sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Sincronia fraca entre neurônios pode ser a causa do autismo, diz estudo


Sincronia fraca entre neurônios pode ser a causa do autismo, diz estudo
Descoberta ainda precisa de mais pesquisas para ser confirmada.
Diagnóstico pode passar a ser feito a partir de um ano de idade.

Do G1, em São Paulo

Um estudo feito com mapeamento de imagens do cérebro identificou um novo marcador para identificar o autismo, que pode se tornar uma forma de diagnosticar a síndrome mais cedo. A descoberta mostrou que o cérebro das crianças com autismo tem menos ligações entre os dois hemisférios.

Nos dois lados do cérebro, há áreas relacionadas à linguagem. A pesquisa associou a força da sincronização entre essas partes à capacidade de comunicação. Quanto mais fraca a ligação, maiores as dificuldades apresentadas pela criança.

O autismo é uma desordem que evolui com o tempo. Hoje, o diagnóstico é baseado apenas em observação comportamental e só pode ser feito após os três anos. Caso estudos futuros confirmem a recente descoberta, o diagnóstico já poderá ser feito a partir de um ano, com exames de ressonância magnética do cérebro. Naturalmente, a detecção precoce auxiliaria o tratamento.

“Num cérebro normal, neurônios de áreas separadas pertencentes a um sistema com uma função particular, como visão ou linguagem, ficam sempre em sincronia, mesmo durante o sono. Nosso estudo mostra que, na maioria dos bebês com autismo, essa sincronia é significativamente mais fraca nas áreas responsáveis pelas capacidades de linguagem e comunicação”, afirmou Ilan Dinstein, um dos autores da pesquisa.

Dinstein é pesquisador do Instituto Weiszman, de Rehovot, Israel, e faz parte também de um grupo de estudos sobre autismo da Universidade da Califórnia, em San Diego, EUA. O artigo foi publicado pela revista médica “Neuron”.

Autismo pode ser tratado com dieta


A bióloga Eloah Antunes começou a pesquisar sobre o assunto quando o seu filho, Luan, hoje com sete anos, apresentou os sintomas da síndrome. Graças aos estudos feitos nos Estados Unidos, decobriu que o tratamento poderia ser feito por meio da alimentação. A avó de Luan, a psicopedagoga Juceli Antunes, abraçou a causa e hoje é presidente da Associação em Defesa do Autista (Adefa).

“O autismo não está no cérebro, ele é uma enfermidade multifatorial, que atinge o sistema gástrico. A ingestão de proteínas de glúten encontradas no trigo, na cevada, na aveia, e também de caseína, que é a proteína do leite, afeta a função do cérebro normal. O tratamento consiste na dieta, na terapia comportamental e na reposição de nutrientes”, explicou Juceli.

Para a médica da SMDP, essa linha não funciona para todas as crianças autistas: "Cada criança necessita de um tipo de tratamento. Mas entendemos que muitos vão se beneficiar da dieta. O importante é ter um numero grande de opções. Não existe um tratamento modelo".

A avó de Luan conta que hoje o neto obedece a ordens e se sociabiliza com outras crianças: “Foi uma tarefa difícil, porque ninguém achava o problema. Ele não falava, ficava sem dormir, gritava dia e noite, batia a cabeça na parede, se jogava no chão. Minha nora não dormiu durante 3 anos”, revelou Juceli.

Para ela, o tratamento à base da dieta sem açúcar, glúten e leite é a principal causa da melhora das crianças assistidas pela Adefa e pela escola.

“Não há uma regra geral. Ainda existe algum autista que pode comer um desses três vilões da alimentação. O estudo do autismo não vai chegar as um resultado final nunca”, disse Juceli, que também serviu como fonte de informação para a equipe do Cema-Rio.

Cientistas encontram varição genética que influi no autismo


Londres, 28 abr (EFE) - Um grupo de cientistas descobriu a primeira evidência clara de que uma variação genética comum tem influência no desenvolvimento do autismo, segundo uma pesquisa cujos resultados foram publicados na edição semanal online da revista Nature. A pesquisa se centra nos polimorfismos de um só nucleotídeo ou SNP (em inglês), que são uma variação muito frequente na sequência de DNA que afeta uma só base - adenina, timina, citosina ou guanina- de uma cadeia do genoma.

Os SNP formam até 90% de todas as variações genômicas humanas na sequência do DNA e determinam a resposta dos indivíduos a doenças, bactérias, vírus e medicamentos. Até agora, os cientistas achavam que não havia relação com os transtornos do espectro autista (TEA), o grupo de incapacidades do desenvolvimento provocadas por uma anomalia no cérebro.

No entanto, os professores Hakon Hakonarson, do Hospital Infantil da Filadélfia (EUA), e Gérard Schellenberg, da Faculdade de Medicina da Universidade da Pensilvânia, respondem a esta crença. Até agora, a associação genética com os TEA era difícil de ser descoberta devido à complexidade dos sintomas clínicos e pela própria arquitetura genética, mas os trabalhos realizados por Hakonarson e Schellenberg resolveram este problema.

Em uma das pesquisas foram identificados seis SNPs junto a dois genes codificadores de proteínas, o que significa que as moléculas que aderem às células neuronais têm um papel no desenvolvimento dos diferentes tipos de autismo. No segundo estudo, foram encontradas duas trajetórias ou percursos genéticos no sistema nervoso que contribuem de maneira significativa à suscetibilidade genética a apresentar TEA.

Os genes encontrados em uma das trajetórias eram os responsáveis por uma degradação proteica - um processo que tem a ver com vários transtornos genéticos - e as descobertas em regiões associadas com a aderência neuronal tinham uma estreita relação com o desenvolvimento do autismo.

Em entrevista coletiva, Schellenberg destacou que a pesquisa abre caminho para descobrir eventuais remédios que possam combater o problema.

Estudos genéticos relacionam proteína e conexão entre os neurônios.


Análises em autistas comprovaram menor presença da proteína.

Luis Fernando Correia Especial para o G1


Através de uma rede cooperativa, que envolve mais de 75 centros de pesquisa, estudos genéticos conseguiram correlacionar os níveis de uma proteína e a conexão entre os neurônios.

A proteína Semaforina 5A já havia sido implicada no crescimento dos neurônios e a formação das conexões entre as células cerebrais. Comparando indivíduos portadores de autismo e controles sem a doença os níveis dessa proteína eram mais baixos nos autistas.

