sexta-feira, 12 de julho de 2013

PSIQUIATRA BEST-SELLER DIZ QUE HÁ MUITOS TIPOS DE AUTISMO E QUE É POSSÍVEL ESTIMULAR INTELIGÊNCIA DOS FILHOS

A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa

Um mundo fragmentado e difícil de decifrar é o que as crianças autistas enfrentam.
O transtorno de desenvolvimento, que atinge cerca de uma em cem crianças, é o tema do novo livro da psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa Silva. Conhecida pela série de livros cujos nomes começam por “Mentes” (“perigosas”, “ansiosas”, entre outros), ela lança agora “Mundo Singular”, em parceria com o também psiquiatra Leandro Thadeu Reveles e a psicóloga Mayra Bonifacio Gaiato (Editora
Fontanar, 296 págs., R$ 39,90).
Com capítulos permeados por casos reais que passaram pela equipe da psiquiatra, o livro traz o didatismo de praxe nas obras de Ana Beatriz. Esclarecer o público quanto às grandes variações que existem dentro do espectro do autismo é um dos objetivos dela. “Essas crianças ainda são vistas como débeis mentais, como limitadas. Isso é um grande erro.”

Folha – Qual é a reação dos pais ao saberem que o filho tem
autismo?
Ana Beatriz Barbosa – É um momento de desespero, de luto,
não por aquela criança que nasceu, mas pela que eles esperavam que ia nascer. É
preciso ter cuidado com promessas de cura. O que podemos oferecer são
estratégias com embasamento científico, viver juntos as tristezas e comemorar os
avanços.

Como está a detecção do problema no país?
O diagnóstico no Brasil é pouco realizado. As crianças com autismo ainda são tidas como débeis mentais e ponto, com limites  intelectuais e retardo mental mesmo. Isso é um grande erro. O autismo é um transtorno do desenvolvimento do sistema nervoso que traz uma gama de comportamentos diferenciados. Por isso falamos do espectro autista, que vai desde casos leves até os muito graves.

Como se define o transtorno biologicamente?
Essa criança nasce com um sistema nervoso central diferente, e essa diferença é na comunicação entre os
neurônios, que é mais lenta e acontece menos. Por isso ela vê o mundo em partes, e não como algo global.
Se você olha para o meu rosto, vê nariz, olhos, boca e já sabe: é a Bia. É muito rápido. O autista vê nariz, orelha e vai se
prendendo nos detalhes. Isso causa dificuldades de socialização.
Mas essas crianças têm muito afeto, diferentemente do que se pensa. Por muito tempo, o autismo foi chamado de psicopatia infantil, porque a dificuldade de socialização parece uma indiferença com o outro, e não é.

Quais as estratégias para melhorar esses relacionamentos?
O autista tem pensamento concreto, você precisa criar manuais para ele. É preciso treinar o cérebro para abrir conexões que ele não tem. A medicação é usada para que a criança fique menos hiperativa e mais atenta a esses ensinamentos.
A maior descoberta na neurociência nos últimos 20 anos é a neuroplasticidade, a gente
muda o cérebro de dentro para fora e de fora para dentro. Os autistas têm o sistema emocional funcionante. Mas levam um tempo maior para manifestar a emoção. E nos casos mais graves também há dificuldades de linguagem. Por isso é comum que crianças com graus mais severos de autismo usem as pessoas como instrumento: ela pega você e leva até a geladeira para pegar o que quer.

Por que muitos autistas são tão dependentes de rituais?
O mundo é um excesso de estímulos para eles. Se o autista domina algo, como o caminho da casa até a escola, isso é ótimo para ele. Se você mudar alguma coisa, causa desespero. Qualquer mudança deve ser negociada.
Boa parte dos autistas é muito inteligente, muitos se alfabetizam sozinhos. Eles estudam e vão a fundo nos assuntos. E 10% são savants, têm uma ilha de conhecimento extraordinário cercada por um mundo de deficiências. São aquelas criaturas que tocam piano sem
nunca ter tido aula, mas não conseguem trocar a roupa sozinhas. Um autista é incapaz de mentir e de entender ironias. Por isso eles gostam de bichos, porque eles têm poucas expressões muito simples.

