quinta-feira, 10 de maio de 2012

Depoimento do Lucas Napoli sobre o livro do Paiva

Livro narra depoimento de um pai sobre os sinais de autismo

Giovani era o bebê que todos os pais gostariam de ter. Falo dos pais contemporâneos que se dividem entre o trabalho, o cuidado dos filhos e seus projetos pessoais. Calmo, silencioso e com pouca propensão a chorar, Giovani era capaz de passar horas brincando sozinho, folheando um livro ou vendo televisão sem solicitar a atenção de seus pais. Em outras palavras, diferentemente da maioria das crianças, o garoto pouco demandava de seus pais, produzindo neles uma sensação de conforto e tranquilidade bastante atípica para quem estava cuidando de um bebê com poucos meses de vida. Essa sensação, todavia, não durou muito tempo.
Seu pai, Francisco Paiva Junior, dono de uma aguçada capacidade de observação própria da profissão de jornalista, logo notou que além de ser excessivamente calmo para um bebê, Giovani apresentava outros comportamentos que o distinguiam da maioria das crianças: não utilizava os brinquedos de acordo com a função para a qual haviam sido feitos (carrinhos, por exemplo, eram jogados ou chutados como bolas); repetia durante um bom tempo uma mesma ação, como levantar até a altura do rosto uma peça de um jogo de montar e depois deixá-la cair; dificilmente atendia ao ser chamado por seu nome; não olhava nos olhos de ninguém etc.

Como a comunicação se desenvolve

Matriz do desenvolvimento da comunicação
Os estágios iniciais da Comunicação -

A Matriz do desenvolvimento da comunicação divide em quatro razões básicas para a comunicação e sete níveis de competência. Os níveis de competência são distinguidos por comportamentos utilizados para se comunicar, variando desde o comportamento pré-intencional à utilização da combinação de dois e três símbolos (frases curtas).A matriz é uma ferramenta de avaliação destinada a identificar exatamente como a criança está se comunicando e assim, fornecer um parâmetro para determinar objetivos-alvos de comunicação lógicos em termos de comportamentos, funções comunicativas específicas ou intenções comunicativas.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Terapia (para mim) na Tijuca

Esse é o post que eu publiquei hoje no site www.napracinha.com.br, um encontro de mães de todo tipo e história. Eu contribuo com minhas experiências de mãe especial. O post de hoje foi sobre o encontro que tive com uma mãe tri-especial  (ela tem três filhos autistas), em uma casa de festas na Tijuca, no Rio. Foi, sem dúvida, uma terapia para mim.
bjos


Sábado fui a uma festinha de um amiguinho de escola do Luca em uma casa de festas muito bacana na Tijuca, com pista de dança, comida muito gostosa, gente amiga e muitos brinquedos. Joguei Wii até! Não perdi peso, logicamente, porque comi o dobro de calorias em brigadeiro e bolo, mas me diverti como há muito tempo não me divertia... O Thiago, meu filhote mais velho, de 5 anos, não foi. Estava viajando com o pai para São Paulo, para visitar os avós no fim de semana na simpática Descalvado. Eu, meu pai e o meu fofucho, que vai fazer 4 anos em junho, fomos para a festa do Renato, de 12 anos, que é autista, assim como o Luca. Renato fala, está na terceira série, já foi alfabetizado e tem um nível de socialização legal. Eu, mãe neurótica, olhava para o Renato e me pegava pensando a toda hora: como estará o meu Luquinha com 12 anos? Independente? Falando pelos cotovelos? Alfabetizado? Completamente normal? Saindo com os amigos para o cinema? Ensaiando olhar para as primeiras namoradinhas?