As análises do tecido cerebral de portadores de autismo, feitas em um estudo paralelo comprovaram a menor presença dessa proteína nos portadores da doença.

Esses estudos, segundo o pesquisador Andy Shih, podem reforçar o conceito de que um déficit de integração entre os neurônios esteja envolvido na neuropatologia dessa complicada doença.

A partir da comprovação desses achados e da função da proteína semaforina e suas variantes, os pesquisadores acreditam que um possível alvo para futuros tratamentos medicamentosos pode ter sido identificado.

Através de um programa chamado de Autism Genetic Resource Exchange, material genético de pessoas de famílias com pelo menos dois indivíduos com diagnóstico de autismo se torna disponível aos pesquisadores.

As pesquisas de comparação genética são chamadas de Genome Wide Association Studies e buscam comparar o genoma humano e suas variações com a presença de doenças.

Esses estudos para serem realizados, precisam envolver grandes grupos populacionais com as mesmas características e também grupos controle para que os paralelos possam ser traçados.

Para que esses materiais possam estar disponíveis, a participação das famílias de pacientes é fundamental.

Fonte http://g1.globo.com/

Método Teacch, apresentação

A prática da metodologia Teacch foi conhecida por meio de observações do trabalho realizado em uma instituição educacional brasileira e de entrevistas com os profissionais envolvidos nesse trabalho. A instituição atende pessoas carentes e é mantida por doações. Possui duas sedes, onde são atendidos por volta de 50 crianças e jovens, sendo 12 residentes.

Foi elaborado um programa pedagógico que segue os preceitos da pré-escola e do início do curso fundamental. Há também programas pré-profissionalizantes e de atividades devida diária que complementam o trabalho em sala de aula.

A classe é, geralmente, composta por quatro alunos; há
um professor e um assistente. Enquanto o professor ensina uma tarefa nova a um aluno, os outros trabalham sozinhos sob a supervisão do assistente.

Estes profissionais não têm obrigatoriamente um curso superior ou especialização na área; são treinados, num curso teórico-prático na própria escola. O professor ensina uma tarefa conduzindo as mãos do aluno e sempre utilizando os cartões como apoio visual. Aos poucos, direciona cada vez menos até que a criança consiga realizar a atividade sem ajuda, apenas sendo guiada pelos cartões.

Além deste trabalho educacional, os profissionais com formação superior em musicoterapia, educação física e fonoaudiologia, vem desenvolvendo outros programas que são conjugados à rotina diária dos autistas. O trabalho fonoaudiológico compreende diferentes abordagens, escolhidas a partir da avaliação feita pela fonoaudióloga de cada criança. Além disso, a fonoaudióloga também avalia motricidade oral . A"aula de fono", como é chamada, é sempre individualizada e abrange os aspectos linguagem e motricidade oral. O trabalho educacional do Teacch enfatiza mais a comunicação receptiva.

Apesar de os princípios metodológicos do Teacch incluírem, além dos estímulos visuais, os estímulos corporais e audiocinestésicos para desenvolver comunicação, a fono audióloga declarou, em entrevista, que não utiliza aprendizado de linguagem de sinais porque acredita que o problema do autista não seja o mutismo, o que ocorre é que ele não processa a informação via comunicação gestual (mesmo ela sendo de caráter visual), pois não consegue simbolizar. Isto é, o autista não tem capacidade cognitiva para entender o significado dos gestos, que são simbólicos e não representativos fiéis das palavras.

As "aulas de fono" têm caráter diretivo, a verbalização é usada para dirigir e reforçar atividades e a postura da fonoaudióloga é formal e séria .

Método ABA, apresentação

Quem pode se beneficiar com ABA?
O tratamento com Aba tem beneficiado todo o tipo de aprendiz em todas as idades, com muita ou pouca habilidade, em várias questões diferentes. No começo dos anos 60, começou-se a se trabalhar com a análise do comportamento em crianças autistas e com outras desordens do desenvolvimento. Desde aquela época, uma grande variedade de técnicas de ABA tem sido desenvolvida para construir o aprendizado em crianças autistas de todas as idades. Essas técnicas são usadas tanto em situações mais estruturadas e formais como nas situações mais naturais, tipo as situações do dia-a-dia e tanto na situação de 1 pra 1, como nas instruções em grupo.O uso dos princípios e técnicas da ABA para ajudar pessoas com autismo terem uma vida mais feliz e produtiva se expandiu rapidamente nos últimos anos. Hoje, ABA é amplamente reconhecido como seguro e efetivo no tratamento do autismo.
ABA tem sucesso com autistas adultos?
Sim. Documentos de pesquisa mostram que várias técnicas de ABA são efetivas em construir habilidades em crianças, adolescentes e adultos com autismo e desordem relacionadas. E ainda, os métodos de ABA são úteis em ajudar as famílias a lidar com muitos comportamentos difíceis que podem acompanhar o autismo, sem os efeitos colaterais de drogas. Nos EUA muitos desses indivíduos adultos com acompanhamento de ABA aprenderam a desenvolver alguma atividade voltada pro trabalho e a ter uma ótima participação em suas comunidades.

