O distúrbio nos circuitos neuronais, que está na origem do autismo, poderá ser revertido.
A conclusão é de um estudo suíço, do Biozentrum da Universidade de
Basileia, que identificou uma disfunção específica causada pela doença e
que conseguiu revertê-la, o que poderá abrir caminho à cura e constitui
um enorme passo no desenvolvimento de um futuro tratamento.
Segundo a equipe de especialistas, coordenada por Stephane Baudouin e
cujo estudo foi publicado na prestigiada revista científica Science, a
existência deste defeito prende-se com uma produção exagerada de um
recetor neuronal, o glutamato, que modela esta transmissão, impedindo o
desenvolvimento normal do cérebro a longo-prazo e dificultando a
aprendizagem.
Eles identificaram um defeito na transmissão de sinais sinápticos
em roedores que interfere com a função e a plasticidade dos circuitos
neuronais.