domingo, 25 de outubro de 2015

A série sobre autismo do Fantástico

https://m.youtube.com/watch?v=OvFNiFQuGPA

Son Rise, o filme. Não me canso de ver...

nunca me canso de ver esse filme... 

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Problemas de aprendizagem e baixo rendimento escolar podem ser indício de problemas neurológicos

Neuropediatra do HCor ensina como identificar distúrbios cujo o tratamento pode contribuir bastante com o desempenho de crianças e adolescentes durante o ano letivo


Dificuldade de concentração, hiperatividade ou verdadeiros bloqueios na hora de aprender. Para muitos pais e professores, problemas como esses podem ser solucionados apenas com empenho e disciplina por parte da criança. Contudo, nem sempre todos esses fatores são gerados apenas por preguiça, vontade de fazer bagunça ou falta de interesse nas aulas. “Alguns desses comportamentos podem estar associados a doenças neurológicas que prejudicam o desempenho escolar e trazem prejuízos à vida adulta, caso não sejam tratadas o quanto antes”, afirma a Dra Maristela Costa, neuropediatra do Hospital do Coração (HCor).

Segundo a Dra Maristela, os problemas neurológicos mais comuns entre crianças e adolescentes na escola são: dislexia, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), déficit de processamento auditivo (DPA) e as chamadas discalculias – que interferem na capacidade de calcular e no raciocínio lógico da criança.

“Cada um desses distúrbios aparece em diferentes intensidades. Quanto mais sutis, mais difíceis de ser identificados. Porém, com a devida orientação, pais e professores podem aprender a detectá-los, ajudar o desenvolvimento de crianças e adolescentes, durante o ano letivo, e evitar estigmas”, afirma a neuropediatra do HCor. "Afinal, quando uma criança tem problemas de comportamento ou dificuldades para aprender, ela geralmente ouve que é burra, preguiçosa, desleixada ou que não leva jeito para os estudos. Afirmações como essas podem ser carregadas pela vida inteira e gerar uma série de limitações”, alerta a Dra Maristela. 

Para auxiliar a detecção de cada um desses distúrbios, a neuropediatra do HCor explica como elas são e quais os seus sintomas. 

Dislexia


Presente em cerca de 5% da população brasileira, o distúrbio afeta a capacidade de ler e escrever da criança. “Por se tratar de uma doença congênita, não tem cura, mas pode ser controlada com a ajuda de psicólogos e fonoaudiólogos”, diz a Dra Maristela. Entre os sintomas mais frequentes estão:

. Problemas na percepção de tempo e espaço: crianças dislexas podem confundir “direita e esquerda”, “ontém e hoje” ou “para cima e para baixo”. Isso acontece porque elas levam mais tempo para desenvolver as suas noções de tempo e espaço.

. Dificuldade de leitura: crianças dislexas sofrem com esse problema, porque muitas vezes não conseguem associar as palavras aos seus respectivos sentidos. Por isso, podem demorar mais durante a leitura e até apresentar dificuldades de ler em voz alta.     

. Erros de ortografia: dislexos confundem sons parecidos, como L e R, F e V ou B e D. Regras ortográficas também são difíceis de memorizar. Isso se reflete diretamente na escrita, o que dá origem a erros ortográficos.

. Problemas para formar frases: como têm dificuldades com o significado das palavras, crianças dislexas formam frases com mais lentidão e com erros de concordância, como “eu gosta tomar suco”.

. Escrita de trás para frente: enquanto escrevemos da esquerda para direita, crianças com dislexia  podem escrever da direita para esquerda. A dificuldade que elas tem com o alfabeto e com a decodificação da palavras, faz com que elas tenham uma noção diferente de como grafar as letras.

TDAH


Cerca de 3% a 5% das crianças brasileiras apresentam o chamado transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH). Dessas, cerca de 60% a 85% permanecem com o problema na adolescência. A doença é caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade exacerbada. “Por causa dessas características, os pais pensam que o problema é apenas o jeito de ser do filho. Isso faz com que casos de TDAH sejam ainda mais difíceis de diagnosticar”,  afirma a neuropediatra do HCor. Os principais sinais do problema são:

. Facilidade para se distrair: estímulos externos mínimos, como barulhos ou movimentações, fazem com que as crianças com TDAH percam o foco completamente. Isso prejudica o processo de aprendizado, uma vez que elas geralmente não conseguem prestar atenção nas aulas por muito tempo.

. Perda consecutiva de objetos: quando alguém entrega algo a uma criança com TDAH, ela esquece rapidamente do que recebeu. Por isso, perde objetos como lápis, borracha, caneta e brinquedos com frequência. Muitas vezes, elas chegam a perder o mesmo objeto várias vezes.