De acordo com o Departamento de Saúde do Estado de Nova Yorque, procedimentos derivados da análise do comportamento são essenciais em qualquer programa desenvolvido para o tratamento de indivíduos diagnosticados com autismo. A academia nacional de ciências dos EUA, por exemplo, concluiu que o maior nº de estudos bem documentados utilizaram-se de métodos comportamentais. Além disso, a Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos, afirma que ABA é o único tratamento que possui evidência científica suficiente para ser considerado eficaz.
O tratamento ABA envolve o ensino intensivo e individualizado das habilidades necessárias para que o indivíduo possa adquirir independência e a melhor qualidade de vida possível. Dentre as habilidades ensinadas incluem-se comportamentos sociais, tais como contato visual e comunicação funcional; comportamentos acadêmicos tais como pré-requisitos para leitura, escrita e matemática; além de atividades da vida diária como higiene pessoal. A redução de comportamentos tais como agressões, estereotipias, auto-lesões, agressões verbais, e fugas também fazem parte do tratamento comportamental, já que tais comportamentos interferem no desenvolvimento e integração do indivíduo diagnosticado com autismo.
Durante o tratamento comportamental (ABA), habilidades geralmente são ensinadas em uma situação de um aluno com um professor via a apresentação de uma instrução ou uma dica, com o professor auxiliando a criança através de uma hierarquia de ajuda (chamada de aprendizagem sem erro). As oportunidades de aprendizagem são repetidas muitas vezes, até que a criança demonstre a habilidade sem erro em diversos ambientes e situações. A principal característica do tratamento ABA é o uso de conseqüências favoráveis ou positivas (reforçadoras). Inicialmente, essas conseqüências são extrínsecas (ex. uma guloseima, um brinquedo ou uma atividade preferida). Entretanto o objetivo é que, com o tempo, conseqüências naturais (intrínsecas) produzidas pelo próprio comportamento sejam suficientemente poderosas para manter a criança aprendendo. Durante o ensino, cada comportamento apresentado pela criança é registrado de forma precisa para que se possa avaliar seu progresso.
O uso da Análise Comportamental Aplicada voltada para o autismo baseia-se em diversos passos: 1- avaliação inicial, 2- definição de objetivos a serem alcançados, 3- elaboração de programas/procedimentos, 4- ensino intensivo, 5- avaliação do progresso. O tratamento comportamental caracteriza-se, pela experimentação, registro e constante mudança. A lista de objetivos a serem alcançados é definida pelo profissional, juntamente com a família com base nas habilidades iniciais do indivíduo. Assim, o envolvimento dos pais e de todas as pessoas que participam da vida da criança é fundamental durante todo o processo.
Concluindo, ABA consiste no ensino intensivo das habilidades necessárias para que o indivíduo diagnosticado com autismo ou transtornos invasivos do desenvolvimento se torne independente. O tratamento baseia-se em anos de pesquisa na área da aprendizagem e é hoje considerado como o mais eficaz.

Caio Miguel, Ph.D, Psicólogo, doutor em análise do comportamento pela Western Michigan Universit.
Artigo publicado no BAB - Boletim Autismo Brasil n.2, de junho de 2005.

Fiocruz desenvolve exame inédito, e mais confiável, para autismo

23 de outubro de 2009
Por Maria Carolina Maia



O Brasil está desenvolvendo um exame laboratorial inédito para o diagnóstico do autismo, uma alteração caracterizada por isolar seu portador do mundo ao redor. O método promete ser uma alternativa mais confiável aos testes de laboratório hoje usados para identificar a doença. "Ainda estamos em fase de estudos, mas os resultados são promissores", diz o pesquisador responsável, Vladmir Lazarev, do Instituto Fernandes Figueira, centro de pesquisas ligado à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro. "Testamos o método em 16 autistas jovens e obtivemos dados homogêneos, muito significativos estatisticamente. Agora, queremos fazer novos testes. A previsão é de que o exame esteja pronto em até cinco anos."

De acordo com Lazarev, cientista russo radicado no Brasil há 15 anos, a vantagem do novo método está no uso da foto-estimulação rítmica. O recurso torna o exame mais completo que outros. Em linguagem comum: durante o já usual encefalograma (radiografia), projeta-se sobre o paciente uma luz que pisca de forma ritmada, estimulando o cérebro a acompanhar. Como o autismo é uma doença do cérebro, a reação deste ao estímulo luminoso pode indicar se ele se enquadra ou não no campo da doença.

Os 16 autistas examinados durante a pesquisa, por exemplo, apresentaram deficiência no lado direito do cérebro. Nesta parte, que é responsável pelas habilidades sócioafetivas da pessoa - confira aqui quadro sobre o cérebro -, a mente dos pacientes seguia o ritmo da luz, mas de maneira mais tímida. "Com isso, podemos concluir que há uma deficiência funcional no hemisfério cerebral direito do autista", explica Lazarev.

Exames de imagem como a encefalografia (radiografia do cérebro feita após a retirada de um fluido do local) ou o próprio encefalograma, se empregados sozinhos, deixam o paciente em estado de repouso. Nessa situação, não se nota nenhuma alteração na atividade elétrica do cérebro. Os resultados, portanto, nem sempre são satisfatórios.

Diagnóstico complexo - Os métodos laboratoriais, chamados de métodos de tipo objetivo, complementam o diagnóstico do autismo feito clinicamente, quando o paciente, em geral uma criança, é avaliado por médicos de diferentes especializações: pediatra, neurologista e fonoaudiólogo, além de um psicólogo. Ou seja, isoladamente, o parecer deve sempre ser associado aos exames de laboratório. "A dificuldade em diagnosticar clinicamente o autismo se deve ao fato de a doença, um mal neuropsiquiátrico funcional, ter aspectos parecidos com os de outras enfermidades", explica Lazarev. Daí a importância de um diagnóstico objetivo cada vez mais confiável.

A grande maioria dos doentes - entre 60% e 70% - tem comprometimento da linguagem, em níveis variáveis. O restante - de 30% a 40% - tem linguagem e inteligência normais e, tecnicamente, são chamados de autistas de alto desempenho. Embora sejam iguais aos demais na dificuldade de compreender o contexto em que se encontram, emitem menos sinais da doença, que pode demorar a ser identificada e tratada. Isso é um fator de risco.

Entenda melhor a doença - Segundo Adailton Pontes, parceiro de Lazarev na pesquisa, o autismo é considerado hoje não apenas uma doença, mas uma série de distúrbios de desenvolvimento capazes de comprometer a interação social, a comunicação social e as habilidades imaginativas. "O autismo não é uma coisa única, há várias formas de autismos que variam no grau de comprometimento das funções - mais leve, moderado, mais grave e com níveis diferentes de inteligência", diz o pesquisador.

A base da doença é genética. O papel do ambiente - das influências externas recebidas pelo autista - ainda é desconhecido. "O que se sabe é que a pessoa nasce com predisposição para o autismo e, já a partir dos dois anos pode apresentar os primeiros sinais da doença, como a ausência de linguagem e a dificuldade de brincar", conta Pontes. "O ideal é diagnosticar a doença até os três anos. Está provado que, quando se faz a intervenção precoce, o prognóstico é melhor. Eles não vão se curar, mas vão se desenvolver mais, vão superar algumas dificuldades que os outros podem não superar porque não foram estimulados."