Por que é tão importante detectar o problema cedo?
O diagnóstico feito até os três anos é um divisor entre uma vida funcional, que não vai ser perfeita, mas em que a pessoa vai poder se cuidar, ter uma articulação com as pessoas, e uma vida em que isso não acontece. Pediatras bem informados podem
detectar o problema facilmente. Bebê que se incomoda em ser amamentado é um sinal, assim como demorar para falar, não olhar para os pais quando falam, andar na ponta dos pés se está nervoso, não olhar nos olhos. Tudo isso é muito precoce. Um investimento nos pediatras traria diagnóstico em 100% dos casos antes dos dois anos, o que seria revolucionário para o prognóstico das crianças.
Os autistas são estrangeiros onde quer que estejam. Nosso mundo para eles é assustador. Mas nós podemos buscá-los. Quem trata esse tipo de alteração precisa gostar muito de gente. É preciso exercitar a solidariedade.
E isso faz bem para todos. Para mim, faz. Cada beijo que ganho de um autista é um grande troféu.
FOLHA DE S.PAULO, 9 jun 2012.

Link do filme: Uma viagem inesperada

Anticorpos maternos são nova pista para autismo

Anticorpos maternos que têm como alvos as proteínas no
cérebro do feto podem desempenhar um papel no desenvolvimento de
algumas formas de autismo, de acordo com um estudo publicado nesta
terça-feira.

Realizado em 246 mães de crianças com "transtornos do espectro
autista" e 149 mães de crianças saudáveis, o estudo mostrou que
quase um quarto das mulheres do primeiro grupo tinham uma combinação
diferente destes anticorpos do que aquelas do segundo grupo.

Os "transtornos do espectro autista" (TEA) incluem variedades
diferentes de autismo, entre elas a síndrome de Asperger, que afeta
crianças muito inteligentes, mas com grande dificuldade em
interações sociais.

Os anticorpos são proteínas essenciais para o sistema imunológico.
Eles detectam e neutralizam substâncias estranhas ao corpo, tais como
vírus e bactérias.

As mulheres grávidas passam seus anticorpos para o feto, o que lhe
permite defender-se de infecções até os 6 meses de idade, enquanto
seu sistema imunológico ainda está imaturo.

Mas eles podem também, de acordo com o estudo publicado na revista
Translational Psychiatry, transmitir anticorpos que impedem que o
cérebro se desenvolva corretamente.

"Descobrimos que 23% das mães de crianças autistas têm
auto-anticorpos contra proteínas que são necessárias para um
desenvolvimento neurológico saudável"
, explicou à AFP Judy Van De
Water autora do artigo, professora da Universidade da Califórnia, que
afirma que esses anticorpos não estavam presentes em mães de
crianças não-autistas.

Os sintomas também se mostraram mais graves em crianças nascidas de
mães com o anticorpo em questão do que em comparação com crianças
autistas nascidas de mães sem esses anticorpos.

Os TAE afetam cerca de um em cada 100 nascimentos nos países
ocidentais. Os meninos são três vezes mais afetados do que as
meninas por esta doença, cujas origens permanecem obscuras.

A equipe da Dra. Van de Water foi capaz de identificar 11 diferentes
combinações de sete proteínas alvo de anticorpos associadas aos
TEA, cada um dos quais tem um risco diferente do transtorno autista.

O objetivo agora é encontrar marcadores capazes de identificar o
risco de TEA, o que permitiria "uma intervenção precoce" para ajudar
crianças com autismo para "melhorar o seu comportamento e
capacidades", observa Van de Water.

Em um estudo separado, os pesquisadores liderados por Melissa Bauman,
também da Universidade da Califórnia, expuseram oito fêmeas de
macacos-rhesus grávidas aos anticorpos maternos relacionados ao TEA e
chegaram a resultados semelhantes: os macacos recém-nascidos dessas
mães "mostraram diferenças de comportamento, incluindo reações
inadequadas em relação a outros macacos", observa o estudo.

Fonte: AFP

CONFIRMADA CONEXãO ENTRE AUTISMO E BACTéRIAS BENéFICAS NO ORGANISM

Redação do Diário da Saúde

Há muito se discute uma conexão estreita entre o autismo e a
população de bactérias no trato gastrointestinal. [Imagem: Jason
Drees for the Biodesign Institute]
Acaba de ser feita a primeira análise bacteriana abrangente focando
bactérias comensais - bactérias benéficas - em crianças com
transtorno do espectro do autismo (TEA).

Há muito se discute uma conexão estreita entre o autismo e a
população de bactérias no trato gastrointestinal.

