TEACCH - Treatment and Education of autistic and comunication handicapped children
– uma abordagem comportamental com apoio na psicolingüística que tem
como objetivo facilitar a aprendizagem da pessoa com autismo a partir do
arranjo ambiental, ensino estruturado e comunicação alternativa. É um
método americano específico para as desordens comportamentais advindas
do autismo, sendo que sua aplicação provoca inúmeros benefícios nas
áreas de linguagem, comportamento, comunicação e habilidades escolares.
MITOS E VERDADES SOBRE O TEACCH
1.O TEACCH é um MÉTODO de trabalho: VERDADE
Justiticativa:
ao contrário do que alguns autores colocam, o CEDAP concebe a idéia
de que o TEACCH é um método de ensino e educação. A análise
terminológica da palavra nos remete a MÉTODO como o conjunto dos meios
dispostos convenientemente para alcançar um fim e especialmente para
comunicá-lo aos outros. É a maneira de se atuar, de ir pelos caminhos do
conhecimento para buscar respostas por meio de procedimentos
específicos e encontrar soluções para problemas. Nesta análise, o TEACCH
apresenta-se como um esquema de tratamento e educação de pessoas com
autismo com suas especifidades próprias, seu material próprio, sistemas
avaliativos, esquema de trabalho, técnicas de ensino e base teórica que
fundamenta toda essa prática.
2. O TEACCH só trabalha com cartões: MITO
Justificativa:
O TEACCH trabalha com recursos visuais e estrutura do ambiente. Tais
prompts podem ser objetos, fotografias, imagens, pictogramas, palavras e
qualquer outra sinalização que leve em conta os aspectos imagéticos do
autista. Portanto, o TEACCH crê na aquisição de conceitos advindos de
imagens, e por esta razão faz uso TAMBÉM de cartões ilustrados como
forma de indicar a rotina e/ou ou sinalizar a comunicação.No entanto,
não é um programa educacional fundamentado exclusivamente em cartões.
Este sistema pode ser utilizado dentre muitos outros. Por exemplo, os
cartões podem funcionar como agentes da rotina visual (colocados na
agenda), como organizadores, como estímulos do PECS e até mesmo como
itens de uma tarefa. Mas também são usados com este fim, objetos
indicadores, estruturas sinalizadoras (como marcadores, flechas,
etiquetas, etc) e materiais adaptados. Os cartões são materiais que
complementam a estrutura TEACCH. Não são seus únicos meios.
3. O TEACCH "robotiza" ou "mecaniza" quem dele se utiliza: MITO
Justificativa:
essa é a grande cruz que o TEACCH ainda teima em carregar. Isso tudo
começou com o uso inadequado da estrutura TEACCH no início de sua
aplicação no Brasil, onde tarefas e atividades eram apresentadas sem
considerar os princípios da generalização da aprendizagem.
Historicamente podemos observar que em muitos lugares, as atividades
eram apresentadas de uma única forma, por uma única pessoa, sem variação
em sua forma e sem proporcionar para os autistas possibilidades de
levar o conhecimento para outros ambientes, sujeitos e situações. Desta
forma, um aluno fazia a mesma atividade por muitas vezes, não havia
alteração na estrutura do material, não se mudava de lugar, pouco se
conversava com o aluno, a rotina não era flexível, etc, favorecendo a
imutabilidade e gerando a falsa idéia de que havia a "robotização". É
importante colocar que o processo de ensino precisa ser organizado
pensando na flexibilidade da rotina, na estrutura de várias tarefas com o
mesmo fim, nos conceitos apresentados de várias formas sem perder de
vista as necessidades do autista.Quando um aluno aprende um conceito e
faz uso de forma funcional, podemos afirmar que houve mudança de
comportamento, e portanto, houve aprendizagem. Um outro fator
contribuinte para que o mito da robotização perseguisse o TEACCH por
muitos anos foi o fato da literatura nacional não abordar o tema
adequadamente, simplificando a aplicação, traduzindo de forma literal
documentos americanos ou europeus e principalmente, a dificuldade em se
aplicar os principios de forma prática. Com o advento de pesquisas
nacionais, profissionais mais preparados, publicações atualizadas e
cursos de formação, o TEACCH deixa para trás as antigas concepções e
passa a se mostrar como um dos métodos mais eficazes de ensino para
autistas.
Fonte: CEDAP Brasil (por Maria Elisa Granchi Fonseca)
fonte: http://creativeideias.blogspot.com.br/search?updated-max=2012-02-17T09:00:00-08:00&max-results=7&start=14&by-date=false
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