O autismo não tem cura, mas o portador da doença pode tomar remédios contra sintomas específicos, como a agressividade

Método Son-Rise - Início do Programa

Ao começar algo novo, vivenciamos novos desafios, dúvidas, e até momentos de frustração. A Inspirados pelo Autismo busca auxiliar o início da sua maravilhosa viagem junto ao seu filho. Ao brincar com a criança com autismo de uma maneira em que a criança participe mentalmente, emocionalmente e fisicamente, um novo crescimento cerebral estará sendo solidificado. Abaixo encontram-se informações e links para ajudá-lo na sua jornada para uma perspectiva inspirada pelo autismo.
Todo crescimento neurológico é solidificado através de ações. Decidir adotar uma nova perspectiva é uma coisa, investir em ações físicas derivadas desta perspectiva é que a tornará uma realidade para você.

1. Passe 30 minutos por dia 1:1 (um a um) com sua criança.

  • Leve sua criança para o quarto mais calmo e silencioso de sua casa.
  • Faça o melhor para preparar o quarto de forma que não haja interrupções nesses 30 minutos.
  • Leve com você uma pequena caixa de brinquedos ou atividades.
  • Pouco a pouco aumente o tempo que você passa 1:1 com sua criança com acréscimos de 15 minutos.

2. “Junte-se” à criança.
Como uma maneira de entender e construir uma relação mais profunda com sua criança faça exatamente o que ela está fazendo. Concentre-se em se divertir nesse momento “no mundo dela” (Um aspecto marcante do Programa Son-Rise). Por exemplo:
  • Se sua criança estiver pulando numa bola, pule numa bola também.
  • Se sua criança estiver correndo de um lado para o outro, corra de um lado para o outro.
  • Se sua criança estiver recitando a cena de um filme ou livro, recite a mesma cena com ela.
  • Se sua criança estiver resolvendo problemas de matemática, faça os seus próprios problemasde matemática com ela.
  • Se ela estiver olhando fixamente para a parede, olhe para a parede com ela.
  • Faça o que ela estiver fazendo, exatamente da mesma forma.
  • À medida que você fizer o que ela estiver fazendo, concentre-se em realmente se divertir com a atividade.

3. Concentre-se no contato visual.
Quanto mais a criança olhar mais ela aprenderá. Quanto mais você se concentrar no contato visual com sua criança, mais esse contato aumentará – dando a oportunidade de sua criança aprender com você. O contato visual é de fundamental importância para todos os aprendizados futuros.
Por exemplo:
  • Celebre sua criança cada vez em que ela olhar para você. Você pode dizer, “Uau, eu adoro quando você olha para mim!” ou “O seu olhar é lindo!” ou “Obrigado por olhar para mim.” Não importa o que você diga, mas sim que você se sinta entusiasmado e agradecido pelo fato de sua criança ter escolhido olhar diretamente para os seus olhos.
  • Traga a atenção para a sua face e olhos. Torne o seu rosto interessante usando chapéus, óculos divertidos, adesivos e pinturas, etc.
  • Posicione-se em frente à criança, no nível dos olhos ou abaixo, tornando mais fácil para ela olhar para você. Quando oferecer brinquedos, alimentos ou algo para beber, posicione-os na altura dos seus próprios olhos.

Por acreditarmos na eficácia do Programa Son-Rise estamos oferecendo a você uma amostra de nossos princípios. Estes princípios podem ser aplicados imediatamente com sua criança especial. (Observação: Sugerimos que você escolha uma técnica que se aplique a sua criança e use-a consistentemente em cada oportunidade durante 2 a 4 dias.)


1ª Área de Desafio:

A criança tem verbalização limitada ou não fala.

Princípios para Orientação:
  • Se você ensinar que a linguagem é para comunicação (e não apenas sons para serem memorizados e repetidos), você mostra para a criança que existe um motivo para falar.
  • Se a linguagem é vista como útil e divertida, as crianças ficam motivadas para usá-la.

Aplicando os Princípios:
  • Responda rapidamente aos sons que sua criança emitir. Quando a criança emitir um som (mesmo que você não tenha certeza do que ela quer dizer), mova-se rapidamente e ofereça algo mesmo que você não saiba o que ela está pedindo. Demonstre que comunicações verbais fazem com que as pessoas se movam. Mostre a ela que a fala lhe trará poder.
  • Mostre que cada palavra falada resulta em uma ação. Ensine inicialmente verbos e substantivos associados a ações. Essas palavras são mais fáceis de responder e mostram o poder da linguagem. Ex: se você ensina a expressão colo, você pode carregar seu filho no colo cada vez que ele usar essa expressão. Em contraste, se você ensina a palavra mesa, não há ação específica resultante do uso dessa palavra. Exemplos de substantivos efetivos: bola ou bolha (de sabão).
  • Celebre cada tentativa de comunicação. Se sua criança tentar dizer uma palavra, vibre e celebre intensamente! Queremos que as crianças fiquem empolgadas ao tentar e tentar e tentar de novo. Para isto celebramos não apenas o sucesso, mas também qualquer esforço feito pela criança.

2ª Área de Desafio:

criança é incapaz ou não quer participar das atividades do cotidiano (ex: escovar os dentes, usar o banheiro, higiene pessoal, preparo das próprias refeições, vestir-se, etc.).

Princípios para Orientação:

  • Todas as pessoas (crianças e jovens adultos) se movem em direção ao que é divertido e prazeroso. Se estas atividades forem vistas como agradáveis, nossas crianças ficarão motivadas para participar delas ao invés de evitá-las .
  • As pessoas necessitam de um tempo para aprender – vale a pena investir tempo para ajudar sua criança a adquirir novas habilidades.
Aplicando os Princípios:
  • Faça/ensine essas atividades continuamente durante o dia. Ao invés de apenas fazê-las durante as horas mais ocupadas do dia (ex: quando tenta apressar as crianças para saírem de casa para que não percam o ônibus escolar), procure outras oportunidades para ensinar vagarosamente essas atividades.
  • Dê atenção e celebre todos os membros da família que participarem dessas atividades (ex: “Viva papai! Você vestiu o seu próprio casaco!”).
  • Tenha reações grandes e empolgadas para qualquer sinal de interesse ou disposição da criança nessa área (ex: quando a criança olhar para a escova de dente, quando ela vestir a camisa ao contrário, etc.).
  • Torne a atividade divertida! (O quê? Escovar os dentes de forma divertida? Sim! Escovar os dentes pode ser divertido!)
  • Seja flexível em relação ao tempo. Se sua criança se esquiva para não pentear o cabelo, ao invés de forçá-la ou pressioná-la, espere 10 minutos e tente de novo.