"Uma das razões pelas quais começamos a focar este tema é o fato
de que as crianças autistas têm um monte de problemas
gastrointestinais que podem durar até a vida adulta. Estudos têm
mostrado que, quando conseguimos gerir esses problemas, seu
comportamento melhora dramaticamente," explica a Dra. Rosa
Krajmalnik-Brown, da Universidade do Estado do Arizona (EUA).

Seguindo essa pista, o grupo levantou a hipótese da existência de
traços distintivos na microflora intestinal dos indivíduos autistas,
em comparação com crianças normais.

Até agora, os estudos sobre a microbiota intestinal em indivíduos
autistas vinham-se concentrando principalmente em bactérias
patogênicas, algumas das quais envolvidas em alterações da função
cerebral.
*Bactérias do intestino influenciam química cerebral e
comportamento [2]
Um exemplo envolve bactérias gram-negativas contendo
lipopolissacarídeos nas suas paredes celulares, que podem induzir
inflamações e levar à acumulação de elevados níveis de mercúrio
no cérebro.

Autismo e bactérias

O presente estudo confirmou as suspeitas e ainda descobriu que
crianças com autismo [3] têm significativamente menos tipos de
bactérias intestinais benéficas, provavelmente tornando-as mais
vulneráveis a bactérias patogênicas.

O pesquisador Dae-Wook Kang, membro do grupo, descobriu que os
autistas têm contagens significativamente menores de três bactérias
críticas - _Prevotella_, _Coprococcus_ e _Veillonellaceae_ - em
comparação com crianças saudáveis.

Mas, mostrando que os cientistas estão longe de ter todas as
respostas, o estudo mostrou que estas alterações microbianas estão
presentes em todos os indivíduos autistas, mas as alterações não
estão correlacionadas com a gravidade dos sintomas gastrointestinais.

Apesar disso, os novos dados poderão vir a ser usados como uma
ferramenta quantitativa de diagnóstico para identificar o autismo, e
como um guia para o desenvolvimento de tratamentos eficazes para os
problemas gastrointestinais relacionados aos TEAs (transtornos do
espectro do autismo).

Fonte:

DIáRIO DA SAúDE - WWW.DIARIODASAUDE.COM.BR
URL:http://www.diariodasaude.com.br/news.php?article=autismo-bacterias&id=8985

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Obrigada, Murilo!

domingo, 7 de julho de 2013

Cientista brasileiro estuda remédio promissor para tratar autismo

Alysson Muotri estuda neurônios criados com células-tronco de autistas.
Cientista relata ter obtido resultados preliminares, mas positivos.


Rafael Sampaio Do G1, em São Paulo

'É possível reverter neurônios autistas para um estado normal, ou seja, o estado autista não é permanente', diz Alysson Muotri (Foto: cortesia UC San Diego)O biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor e
pesquisador nos EUA (Foto: cortesia UC San Diego)
 
O biólogo brasileiro Alysson Muotri, professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Califórnia em San Diego, nos EUA, relatou ter obtido resultados preliminares, mas promissores, em pesquisas com medicamentos para tratar efeitos do autismo em crianças.
Analisando os genes de pacientes e reprogramando células-tronco obtidas a partir de células comuns para que elas se tornem neurônios, o cientista e sua equipe têm estudado em laboratório drogas que ajudem a reduzir as limitações presentes em autistas.

Em uma das pesquisas, apresentada em congressos, mas ainda não publicada em revista científica, Muotri aponta ter encontrado vínculo entre mutações genéticas que prejudicam a formação de sinapses (ligações) dos neurônios e alterações causadas pelo autismo. O estudo com uma criança que apresenta uma forma específica de autismo apontou que ela tem um gene defeituoso que dificulta a entrada de cálcio nos neurônios, o que atrapalha a proliferação das sinapses.
saiba mais
 
Os pesquisadores retiraram células comuns da criança e fizeram com que elas voltassem a ser células-tronco. Depois, elas foram reprogramadas para se tornarem neurônios. Eles, então, testaram medicamentos para estimular em laboratório o bom funcionamento do gene. "Todo mundo tem duas cópias de cada gene. No caso desta criança, ela tem uma cópia que está mutada [sofreu mutação] e outra que é funcional. Achamos uma droga que estimula o gene ativo a ‘funcionar’ em dobro", disse Muotri, que é pós-doutor em neurociência e células-tronco pelo Instituto Salk de Pesquisas Biológicas, também na Califórnia.

