sábado, 30 de junho de 2012

Luca e Thiago na II Corrida contra o câncer Infantil, no Célia de Barros, Maracanã







Thiago, Luca, Dani e Vovô Milton


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Dieta no autismo - por Nutricionista Priscila Spiandorello

A Nutricionista Priscila Spiandorello fala sobre as várias dietas que podem ser aplicadas no tratamento do autismo. Aproveite essa palestra informativa que pode mudar a vida do seu filho.
Para saber mais sobre tratamentos do autismo, por favor visite o nosso site: http://www.autismoinfantil.com.br/ ou ligue para 71-3362-5310 e descubra como o tratamento biomédico tem feito a diferença na vida de muitas pessoas autistas.

Cláudia Marcelino fala sobre tratamento biomédico

Claudia Marcelino fala com autoridade em como implantar a dieta para a pessoa autista. Mãe de um adolescente diagnosticado com autismo, a Claudia é uma veradeira guerreira, em busca de informações e de soluções o seu filho, ela encontrou refugio no tratamento biomédico onde desde de 2007 vem aplicando a dieta sem gluten e sem caseina em seu filho. Autora de um livro sobre autismo ela hoje ajuda outras mães compartilhando o que aprendeu.
Compre nesse link o livro "AUTISMO ESPERANÇA PELA NUTRIÇÃO
"da Claudia: http://www.mbooks.com.br/cgi-bin/e-commerce/busca_e-commerce.cgi?lvcfg=mbooks...
Para saber mais sobre dieta sem glúten e sem caseina por favor visite a página da Autismo Infantil: http://www.autismoinfantil.com.br/








Dra. Simone fala sobre tratamento biomédico

Dra. Simone Pires fala sobre o tratamento biomédico do autismo e como os pais podem fazer para iniciar um tramento integral. Assista a palestra "Tratamento Biomédico: o que é? O que muda no atendimento médico da criança autista? Como eu faço?"

O trigo primitivo poderia nos livrar da intolerância ao glúten?

Tradução de Claudia Marcelino para o original deste link de 15 de junho de 2012.

Link: http://dietasgsc.blogspot.com.br/2012/06/o-trigo-primitivo-poderia-nos-livrar-da.html
ps-grainsbread-061312

O cultivo de grãos primitivos cuja composição não foi alterada, tanto quanto a do trigo moderno, poderia permitir que o intolerante ao glúten comesse pão também.


Há um movimento crescente de agricultores, cientistas e culinaristas que trabalham para trazer de volta grãos primitivos, especialmente aquelas variedades antigas de trigo que estavam por aqui muito antes dos grãos serem amplamente hibridizados para aumentar o rendimento e resistir à doenças. Entre aqueles que estão trabalhando e assando com estes grãos ancestrais, há um grande interesse em uma espécie chamada “einkorn”, uma espécie antiga de trigo nutritivo e de sabor amendoado, que pode ser digerível por pessoas alérgicas ao glúten.

Eli Rogosa, a diretora da Conservancy Trigo Heritage, tem-se dedicado à preservação de espécies raras de trigo antigos e estabelecê-los em uma economia de grãos locais e orgânicos no Nordeste (dos EUA). Em sua fazenda em Massachusetts, ela cultiva as espécies raras de grãos que vêm de bancos de sementes de todo o mundo, mas são resistentes o suficiente para prosperar em uma variedade de diferentes condições ambientais.

Einkorn é um deles. Uma espécie diplóide com 14 cromossomas, einkorn tem uma estrutura de glúten de trigo diferente da moderna (que tem 42 cromossomas) e é mais fácil de digerir. Rogosa, em parceria com a Universidade de Massachusetts, Amherst, está testando para ver se pessoas sensíveis ao glúten e celíacos podem tolerar o grão. Rogosa também está cultivando a planta no local e organizando conferências com os padeiros artesanais e especialistas em cultura sobre a criação de trigos primitivos em New England.

Por você, também viro uma leoa, filho!