3ª Área de Desafio:

A criança exibe comportamentos ritualísticos e repetitivos de auto-estimulação.
Princípios para Orientação:
  • Crianças e adultos utilizam estes comportamentos para organizar a compreensão do ambiente em que estão inseridos e adquirir uma sensação de controle interno.
  • Estes comportamentos podem ter natureza curativa.
  • Estes rituais podem ser uma porta de entrada para a interação humana e relacionamentos sociais.
  • Estes comportamentos são confortantes para as crianças e têm um propósito mesmo quando não os compreendemos.
Aplicando os Princípios:
  • Ao invés de tentar parar um comportamento forçadamente, “junte-se” a este comportamento para ajudar a brincadeira solitária se tornar uma brincadeira a dois. Faça parte verdadeiramente dos “jogos” da criança antes de pedir a ela para fazer parte dos seus.
  • “Junte-se” às atividades de sua criança imitando exatamente o que ela faz (Ex: se sua criança está balançando as mãos, balance suas mãos com ela.). Posicione-se de forma que sua criança possa ver o que você está fazendo.

4ª Área de Desafio:

A criança possui um amplo vocabulário ou fala usando sentenças, mas não apresenta a habilidade de usar a linguagem eficientemente em situações sociais.
Princípios para Orientação:
  • Se ajudarmos uma criança a estabelecer confiança na comunicação social, ela tentará mais vezes.
  • As crianças são motivadas a usar as suas habilidades verbais com os outros quando a elas é mostrado o benefício trazido pela comunicação.
Aplicando os Princípios:
  • Recrie situações sociais em um ambiente livre de distrações inventando brincadeiras que simulem circunstâncias sociais conhecidas.
  • Ofereça frases/sentenças específicas que você quer que a criança aprenda, dentro de um contexto de uma atividade ou jogo estimulante. (Ex: ao invés de corrigir a criança ou “alimentá-la” com sentenças para repetir, crie um jogo chamado “supermercado” e mostre a ela como interagir com você enquanto você finge ser o caixa.)
  • Mostre-se entusiasmado para conversar sobre o tema de interesse de sua criança (Ex: Turma da Mônica, dinossauros, perguntas repetitivas como “A que horas é o jantar?”, etc.). Seja um modelo. Se quisermos que ela converse sobre as nossas áreas de interesse, primeiro temos que conversar sobre os interesses dela. Após termos prestado atenção nas áreas de interesse da criança, podemos então começar a conduzir gentilmente a conversa em direções diferentes.
  • Ao invés de corrigi-la continuamente ou mostrar a ela como o que ela está dizendo está fora de contexto ou já foi dito antes, celebre o fato de que ela está se comunicando com você. Deixe que ela saiba o quanto você adora ouvi-la falar e compartilhar.

5ª Área de Desafio:

A criança grita, chora, bate, joga objetos, etc.
Princípios para Orientação:
  • As crianças utilizam esses comportamentos porque eles funcionam. Se uma criança está gritando, é porque aprendeu que dessa forma ela consegue o que quer. Se este comportamento perder a utilidade ela não o usará mais.
  • Toda criança ou adulto está fazendo o melhor que pode. Seja qual for a razão, nesse momento eles não são capazes de encontrar uma outra forma de agir. Se pudessem, fariam.
  • Nossas reações desempenham um papel vital em encorajar ou diminuir a freqüência de cada um destes comportamentos.
Aplicando os Princípios:
  • Não demonstre reação. Mantenha sua expressão facial e sua voz em um tom neutro (ex: não grite, não franza as sobrancelhas, não faça careta, etc.). Sempre se movimente vagarosamente e com calma durante esse momento, pois assim você minimiza as suas reações, deixando de ser um possível apoio para esses comportamentos.
  • Ao invés de tentar ignorar esses comportamentos, explique com uma voz calma e amorosa que você não a entende quando se comunica com você dessa maneira. Mesmo que sua criança não saiba falar, sua explicação é útil tanto em conteúdo quanto em tom.
  • Evite dar a “recompensa” que ela quer. Se você oferecer o que ela quer quando grita, você a ensina que essa é uma forma efetiva de comunicação.
  • Cuide de si mesmo. Minimizar suas reações não significa que você tenha que permitir que sua criança bata em você. Tente colocar um travesseiro na sua frente e vagarosamente se movimente para outro lugar.
  • Ofereça uma alternativa. Se sua criança está puxando seu cabelo, ofereça a ela uma corda para puxar no lugar. Se estiver atirando blocos, ofereça então uma almofada ou um brinquedo mais fofo para que ela jogue.
  • Dê reações substanciais de celebração cada vez que sua criança for gentil ou pedir algo de uma maneira que você prefira.
  • Mova-se rapidamente quando ela pedir algo de forma gentil e clara, pois assim você mostra a ela o contraste entre esses tipos de comunicação.


(Direitos autorais reservados ao The Option Institute and Fellowship, site www.autismtreatmentcenter.org)


Clique aqui para fazer o download da página informativa com todas essas dicas e mais informações sobre como criar um ambiente de aprendizagem otimizado.

Filme: Meu filho, meu mundo




















Vídeos de como aplicar o Son Rise

Abro este espaço para disponibilizar vídeos no youtube sobre o programa “Uma Solução para o Autismo”, ou melhor, dizendo “Son – Rise”.
De ante mão, não afirmo que seja o melhor programa para o autista, até por que sempre digo que o autismo não vem regrado e sim personalizado, assim como o seu método de desenvolvimento.
O que pode ser bom para mim pode não ser bom para você e vice-versa.

Os Fundadores


Iniciando o programa


Introdução




Focando no contato visual
 















O Ambiente



Juntar-se a sua criança



Aplicando as Técnicas 1


Aplicando as Técnicas 2


Continuando a Aprendizagem


Brincar para Crescer - Estágio 04

Atividade 90 - Quando, onde, quem?

