quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dicas Saudáveis SGSC para toda a família!

Alimentação saudável tem sido objeto de debate entre os pais, nutricionistas, médicos e cozinheiros há anos. Cada grupo tem suas razões em particular e estão confiantes de que estão corretos. E há fatos que sustentam os muitos pontos de vista. 
Recentemente, um artigo escrito por um nutricionista sobre as tendências do alimento comercial mencionou que a " tendência livre de glúten " estava prestes a cair e que as pessoas que evitam alimentos que contenham glúten (sem diagnóstico de doença celíaca) consomem frequentemente uma dieta mal equilibrada. 
A preocupação é que uma dieta sem glúten ou sem glúten e sem lactose ou caseína - SGSC é carente em fibras, vitaminas do complexo B e cálcio que estão presentes nos alimentos com trigo e laticínios . Outra preocupação é o alto teor de açúcar e gordura dos alimentos sem glúten e leite. 

Relato de pais sobre a eficácia da dieta

Vou reunir aqui, alguns relatos de pais que falam da eficácia de tirar o glutem e/ou a caseína da dieta dos seus filhos. A maioria estou tirando de comentários do blog da Cláudia Marcelino, essa mãe que me inspira demais. Absorvo tudo o que ela posta.

Do blog da cláudia:
Querida Cláudia.
A minha filha está há seis meses sem glúten. Não tirei a caseína porque pelo que a Madrinha dela que é muito estudiosa do assunto me disse que a caseína faz uma diferença na questão do foco e decidimos esperar um pouco mais, porque ela tem só dois anos de idade e um grau leve de autismo. Acredito que a minha experiência possa abrir um novo horizonte na falta de convicção dos profissionais em relação ao glúten. Tirei o glúten por um mês, e ela se tornou outra criança, comunicativa, começou a falar e a procurar muito o contato visual. Dei o glúten novamente por um mês e o que aconteceu, foi que ela não regrediu, mas parou de evoluir no desenvolvimento, ficou irritadiça e não demonstrava mais interesse tão grande no contato visual. Tirei o glúten denovo e isso já faz seis meses. Hoje, com dois anos e três meses, ela está até brincando com outras crianças, o que foi um grande ganho. Além de tirar o glúten, estimulo sempre ela com coisas e experiências novas, fora da rotina...está dando muito certo. Pretendo tirar a caseína na fase escolar. Ela não frequenta escolinha, nem psicóloga e nem fono. Eu mesma estudo e aprendo o necessário para tratar dela. Outra coisa é que festejo muito cada nova conquista dela e ela me parece a criança mais feliz do mundo e tem uma auto estima muito boa. É isso, espero ter dado alguma idéia nova a alguns pais. Outro detalhe: não deixo ninguém ter pena dela ou de mim, digo sempre que sou a mãe mais feliz da autistinha mais linda desse mundo e tenho muito orgulho dela e gratidão por Deus a ter confiado a mim. Um grande abraço, Samira Hassan, mãe da Mariana.


Dieta sem glúten e autismo: pesquisa não confirmou melhora do comportamento

 Tradução: Inês Dias |
fonte: http://cronicaautista.blogspot.com.br/2010/05/sgsc.html

Estudo controlado não constatou benefícios no sono, atenção e funcionamento intestinal


A crença popular de que mudanças específicas na dieta poderiam melhorar os sintomas de crianças com autismo não conseguiu comprovação em estudo controlado feito pela Universidade de Rochester, que verificou que eliminar glúten e caseína das dietas de crianças com autismo não teve impacto nos seus padrões de comportamento, sono ou intestinos.

Este estudo é a pesquisa de dieta e autismo mais controlada até agora. Os pesquisadores conseguiram o difícil mas crucial feito de garantir que os participantes recebessem os nutrientes necessários, já que dietas livres de glúten e caseína podem conter quantidades inadequadas de vitamina D, cálcio, ferro e proteína de alta qualidade. Diferentemente de estudos prévios, também se controlaram outras intervenções, como o tipo de tratamentos comportamentais que as crianças receberam, para garantir que todas as mudanças observadas seriam devidas às alterações de dieta. Estudos anteriores não controlaram tais fatores. Apesar de não terem sido observadas melhoras, os pesquisadores reconheceram que alguns subgrupos de crianças, particularmente aquelas com sintomas gastrointestinais significativos, podem conseguir alguns benefícios com as mudanças de dieta.

Do blog da Cláudia Marcelino: A Dieta para autistas é realmente ineficiente?

 
 fonte: http://dietasgsc.blogspot.com.br/2010/06/dieta-para-autistas-e-realmente.html

No final de maio, começou a circular na internet o resultado de uma pesquisa feita pela Rochester University que concluiu que uma dieta Sem Glúten e Sem Caseína não mostra cientificamente nenhum resultado efetivo no padrão de comportamento de crianças autistas.

Esta matéria se alastrou rapidamente nos sites e blogs estrangeiros e como já tem uma tradução para o português, eu e alguns pais e familiares do grupo Autismo Esperança não gostaríamos que ela se alastrasse tanto sem que houvesse uma ponderação efetiva sobre ela para que os pais e familiares que estão começando a pesquisar alternativas para o tratamento de suas crianças, não sejam influenciados sem que haja material adequado para a formação das suas atitudes. Então decidimos que usaríamos nossos espaços para falar sobre esta pesquisa.

Este trabalho tem sido alardeado como a mais cuidadoso, eficiente e controlado feito até agora.
Os responsáveis recrutaram 22 crianças genuinamente autistas e que recebiam intervenção comportamental precoce sem exceção.  Destas 22 crianças, 14 completaram a pesquisa. Esta pesquisa ainda incluiu controle com placebo, cuidados nutricionais específicos para que não houvesse carência de nutrientes e formulários de controle preenchidos pelos profissionais e pelos pais durante as 18 semanas que durou. Nestes formulários, conforme descrito no artigo da Medscape, tinha até uma coluna chamada "Oops", "Deslizes", onde anotava-se qualquer infração na dieta, até mesmo um biscoitinho induzido pela vovó.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Porque eu amo Einstein e Messi



Uma das primeiras coisas que você faz, instintivamente, quando recebe o diagnóstico de que seu filho tem autismo, é passar um filme na cabeça com cenas do nascimento, primeiros dias, semanas e meses para tentar saber em que momento o trem saiu dos trilhos. O Luca, que vai fazer 4 anos daqui a três semanas, tem o chamado autismo regressivo, ou seja, ele vinha se desenvolvendo normalmente até mais ou menos os dois anos de idade, quando teve uma regressão brusca na fala, no convívio social e passou a ter comportamento arredio.

É importante que nós, pais, fiquemos de olho nas etapas de desenvolvimento de uma criança normal. Várias vezes eu me peguei dizendo para mim mesma: "mas como eu, uma pisciana ligadíssima em tudo que é alternativo, diferente e espiritual não percebi que o Luca não fazia certas coisas que deveriam ser normais no seu desenvolvimento?"