. Dificuldade de concentração: crianças com TDAH são bastante impacientes. Isso dificulta ainda mais a sua capacidade de concentração. Essa característica também faz com que elas não consigam terminar as tarefas em classe ou os deveres de casa. Na primeira oportunidade, elas se levantam e vão correr, brincar ou fazer desenhos.

. Movimentação contínua: a criança simplesmente não consegue parar de se mexer. Ela movimenta pés e mãos quase ininterruptamente e não consegue ficar sentada. Nas horas mais inapropriadas, sobe nos móveis de casa ou nas cadeiras da escola, como se tivesse recebido uma descarga de elétrica. 

. Agitação: a criança não consegue se adaptar a ambientes calmos e silenciosos. Prefere correr, brincar e fazer barulho sempre que possível.

. Impulsividade: a criança não consegue esperar por nada. Fica irritada ao ficar em filas, responde antes do final da pergunta e interrompe as pessoas que conversam com elas com muita frequência.       

. Comportamento explosivo: a falta de paciência nas crianças com TDAH também faz com que elas tomem atitudes impensadas. Isso faz com que elas apresentem um comportamento explosivo. Essa característica provoca uma sucessão de brigas e agressões aos colegas que estão brincando com elas.

DPA


O déficit de processamento auditivo (DPA) é uma doença menos frequente. A criança tem audição normal, mas não ouve bem. Isso ocorre porque, nesses casos, o cérebro apresenta dificuldades de processar informações auditivas. “É como se a pessoa ouvisse uma palavra, mas não conseguisse compreender o sentido dela no contexto de uma frase”, explica a Dra Maristela. Alguns sinais da DPA são:     

. A criança aparenta não ouvir bem

. Ela é muito distraída e desatenta

. Tem dificuldade cumprir tarefas em sequência

. Leva mais tempo para perceber que estão falando com ela

. Tem problemas em passar recados

. Frequentemente diz “o que?”, “não entendi!”

. Tem dificuldade de localizar de onde vêm os sons

. Possui dificuldade para lembrar o que dizem a ela

. Tem algumas diferenças no jeito de falar

. Lê e escreve com dificuldade

. Tem dificuldade para entender o que dizem em ambientes barulhentos

. Não consegue acompanhar a conversa, quando todos falam ao mesmo tempo

. Tem dificuldade em seguir orientações

. Deixa o volume da televisão sempre muito alto

. Tem dificuldade em relatar fatos ou contar uma história

. Não compreende sarcasmo ou piadas de duplo sentido

. Tem dificuldades em interpretar problemas matemáticos

. Não compreende coisas abstratas com facilidade

Discalculias


As discalculias são provocadas por má formações neurológicas que afetam o aprendizado dos números e a realização de contagens e cálculos. “Portadores de discalculia simplesmente não conseguem identificar sinais matemáticos, efetuar as quatro operações, compreender medidas, contar números em sequência, compreender valores financeiros, etc.”, explica a Dra Maristela. Os tipos de discalculia existentes são:

. Discalculia léxica: problemas para ler números e símbolos matemáticos

. Discalculia verbal: dificuldades em dizer quantidades, números, termos e sinais

. Discalculia gráfica: complicações na escrita de números e símbolos matemáticos

. Discalculia operacional: problemas para a execução de operações e cálculos

. Discalculia practognóstica: dificuldades para enumerar ou comparar objetos e imagens

. Discalculia ideognóstica: problemas para efetuar operações mentais ou compreender conceitos matemáticos

Informações para a imprensa:

Target Consultoria em Comunicação Empresarial

Assessoria de Imprensa do HCor – Hospital do Coração

Ricardo Costa/ Rita Nogueira/ Gabriela Buck

ricardo@targetsp.com.br/ rita@targetsp.com.br/ gabriela@targetsp.com.br 

Tel: (11) 3063-0477 

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Vacinas x Autismo


Do blog

http://maralmeida68.blogspot.com.br/

O Governo dos EUA sempre negou a ligação entre autismo e vacinas. No entanto, o governo americano secretamente recompensou no Juizado Especial da Vacina mais de 83 famílias com crianças autistas, admitindo desta forma a correlação entre autismo vacinas. Aqui está um estudo sobre esta questão.

Por mais de 20 anos, o governo federal negou publicamente uma ligação entre a vacina e o autismo, mas ao mesmo tempo, seu "Programa de Compensação por Lesões Causadas Por Vacinas" (VICP) pagou indenizações por danos de vacinas para crianças com lesão cerebral, convulsão e autismo. Uma nova investigação, com base em dados verificáveis do governo, traz novas informações ao controverso debate sobre a ligação entre as vacinas e o autismo. A investigação revelou que um número substancial de crianças recompensadas por danos da vacina também tinham autismo e que esses casos que já existiam desde 1989, um ano após o VICP ter sido formado.