Objetivo :: Fazer-se entender, usando referências de contexto ao contar uma história
Motivação :: Ouvir uma história engraçada, antecipação
Material :: Cartolina, 3 envelopes, 15 cartões em branco, caneta, fita adesiva

Como Brincar
Desenhe três colunas em uma cartolina e rotule a primeira coluna com "Quando", a seguinte com "Onde" e a última "Quem". Rotule 3 envelopes da mesma forma (um rotulado com "Quando", um rotulado com "Onde" e um rotulado com "Quem"). Pegue 5 cartões para cada envelope, escreva uma frase em cada cartão que se relacione com sua categoria e coloque cada cartão no correspondente envelope. Por exemplo, os cartões com expressões como, "hoje", "ontem", "no meu aniversário" e "quando eu era um bebê" são colocados no envelope "Quando". Pendure a cartolina na parede e peça à sua criança para tirar um cartão de cada envelope. Cole o cartão na correspodente coluna na cartolina. Use os cartões para criar um contexto de uma história engraçada, que você vai contar à sua criança. Por exemplo, se a sua criança tirar os cartões "quando eu era um bebê", "na praia" e "a vovó e o vovô", então pode lhe contar a seguinte história: "Uma vez quando eu era um bebe e estava na praia com a vovó e o vovô, eles decidiram me levar para um passeio nas costas de um golfiho. Então, chamaram o golfinho até a beira da praia e pulamos nele..." . Continue até você ter usado todos os cartões para contar à sua criança histórias divertidas.

Variação
Vocês podem se revezar pegando os cartões. Peça que sua criança utilize os cartões que você escolheu para contar a história.


Atividade 91 - Quando, onde, quem? (Avançado)

Objetivo :: Fazer-se entender, usando referências de contexto ao contar uma história
Motivação :: Ouvir uma história engraçada, antecipação
Material :: Cartolina, caneta, fita adesiva

Como Brincar
Esta atividade é igual à anterior, mas ao invés de utilizar cartões que correspondam a "quando", "onde" e "quem", simplismente peça à sua criança para lhe dar um exemplo de cada um. Escreva as frases na cartolina, nas colunas apropriadas, e conte uma história engraçada.

Variação
Revezem-se inventando as frases, e contando histórias engraçadas.


Atividade 92 - Manhã e Noite

Objetivo :: Responder/ fazer perguntas, fazer relatos sobre acontecimentos passados e futuros
Motivação :: Atuar histórias de forma engraçada, completar um gráfico
Material :: Cartolina, caixa de papelão, canetinhas, papel, fita adesiva

Como Brincar
Faça um gráfico com uma imagem do sol na parte superior, e uma imagem da lua embaixo. Desenhe 3 quadradinhos em branco ao lado de cada desenho e cole o gráfico com fita adesiva na parede, à vista da sua criança. Pegue uma caixa de papelão e faça um sol em três lados (indicando a manhã), e nos outros três lados faça uma lua (indicando a noite). Peça à sua criança para jogar a caixa para cima e veja em qual lado cai. Se a caixa cair na "manhã", pergunte a ela: "O que você faz de manhã?". Peça que sua criança pense e atue esta atividade matutina (como escovar os dentes), enquanto você tenta adivinhar que atividade ela está representando. Se a caixa cair na "noite", então lhe pergunte: "O que você faz a noite?". Após você ter adivinhado a atividade que ela atuar, preencha o gráfico. Se sua criança atuou uma atividade matutina, desenhe um sol em um dos quadrados ao lado do sol. Se ela atuou uma atividade noturna, desenhe uma lua em um dos quadrados ao lado da lua. Revezem-se atuando e adivinhando até o gráfico estar completo.

Brincar para Crescer - Estágio 03


Atividade 50 - Diga-me o que você vê

Objetivo :: Falar em frases de 4 a 5 palavras
Motivação :: Imagens interessantes, antecipação
Material :: 10 imagens, marcador de tempo, cronômetro

Como Brincar
Escolha 10 imagens de revistas ou da internet que sejam atraentes para sua criança (engraçadas, pouco comuns ou fotos de coisas que ela goste). Coloque-as na prateleira junto com o marcador de tempo, cronômetro. Usando o marcador de tempo ou cronômetro, de um minuto a ela para olhar e listas as coisas diferentes que vê, em tantas frases de 4 a 5 palavras quantas forem possíveis (por exemplo, "Eu vejo uma mulher rindo", "Eu vejo um vestido azul". Conte o número de frases de 4 a 5 palavras que ela conseguir inventar, antes do tempo acabar. Quando o minuto terminar, mostre-lhe a próxima imagem. Continue até ela ter visto todas as imagens.

Websites recomendados
http://www.fotosearch.com/
http://www.funnypictureslady.com/
http://www.acclaimimages.com/

Atividade 51 - Loja de Brinquedos

Objetivo :: Falar em frase de 4 a 5 palavras
Motivação :: Brinquedos, dinheiro de brinquedo
Material :: 5 a 10 brinquedos, mesa, fita adesiva, sacola, dinheiro de brinquedo, carteira e caixa registradora de brinquedo

Como Brincar
Monte uma pequena "loja" utilizando uma mesa e uma caixa registradora de brinquedo. De a sua criança uma carteira cheia de dinheiro de brinquedo e uma sacola de compras. Escolha alguns dos brinquedos favoritos dela (ou compre vários brinquedos novos, simples e baratos) e coloque-os na prateleira. Aternativamente, cole (com fita adesiva) na parede atrás de você imagens de personagens favoritos da criança. Certifique-se de que os brinquedos/ imagens estejam à vista dela, mas fora do seu alcance. Peça à sua criança para lhe dizer, em uma frase de 4 a 5 palavras, qual brinquedo ela gostaria de comprar (por exemplo, "Eu quero o ursinho azul"). Uma vez que ela tiver falado a frase, você pode continuar com a "venda" e entregar-lhe o brinquedo. Continue até ela ter comprado todos os brinquedos.


Atividade 52 - Salão do cabelo engraçado

Objetivo :: Falar em frases de 4 a 5 palavras
Motivação :: Palhaçadas/ humor físico, controle, estilos de cabelo
Material :: Acessórios de cabelo

Como Brincar
Monte um "salão de cabeleireiro" com um pente/ escova, e muitos tipos diferentes de grampos, fivelas, elásticos e faixas. Cole os acessórios de cabelo com fita adesiva na parede, de forma que sua criançaos veja, mas não possa alcançá-los. Peça a ela para lhe dizer o que quer, com uma frase de 4 a 5 palavras (por exemplo, "Eu quero o grampo azul"). Use então o acessório para pentear e prender o cabelo dela de forma engraçadas. Quando tiver acabado, olhe no espelho e tire uma foto!