Vídeo com crianças que usam o tratamento biomédico

A cláudia Marcelino postou no seu perfil do facebook. Muito legal o vídeo

"TODAS AS 12 CRIANÇAS DESSE VÍDEO RECEBERAM DIAGNÓSTICO DE AUTISMO.
TODAS RECEBERAM TRATAMENTO MÉDICO COM DIETA.
ALGUMAS SÓ TIVERAM TERAPIA FAMILIAR POR TOTAL FALTA DE CONDIÇÕES FINANCEIRAS.
TODAS PERDERAM O DIAGNÓSTICO.
AUTISMO É UMA CONDIÇÃO TRATÁVEL E REVERSÍVEL!"

Alimentos e suplementos para a criança autista

fonte: http://autismo.nutricao.inf.br/tag/alimentos-para-crianca-autista/autismo alimentaçao
Devido as excitotoxinas terem um papel tão importante no autismo, os pais de crianças autistas devem evitar alimentar as suas crianças com alimentos que contenham aditivos excitotóxicos, tais como MSG, proteína hidrolisada, proteínas de extratos vegetais, proteína de soja ou proteína se soja isolada, condimento natural, etc.

Há muitos nomes disfarçados para alimentos aditivados com glutamato. Um estudo recente igualmente mostrou que há uma interação entre determinados corantes alimentares e glutamato e aspartame que realça a neurotoxicidade significativamente.

Devem igualmente evitar óleos que provocam imune supressão, tais como os óleos ômega-6 (óleos do milho, de soja, de amendoim, de girassol). Hoje em dia, as pessoas neste país comem 50 vezes a quantidade destes óleos imuno supressores do que precisam para a saúde. Enquanto os óleos ômega-3 são saudáveis, o componente de EPA é significativamente imuno supressor e em conseqüência, a ingestão elevada deve ser evitada. Alguns estudos mostraram a função suprimida do linfócito (células de NK) com ingestão elevada de EPA.

Síndrome do Glúten e alterações neurológicas

Fonte: Cláudia Marcelino

*Texto elaborado pela Nutricionista Barbara Rescalli Sanchez do Departamento Científico da VP Consultoria Nutricional.

O glúten é uma proteína que pode trazer uma série de complicações a saúde humana. A mais conhecida é a doença celíaca (DC) que é uma intolerância permanente ao glúten, caracterizada por atrofia total ou subtotal da mucosa do intestino delgado proximal com conseqüente má absorção de alimentos, em indivíduos geneticamente susceptíveis. (1-4)

O diagnóstico da DC se tornou mais fácil com o desenvolvimento de marcadores sorológicos específicos para esta doença (5,6). Entretanto, são formas de rastreamento, sendo imprescindível ainda a realização de biópsia de intestino delgado (7).

Porém, estes métodos podem ser efetivos apenas para diagnosticar a DC, mas a doença celíaca, ou enteropatia sensível ao glúten, é apenas um aspecto de uma gama de possíveis manifestações de sensibilidade ao glúten. A sensibilidade ao glúten é uma doença auto-imune sistêmica com manifestações diversas e é caracterizada pela resposta imunológica anormal ao glúten ingerido em indivíduos geneticamente susceptíveis. (8)

O termo utilizado para classificar a sensibilidade ao glúten em indivíduos não celíacos é a “Síndrome do Glúten” (9), sendo que possíveis sintomas são: ataxia (10), eczema (11) e síndrome do intestino irritável (12).

quarta-feira, 27 de junho de 2012

BRINCANTO PLAY: PRAZER EM APRENDER


BRINCANTO PLAY: PRAZER EM APRENDER
Mariene Martins Maciel* e Argemiro de Paula Garcia Filho*

* AFAGA – Associação de Familiares e Amigos da Gente Autista, Bahia.

