sábado, 16 de junho de 2012

Festa Junina do Luca

Eu não postei nada sobre a festa junina do Luca e aqui vai o vídeo dele dançando, lindo e solto, feliz e pleno, depois de uma dia que tinha tudo para acabar mal. Música alta, festa junina (que ele odeia), uma mãe louca querendo colocar uma blusa quente, de xita nele, e ainda assim meu Luquinha levantou do nada, quando pensávamos que ele não iria participar nunca da atividade, e foi para a roda dançar. E a mãe babona gravando tudo e chorando bicas. Aprendi mais nesse dia. Aprendi que tenho de respeitar o tempo dele. Obrigada, meu guerreirinho! Vc dançou lindo demais!
A festa foi na Divertivendo, dia 16/6


"Mãe, dá um tempo!"

fonte: http://www.napracinha.com.br/2012/06/maes-especiais-da-um-tempo-mae.html




"Dá um tempo, mãe!!!!" Pensei que só ouviria essa frase quando o Thiago, de 5 anos, e Luca, de quase 4, entrassem na adolescência. Ouvi sábado. Do Luca. Não, ele ainda não fala frase inteiras. Diagnosticado com TGD (Transtorno Global de Desenvolvimento), o Luquinha tem atraso na comunicação verbal e na socialização. Mas foi isso o que ele me disse, mesmo sem verbalizar uma palavra sequer. E eu custei a entender… Custei, porque, mais uma vez, meu caçulinha me deu mostras de que ele não é o único que às vezes se fecha no seu mundo e se recusa a visitar o do outro.

Sábado foi a festa junina dos meus dois bichinhos. Cada uma em uma escola diferente, distantes menos de 400 metros uma da outra. O dia começou com estresse. O Thiago colocou a roupa normalmente. Festeiro, curtia cada detalhe da preparação. O Luca fez um escândalo como há muito tempo eu não via ele fazer.

Diferentes perspectivas sobre "homeschooling"

Folha de S. Paulo

Cresce adesão dos pais ao ensino domiciliar
Segundo associação, hoje são ao menos mil famílias; em 2009, eram 250
De acordo com a lei, pais são obrigados a matricular os filhos na escola; mesmo assim, 'homeschooling' cresce
CLÁUDIA COLLUCCI
ENVIADA ESPECIAL A TIMÓTEO (MG)

Mesmo considerado ilegal, o ensino domiciliar ("homeschooling") tem conquistado mais adeptos no país. Dados da Aned (Associação Nacional de Ensino Domiciliar) mostram que ao menos mil famílias já educam os filhos em casa. Em 2009, eram 250.

Minas Gerais é o Estado que concentra o maior número: 200. Ao menos nove delas estão sendo processadas e uma foi condenada pela Justiça ao pagamento de multa.

Em Timóteo (215 km de Belo Horizonte), 21 famílias planejam uma ação conjunta no Ministério Público requerendo o direito de educar os filhos "com liberdade".

"Queremos sair da clandestinidade", diz o empresário Cléber Nunes, 48, coordenador da Anplia (Aliança Nacional para Proteção à Liberdade de Instruir e Aprender).

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Como as mudanças no diagnóstico do autismo vai afetar sua vida

fonte: http://www.facebook.com/notes/grupo-asperger-brasil/como-as-mudan%C3%A7as-no-diagn%C3%B3stico-do-autismo-vai-afetar-sua-vida/287848884642509


Em 2013, o novo Manual da Associação Psiquiátrica Americana de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5) será lançado. Nele estão uma série de mudanças relacionadas ao espectro de autismo. Mais significativamente, os diagnósticos de TID-SOE e síndrome de Asperger vai desaparecer, enquanto novos diagnósticos como Transtorno de Comunicação Social será adicionado. Pareceu-me que tais mudanças têm um impacto enorme na comunidade do autismo, e sobre a investigação em curso para entender melhor o que hoje chamamos de autismo.
Para responder a algumas das minhas perguntas, entrei em contato com Alycia Halladay, PhD, Autism Speaks Diretor de Pesquisa de Ciências Ambientais. Aqui estão suas respostas às minhas perguntas:

terça-feira, 12 de junho de 2012

Irmãos Especiais


Há alguns meses, enquanto contava uma história e fazia meus dois filhotes dormirem, Thiago, o mais velho, de 5 anos – que na época tinha 4 –, perguntou, do nada, com a simplicidade típica das crianças: "Mãe, por que o Luca não fala?"

Luca é o meu outro filho, de 3 anos, diagnosticado com Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD), dentro do espectro do autismo. Na época, ele falava muito pouco. Tinha um vocabulário de 10, 12 palavras, vivia isolado, brincava muito pouco com o irmão e não entendia a maioria das brincadeiras.

Fiquei paralisada com a pergunta. Não estava preparada para responder nada do tipo naquele momento. Não passava pela minha cabeça que o Thiago já percebesse que o irmão era diferente…. o Luca tinha menos de três anos na época... Ainda me acostumando com o diagnóstico, nem eu mesmo sabia porque o Luca não falava… O autismo ainda era um inimigo indecifrável, um monstro horrível e imenso, uma coisa do outro mundo….. Eu mal conseguia falar a palavra autismo em voz alta. Um medo bobo de mãe especial de pouco tempo. Como se pronunciar a palavra fosse fazer o "mal" se espalhar ainda mais….

Luca e Dani, contagem regressiva e discovery kids


segunda-feira, 11 de junho de 2012

Depoimento: "Tirei meu filho do isolamento do autismo"

A professora Anita Brito ouviu os médicos afirmarem que seu filho jamais voltaria a falar. Diagnosticado como autista, o menino ficou mais de um ano sem se expressar. Com uma rotina caseira de estímulos diários, Anita conseguiu trazer o filho de volta. Hoje, Nicolas tem 13 anos, lê, escreve, conversa e frequenta um colégio regular. E segue autista
Por Depoimento a Letícia González
"Uma das psicólogas
me disse que ele era retardado. Outra, mimado"
Editora Globo
 
NUNCA DESISTI DE CONVERSAR COM NICOLAS E TENTAR ENTRAR NO SEU MUNDO. HOJE, AOS 13, VEJO QUE ELE SEGUE EVOLUINDO
 
“Nicolas nasceu sem emitir nenhum som. O parto foi difícil, depois de um longo dia de contrações que terminou com uma cesárea. Assim que puxaram o bebê, ele não chorou. Tiveram de levá-lo para longe de mim, dar-lhe oxigênio para, só então, trazê-lo de volta. Quando o peguei no colo, ele chorava aos gritos. Foi então que comecei a falar baixinho e dizer a ele que eu era sua mãe, até que se acalmou. Foi a nossa primeira conversa. Nicolas se destacava dos outros recém-nascidos da maternidade pelo tamanho — havia nascido com 4,140 kg e 56 cm — e era um bebê lindo. Já na nossa casa em Jandira, no interior de São Paulo, arrancava elogios das visitas, que diziam: ‘Como é quietinho’.