O Diretor Executivo da SafeMinds, Lyn Redwood, comentou: "Este estudo muda dramaticamente o debate sobre autismo e vacinas. A questão não é mais se é possível que as vacinas causem o autismo? A resposta é clara. Agora, temos de perguntar: Quantos casos de autismo as vacinas causaram e como nós podemos prevenir novos casos?" O governo tem afirmado que "não monitora" a ocorrência de autismo entre aqueles lesados por vacina. O SafeMinds responde que não procurar é a maneira mais fácil de não encontrar coisa alguma. SafeMinds está pedido uma imediata investigação federal nos mecanismos de lesão nestas crianças em um esforço de proteger outras crianças contra futuros danos, e pede também a ação do Congresso para
reformar o VICP.

estudo peer-reviewed analisou os casos de lesão por vacinas que foram recompensados monetariamente pelo Programa Federal por Danos de Vacinas. O estudo foi publicado duas semanas atrás no jornal acadêmico Pace Environmental Law Review. O estudo investigou aproximadamente 1.300 casos de lesão cerebral infantil como resultado de vacinas em que o Juizado Especial da Vacina deu o ganho de causa para os demandantes, em busca de referências ao autismo, sintomas de autismo ou desordens comumente associadas ao autismo. O estudo mostrou que 21 casos realmente mencionavam "autismo ou os sintomas como os do autismo" nos registros do tribunal. Os pesquisadores então identificaram e contataram as mais de 150 famílias recompensadas pelo tribunal para descobrir se as crianças tinham autismo. Eles foram capazes de encontrar um adicional de 62 casos (superior a 40% de sua amostra) totalizando 83 casos de autismo. Em 39 casos (47%) houve confirmação de autismo, além do próprio reporte dos pais.

O governo federal americano tem chamado o autismo de uma "emergência de saúde nacional", que afeta pelo menos 1 em cada 110 crianças e custa ao país bilhões de dólares a cada ano. Se uma parcela destes casos de autismo são induzidas pelas vacinas e houver evidências de que os funcionários fizeram "vista grossa", isto não pode ser tolerado. A recente tentativa do VICP de recusar mais de 5.000 casos do Omnibus Autism Proceedings é suspeito à luz destas novas descobertas com base em seus próprios registros.
http://www.anovaordemmundial.com/2011/05/vacinas-x-autismo-eua-recompensou.html
Fontes:
[ESTUDO] Unanswered Questions from the Vaccine Injury Compensation Program: A Review of Compensated Cases of Vaccine-Induced Brain Injury (PDF)
Vigilant Citizen: Government Secretly Settled 83 Vaccine-Autism Cases in the Last 20 Years
Pr News Wire: 83 Cases of Autism Associated with Childhood Vaccine Injury Compensated in Federal Vaccine Court
Safeminds Press-Release

Um pouco sobre desintoxicação das vacinas

Gente,
nas minhas andanças, achei esse texto num blog muito legal.
Ele pode ser lido na íntegra no seguinte endereço

http://autismohomeopatia.blogspot.com.br/2013/01/3a-rodada-de-desintoxicacao-da-triplice.html

"Eu gostaria de ter atualizado o blog antes mas tiramos um mês de férias no nosso querido Brasil e voltei há pouco tempo. Foi ótimo estar perto da familia e tive um apoio maravilhoso de todos. Eu estava mesmo precisando do amor e da tranquilidade de estar num meio social sem olhares e censuras, somente aceitação e ternura. Sofremos muito no ano passado e estou tentando entrar no 2013 com a mesma fé e esperança, e torcendo para maiores progressos aconteçam!

Estamos na 3a. rodada de desintoxicação da triplice viral do sarampo. As reações tem sido minimas. Ás vezes eu percebo que ele está reagindo ao remédio porque de repente tem uma prisão de ventre braba, como teve por 6 dias no fim da primeira rodada. A homeopata disse que ele estava tendo agravações por causa da última dose 10M e me pediu que cortasse o efeito do remédio dando uma colherinha do mesmo remédio diluido em agua a cada hora. E PRONTO, a prisão de ventre resolveu na 4a. colherada! A homeopatia é incrivel.

Estamos no meio da terceira rodada. Ele teve um salto cognitivo importante nestes últimos 2 meses que começaram justamente durante a primeira rodada.
- de repente passou a ter interesse por quebra-cabeças de 2 e 3 peças, está hoje fazendo de 12 peças. Mais do que nada, pelo menos ele gosta de ficar brincando com o quebra-cabeças, o que alivia um pouco os constantes pedidos de DVD quando ele está em casa.
- ele também passou de não ter o menor interesse por jogos de memória, a faze-los facilmente, com varias peças.
- era impossível conseguir um minuto da concentração dele para ler um livro. Hoje em dia, todas as noites eu leio 3 ou 4 livrinhos para ele, que ele mesmo pede. Ele ri com a historia, aponta com o dedinho os personagens.
- a mania de esconder objetos embaixo do sofá e móveis sumiu quase por completo.
- ele estava com uma mania dificil de não aceitar determinadas roupas e cores, estava dificil até para colocar casaco em dias frios. Graças a Deus não temos mais problemas com casacos, luvas ou gorros!
- a noção de perigo - que ele tinha pouca - melhorou. Agora ele nos segue mais com os olhos para ver onde estamos sempre e é mais receoso, e nao sai correndo sem olhar para tras como antes.
- de forma geral ele parece estar mais presente, respondendo cada vez mais ao nome e com contato visual maior. Certamente ainda pode progredir mais, mas esta impressão de que ele está presente é sempre positiva.