Luca interagindo com o vovô

No último domingo, 6 de maio, o Luca tava super falante. Aí resolvi gravar um pouquinho da "conversa" dele com o vovô Milton enquanto ele jogava um joguinho do discovery kids lna internet. Ele  não falou as palavrinhas que estava falando (lei de Murphy!), mas adorei o grau de intereação, o olho no olho, as brincadeiras com o vovô, o entendimento (uma hora o vovô me conta  uma coisa que tinha acontecido mais cedo no parquinho, nem estávamos olhando para o Luca, mas ele estava prestando atenção e repetiu o gesto do vovô) e morri de rir das horas em que ele passava perrengue no jogo e pedia ajuda ao vovô. O vídeo é longo, tem 10 minutos e o Luca fica mais falante no final.
bjos (em 9/5/2012)

terça-feira, 8 de maio de 2012

Autismo e Alimentação

Uma das palestras mais interessantes que tive o privilégio de assistir no congresso em novembro último foi a da Dra. Natasha Campbell McBride sobre autismo e alimentação. Eu fiquei absolutamente fascinada com tudo o que ouvi e queria passar tudo da forma o mais completa para vocês.

Por sorte, achei na comunidade do Orkut “Alimentação e Saúde Infantil” uma tradução de um dos ótimos artigos da Dra. Natasha, que agora transcrevo aqui para vocês. Segundo a Marilena, membro da comunidade, o texto foi traduzido pela Claudia, do site Autismo em Foco. Belíssimo trabalho, que merece todo o meu respeito!

As recomendações da Dra. Natasha são preciosas para crianças com autismo, mas também podem – e devem- ser muito bem aproveitadas por crianças saudáveis! Aproveitem!
A ALIMENTAÇÃO IDEAL PARA O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA
Por Natasha Campbell McBride
A Dra. Natasha é pediatra, pesquisadora da Universidade de Cambridge em neurologia e nutrição, tem um filho com TEA e escreveu um livro: “Gut and Psychology Syndrome: Natural Treatment for Autism, ADD/ADHD, Dyslexia, Dyspraxia, Depression, Schizophrenia”, ” O intestino e as Síndromes psicológicas: Tratamento Natural para Autismo, TDAH, Dislexia, Disprasia, Depressão, Esquizofrenia”.

Do livro "The Autism Revolution"

Contribuição da Ana Dutra no grupo Meus Amigos de Luta, no Face, extraído do livro "The Autism Revolution, de Martha Herbert
Acabei de ler o livro de uma medica de Harvard Dr Martha Herbert,MD,PHD...que chama "The Autism Revolution"....e ela da dez dicas para trabalharmos ou buscarmos nas nossas crianças....Segue entao:)

1. busque o extraordinario....nao tente alcançar o normal....sua criança esconde talentos, festeje esses pontos fortes....e os ajude nos pontos vulneráveis...nao tente conserta-los....

2. Saiba o que voce nao pode controlar e o que vc pode controlar....O genes que voce nasce com ele ira te acompanhar pela vida....mas eles tomam formas no meio que vivemos....tente criar um ambiente de estimulo e suporte para você e a sua criança com autismo.

3. Repare e suporte células e ciclos. Tudo o que fazemos depende das nossas células. Através da nutrição fazemos as células mais energéticas e eficientes....Esta fundação solida para o corpo e o cerebro da sua criança paga qualquer sacrificio que voce venha fazer.

Holismo do Autismo...E a Música de Lorenzo

O Holismo do Autismo...Lorenzo e a canção do Todo



Imagino que muitos quando ouvem a palavra “holismo” relacionam-na com algo de gente esotérica, mística, zen, bicho-grilo, natureba ou epítetos semelhantes oriundos das reminiscências da sociedade alternativa. Redundantemente falando, o holismo é amplo para associá-lo a um segmento emblemático e na arte de curar abrange os conceitos mais modernos e inteligentes das terapêuticas atuais.