RESUMO

Este é um relato do atendimento de 42 pessoas autistas, de idades entre 2 e 38 anos, com o método Brincanto Play. Todas recebiam acompanhamento psiquiátrico e 28 eram medicadas. Onze frequentavam escola regular. Quatro iam a fonoaudióloga; uma, a musicoterapeuta e uma, a terapeuta ocupacional. Foram coletadas informações psicossociais dos participantes e suas famílias através de um roteiro e registradas em um relatório, renovado a cada três meses, de forma a avaliar seu desenvolvimento. O método foi desenvolvido pela família de um jovem autista, ao longo de sua infância e se baseia no conhecimento da personalidade e idiossincrasias de cada pessoa assistida, de forma a usar atividades focalizadas nos seus interesses, desejos, medos e aversões. Ludicidade e musicalidade são instrumentos importantes como formas de desenvolver a socialização e comunicação. No atendimento a pessoas autistas de diversas idades, o método apresentou bons resultados, uma vez que todas apresentaram melhoras importantes na sua capacidade de se expressar, estabilizaram seu humor e passaram a tolerar mudanças de rotina e quebras de expectativa.
Palavras-chave: Autismo, Ludicidade e Educação

"A galinha pintadinha"....

Hoje o Luca interagiu e cantou muito com a Galinha Pintadinha no play do condomínio. E eu feliz por ele estar cada vez mais querendo fazer parte do nosso mundo!






Pesquisa realizada na Coreia do Sul revela prevalência surpreendente de crianças autistas


RIO - Um estudo que durou seis anos para medir a taxa de autismo infantil numa população de classe média na Coreia do Sul produziu um resultado que surpreendeu especialistas e provavelmente vai influenciar o modo como a prevalência da doença é medida ao redor do mundo.
De acordo com o estudo, 2,6% de todas as crianças com idade entre 7 e 12 anos do distrito de Ilsan, na cidade sul-coreana de Goyang, apresentam uma forma da doença, taxa duas vezes maior que a apresentada em países ricos - aproximadamente 1%, número que tem aumentado nos últimos anos (nos Estados Unidos era de 0,6% em 2007, por exemplo).

No entanto, os especialistas defendem que a descoberta não significa que os números atuais de crianças com autismo estão aumentando, mas apenas que a pesquisa é mais abrangente que as realizadas anteriormente.

- É um estudo muito impressionante - disse ao "New York Times" Lisa Croen, diretora de um programa de pesquisa sobre autismo da Califórnia e que não participou da pesquisa. - Eles fizeram um trabalho cuidadoso e numa parte do mundo onde o autismo não foi bem documentado no passado.
Para a pesquisa, que foi publicada na Revista Americana de Psiquiatria, cientistas do Centro de Estudos sobre Crianças de Yale, Universidade George Washington e outras instituições de ponta ficaram encarregados de fazer uma análise de todas as crianças com idade entre 7 e 12 anos de Ilsan, que tem cerca de 490 mil habitantes.

Crianças autistas se desenvolvem mais quando imitam outras pessoas




Pesquisa mostra que, se estimuladas a reproduzir gestos e comportamentos, elas adquirem novas habilidades; descoberta renova esperança de intervenção na evolução da síndrome



EAST LANSING, MICHIGAN — Crianças autistas podem desenvolver amplamente uma série de habilidades sociais se forem encorajadas a imitar outras pessoas. A conclusão é de um estudo de Brooke Ingersoll, pesquisadora da Universidade de Michigan.
Nos últimos anos, pesquisadores vêm descobrindo comportamentos e sintomas típicos do autismo que poderiam levar a um diagnóstico precoce da síndrome e até permitir intervenções no seu desenvolvimento, explica Brooke, professora assistente de psicologia da universidade e autora do estudo.

— É muito estimulante — disse Brooke, em reportagem publicada no site EurekAlert!. — Acho que hoje sabemos muito mais sobre autismo em crianças e bebês do que sabíamos há cinco anos.
Em sua pesquisa, a acadêmica descobriu que crianças pequenas com autismo que eram incentivadas a imitar habilidades de outras pessoas faziam mais tentativas de atrair a atenção do examinador para um objeto por meio de gestos ou contato visual.
A imitação é uma importante habilidade, que permite a bebês e crianças pequenas interagirem e aprenderem com os outros. Crianças autistas, porém, costumam ter dificuldade para reproduzir comportamentos e gestos.