O Oliver acabou de cumprir 3 anos de idade. Quais são os nossos desafios ainda?
Muitos. Ele continua sem falar. Ele continua sem mostrar imaginação. Ele sociabiliza pouquissimo (embora na escolinha tenha 1 ou 2 amiguinhos preferidos que ele não empurra pra longe quando se aproximam). É dificil mante-lo sentado na mesa de um restaurante sem uma distração que costuma ser o celular ou um tablet.

Qual é a nossa situação hoje em comparação a um ano atrás?
- Ele antes não ficava na escola mais de 1 hora e meia e chorava ao lado da porta querendo ir embora, hoje em dia vai com tranquilidade e fica lá super bem.
- Ele aceita comer praticamente qualquer coisa, antes era mais seletivo, embora sempre tenha comido bem.
- Ele tinha alguns problemas sensoriais sutis, não gostava de me dar a mão na rua, já teve manias com roupas, e isso tudo passou totalmente.
- Ele era muito mais irritavel, e hiperativo de forma geral, acalmou muito.
- A afeição conosco melhorou 1000%, principalmente comigo. Há um ano atrás eu colocava ele no berço, e quando pedia um beijo de boa noite, ele ficava olhando para o teto como se eu não estivesse ali. Hoje pega no sono todas as noites abraçado comigo na minha cama enquanto eu canto uma musiquinha pra ele.  É mil vezes mais apegado.
- a atenção e concentração dele melhoraram MUITO. Por exemplo, no começo do ano ele assistia 5 segundos do DVD e queria troca-los de forma intermitente. Hoje em dia assiste o filme inteiro (os filmes preferidos) e gosta que eu leia pra ele (os livros preferidos).

Foi tudo isso graças a homeopatia? E´ dificil dizer ao certo o que ajudou mais e no que, mas eu acredito na homeopatia e tenho certeza que contribuiu muito em todo este processo. As intervenções que usamos durante o ano que passou foram:

- homeopatia desde o começo de 2012
- osteopatia mensal desde o começo de 2012
- terapia CEASE propriamente desde maio 2012
- Dieta restritiva tipo SCD e GAPS desde julho de 2012. Nós fizemos uma introdução da dieta muito curta para eu ser capaz de avaliar os beneficios desta dieta. Só posso dizer que nossa dieta hoje é mais restritiva do que SGSC porque além de não comer laticinios  nem comer nada que contenha gluten, ele não come graos como arroz ou quinhoa, nem batata, nenhum doce. O meu filho basicamente come qualquer proteina animal com verduras e legumes (principalmente abobora no lugar de batata), feijão preto (não carioca) e lentilha. Frutas, só banana porque estou tendo dificuldade em encontrar algo pra ele comer no lanche (ou onde colocar o oleo de coco!). Na dieta dele foram introduzidas todas as gorduras saudaveis possiveis, desde banha de porco para fritar ovos, abacate na salada, e oleo de coco na banana. Eu costumo incluir proteina animal no café da manhã (ovos) e no almoço. Procuro dar somente carboidratos (verduras e legumes) na hora do jantar.
- TO+fono uma vez por mes, mas na semana que vem ele vai começar a fazer fono semanalmente
- massagem Qigong - da qual falei em outro post - que fiz com sucesso durante 2 meses e acho uma das intervenções mais bacanas de todas e a que eu pude realmente ver os resultados acontecendo. (E que infelizmente tenho tido dificuldade de fazer).

Os nossos próximos passos agora são fazer exame de sangue, cabelo, urina e de alergias para ter uma referencia de deficiencias minerais e quantidade de metais pesados. Eu inicialmente não pretendo seguir tratamento biomedico e dar mais suplementos do que os que já dou, que incluem  magnesio+zinco, vitamina C, mas somente depois da consulta com o médico serei capaz de dizer se fiquei tentada a tentar algum novo suplemento ou usar algum anti-viral...

NOTA: eu nunca fiz estes exames. Decidi fazer para fins de comparação. Uma mãe que está no grupo CEASE Homeopathy for Autism no Facebook nos contou há pouco tempo que os niveis de mercurio do filho dela eram de 80% e em 2 anos baixaram para 13% sem fazer quelação de metais com produtos quimicos. A criança não fez nenhum outro tratamento (nem dieta) além de terapia CEASE. O menino inclusive perdeu o diagnóstico de autismo há pouco tempo.

