quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Quase metade das crianças autistas que não falam até os 5 anos podem falar com fluência depois

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O fato de uma criança autista não falar entre os quatro ou cinco anos não significa que ela nunca irá falar, como receiam alguns pais. Estudo publicado na revista Pediatrics verificou que 70% de crianças e adolescentes entre 8 e 17 anos que não falavam aos quatro anos desenvolviam-se a ponto de utilizar frases simples, enquanto quase metade adquiria com o decorrer dos anos um linguajar fluente e adequado.

O estudo analisou mais de 500 crianças com autismo, e não encontrou relações entre a possibilidade da criança desenvolver a linguagem mais tarde e suas condições demográficas, como a região em que nasceu, e condições psiquiátricas, como o grau do autismo, crises de ansiedade ou agressividade, por exemplo. Isso quer dizer que a princípio qualquer criança pode desenvolver a fala, mesmo que já tenha passado dos cinco anos.

A pesquisa destaca ainda não ter encontrado indícios de que interesses restritos (crianças que comem somente determinados alimentos, por exemplo, ou gostam apenas de uma cor, estilo de roupa ou brinquedo), assim como as condutas repetitivas que muitos autistas apresentam (girar constantemente objetos, por exemplo) e os aspectos sensoriais (como extrema sensibilidade/aversão ao toque) interfiram significativamente no desenvolvimento da linguagem.

fonte: http://meunomenai.com/2013/07/20/quase-metade-de-criancas-autistas-que-nao-falaram-ate-os-cinco-anos-poderao-falar-com-fluencia-mais-tarde/

fonte: http://pediatrics.aappublications.org/content/early/2013/02/26/peds.2012-2221

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Glúten e autismo

Após ler o capítulo do livro “Barriga de Trigo” sobre opiáceos e seus efeitos (em esquizofrênico e autistas) e ver que saiu uma reportagem sobre o mesmo assunto, pesquisei um pouco e criei esse post que espero, ajude algumas pessoas. 

Eu ainda fico surpreso com a capacidade do glúten destruir tudo, e ainda assim as pessoas o comem, e não tem ideia dos efeitos. Encontrei vários artigos na internet sobre esse assunto e vários com citações científicas, um dos melhores foi do Vencer Autismo.  O que é autismo e  como glúten se relaciona com essas pessoas?
trigo
Segundo o Wikipedia (que pegou definições de artigos):
autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado Transtorno do Espectro Autista (TEA) que engloba também a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. [1]
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios problemas no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a rígidos e restritos padrões de comportamento.  Atualmente já há a possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em muitos casos. [2]

O autismo afeta, em média, uma em cada 50 crianças nascidas nos Estados Unidos, segundo o CDC (sigla em inglês para Centro de Controle e Prevenção de Doenças), números de 2013. [3] – no Brasil, porém, ainda não há estatísticas a respeito do TEA [4] . Em 2010, no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril, a ONU declarou que, segundo especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, o aumento dos números de prevalência de autismo levanta uma discussão importante sobre haver ou não uma epidemia da síndrome no planeta, ainda em discussão pela comunidade científica [5] .
Se tiverem interessados na lista de artigos brasileiros sobre autismo, esse artigo aqui faz uma avaliação. É bem decepcionante ver que nós mal pesquisamos sobre o assunto.
Como o glúten afeta o autista?
Quando comemos o trigo (post abrangente do Dr. Souto) liberamos exorfinas (polipeptídeos) que tem a capacidade de penetrar no cérebro e interagir na região do vício, ou seja, é uma droga mesmo que vicia. Não acredita? Desafio você a ficar 1 semana sem trigo, e em mais de 70% dos casos, você sofrerá de sintomas clássicos de crise de abstinência. É uma droga tão forte que se aplicarmos naloxona (uma outra droga que bloqueia o efeitos de drogas opiáceas, também pode estar na forma de naltrexona) as pessoas tem seu apetite reduzido e comem menos, controlando inclusive a compulsão que muitos obesos tem (e eu sou um deles!). É tão impressionante que é um dos remédios queridinhos dos médicos para tratar obesidade.

Christine Zioudrou e seus colaboradores do NIH (National Institutes of Health) afirmam que são essas exorfinas que interagem com o cérebro e são responsáveis pelos aumento dos episódios de alucinações (em esquizofrênicos). Há diversos estudos sobre isso, o capítulo 4 do livro Barriga de Trigo fala bastante sobre isso.
O que me fez escrever o artigo foi a reportagem da Revista “Eu sou mais Eu“, Edição 353 (leia abaixo). Eu vi no Grupo Viva sem Glúten (grupo fantástico) e fiquei pensando: se o trigo pode alterar o comportamento dos autistas, porque as pessoas acham que não alteram o delas? Para mim é fechar os olhos para realidade.
Agradeço a reportagem por me fazer pesquisar um pouco mais sobre esse assunto, e rezo que as mães de autista eliminem o glúten (e provavelmente o leite) da dieta dos seus filhos, e parabenizo a Cláudia Marcelino pela coragem.
======================= ATUALIZAÇÃO ====================
Conversando com Roberta Carla Evangelista, no grupo Dieta Paleo do Facebook, fiquei chocado com situação do autismo no Brasil:
Em 2013 a estimativa dos EUA foi para 1 autista para cada 55 crianças.  Existem em média 600 mil pessoas portadoras do vírus da Aids no Brasil e há cerca de 30 anos, decidiram que o país tinha que saber o que é. E existem em média 2 milhões de autistas no país e quase ninguém tem uma ideia exata do que seja. #Lamentável
Pq a dificuldade no diagnóstico?????? existem apenas cerca de 350 psiquiatras infantis cadastrados no país. Existem 11 estados que sequer possuem um Psiquiatra Infantil. Em Alagoas, por exemplo, é 1 para o Estado inteiro. Meu filho já teve 13 pediatras e 6 deles disse não saber cuidar de uma criança autista. (Oi?? Ele é uma criança, não?)
O que me deixa triste é que com uma estimativa dessas e tão pouco foco, teremos um país de mais autistas sofrendo com pais inexperientes, médicos despreparados e indústrias farmacêuticas enriquecendo com a Droga da Obediência. (Risperidona)
ESSA REALIDADE TEM QUE SER MUDADA. Conheçam a fanpage e o blog dela (Viagem de mãe), e apoiem galera!!
Associações:
Serviço:
AMA (Associação de Amigos do Autista)
Unidade Cambuci e Call Center
Endereço: Rua do Lavapés, 1123 – Cambuci, São Paulo – SP
Telefone: 11 3376-4400
Fax: 11 3376-4403
Unidade Parelheiros
Endereço: Rua Henrique Reimberg, 1015 – Parelheiros, São Paulo – SP
Telefone: 11 5920-8018
Adefa (Associação em Defesa do Autista)
Endereço: Rua Maria Delfina de Freitas Gomes, 144, Pendotiba, Niterói – RJ
Telefone: 21 2617-8994