"O autismo como espelho de um país", por Luiz Fernando Vianna (O Globo)

Reproduzo aqui o artigo do jornalista Luiz Fernando Vianna, que é pai de um garoto autista, o Henrique, publicado na edição de 9/3 da versão do Globo para o iPad:

"Como pai de um menino autista, tenho natural interesse por livros e filmes sobre o assunto. "Tão forte e tão perto", adaptação do romance de Jonathan Safran Foer "Extremely loud & incredibly close" ("Extremamente alto e incrivelmente perto"), concorreu ao Oscar e chegou aqui com a pecha de dramalhão. Não é bem assim. Vale pensar em assistir enquanto não sai de cartaz (a sala estava quase vazia na última quarta-feira), mesmo para quem não tem qualquer ligação com o autismo, pois o filme não é apenas sobre isso.

O diretor Stephen Daldry e o roteirista Eric Roth se esforçaram, é fato, para esvaziar as contradições da história de Foer e adequá-la ao gosto do suposto americano médio. Afinal, era um projeto dos grandes, planejado para bilheterias ainda maiores, com Tom Hanks e Sandra Bullock nos papéis dos pais do protagonista. O paralelo que o romance faz entre a queda das torres gêmeas em Nova York, em 11 de setembro de 2001, e o bombardeio americano à cidade alemã de Dresden, em 1945, é suprimido, resumindo-se a história a uma chaga nacional, não do ser humano.

"Cercado de preconceito", por Fábio Barbirato

O psiquiatra Fabio Barbirato erra na referência a Caetano (a frase é de "Força estranha", não de "Oração ao tempo"), mas faz um artigo interessante, embora sem grandes novidades, sobre autismo. Foi publicado no Globo de 14/3

Cercado de preconceito

Em sua belíssima "Oração ao Tempo", o cantor e compositor Caetano Veloso aponta que "o tempo não para e, no entanto, ele nunca envelhece". O mesmo, felizmente, se aplica à medicina: quanto mais ela avança e pesquisa, descobre novidades, e torna-se mais atual e útil para a sociedade.

Recentemente, durante o Congresso Americano de Psiquiatria Infantil, nos Estados Unidos, foram apresentados estudos que evidenciam que o diagnóstico de autismo feito antes dos três anos pode trazer um prognóstico de até 80% de melhora no quadro. Este número cai para 60% quando o diagnóstico é feito até os cinco anos. Depois disso, a possibilidade de melhora relevante chega a 40%, no máximo. Conclusão: o reconhecimento precoce é a chave para a solução do problema.

Diante disso, pais e professores ganharam um papel ainda mais relevante. Alguns indícios são atraso na fala após os dois anos, pouco interesse em se relacionar com os outros, recusa em participar das brincadeiras dos coleguinhas e inflexibilidade a mudanças. Nestes casos, deve ser feito um rastreamento para os transtornos globais de desenvolvimento.

Os pais têm quatro vezes mais chance que as mães de transmitir aos filhos "genes do autismo"


RIO — Os pais têm quatro vezes mais chance que as mães de transmitir aos filhos genes com alterações que poderão resultar no desenvolvimento de autismo, e, quanto mais velhos são, maior o risco. Além disso, a área do cérebro onde ocorrem as falhas genéticas podem elevar o risco de surgimento desta disfunção — que pode ser causada por centenas ou até milhares de genes. Estas foram algumas das descobertas de três novos estudos americanos, que analisaram, ao todo, o genoma de 549 famílias, e cujos resultados foram publicados pela revista especializada “Nature”.
No estudo liderado por Evan Eichler, da Universidade de Washington, foram analisados os DNAs de 209 crianças autistas e seus pais. Em alguns casos, estudou-se também o genoma de irmãos que não apresentavam o problema. Os cientistas queriam saber se as falhas genéticas espontâneas que elevam o risco de autismo se originavam nas células sexuais masculinas ou femininas. Descobriram que as mutações ocorriam quatro vezes mais nos espermatozoides, e que, nos homens mais velhos, as alterações eram mais frequentes.

Uma provável razão para isso, segundo Joseph Buxbaum, diretor do Centro de Autismo Seaver e da Escola de Medicina Monte Sinai, em Nova York, é que o homem produz esperma todos os dias, o que eleva a chance de ocorrerem erros no código genético que podem ser transmitidos a seus descendentes.

— Isto nos mostra que a produção de esperma é um processo imperfeito, e basicamente conduzido pela idade do pai, o que faz sentido. À medida em que você envelhece, há mais e mais probabilidade de surgirem problemas — disse Buxbaum à agência Reuters.