Temos uma consulta com um especialista super bem recomendado (Dr. Bob Allen em Windsor) que trabalha com reflexos primitivos mal desenvolvidos, veja explicação AQUI. Ele faz uma avaliação na criança e tenta determinar quais reflexos que deveriam ter sido desenvolvidos dos 3 meses de gestação aos 6 meses de vida não foram, e passa um programa para integrar os reflexos primitivos.  (pelo que sei, ele costuma passar uma massagem feita com um pincel).

No futuro quero tambem ver um terapeuta que trabalhe com Reorganização Neurologica. O terapeuta avalia as necessidades neurologicas da criança e passa uma serie de atividades para serem feitas durante meses que visam completar etapas neurologicas do desenvolvimento que não foram devidamente completas. Eu me interessei por essa terapia depois de ver este video maravilhoso que me enche de inspiração e que espero encha de inspiração a todas as mães sofredoras por ai.

Fonte: http://autismohomeopatia.blogspot.com.br/2013/01/3a-rodada-de-desintoxicacao-da-triplice.html

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Análise da Nilza Garcia sobre autismo e espiritualidade


Esse artigo trás como intento afastar as más interpretações e desinformações sobre o autismo e  tentar o entender sob a ótica espírita, sob esse prisma é necessário entendermos que   a palavra “autismo” deriva do grego “autos”, que significa :  “voltar-se para sí mesmo”.
O autismo é um distúrbio do  desenvolvimento humano que vem sendo estudado pela ciência há quase seis décadas, o precursor  de seus estudos foi Léo Kanner[1] (1943) o qual pesquisou o  primeiro vários casos e lançou o livro : "Autistic disturbances of affective contact",[2] onde descreveu os casos de onze crianças que tinham em comum : "um isolamento extremo desde o início da vida e um desejo obsessivo pela preservação da mesmice"[i], denominando-as de "autistas"
É bom salientar de que embora só em 1943 tenha se publicado as  pesquisas, ao longo da história  sempre houve crianças autistas, Kanner  começou a interessar-se  nesses casos específicos  quando ingressou na psiquiatria infantil : “ Desde  1938 têm chamado a minha atenção algumas crianças cujas condições diferem de forma marcante e tão específica de qualquer coisa até agora registrada que creio que cada caso merece, e eu espero que eventualmente receba , uma apreciação detalhada de suas fascinantes peculiaridades [...]”.(KANNNER. 1943.p.217)
Alguns podem questionar  de como reconhecemos uma criança autista  em resumo podemos afirmar  que é o autismo é   síndrome[3] definida por alterações presentes desde  idades muito precoces, tipicamente antes dos três anos de idade, e que se caracteriza sempre por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação. Sob esse prisma Lorna Wing e Judith Gould em seu estudo realizado em 1979[4] caracterizaram estes três desvios, que ao aparecerem juntos caracterizam o autismo, denominam  de “Tríade”. A Tríade é responsável por um padrão de comportamento restrito e repetitivo, mas com condições de inteligência que podem variar do retardo mental a níveis acima da média.
As autoras usaram o termo “espectro autista[5] para permitir uma definição mais abrangente da perturbação, uma vez que constataram que algumas das crianças observadas não se integravam totalmente na caraterização efetuada por Kanner.
  […] É esta tríade que define o que é comum a todas elas, consistindo em  dificuldades em três áreas do desenvolvimento mas nenhuma dessas áreas,  isoladamente e por si só, se pode assumir como reveladora de “autismo”. É a  tríade, no seu conjunto, que indica se a criança estará, ou não, a seguir um  padrão de desenvolvimento anómalo […]  (Wing & Gould, 1979, p.17)
Em resumo o espectro nos abre um leque enorme de tipos de autistas, sendo o mais severo o autista denominado no CID 10[6]como  “Transtorno Global de Desenvolvimento”   onde é classificado (F84.0) , ou pelo DSM 5. [7]  o qual classifica como leve[8] ou  moderado e severo[9] os : “ Transtornos Invasivos do Desenvolvimento” e  no meio desses espectro destacamos os  que tem a “síndrome de Asperger” a qual diferencia-se do autismo clássico por não comportar nenhum atraso ou retardo global no desenvolvimento cognitivo ou da linguagem do indivíduo.
O termo “Síndrome de Asperger” foi utilizado pela primeira vez por Lorna Wing em 1981 em um jornal médico, que pretendia desta forma homenagear Hans Asperger[10], cujo trabalho não foi reconhecido internacionalmente até a década de 1990. A síndrome foi reconhecida pela primeira vez no DSM, na 4º edição em 1994 (DSM-IV)[11]
Ao contrário dos autistas “clássicos”, que normalmente estão ausentes e desinteressados do mundo que os rodeia, muitos “aspies” (apelido dado aos que sofrem da síndrome) querem ser sociáveis e gostam do contato humano. Têm no entanto dificuldade em perceber sinais não-verbais, incluindo os sentimentos traduzidos em expressões faciais, o que levanta problemas em criar e manter relações com pessoas que não percebem esta dificuldade.
Conforme Bryson e col. em seu estudo conduzido no Canadá em 1988, em cada mil crianças nascidas uma teria autismo; Segundo a mesma fonte, o autismo seria Três vezes mais frequente em pessoas do sexo masculino do sexo feminino, e incide igualmente em famílias de diferentes raças,  credos ou classes sociais. [12]
Muitos cientistas e pesquisadores procuram sua causa, e ainda não chegaram a um denominador comum, hoje com os avanços da neurociência e do conhecimento sobre o genoma humano, tem-se avançado pelo campo das consequências mas não das causas propriamente ditas, a exemplo podemos citar  de que nesse campo de investigação os  pesquisadores convergem na afirmativa de que  o autismo tem sua causa esta na formação do cérebro quando a criança ainda é um feto;   ou seja quando dá-se inicio na formação do cérebro... Ali ocorre algo; uma excentricidade.
Em média, os autistas têm 67% mais neurônios do que as outras crianças no córtex pré-frontal, além disso, a massa do cérebro também mostrou uma grande diferença; segundo os dados obtidos, o cérebro dos autistas é 17,6% mais pesado que a média geral.
Estudos de James Sikela[13]  e colaboradores  através de pesquisas da Universidade  do Colorado,  descobriam  correlação entre um alto numero de copias de um gene numa certa região do DNA humano e o desenvolvimento do cérebro, acarretando autismo e esquizofrenia. Conforme Sikela em uma região instável do genoma 1q21.1 concentra-se um numero alto de cópias de um gene chamado : DUF1220; Essa  variação  do numero de copias do genoma 1q21.1 , no autismo e na esquizofrenia, se encaixa  na ideia de que os indivíduos com essas doenças  são os que  o mecanismo humano permitiu a geração de mais copias do gene DFU1220.
