a criança for recompensada assim mesmo, o progresso será drasticamente reduzido. Qunado a freqüência programada de reforço for reduzida (ao longo do tempo) ainda é importante que todos na equipe sejam consistente na execução do cronograma, a fim de obter os melhores resultados.
10. Os reforços deve ser gradulamente diminuir a frequencia ao longo do tempo.
Quando você começou a desvanecer-se o horário, pode haver momentos em que torna-se necessário aumentar temporariamente a freqüência de reforço se o seu filho está com problemas. Além disso, como a programação é diluído e você aumenta suas expectativas é importante para fornecer reforçadores mais poderosos. Caso contrário, a regressão é mais provável de ocorrer.
11. Avaliar o momento de reforço.
Certifique-se a entrega do reforçador não quebra o ritmo. Por outro lado, certifique-se que o reforço não é tão tardio como para reduzir a eficácia. Para evitar esta possibilidade, você pode usar uma ponte verbal (reconhecer o comportamento em vez de fornecer reforço), assim como um comportamento não-verbal (sorrir, acenar, fazer um jóia) Trabalhar para conseguir um conjunto de respostas antes de dar uma recompensa tangível. Outra forma de ligar o atraso entre a ocorrência do comportamento e a entrega do reforço é a utilização de um sistema de representação simbólica como o Token System.
12. No começo, sempre rotular o comportamento que está sendo reforçado.
Isso ajuda a criança a compreender o comportamento que está sendo reforçado e que você gostaria que se repita. Também fortalece a ligação entre o reforço e o comportamento.
13. Com o tempo, use reforços que sejam menos extravagante e mais práticos.
Usando reforços práticos e naturais ira promover uma melhor generalização. Caso contrário, é provável que quando o seu filho participar em ambientes mais naturais e os reforços não estão disponíveis, os comportamentos apropriados podem extinguir-se e comportamentos indesejados podem retornar.
14. Não use recompensas como suborno! Não acostume seu filho a ouvir com antecedência sobre o reforçador ele irá ganhar. Quando um comportamento inapropriado ocorrer, não lembre seu filho do reforçador que ele receberia se parar ou ameace com a perda do reforço.
O suborno é extremamente sedutor! Parece extremamente eficaz no curto prazo. As crianças, muitas vezes, param imediatamente o comportamento inadequado, quando oferecemos um suborno. Esta é uma estratégia de curto prazo que pode trazer alívio imediato mas pode causar problemas duradouros. Você e eles podem se tornar dependentes de suborno. Você vai ter que "lembrá-los" constantemente sobre o reforço e o que deve eles devem fazer para recebe-lo.O suborno também abre a porta para a negociação e barganha, e isto coloca-os em um padrão em que as crianças irão pensar primeiro se o reforçador vale a pena pelo esforço que você está pedindo-lhes para fazer!
Além disso, anunciando o reforçador antes do comportamento torna muito difíceis diminuir até eliminar o uso de reforços.
15.Utilize reforços diferentes para diferentes comportamentos
Talvez um dos mais importantes métodos de ensino de habilidades e modificação de comportamentos indesejados é o reforço diferencial. O conceito é simples: ofereça os reforços mais fortes e poderosos para a melhor performace, enquanto respostas menos engajadas obtém um reforçados de qualidade menor. Leia mais aqui!
Do livro:
A work in progress. Behavior Management Strategies and a Curriculum for Intensive Behavioral Treatment of Autism by Ron Leaf & John McEachin.
As "regras do reforço positivo" têm sido descritas em muitos livros e manuais. A seguir são o que nós consideramos como as diretrizes mais importantes.
1. O Reforço deve ser uma recompensa!
Muitas vezes nós projetamos que os outros desejariam o que nós gostamos, quando na verdade, algumas coisas que nós gostamos, para nossas crianças podem não achar valor nenhum de recompensa.
É necessário determinar se o que pensamos que seria uma recompensa é realmente um reforço. Precisamos, continuamente, avaliar a situação. O seu filho parece animado quando recebe o reforço? Quando dada uma escolha, a criança seleciona esse reforço? O teste final é se o seu filho irá trabalhar para ganhar o item que você está oferecendo como reforço.