Dica
Se sua criança não quiser que você penteie o cabelo dela, elaa pode usar uma frase de 4 a 5 palavras para lhe dizer o que fazer no seu próprio cabelo (por exemplo, "Coloque a fita rosa no cabelo").

Brincar para Crescer - Estágio 02

Atividade 28 - O palhaço malabarista

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: As motivações específicas de sua criança
Material :: Papel colorido, canetinhas, tesoura, fita adesiva, bola

Como Brincar
Recorte uma forma de palhaço e seis formas de bolas utilizando papel colorido. No verso de cada bola, escreva uma atividade que poderia ser motivadora para sua criança, como "girar em círculos até cair no chão" ou "fazer uma careta engraçada no espelho". Cole o palhaço com fita em uma parede do quarto de brincar e as bolas nas outras paredes. peça à criança que olhe em seus olhos para que você tire uma bola da parede e leia as instruções. Brinquem da atividade divertida juntos e cole então cada bola em volta do palhaço na parede. Continue até o palhaço ter todas as bolas! Uma vez que ele as tiver, você pode até fingir ser um palhaço e fazer um trueque com bolas, como jogar uma bola para cima e bater palmas duas vezes antes de pegá-la.


Atividade 29 - Bonecas Divertidas

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Bonecas fazendo coisas engraçadas
Material :: 5 bonecas, sacolas

Como Brincar
Monte uma pequena "loja" na prateleira, com 5 bonecas à venda. Explique para sua criança que as bonecas não custam dinheiro, mas que custam "dinheiro de olhar nos olhos". Por exemplo, uma boneca pequena pode custar um olhar de 3 segundos, sendo que uma boneca grande pode custar um olhar de 4 segundos. Pergunte a ela qual boneca gostaria de comprar. Então peça-lhe para olhar nos seus olhos pelo tempo combinado, de forma a receber a compra. Quando você tirar a boneca da prateleira, faça a boneca fazer algo engraçado, como pular no ar ou dançar de maneira engraçada. Ponha a bonoeca em uma sacola e de para sua criança. Continue até ela ter "comprado" todas as bonecas.


Atividade 30 - Vamos fazer música!

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Música, cantar
Material :: Instrumentos musicais, sacola

Como Brincar
Encha uma sacola com diferentes instrumentos musicais e coloque-a na prateleira. Tire o primeiro instrumento e toque-o (você também pode cantar enquanto toca). Peça então à criança para olhar para você a fim de você começar a tocar o próximo instrumento ou cantar o próximo verso.

Variação
Para um contato visual mais prolongado, peça à sua criança para olhar para você pela duração da música inteira. Se ela desviar o olhar, pare de tocar, cantar. Você pode recomeçar quando ela voltar a olhar para você.

Dica
É especialmente útil primeiro modelar esta atividade para a criança com outro membro da sua família, sua equipe, assim a criança poderá ver como funciona.


Atividade 31 - A atividade de escutar

Objetivo :: Falar em frases de 02 a 03 palavras
Motivação :: Adivinhação, sons engraçados, antecipação
Materiais :: Gravador, fita virgem

Como Brincar
Grave 05 a 10 sons diferentes do exterior e arredores da casa (por exemplo, passos, cachorros latindo, barulho de carros, água correndo, alguém espirrando, etc.). Ponha o gravador na prateleira. Toque os sons gravados, um de cada vez, e peça à sua criança para identidicá-los. Peça que ela responda em frases de 02 a 03 palavras (por exemplo, "Eu ouço carros"), antes de tocar o próximo som.


Atividade 32 - De quem é essa voz?

Objetivo :: Falar em frases de 02 a 03 palavras
Motivação :: Adivinhação, músicas favoritas,, frases emgraçadas
Materiais :: Gravador, fita virgem

Como Brincar
Grave 05 a 10 membros da família ou da equipe dizendo a mesma frase engraçada ou cantando a música favorita de sua criança. Ponha o gravador sobre a prateleira. Toque as gravações para a criança e peça-lhe para adivinhar de quem é a voz que ela ouvir. Solicite que ela responda em frases de 02 a 03 palavras (por exemplo, "Eu ouço papai"), antes de tocar a voz seguinte.


Atividade 33 - A caixa do sentir
Objetivo :: Falar em frases de 02 a 03 palavras
Motivação :: Mistério, antecipação
Materiais :: Caixa de papelão, tamanho médio e 05 a 10 objetos diferentes para sentir

Como Brincar
Pegue uma caixa de papelão média e faça um furo na parte superior (grande o suficiente para a criança colocar a mão, mas não tão grande que ela possa ver o que tem dentro). Coloque um objeto dentro para sua criança sentir (por exemplo, uma colher ou xícara). Convide a criança a colocar a mão através do furo para sentir o objeto. Peça-lhe então para identificar o que tem dentro e dizer a você o que adivinha ser, em frases de 02 a 03 palavras (por exemplo, "Eu sinto uma colher," ou "É uma colher"). Uma vez que ela adivinhar, coloque o próximo objeto dentro da caixa. Continue até ela ter identificado todos os objetos.

Variação
Se sua criança se sentir motivada por números ou letras, você pode colocar grandes letras ou números plásticos na sacola, caixa e pedir que ela adivinhe qual ela sente através do tato.

Brincar para Crescer - Estágio 01

Atividade 01 - Massagem

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Massagens
Material :: Creme para massagem, acessórios para massagem

Como Brincar
Traga creme sem fragrância para massagens e ofereça massagear as mãos e os pés da sua criança com o creme. Você também pode trazer diferentes acessórios para massagem, tais como uma escova macia ou uma toalhinha. Massageie as mãos, pés, braços e pernas da sua criança, aplicando a pressão que ela gostar. Depois peça a ela para olhar para você na próxima massagem.

Dica
É importante fazer uma massagem na sua criança somente se ela lhe permitir, e parar se você perceber qualquer sinal de que ela não quer. Além disso, temos notado que a maioria das crianças gosta de uma pressão de forte intensidade, e frequentemente gostam de fortes apertos na cabeça. Você pode fazer isto colocando uma mão na testa da sua criança e a outra mão na nuca, e assim cuidadosamente dar-lhe um aperto forte.


Atividade 02 - Rodar

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Rodar
Material :: Toalha fina

Como Brincar
Traga uma toalha e peça à sua criança para se deitar de costas sobre ela (se tiver um tapete no quarto, dobre-o antes). Segure uma ponta da toalha e faça sua criança rodar em círculos várias vezes. Depois peça a ela para olhar em seus olhos para o próximo giro.