Porque SOMENTE uma dieta livre de glúten e caseína não é suficiente




O glúten é uma proteína encontrada em grãos, principalmente trigo, centeio, cevada e aveia. A caseína é uma proteína encontrada no leite e em seus derivados. A referida dieta sugere retirar completamente as fontes dessas duas proteínas da alimentação de um autista. A teoria parece bastante interessante, porém a prática se mostra um tanto problemática…

Fonte: http://pat.feldman.com.br/2009/01/27/autismo-porque-somente-uma-dieta-livre-de-gluten-e-caseina-nao-e-suficiente/


Não quero dizer aqui, nem a Dra. Natasha Campbell McBride diz em seu livro que essa dieta é inútil ou não funciona – A DIETA LIVRE DE GLÚTEN E CASEÍNA É FUNDAMENTAL no tratamento/controle do autismo, porém uma dieta livre de glúten e caseína comprovadamente não é TUDO, não é suficiente.

Vamos entender melhor, segundo uma tradução livre de um trecho do livro da Dra. Natasha Campbell McBride…           
Em algumas pesquisas realizadas foram encontrados na urina de crianças autistas substâncias chamadas gluteomorfinas e casomorfinas, derivadas de glúten e caseína, respectivamente. O mesmo achado se deu na urina de pacientes com esquizofrenia, psicose, depressão, hiperatividade e alguns distúrbios auto-imunes.

Estas substâncias (peptídeos) – gluteomorfinas e casomorfinas – possuem uma estrutura química similar às drogas opiáceas e o seu efeito no cérebro também ocorre de forma semelhante. Imagine então que para um autista, consumir glúten e caseína é quase como consumir ópio!!
Baseada em pesquisas desta linha é que surgiu a tão conhecida dieta livre de glúten e caseína. Esse dieta  praticamente se tornou a “dieta oficial do autismo”!

O que são histórias sociais?



Histórias sociais são uma ferramenta para o ensino de habilidades sociais para crianças com autismo e deficiência relacionados. Histórias sociais proporcionam um indivíduo com informações precisas sobre as situações que ele pode encontrar dificuldade ou de confusão. A situação é descrita em pormenor e é dada a alguns pontos fundamentais: as pistas sociais importantes, os eventos e reações do indivíduo pode esperar para ocorrer na situação, as ações e reações que se pode esperar dele, e por quê. O objetivo da história é aumentar a compreensão do indivíduo, torná-lo mais confortável e, possivelmente, sugerir algumas respostas apropriadas para a situação em questão.

Um exemplo de história social: Antes de ir muito longe para as especificidades de histórias sociais, vamos dar uma olhada uma história simples amostra.

Alinhando

Na escola, às vezes alinhar.

Exemplo de como a Terapia Ocupacional pode ajudar


7 coisas que não sabemos sobre mães especiais (texto da Gislaine Thomal)

fonte: http://todossomossemelhantes.wordpress.com/2012/05/08/7-coisas-que-nao-sabemos-sobre-pais-especiais/

"Oi pessoal,
Tenho algumas dificuldades de colocar no papel (ou computador) o meu dia a dia, as preocupações, as dificuldades que tenho com o meu filho. Muitas vezes, me calo e passo por tudo aquilo sozinha. Eh uma forma de não levar mais problemas para os outros e também de me proteger dos julgamentos.
Quando eu estava começando a escrever o texto pro blog, eu pensei em algo do Tipo: Eu jamais serei a mesma pessoa depois da chegada do Matheus. Mas achei que fosse ficar muito baba ovo. MAS eh isso que realmente sinto.
Hoje, uma amiga publicou no seu blog, um texto traduzido de uma mãe americana que também tem um menino especial.

Eu de fato, escreveria TUDO o que ela escreveu que sente.
Convido vcs a ler o texto. E saibam que eu me sinto assim também. Se alguma vez fui julgada ou falaram “ela é louca” é por conta desses itens que ela falou J

Evidência de que melatonina Facilita-Autismo Associated Insónia


Resultados recebidos por famílias lutando com um dos problemas mais comuns do autismo
Quando tomado regularmente, uma dose noturna de melatonina ajuda a crianças com autismo e queda insônia dormindo, de acordo com um estudo piloto publicado hoje.