É fundamental monitorar continuamente se um item é reforço. O valor dos reforçadores, muitas vezes, muda rapidamente.
2. Reforço deve ser condicionado.
Reforços só devem estar disponíveis quando o comportamento-alvo ocorre. Tenha cuidado em deixar reforçadores ser acessados em outros momentos do que quando o comportamento-alvo ocorre. Isso tem o efeito de diminuir o poder do reforço. Portanto, tente selecionar apenas reforços que podem ser reservados. Não selecione um reforçador se não pode ser retido ou se essa retirada irá criar enormes problemas.
Há uma exceção a esta regra. Ocasionalmente, pode ser útil fornecer acesso a um reforçador não contingente, que uma criança raramente escolhe, a fim de aumentar o seu interesse naquele item.
3. Devem ser usados uma variedade de reforços.
Ao fornecer uma variedade de reforços, você vai reduzir a probabilidade da criança ficar saciada pelo reforçador. Isto irá manter os reforçadores frescos e, assim, mais poderosos.Uma variedade de reforçadores também é uma ferramenta para que exista um feedback diferencial. Mesmo que seu filho goste muito de um reforçador, faça um rodízio em combinação com reforços menos potentes. Além disso, nunca dê mais reforço do que o necessário.
Sempre que uma criança tem reforços limitados, selecione o reforçadores mais preferidos para serem fornecidos, contingentemente sobre o comportamento mais importante.
4. Reforçadores sociais devem ser pareados com os primários.
Mesmo que seu filho não goste de reforçadores sociais, tais como sorrisos e elogios, associando-os com reforçadores primários (alimentos, bebidas, brinquedos favoritos, etc), eles acabarão por se tornar reforçadores também. Desenvolver o sentimento de recompensas sociais permite que você, eventualmente, intercale reforços sociais e primários, para finalmente desaparecer os reforçadores tangíveis dentro da programação. Além disso, reforçadores sociais são as recompensas principais usadas nas situações diárias.
5. Constantemente desenvolva e identifique reforçadores.
Fique sempre de olho, pela casa, o que pode ser usado como reforçador.
Repare o que atrai a atenção de sua criança e quais são as atividades e movimentos auto-estimulatórios que ela busca, isso a guiará aos itens e atividades que ela prefere. As crianças que se atraem por estímulos visuais podem gostar de labirintos de bolas ou carrinhos ou brinquedos com líquido como lava lamps ou garrafas PET com água e purpurina. Ou então ampolas de areia.
Crianças cuja auto-estimulação é auditiva pode encontrar possíveis reforçadores em objetos com música como livrinhos musicais, instrumentos e música. Crianças cinestésicas, muitas vezes, se interessam por massagens, trampolim e cócegas.
Brinquedos que tenham causa e efeito são, freqüentemente, envolventes. Busque itens que oferecçam estimulação sensorial.
6. Use reforços apropriados para a idade da criança. Isto aumentará a aceitação do seu filho pelos colegas. Também será menos evidente para os outros que seu filho está recebendo um reforço. Um reforço compatível com a idade também promoverá com que as pessoas tratem a criança de forma mais apropriada com a idade cronológica e isso ajudará que seu filho pense em si mesmo de uma forma mais dentro da idade e pode ajudar a promover interesses mais sofisticados.
7. Imprevisibilidade e novidade aumentam consideravelmente o reforço.
Surpresas são geralmente muito agradáveis e altamente motivadoras. Através da criação de um saco ou caixa de mistério, você pode fornecer a criança os reforços de uma forma nova, simplesmente, mudando a sua apresentação. Este entusiasmo será associado com as pessoas, lugares e materiais de ensino das sessões de terapia.
8. No começo, o reforço deve ser entregue imediatamente. O reforço é mais eficaz quando ocorre dentro de uma metade de um segundo após o comportamento. Isto proporciona a associação mais forte entre o comportamento e o reforço, tornando assim mais claro para o seu filho qual é o comportamento desejado. Imediatismo também é especialmente importante, inicialmente, quando a criança está "aprendendo a aprender".