Ainda segundo o especialista, esta constatação comprova outras pesquisas segundo as quais homens mais velhos têm maior risco de gerar uma criança que desenvolverá autismo.

Autismo e inclusão escolar - Duas visões



Artigo publicado na seção Tendências/Debates do jornal Folha de S.Paulo em 28/03/2012

INCLUSÃO NA ESCOLA, UM RELATO PESSOAL

Quando digo que meu filho tem necessidades especiais, a vaga some. Ele sofrerá bullying, diz a diretora. "Mas isso não é errado?", ele responde. Não recebe resposta

Maria Gabriela Menezes de Oliveira

Será que estou redescobrindo a roda? Quanto mais o Enem se fortalece como instrumento de avaliação e como meio de ingresso no ensino superior, menos vagas sobram para as crianças com necessidades especiais no ensino médio regular e no final do ensino fundamental.

Essa convicção se apoia na lógica e na sensibilidade de mãe de um adolescente de 16 anos com necessidades especiais que, como muitas outras, peregrina por escolas privadas em busca de quem aceite o seu filho.

Criança autista ainda é vista como deficiente mental


Folha de São Paulo, 9/6/2012 
PSIQUIATRA BEST-SELLER DIZ QUE PAIS PRECISAM ENTENDER QUE HÁ MUITOS TIPOS DE AUTISMO E QUE É POSSÍVEL ESTIMULAR INTELIGÊNCIA DOS FILHOS
Cecilia Acioli/Folhapress
A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa
A psiquiatra Ana Beatriz Barbosa

DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE “CIÊNCIA+SAÚDE”

Um mundo fragmentado e difícil de decifrar é o que as crianças autistas enfrentam.

O transtorno de desenvolvimento, que atinge cerca de uma em cem crianças, é o tema do novo livro da psiquiatra carioca Ana Beatriz Barbosa Silva. Conhecida pela série de livros cujos nomes começam por "Mentes" ("perigosas", "ansiosas", entre outros), ela lança agora "Mundo Singular", em parceria com o também psiquiatra Leandro Thadeu Reveles e a psicóloga Mayra Bonifacio Gaiato (Editora Fontanar, 296 págs., R$ 39,90).

Carta ao irmão com autismo



Letícia Cardoso por
em 27/06/2012 às 0:01
Eu não sei exatamente em que parte da minha vida eu percebi que cuidaria de você, mas lembro que sempre pedia um brinquedo para nós dois nas cartas que escrevia para o Papai Noel.

Eu sei que quando a mamãe nos deixava dormindo no quarto, eu te transformava na minha conchinha. Eu tinha medo do bicho-papão sair de debaixo da cama e você era a minha proteção. Eu ficava pensando que poderia gritar: “Ei, cara, ele é o meu irmão! Olha o tamanho dele!”.

Eu também não lembro como ficamos quando o papai foi embora. Nunca vou saber o que você lembra ou entende sobre o homem mais importante das nossas vidas. Mas eu sei que você sabe o que é saudade, porque quando a mamãe demora para chegar, você abre a janela da sala e fica esperando-a aparecer. No começo eu achava que era o tédio de ficar brincando de bonecas ou vendo eu dublar aquela minha banda favorita, mas depois eu entendi que era amor. Aliás, tudo que eu sei sobre amor foi ensinado por você. E coisas sobre força, fé, resignação e coragem foram com a mamãe.

Ela é o nosso exemplo e a nossa super heroína, por mais que negue a sua grandiosidade de vez em quando. Eu li em um livro que um dos maiores sonhos dos irmãos de autistas não-verbais é vê-los falando. Eu não sei se esse dia vai chegar, mas sei que nós conseguimos entender um ao outro. Você pega no meu braço, geme, olha nos meus olhos e eu já entendo o recado, como se “te entender” fosse algo destinado a nascer comigo. E vice-versa, é a mesma coisa, muitas vezes eu sentei triste e ganhei o seu abraço ou a sua cabeça nos meus ombros porque você já sabia o que eu estava sentindo ou querendo.