James Watson[14] lança a hipótese de que existe uma correlação entre autismo, esquizofrenia e inteligência, sua hipótese  surgiu depois que sequenciou  o genoma humano, o que levou a descoberta  de que tinha mutações  em genes ligados  ao reparo do DNA  :
BRCA 1 e BRCA2  que atuam corrigindo danos causados  durante a replicação  do DNA.
As correções segundo Watson acabam por exceder ou não atingir  o numero de genes defeituosos.[15]
“Desse modo as pessoas com essas mutações tendem a ter  filhos  especiais”.[16]
Adentrando á ótica espírita, podemos perguntar, por que nasceriam crianças assim, encontraremos entre diversas respostas na codificação a questão 373 do Livro dos espíritos [ii]P: Qual será o mérito da existência de seres que, como os cretinos e os idiotas, não podendo fazer o bem nem o mal, se acham incapacitados de progredir?
R: “É uma expiação decorrente do abuso que fizeram de certas faculdades. É um estacionamento temporário.” E complementa no item “a” da mesma questão:
P:  Pode assim o corpo de um idiota conter um Espírito que tenha animado um homem de gênio em precedente existência?”
“ R: Certo. O gênio se torna por vezes um flagelo, quando dele abusa o homem”
Na questão 374 mostra-nos a consciência do espírito:  “P: Na condição de Espírito livre, tem o idiota consciência do seu estado mental?
 R: “Frequentemente tem. Compreende que as cadeias que lhe obstam ao voo são prova e expiação.”
E nos brinda com a 375 item “a” : P:  Então, o desorganizado é sempre o corpo e não o Espírito?”
 R:“Exatamente; mas, convém não perder de vista que, assim como o Espírito atua sobre a matéria, também esta reage sobre ele, dentro de certos limites, e que pode acontecer impressionar-se o Espírito temporariamente com a alteração dos órgãos pelos quais se manifesta e recebe as impressões. Pode mesmo suceder que, com a continuação, durando longo tempo a loucura, a repetição dos mesmos atos acabe por exercer sobre o Espírito uma influência, de que ele não se libertará senão depois de se haver libertado de toda impressão material”
O corpo humano está subordinado às informações ou ordens dos genes, desde que há, em verdade, um “Poder Inteligente” que orienta a formação do DNA e permite repará-lo quando necessário. Logo após a fecundação, a entidade reencarnante, de acordo com sua sintonia evolutiva, grava o seu código cifrado vibratório na matéria, atuando sobre o DNA.
Portanto, todas as transformações físicas, químicas, orgânicas, biológicas, de todas as células são orientadas e dirigidas pelo espírito que preside a tudo, funcionando o corpo como um grande computador biológico.
A doutrina espírita ensina que somos mentores do nosso próprio destino (o acaso não existe). Quando nascemos com alguma deformidade, em verdade a mesma já existia antes em espírito, porque a criamos dentro de nós, em determinada vivência física. Sob esse prisma entendemos que o espírito é responsável por tudo que pensa e faz, subordinado à Lei de Causa e Efeito. Se tivermos algo a expiar, a distonia arquivada, em nosso períspirito, propiciará a escolha compatível ao novo encarne.
Conforme Bezerra de Menezes, o Autismo, assim como também todos os processos de limitações e doenças psíquicas e/ou mentais, é um resgate para espíritos que em suas encarnações passadas tiveram "poder" de influencia, decisão, liderança, ideológico ou coisas assim e que não utilizaram aquele "dom" em um objetivo útil ao próximo, abusando de sua influencia e muitas vezes se aproveitando de tudo o que podia fazer para ganho próprio.
" [...] Espíritos  há  que  buscaram,  na  alienação  mental  através  do  autismo,  fugir  às  suas  vítimas  e  apagar  as  lembranças  que  os  acicatam,  produzindo  um  mundo  interior  agitado  ante  uma  exteriorização  apática,  quase  sem  vida.  O  modelador  biológico imprime, automaticamente, nas delicadas engrenagens do cérebro  e do sistema nervoso, o de que necessita para progredir: asas para  a  liberdade  ou  presídio  para  a  reeducação". (FRANCO.1988 )[iii]
Conforme o psicólogo Adenáuer de Novaes[17] em sua obra “Reencarnação[iv]: processo educativo”, o processo reencarnatório desses espíritos é muito complexo : “Há crianças que rejeitam tão fortemente a encarnação  atual, aos membros de sua família, ao ambiente em que retornaram, que se alheiam da realidade. Experimentam uma  rejeição muito grande à atual encarnação. O espírito prefere  permanecer vinculado ao passado, a algo distante e remoto que,  de alguma forma, lhe recompensa. Esses casos podem levar ao  autismo. [...] ” e complementa de modo sublime : “[...] O mutismo, a indiferença, a ausência quase que completa de emoções, geralmente têm suas raízes em   encarnações anteriores. A aceitação da atual existência seria  fundamental. O trabalho dos pais consiste, em princípio, em reconquistar o filho nessa condição.(NOVAES. Cap. Psicologia e  Reencarnação  P.84/85)
Analisando essas informações, podemos de  aqui destacar a frase do Dr. Jorge Andrea[18] :   “O mundo espiritual aqui e ali tem informado que a condição autista desde o nascimento seria o resultado da revolta do espírito diante a imposição reencarnatória; bem claro que, além disso, estarão presente reações como respostas de uma vida pretérita distoante.”[v]
O autismo até a presente data não tem cura, nos casos mais severos há a necessidade de auxilio psiquiátrico e tratamento com remédios, a doutrina espírita aconselha sempre manter o tratamento com os profissionais especializados, e em paralelo um tratamento a base de fluidoterapia. A água fluidificada é um recurso também dos mais interessantes, já que a própria espiritualidade tem a possibilidade de impregnar a água destinada a ser tomada após o passe, com vibrações adequadas para aquele paciente, como um medicamento que seja apropriado para aquele momento específico e para aquela situação específica do paciente.
“Com o tempo tem havido assimilação vibratória dessas energias benéficas, por mimetismo natural, e os interregnos, sem a  intoxicação  telepática  dos  adversários  desencarnados,  vêm  proporcionando -lhe  a  revitalização  mental,  destruindo as paredes do mundo íntimo para onde, apavorado, fugiu, desde quando a reencarnação o trouxe à infância carnal.”(Bezerra de Menezes – Loucura e Obsessão, cap. 7, pp. 83 e 84).
Os autistas de grau mais leve ou os Aspegers, podem também assistir as palestras, assimilando as informações e educando a alma.
A criança como ser humano é um ser aberto à mudança, deficiente ou não deficiente, pode modificar-se por efeitos da educação e, ao mudar a sua estrutura de informação, formação e transformação do envolvimento, pode adquirir novas possibilidades e novas capacidades.” ( Vitor da Fonseca. 1995)[vi]