9. O cronograma de reforço deve ser seguido de forma consistente.
Se o comportamento positivo ocorre e não sé recompensado ou, pior ainda, se ocorrer um comportamento negativo e a criança for recompensada assim mesmo, o progresso será drasticamente reduzido. Qunado a freqüência programada de reforço for reduzida (ao longo do tempo) ainda é importante que todos na equipe sejam consistente na execução do cronograma, a fim de obter os melhores resultados.
10. Os reforços deve ser gradulamente diminuir a frequencia ao longo do tempo.
Quando você começou a desvanecer-se o horário, pode haver momentos em que torna-se necessário aumentar temporariamente a freqüência de reforço se o seu filho está com problemas. Além disso, como a programação é diluído e você aumenta suas expectativas é importante para fornecer reforçadores mais poderosos. Caso contrário, a regressão é mais provável de ocorrer.
11. Avaliar o momento de reforço.
Certifique-se a entrega do reforçador não quebra o ritmo. Por outro lado, certifique-se que o reforço não é tão tardio como para reduzir a eficácia. Para evitar esta possibilidade, você pode usar uma ponte verbal (reconhecer o comportamento em vez de fornecer reforço), assim como um comportamento não-verbal (sorrir, acenar, fazer um jóia) Trabalhar para conseguir um conjunto de respostas antes de dar uma recompensa tangível. Outra forma de ligar o atraso entre a ocorrência do comportamento e a entrega do reforço é a utilização de um sistema de representação simbólica como o Token System.
12. No começo, sempre rotular o comportamento que está sendo reforçado.
Isso ajuda a criança a compreender o comportamento que está sendo reforçado e que você gostaria que se repita. Também fortalece a ligação entre o reforço e o comportamento.
13. Com o tempo, use reforços que sejam menos extravagante e mais práticos.
Usando reforços práticos e naturais ira promover uma melhor generalização. Caso contrário, é provável que quando o seu filho participar em ambientes mais naturais e os reforços não estão disponíveis, os comportamentos apropriados podem extinguir-se e comportamentos indesejados podem retornar.
14. Não use recompensas como suborno! Não acostume seu filho a ouvir com antecedência sobre o reforçador ele irá ganhar. Quando um comportamento inapropriado ocorrer, não lembre seu filho do reforçador que ele receberia se parar ou ameace com a perda do reforço.
O suborno é extremamente sedutor! Parece extremamente eficaz no curto prazo. As crianças, muitas vezes, param imediatamente o comportamento inadequado, quando oferecemos um suborno. Esta é uma estratégia de curto prazo que pode trazer alívio imediato mas pode causar problemas duradouros. Você e eles podem se tornar dependentes de suborno. Você vai ter que "lembrá-los" constantemente sobre o reforço e o que deve eles devem fazer para recebe-lo.O suborno também abre a porta para a negociação e barganha, e isto coloca-os em um padrão em que as crianças irão pensar primeiro se o reforçador vale a pena pelo esforço que você está pedindo-lhes para fazer!
Além disso, anunciando o reforçador antes do comportamento torna muito difíceis diminuir até eliminar o uso de reforços.
15.Utilize reforços diferentes para diferentes comportamentos
Talvez um dos mais importantes métodos de ensino de habilidades e modificação de comportamentos indesejados é o reforço diferencial. O conceito é simples: ofereça os reforços mais fortes e poderosos para a melhor performace, enquanto respostas menos engajadas obtém um reforçados de qualidade menor. Leia mais aqui!
Do livro:
A work in progress. Behavior Management Strategies and a Curriculum for Intensive Behavioral Treatment of Autism by Ron Leaf & John McEachin.
Tuesday, August 9, 2011
Diferente resposta = diferente reforço positivo
Reforçadores diferentes terão valores diferentes. Alguns são apenas legais e outros são "eu faço o que for para ganhar". É fundamental ter uma gama completa de reforços para que você possa utilizar reforçamento de graus diferentes para comportamentos de graus diferentes. Ou seja, você quer entregar o reforço extraordinário para o comportamento extraordinário, o reforço bacana para o comportamento bacana, mas você vai proporcionar incentivos para cada melhora da performace.