O medicamento que estimula o receptor de cálcio respondeu bem aos testes em laboratório e passou a ser administrado ao paciente diluído em chá, para avaliar os resultados. As primeiras observações, após um mês, mostram que a criança tem progredido em atenção e sociabilização. "Avaliamos através de questionários aplicados para os pais, professores, amigos da criança. Fizemos uma observação antes e depois da droga", aponta Muotri.
"Os dados que obtivemos depois de um mês são promissores, eles mostram melhora na atenção e na sociabilidade da criança", relata o professor. "Não é tão significativo porque tivemos que dar uma dose pequena", pondera, mas a descoberta é importante. "Abre uma perspectiva que estamos chamando de medicina personalizada. Baseado no genoma da pessoa e em testes com células-tronco induzidas, pode ser possível definir qual a melhor droga e a melhor dose a ser usada em um indivíduo", diz.

O caso do autismo é singular porque há vários tipos de distúrbios, causados por situações e mutações distintas. "Dificilmente você vai encontrar uma droga que vale para todo mundo", avalia Muotri. Ele diz que o tratamento que está sendo proposto, o da medicina personalizada, é similar ao que ocorre com alguns tipos de câncer. "Você retira algumas células e vai testando, até encontrar o medicamento e a dose certa."

O pesquisador vem ao Brasil neste sábado (29) para dar uma palestra no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), às 14h. A apresentação será em torno do tema: "Remodelando Neurônios Autistas com Células-tronco", e será mediada pela pesquisadora Patrícia Beltrão Braga, da USP.

Cérebro maior
O grupo capitaneado por Muotri também está investindo em outra linha de pesquisa - analisar dez crianças autistas com quadro clínico parecido, de cérebro com tamanho maior do que o normal. Os pesquisadores estão estudando se estes pacientes têm características genéticas similares, como alguma mutação.

A hipótese dos cientistas é que, se as crianças têm um cérebro grande, é porque elas têm mais neurônios do que o necessário para sua idade - por algum motivo as células nervosas podem ter crescido descontroladamente. "Nós estamos pesquisando drogas que inibam o crescimento dessas células. A ideia é controlar o aumento, estamos fazendo testes em laboratório", diz Muotri.
A previsão do professor é que essa linha de pesquisa vai dar respostas mais rapidamente. "Proliferação celular é algo que é estudado há muito tempo", pondera. "Talvez dois anos para começar a ter resultados com drogas.”

A Associação Brasileira de Autismo, Comportamento e Intervenção do Distrito Federal - Abraci-DF promoveu na manhã deste domingo(16), no Parque da Cidade, em Brasília, o evento "Juntos Somos Mais". Os organizadores montaram um posto de informação para tira (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr )
Atividade promovida pela Associação Brasileira de
Autismo, Comportamento e Intervenção do DF
(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr )
 
Neurônios vivos
Um dos grandes problemas para entender o autismo é conseguir obter neurônios vivos, ressalta Muotri. "Muitas vezes são usados tecidos de autistas mortos, analisados depois que um paciente morre." Mas o avanço de pesquisas em células-tronco pluripotentes induzidas (conhecidas como células iPS, em inglês) está abrindo um novo caminho no estudo do autismo, diz o professor.
"A ideia é pegar células do paciente - cabelo, pele, polpa do dente - e fazer com que elas voltem a ser células-tronco. Então você as induz a se tornarem neurônios", explica o cientista. Pesquisas recentes apontam que o cérebro dos autistas, em geral, realiza menos sinapses (ligações entre neurônios para transmissão de informações), o que está sendo explorado nas pesquisas científicas.

"Começamos a testar medicamentos para elevar o número de sinapses, e alguns deles têm funcionado. Drogas como o fator de crescimento insulínico [IGF-1, na sigla em inglês]", diz Muotri. Um dos problemas do IGF-1 é que é uma proteína muito grande, que não consegue ser bem absorvida pelas camadas mais externas do cérebro. Moléculas menores estão em estudo, afirma o professor.
A novidade dos pesquisadores é que os testes com estas drogas até agora estavam restritos ao laboratório, e vão começar a ser aplicados em pacientes em breve. "A fase clínica de toxicidade já foi aprovada para alguns grupos que estão estudando crianças autistas. A ideia agora é testar em um número maior de crianças, para saber se, com seis meses a um ano de tratamento, elas estão melhores em diferentes aspectos, como respiração, ansiedade", informa Muotri