Carta ao irmão com autismo

Quando éramos pequenos, eu até fazia cara feia para as pessoas que te olhavam de um jeito estranho. Por ficar encarando, já deixei muita gente sem saber o que fazer por causa disso. E quando riram de você, eu briguei, fiquei brava e tirei satisfação. Para mim você sempre foi o cara que metia medo no bicho-papão dentro do quarto, e fora dele era eu quem tinha que meter medo nos bichos-papões da vida real. Nós dois cumprimos muito bem o nosso trabalho, não é? Hoje, no auge do meu 1,80 m., eles podem pensar “Ei, cara, olha o tamanho dela! É a irmã dele!”.

Sempre fomos de ficar na varanda todo final de tarde, se lembra? Mesmo sem falar, você escutava todas as minhas histórias enquanto ficava entretido com as bolhas de sabão na garrafa, o brinquedo que a mamãe inventou e que você nunca mais largou. Víamos o pôr-do-sol e o céu misturando todos os seus tons para virar noite. Dias como aqueles me faziam perceber a importância das coisas simples e sinceras. Você me ensinou a dar afeto e a valorizar as coisas pequenas. Se hoje eu gosto de estrelas e abraços, a culpa é sua.

Nunca sentei para conversar com alguém que tivesse um irmão autista, mas eu sei que esse tipo de pessoa acaba se tornando um ser humano diferente, pois autistas transformam pessoas. Acredito que você é o responsável pelas partes mais bonitas do meu jeito, do meu caráter e da minha alma. Você me abraça sempre que eu te dou banho, limpo o seu prato ou te coloco para dormir e eu acho que é a sua forma de dizer “obrigado”, mas no final das contas sou eu quem tem que agradecer.
Igor, você nunca me defendeu das crianças maldosas e nem dos namorados com defeito. Nunca pudemos sentar juntos e resolver uma questão complicada de matemática ou discutir sobre a melhor faculdade ou a profissão adequada. Mas você sempre ficava ao meu lado enquanto eu brincava de boneca, sempre assistiu filmes comigo e me ensinou a dar carinho. Com você, eu aprendi a ter sentidos, o que faz de mim um alguém sensível o bastante para reconhecer os sentimentos de outras pessoas. Crescer contigo foi aprender o significado de cada pequeno passo. Todo dia nós vivemos e ganhamos algo que vale a pena.

Nunca pude te ouvir dizer que me ama, mas eu sei que sim. Você é quem sempre ficou por perto, sem se incomodar com o que eu estava fazendo, e quem me ensinou que a gente tem sempre que entrar no mundo dos outros para entendê-los. Entrando no seu, eu me tornei alguém melhor. Apesar de você ter autismo, muitas vezes foi você quem não permitiu que eu me isolasse. E para mim, isso é amor.
Obrigada.

Nota do editor: a autora criou recentemente um blog para quem quiser entender e conversar sobre autismo: entrebolhasegarrafas.blogspot.com.
fonte: http://papodehomem.com.br/carta-ao-irmao-com-autismo/

terça-feira, 26 de junho de 2012

Níveis de autismo caíram dramaticamente depois que o mercúrio foi removido das vacinas infantis



Níveis de autismo caíram dramaticamente depois que o mercúrio foi removido das vacinas infantis
Postado por Ton Müller , às Segunda-feira, Junho 25, 2012 Um novo estudo mostra a relação direta entre o mercúrio nas vacinas das crianças e autismo, contradizendo afirmações do governo de que não há relação comprovada entre os dois.
Publicadas na Revista dos Cirurgiões e Médicos Americanos, as informações mostram que desde que o mercúrio foi removido das vacinas infantis, o aumento em taxas registradas de autismo e outras desordens neurológicas nas crianças não só parou, mas realmente caiu drasticamente — até 35por cento.

Utilizando os próprios bancos de dados do governo, os pesquisadores independentes analisaram casos registrados de desordens neurológicas em crianças, inclusive autismo, antes e depois da remoção dos conservantes à base de mercúrio.