Nós categorizamos os reforços em A (com o A+), B e C. Na caixa de reforços C estavam os objetos que representavam um incentivo, na caixa B os que eram bem bacanas, na caixa A os prediletos e o A+ era o favorito de todos.
Para categorizar o comportamento, um comportamento A+ era a resposta mais adequada possível para uma tarefa ou performace difícil, o comportamento A representava uma resposta engajada e correta. O comportamento B era uma resposta correta, porém poderia ter um melhor engajameto e o comportamento C era uma resposta incorreta, porém com um ótimo engajamento na tarefa/atividade.
É super importante a criança saber o que está sendo premiado, simplesmente dizer "muito bem" muitas vezes pode não ser claro para a criança, neste caso, o melhor é ser totalmente explícito "adoro quando eu posso ver seus olhos" - para premiar por bom contato visual; "perfeito, vc sabe mesmo as cores" - para premiar a perforace; "fico tão feliz quando você vem até mim" - para premiar a obediência do comando" vêm"; "muito bem, você está mantendo seu corpo calmo" - para comemorar com crianças que estão controlando stims; "que legal que você está sentado" - para crianças que estão aprendendo a não buscar tanto movimento; etc
Para categorizar qual reforço pertence a qual caixa, de tempos em tempos nós fazíamos avaliações de reforço de duas maneiras:
A primeira versão no vídeo abaixo eram colocandas 3 opções sobre a mesa e era oferecido que o Pedro pegasse uma das opções. Depois de escolhidas as 3 opções de reforços eram oferecidas essas três novamente para determinar qual era o A+.
Na segnda versão o Pedro tinha acesso a todos os reforços de uma vez e eram categorizados conforme a ordem de escolha.
A terceira versão é um exemplo de token system, que é uma maneira de "atrasar" a entrega do reforço. Neste caso, o Pedro ganhava uma letra para cada resposta (ele sempre amou letras e escrever) e quando ele completava a palavra tinha acesso ao prêmio.
Outros dois exemplos de como pode ser motado um token system:
Reforço positivo
Uma ferramenta crucial nos programas comportamentais é o reforço positivo, este reforço deve ser visto como um feedback explícito para a criança pelo seu comportamento.
Existem várias categorias de reforço que vão de alimentos, que é considerado um reforço primário, a acesso a brinquedos, jogos interpessoais e comentários sociais. O objetivo é criar um sentimento positivo, auto-motivador para que o próprio comportamento seja auto-reforçador para a criança, porém, para nossas crianças com autismo, isso é um caminho a ser percorrido, um território a ser conquistado, por isso, muitas vezes, temos que começar a construir esse sentimento através de reforços tangíveis.
Inicialmente, a eficácia do programa será em grande parte dependente da força dos reforçadores disponíveis para a criança. Com o tempo, trabalhe para o seu filho não necessite de reforçadores artificiais e contingências naturais. No início, a criança provavelmente não encontrará estar calmo, cooperativo ou obediente como algo motivador. De forma similar, o seu filho provavelmente não irá achar que falar, brincar ou socializar sejam gratificantes também. Por isso a necessidade inicial do uso de reforçadores externos artificiais.
Todas as pessoas são motivadas por reforço. Seja ele o salário no fim do mês, férias, hobbies ou a companhia de outros, nós nos sentimos bem por causa dos reforços que atuam em nossas vidas.
Nós só precisamos ter cuidado para não usar mal os reforçadores sem um plano para, aos poucos, eliminar a sua utilização. NUNCA usamos um reforçador como um suborno, o que significa, num programa comportamental , subornar seria esperar uma pessoa se recusar a fazer algo e depois negociar uma recompensa. Outro exemplo seria quando uma criança está com um comportamento inadequado e você diz que se ele parar, ele vai receber uma recompensa. Esta não é a maneira correta de usar o reforço! Outro tipo de situação que pode ser considerada como suborno é a promessa automática de uma recompensa no momento em que uma solicitação é feita. Isso pode levar a pessoa a tornar-se dependente de uma promessa de recompensa e, em seguida, recusará a realizar um comportamento solicitado a qualquer momento se uma recompensa não for prometida.