As 24 crianças, com idades entre 3 a 9, que completaram o tratamento de 14 semanas, diferem um pouco na dose que necessário. No entanto, em todos os casos, um regime noturno de melatonina (1 - 6 mg) ajudou com o início do sono dentro de uma semana. Os dados do grupo indicado que os benefícios geralmente durou a duração do estudo, sem efeitos secundários significativos. Os pais também relataram melhoras no comportamento de seus filhos durante o dia e reduções em seus próprios níveis de estresse.

O estudo, que aparece na edição online do Jornal de Transtornos do autismo e do Desenvolvimento, foi financiado pela Autism Speaks e Eunice Kennedy Shriver National Institute of Child Health e Desenvolvimento (NICHD).

domingo, 6 de maio de 2012

QUE DESENVOLVIMENTO SE ESPERA QUANDO SE INCLUI UMA CRIANÇA COM AUTISMO OU OUTRA DEFICIÊNCIA EM ESCOLA REGULAR?

Maryse Suplino
06/05/2012

Primeiramente é preciso definir 
qual a função da instituição escola e o que pode ser considerado desenvolvimento escolar!!

A Escola tem como objetivo passar o conhecimento acumulado por várias gerações, o saber produzido numa determinada cultura. A instituição escola tem um papel fundamental em nossas vidas. Ela desempenha uma função muito bem demarcada e estabelecida institucionalmente: guardar e transmitir conhecimentos e valores da sociedade na qual estão inseridos àqueles1 que num futuro não muito distante desempenharão papéis específicos nessa mesma sociedade (IM, 2011).
Em termos muito gerais, a escola deveria auxiliar na inclusão das crianças (que em algum momento se tornarão jovens e adultos) na sociedade, através do acesso ao que foi produzido pela sua cultura (ferramentas sociais) que darão as mesma as condições para compreender seu meio social, viver e atuar nele. As ferramentas sociais seriam, por exemplo, as habilidades de comunicação (compreende e se fazer compreender), de cortesia (ações e atitudes valorizadas em seu meio social), de auto cuidados (lembremos que a higiene faz parte dos currículos “acadêmicos” também), ler e compreender o mundo que o cerca, entre muitas outras. Se pensarmos nesses termos, o papel da Escola toma uma nova amplitude. 

PALESTRA RENATA MOUSINHO- I JORNADA CIENTIFICA MUNDO AZUL

Ação Global Mangueira – O Brasil Precisa Conhecer o Autismo


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Ação Global Mangueira – O Brasil Precisa Conhecer o Autismo Mangueira recebe Ação Global do Sesi do Rio no sábado

O Sesi do Rio, em parceria com a Rede Globo, realizou neste sábado, dia 05, a Ação Global na Vila Olímpica da Mangueira. O evento aconteceu das 8h às 16h e o Mundo Azul -Grupo de Pais esteve presente no evento distribuindo 5000 panfletos com orientação e informação para população.

Durante o evento os atores Nívea Stelmann foi uma das atrizes que participou de um evento do Ação Global na Vila Olímpica da Mangueira neste sábado (5), no Rio de Janeiro. Ela levou o filho Miguel.
Suzana Pires, Guilherme Leican e Bernando Velasco também estiveram presentes. Os artistas brincaram com crianças – com direito a pintura de rosto -, se exercitaram e animaram os presentes.
Entre os serviços oferecidos estão a emissão da 1ª e 2ª vias da carteira de identidade e profissional, teste de glicemia, oficinas de customização, corte de cabelo, brinquedos infláveis para as crianças e aulas do programa Sesi Cozinha Brasil, que orienta o preparo de refeições nutritivas de baixo custo e com reaproveitamento de alimentos.

Palestra da dra. Carla Gikovate na Jornada Científica Mundo Azul