4 anos de Luca


Domingo, dia 24 de junho, o Luca fez 4 anos. Fui na pasta de imagens no meu laptop com quase 30 gigas de fotos e vídeos (sim, eu sou exagerada) em busca de uma imagem para colocar no facebook e desejar parabéns pro meu caçulinha. Meio sem querer, passei um filme na minha cabeça dos últimos quatro anos e o quanto a minha vida mudou. A minha e a do meu marido, Daniel. Dá para contar a história do Luca pelo seu olhar nas fotos.  Nas primeiras imagens dele em casa, dois dias depois do nascimento, meu pequeno já tinha os olhos bem despertos, procurando tudo, era um bebê calmo, tranquilo, dormia muito, mas os momentos despertos não me davam nenhum sinal de que um dia ele seria diagnosticado com TGD (Transtorno Global do Desenvolvimento). Tenho centenas de fotos dele sorrindo e olhando para a câmera. Desenvolvimento motor perfeito. Engatinhou e andou antes do irmão mais velho, o Thiago, de 5 anos e meio. Hoje eu consigo ver, pelos vídeos, que os balbucios demoraram um pouco. Mas não me chamaram a atenção na época.

Traços de atividade cerebral podem indicar autismo

Cientistas americanos do Hospital Pediátrico de Boston acreditam que certos traços deixados pela atividade cerebral são um indício para identificar se crianças podem ou não desenvolver autismo.
Atividade cerebral pode mostrar se crianças desenvolverão autismo ou não - BCC/Reprodução
BCC/Reprodução
Atividade cerebral pode mostrar se crianças desenvolverão autismo ou não
De acordo com os pesquisadores, os traços eletroencefalográficos (EEG), que registram a atividade elétrica cerebral por meio de eletrodos, podem oferecer um diagnóstico sobre essa condição de saúde.
Os registros de cerca de mil crianças avaliados pelos pesquisadores mostraram uma clara distinção entre a atividade cerebral de crianças austistas e saudáveis. Os especialistas, porém, afirmam que são necessários mais testes para confirmar se os traços de EEG são capazes de diagnosticar o autismo sem a ajuda de outros meios.

O autismo é uma desordem do desenvolvimento da criança, que pode afetar as capacidades cognitivas e de comunicação do paciente, tendo efeitos singulares em cada caso identificado. É um condição cujo diagnóstico é complicado e pode ficar sem detecção por anos.
O estudo identificou 33 padrões específicos de EEG que aparentemente estão ligados ao autismo. A maioria das crianças cuja atividade cerebral registrada esteve dentro desse grupo de padrões apresentou algum tipo de desordem, e suas idades variavam entre 2 e 12 anos.
Os pesquisadores repetiram a análise dez vezes. Em 90% delas, os padrões de EEG identificaram de forma correta o autismo.

A equipe agora planeja repetir o estudo com crianças com a síndrome de Asperger, um tipo peculiar de autismo. Pacientes dessa síndrome têm inteligência acima da média e menos dificuldade com a comunicação que crianças com outro tipo de distúrbios.

O doutor Frank Duffy, que lidera o estudo, disse que o trabalho pode ajudar a determinar se a síndrome de Asperger deveria ser considerada uma condição separada do autismo. Além disso, poderá ser possível identificar se irmãos de crianças com autismo são propensos a desenvolver as mesmas desordens.

"O EEG pode ser uma forma de checar as mesmas condições nos irmão mais jovens ao antecipar os sintomas", disse ele, acrescentando que os registros também podem ser usados para verificar os benefícios de determinados tratamentos para o autismo.

fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,tracos-de-atividade-cerebral-podem-indicar-autismo,891779,0.htm

domingo, 24 de junho de 2012

Recuperando o olhar perdido

Esse olho fixo na camera, olhando e querendo olhar; olhando com sentimento, com propóstio; esse olhar quer era perdido e que agora está "achando" as coisas, olhar que eu não via nos seus olhos há um ano atrás... esse "bate-palma" que só voltou para as nossas vidas há pouco mais de um mês, essa vontade de cantar parabéns e de soprar velinhas que tinha sumido nos últimos dois anos.... Isso não tem preço, gente. Não tem loteria de São João que compre isso, porque isso não se compra, não está à venda em lugar nenhum. Se estivesse, já tinha dado um jeito e comprar.... Isso se conquista, Luca!!! Parabéns, meu gatão!
Seara Fraterna, 23/06/2012