O ideal é que, um programa começa com o reforço frequente e depois a frequencia de reforços vão diminuindo até entrar num ritmo mais normal. Reforçadores devem ser substituídos corretamente e a motivação natural deve ser incorporada ao plano.
Às vezes, nada parece motivar uma criança. Muitas vezes isto ocorre quando uma criança recebe reforços em situações onde ele não tem que ganhá-los ou sem relação ao seu comportamento. Assim, um conjunto de reforços devem ser removidos da rotina e a criança deve trabalhar para ter acesso a eles.
Se for realmente o caso de que não existem reforçadores efetivos para uma criança, então a meta deve ser estabelecê-los. Identificar e desenvolver reforçadores leva tempo. Mesmo que seu filho tem uma variedade de reforços, é sempre proveitoso cultivar um pouco mais.
Simplesmente observando o seu filho pode ajudar a identificar reforçadores. Um reforçador não tem de ser nada muito elaborado. Muitas vezes, assumimos falsamente que um reforçador tem que ser complicado, algo caro.
Algumas coisas muito pequenas e comuns podem ser transformadas em reforços. Qualquer coisa que a pessoa seleciona em uma situação de livre escolha, provavelmente, funcionará como reforço. Acontecimentos cotidianos, como passar um tempo individual com um dos pais, sair para uma caminhada, ou ganhar carinho nas costas podem ser motivadores eficazes.
O primeiro passo no desenvolvimento de reforços é o de simplesmente expor seu filho a reforçadores potenciais. Às vezes uma criança não sabe como operar um brinquedo e, portanto, não sabe como ele pode ser legal.
Dando acesso livre ao reforço potencial também pode criar novos reforços. Quando uma pessoa tem acesso livre a algo, esta coisa pode tornar-se algo que a pessoa estaria interessada em ganhar mais.
Muitas vezes reforçadores perdem seu valor de reforço devido ao efeito conhecido como saciedade. Se um indivíduo tem uma exposição muito grande num reforçador ele acabará por perder seu valor.
Por isso, o equilíbrio é a chave de manter bons reforçadores aliada a muita observação.
Uma forma eficaz de desenvolver reforçadores é associar reforçadores potenciais com reforços estabelecidos. Através de associações, os reforçadores potenciais irão adquirir valor positivo similar. Essa é a razão porque é sempre aconselhável parear reforçadores sociais e emocionais e toque com reforçadores estabelecidos, como alimentos, brinquedos e atividades.
Bibliografia:
A work in progress. Behavior Management Strategies and a Curriculum for Intensive Behavioral Treatment of Autism by Ron Leaf & John McEachin.
Friday, August 5, 2011
Treino de provas distintas - DTT
O Treino de Provas Distinas (DTT) é o método mais conhecido do ABA (Applied Behavior Analysis - Análise Aplicada do Comportamento), que é uma das terapias mais estabelecidas para tratar o autismo. Terapeutas usam DTT para ensinar comportamentos a crianças autistas por quebrar as tarefas em pequenos pedaços e usar um sistema de reforço de repetição positivo e indução de acerto.
O
DTT é uma metodologia especificamente usada para maximizar o
aprendizado. DTT assegura que o aprendizado seja um processo ativo. Nós
não podemos confiar que crianças autistas simplesmente irão absorver as informações através da exposição passiva.
É um processo de ensino utilizado para desenvolver diversas habilidades, incluindo cognitivas, de comunicação, brincadeiras, habilidades sociais e de auto-ajuda. Além disso, é uma estratégia que pode ser usada para todas as idades e populações.
A técnica envolve a quebra de um ensinamento em partes menores, trabalhando cada etapa até a maestrização; apresenta um ambiente de ensino concentrado, fornecendo indução de acerto e retirando essa indução conforme a criança progride para a independência na resposta, e é utilizado o reforço positivo.