[1] Leo Kanner ( 1894 - 1981) psiquiatra austríaco radicado nos Estados Unidos. Especializou por seu próprio esforço em psiquiatria pediátrica, tendo estudado por seus próprios meios.
[2]  Tradução : "Distúrbios autísticos do contato afetivo", publicado na revista Nervous Children (crianças nervosas)..
[3] Síndrome - s.f. (gr. Syndrome) Conjunto dos sintomas que caracterizam  uma doença.
[4] Lorna Wing e Judith Gould, efetuaram um estudo epidemiológico num bairro Londrino,  onde concluíram que as dificuldades que caraterizam o autismo podem ser relatadas segundo uma  “Tríade de Limitações” (Cumine et al., 2006, p. 9)
[5] Espectro autista, também referido por desordens do espectro autista (DEA, ou ASD em inglês) ou  inda condições do espectro autista (CEA, ou ASC em inglês), é um espectro de condições psicológicas  caracterizado por anormalidades generalizadas de interação social e de comunicação, e por gama de interesses muito restrita e comportamento altamente repetitivo.
[6]  CID = Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde
[7]  DSM= Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais.
[8] Transtorno invasivo do desenvolvimento não-especificado TID ou TEA = Transtorno do Espectro Autista.,  CID 10 = F84.1 Autismo atípico
[9] Autismo Clássico
[10] Hans Asperger  (1906-1980): médico pediatra austríaco formado na Universidade de Viena.
[11] Asperger tinha especial interesse em crianças "fisicamente anormais". Submeteu em 1943, o artigo Die 'Autistischen Psychopathen' im Kindesalter (A psicopatia autista na infância), à revista científica Archiv fur psychiatrie und Nervenkrankheiten, que o publicou no ano seguinte, no seu número 117, páginas 76-136. Seu trabalho baseou-se em estudos que envolveram mais de 400 crianças.
[12] Informações coletadas  no site da ASA -  Autism Society of America  (www.autism-society.org).
[13] James Sikela: Professor Do departamento de bioquímica e genética molecular  da Universidade do Colorado (escola de medicina).
[14] James Dewey Watson: Biólogo molecular e geneticista; Premio Nobel e um dos descobridores da estrutura do DNA.
[15] Watson apresentou sua tese durante o 74º Simpósio de Cold Spring Harbor sobre Biologia Quantitativa, organizado pelo laboratório do qual ele era chanceler.
[16] Reportagem publicada na Folha Online em 03/06/2009 - "Autismo é o preço da inteligência, diz descobridor da estrutura do DNA" disponível em  : http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2009/06/575851-autismo-e-o-pre... (pagina visitada em 07/02/2014)
[17]  Adenáuer  M. F. de Novaes: psicólogo clínico, escritor e orador espírita, fundador e diretor da Fundação Lar Harmonia, na cidade de Salvador.