Variação
Você pode fazer crianças menores rodarem, segurando-as de cabeça para baixo, ou a cavalinho nas suas costas.


Atividade 03 - Cair !

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Pular
Material :: Mesa ou cadeira, pilha de travesseiros e pufe grande

Como Brincar
Ofereça levantar sua criança e coloque-a sobre uma mesa ou cadeira no quarto. Faça uma pilha de travesseiros ou coloque um pufe grande no chão que sirva como uma área macia de aterrissagem. Levante sua criança no ar e deixe-a cair sobre a área macia. Depois peça que ela olhe para você para o próximo pulo.


Atividade 04 - Cobra de corda

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Cócegas, estímulo visual
Material :: Corda de pular

Como Brincar
Fique em um canto do quarto e peça à sua criança para se sentar no canto oposto (dê um travesseiro para ela se sentar, para ajudá-la a manter a concentração). Pegue a corda de pular e mexa-se no chão como se fosse uma cobra. Mexa a cobra enquanto você se aproxima da criança, até que a cobra faça cócegas nela por toda a parte. Volte entãoao seu canto no quarto e peça à criança para olhar para você, para então você começar a mexer a cobra novamente.

Variação
Para um contato visual mais prolongado, peça a criança para olhar para você enquanto você se move na direção dela coma cobra. Cada vez que ele parar de olhar, faça a cobra virar estátua. Quando ela olhar novamente, faça a cobra voltar à vida e mexa-a aproximando-se ainda mais dela!

Atividade 05 - Brincar de cantar

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Músicas
Materiais :: 05 a 06 imagens que representam as músicas favoritas de sua criança

Como Brincar
Junte 05 a 06 imagens que representam as músicas favoritas de sua criança (por exemplo, uma aranha para "A Dona Aranha"). Cole as imagens à vista pelo quarto, mas fora do alcance dela. Aponte para cada imagem e cante a música correspondente para sua criança. Após ter demostrado para ela qual música cada imagem representa, peça-lhe para olhar para você para assim começar a próxima música.


Atividade 06 - Diversão com animais

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Animais, grandes movimentos corporais
Materiais :: 03 a 05 imagens de animais, fita adesiva

Como Brincar
Cole na parede uma fileira com 03 a 05 imagens diferentes de animais. Aponte para cada animal, um após o outro, e imite o animal para sua criança. Por exemplo, aponte para uma imagem de peixe, faça uma cara de peixe e finja nadar pelo quarto. Após ter imitado todos os animais, peça a sua criança para olhar para você antes de imitar o seguinte animal.


Atividade 07 - Diversão com pintura facial!

Objetivo :: Contato visual
Motivação :: Pintura para o rosto, cores, estímulo visual
Materiais :: Pintura facial

Como Brincar
Coloque alguns potes de pintura facial na prateleira. Pegue um deles, faça um ponto em algum lugar do seu rosto (sua bochecha, testa ou queixo) e coloque-o de volta na prateleira. Peça então à sua criança para olhar para você, para assim você fazer um ponto no mesmo lugar no rosto dela. Continue a atividade até que ambos estejam cobertos de pontos.

Variação
Se sua criança motiva-se mais por letras, números ou formas, você pode desenhar estas coisas no lugar de pontos. Se ele não quiser que você desenhe no rosto dela, você pode pedir a ela para olhar para você, para então você pintar outro desenho no seu próprio rosto.

Dica
Use pintura facial hipoalergênica e lenços umedecidos para removê-la com facilidade. Coloque a pintura facial de volta na prateleira entre um uso e outro, para evitar que a criança se distraia com os potes.


Atividade 08 - Brisa de cobertor

Objetivo :: Falar em frases de 01 palavras
Motivação :: Estímulo visual
Materiais :: Vários cobertores e lenços coloridos

Como Brincar
Peça à sua criança para deitar no chão. Abane um cobertor pequeno ou um lenço sobre o rosto e o corpo dela, para estimulá-la visualmente e também para dar-lhe uma brisa fresca. Então, peça a ela para dizer parte da palavra "cobertor", ou a palavra inteira, para ganhar a próxima brisa.


Atividade 09 - Piloto de corrida

Objetivo :: Falar em frases de 01 palavra
Motivação :: Corridas
Materiais :: Toalha fina (se sua criança encontrar muita motivação em girar, visite a sua loja de brinquedos. Você pode comprar um prato grande de plástico no qual ela possa sentar enquanto você a faz girar)

Como Brincar
Pegue uma caixa suficiente grande para sua criança se sentar dentro e desenhe rodas nas laterais. Puxe ou empurre a criança pelo quarto dentro da caixa. Faça várias corridas no seu "carro caixa", e então peça a ela para dizer parte da palavra "corrida", ou a palavra inteira, para ganhar a próxima corrida. A palavra também pode ser "correr" ou "passear".

Variação
Ao fim de cada corrida você pode pedir à sua criança para escolher um novo animal de pelúcia para juntar-se a ela na próxima corrida. Se sua criança sentir-se especialmente motivada por palhaçadas/humor físico, faça corrida bem turbulenta. Em cada curva fechada, deixe-a cair para fora do carror e veja se ela consegue subir de novo.

Dica
Para tornar a corrida mais fácil utilize uma caixa com alças ou faça um furo e amarre uma corda para puxá-la.


Atividade 10 - Animais instantâneos

Objetivo :: Falar em frases de 01 palavra
Motivação :: Animais, antecipação, grandes movimentos corporais
Materiais :: 03 a 05 máscaras de animal e ou fantasias de animal

Como Brincar
Faça ou compre 03 a 05 máscaras de animais ou fantasias (orelhas, narizes, caudas). Ponha cada máscara, fantasia e finja agir como o animal escolhido (pule pelo quarto e coce suas axilas como um macaco, ou engatinhe e faça miau como um gato). Peça então à sua criança para dizer parte da palavra "animal", ou a palavra inteira, para assim você imitar o animal seguinte. Se sua criança sentir-se particularmente motivada por um animal específico solicite que ela diga o nome daquele animal, para então ver você o imitado.

Dica
Ponha as máscaras, fantasias de volta na prateleira entre um uso e outro, assim os materiais não distrairão a criança.