A sessão de ensino envolve muitas tentativas (treinos), e cada treino tem um começo e fim distintos e bem marcados. Cada etapa da habilidade ensinada deve estar masterizada antes que mais informação seja apresentada.
No DTT, uma unidade muito pequena de informação é apresentada e a resposta do aluno é imediatamente estimulada. Isto contrasta com métodos mais tradicionais de ensino que apresentam grandes quantidades de informação sem resposta-alvo bem definido por parte do aluno.
Algumas habilidades ou quebras de comportamento tem que ser ensinadas através de repetição massiva, neste caso a estratégia DTT é uma boa opção.
Wednesday, August 3, 2011
ABA na minha família
O
ABA é a ferramenta mais importante na terapia dos meus filhos. Através
da anáise podemos encontrar a raíz de alguns problemas e assim aliviar o
impacto causado no desenvolvimento dos meninos. Nós validamos todas as
respostas dos meninos, analisamos as que não nos parecem adequadas e daí
traçamos metas para ajudá-los. Este é o princípio do ABA fundamental.
Há mais ABA mal aplicado mundo a fora do que seguidores dos princípios reais.
O princípio básico de qualquer educação é que a criança entenda que faz parte de um grupo maior, sociedade, família e assim retirar o peso da responsabilidade de ter tudo sob controle, pois esse controle só causa ansiedade e gera medos.
O trabalho de detetive, da anáislise, é tão importante que eu acredito ser peça essencial, sem esta análise não há tratamento, mas, infelizmente, é a parte mais negligênciada num plano de educação e tratamento.
Os acertos vêm muito mais de "instinto" do que de pesquisas científicas, e fazer a observação do comportamento livre de julgamentos e culpa é primordial para o sucesso do aprendizado.
Tem uma frase que eu adoro "Everyone has the right to have health and productive life", acho que isso é o que deve acompanhar o nosso pensamento, esse deve ser o guia, os nossos filhos terem o direito a uma vida saudável e produtiva.
Às vezes me perguntam o que eu faço e fiz de tratamento com meus filhos e quando eu digo que fizemos e ainda fazemos ABA, logo vem a exclamação: "Na mesinha?!" e eu respondo "na mesinha, na mesona, no chão, na cama, no carro, na banheira, no parque, no supermercado, etc".
Assim como qualquer linha de tratamento, o ABA é mais uma filosofia que nós chamamos de ciência porque há um estudo científico por trás, não que as outras filosofias não merecam respeito só por causa do embasamento científico, mesmo porque elas partem da copilação de estudos científicos.
Parece que há uma tendência em nomear o que se parece mais com "brincadeira" e sem muita imposição de SonRise, Floortime; o que é mais rígido e tem regras a serem seguidas de ABA. Isso está absolutamente distorcido!
Qualquer terpia ou educação deve validar os interesses da criança, valorizar suas qualidades e ajudá-la a superar suas dificuldades. O ensino deve ser proveitoso, "usável", ter um objetivo de uso prático.
Através de programas de ABA, os meninos aprendem
Há mais ABA mal aplicado mundo a fora do que seguidores dos princípios reais.
O princípio básico de qualquer educação é que a criança entenda que faz parte de um grupo maior, sociedade, família e assim retirar o peso da responsabilidade de ter tudo sob controle, pois esse controle só causa ansiedade e gera medos.
O trabalho de detetive, da anáislise, é tão importante que eu acredito ser peça essencial, sem esta análise não há tratamento, mas, infelizmente, é a parte mais negligênciada num plano de educação e tratamento.
Os acertos vêm muito mais de "instinto" do que de pesquisas científicas, e fazer a observação do comportamento livre de julgamentos e culpa é primordial para o sucesso do aprendizado.
Tem uma frase que eu adoro "Everyone has the right to have health and productive life", acho que isso é o que deve acompanhar o nosso pensamento, esse deve ser o guia, os nossos filhos terem o direito a uma vida saudável e produtiva.
Às vezes me perguntam o que eu faço e fiz de tratamento com meus filhos e quando eu digo que fizemos e ainda fazemos ABA, logo vem a exclamação: "Na mesinha?!" e eu respondo "na mesinha, na mesona, no chão, na cama, no carro, na banheira, no parque, no supermercado, etc".
Assim como qualquer linha de tratamento, o ABA é mais uma filosofia que nós chamamos de ciência porque há um estudo científico por trás, não que as outras filosofias não merecam respeito só por causa do embasamento científico, mesmo porque elas partem da copilação de estudos científicos.
Parece que há uma tendência em nomear o que se parece mais com "brincadeira" e sem muita imposição de SonRise, Floortime; o que é mais rígido e tem regras a serem seguidas de ABA. Isso está absolutamente distorcido!
Qualquer terpia ou educação deve validar os interesses da criança, valorizar suas qualidades e ajudá-la a superar suas dificuldades. O ensino deve ser proveitoso, "usável", ter um objetivo de uso prático.
Através de programas de ABA, os meninos aprendem
Thursday, December 16, 2010
ABA - Applied Behavior Analysis
Comportamento deve ser entendido como resposta humana a um estímulo e NÃO obediência, a escolha de estratégias a serem usadas para ajudar a criança em seu desenvolvimento e a entender o mundo são baseada na análise do como e porque a criança reage a esses estímulos da maneira que impedem que ela se desenvolva.
A análise do comportamento avalia e acessa as variáveis biológicas e ambientais que cercam o indivíduo e assim pode determinar como essas variáveis afetam o seu comportamento. Com essas informações de análise é possível que um plano educacional/comportamental seja traçado e assim determinadas as ferramentas mais apropriadas para auxiliar o desenvolvimento da criança específica.
Por isso, o princípio fundamental do ABA é a análise do comportamento, como o próprio nome diz, o trabalho de detetive e tão importante e eu acredito ser a peça crucial do plano educacional.
Outro princípio do ABA é quebrar em pequenas etapas o que deve se ensinado, assim a confusão sobre o tema é aliviada e o aprendizado ganha espaço. Além disso, com a coleta de dados e observação do comportamento da pessoa em tratamento, é possível que se encontrem as raízes das perturbações que causam os desvios de comportamento.
O ABA tem princípios voltados para a obediência da criança e enfatiza o adulto como líder que levará a criança ao aprendizado.
Esta obediência não deve ser encarada como uma força sobre a criança e sim como uma conquista, a verdadeira obediência vem do respeito e entendimento mútuo e não do medo. Quando você conquista uma pessoa através do respeito você pavimenta caminhos de interação e aprendizado.
O que muito se fala sobre ABA são os trabalhos em mesinha ou uma obsessão sobre os reforços tangíveis, essas são algumas ferramentas do ABA e não a técnica em si, só através da análise do comportamento é possível saber se são ferramentas apropriadas para seu filho.
O ABA tem programas estruturados com ferramentas específicas ou genéricas, estes programas desenvolvem o cognitivo, a fala, mudança de comportamentos entre outros.
A base da aplicação do ABA é em terapeutas ou pessoa treinadas, mas nada impede que mãe, pai, tia, tio, avó, voluntário também sejam treinados para aplicar o ABA. Alguns princípios, podem e devem ser carregados para a rotina diária.
Deve existir sim, um coordenador do plano de tratamento e principalmente o plano de tratamento, para que todas as pessoas envolvidas com a criança mantenham a constância necessária para a eficácia do programa.
O ABA, assim como qualquer terapia comportamental deve ser encarada como uma dança, o movimento e comportamento do terapeuta devem estar em sintonia com a criança. Não existe vencer ou perder, o terapeuta é o facilitador entre a criança e o aprendizado, é uma situação em que todos devem vencer.
Bibliografia:
A work in progress. Behavior Management Strategies and a Curriculum for Intensive Behavioral Treatment of Autism by Ron Leaf & John McEachin.
Playing, Laughing and Learning with Children on the Autism Spectrum - A pratical Resource of Play Ideas for Parents and Carers by Julia Moor.
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