[18] Jorge Andrea dos Santos, Nascido em 1916, em mais de meio século cruzou o país de Norte a Sul, fazendo palestras  divulgando o espiritismo em seu aspecto cientifico.
Fonte: Amigo Espírita

Fonte:http://www.espiritbook.com.br/profiles/blog/show?id=6387740:BlogPost:1789230&xgs=1&xg_source=msg_share_post

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Santa Casa-RJ abre tratamento inédito

Atendimento especializado, gratuito e com profissionais de ponta para crianças com autismo. O serviço de psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro está com inscrições abertas para receber pessoas de 3 a 12 anos de idade com o transtorno. O tratamento começa em agosto.

Para se inscrever

O tratamento dura até o fim do ano. Serão 35 vagas para crianças de até 6 anos e 40 vagas para pequenos de 6 a 12 anos. Inscrição: 2533-0118 e 2221-4896 (das 14h às 17h).

Psicólogos, fonoaudiólogos, pedagogos e médicos farão o cuidado. Pequenos de 3 a 6 anos terão atendimento individual. A novidade é que os responsáveis também participarão. A ideia é que eles aprendam técnicas de estímulo para fazer com as crianças, fora do ambiente hospitalar.

domingo, 22 de junho de 2014

Post Na Pracinha (texto 26)


Terça-feira, 2 de abril de 2013

Dia azul

Era 2 de abril de 2011 e o diagnóstico de autismo do Luca tinha entrado na nossa vida havia menos de dois meses. Eu me lembro que estávamos indo para a festinha de aniversário do Pedro, filho de uma amiga do coração hoje, a Ju, em Botafogo. Tinha acabado de escurecer. Eu ainda não conhecia as mães daquela festa. Mães que depois se tornaram grandes amigas minhas... Ele era coleguinha do Thiago, em uma escola nova. Era a primeira festa da turma. Não conhecia ninguém. E era o nosso primeiro evento social depois do diagnóstico. Naquela época, eu achava que não tínhamos muito motivo para comemorar a vida… Mas resolvemos ir assim mesmo.

Era um sábado. Viramos o carro na rua São Clemente e lá estava ele, lindo como sempre, imponente, com os braços abertos, acolhedor, sagrado, de tirar o fôlego. E azul!!!! O Cristo Redentor é maravilhoso na visão que se tem do início da rua São Clemente, uma das principais ruas de Botafogo, na zona sul do Rio. E eu nem me toquei que ele estava azul por que era o Dia Mundial de Conscientização do Autismo. Nessa época, eu mal conseguia falar a palavra "autismo" em voz alta.

Um ano depois, 2 de abril de 2012, eu escrevia o meu primeiro texto no site Na Pracinha. Era um testemunho sobre o que era para mim ser mãe especial. Uma descrição desse novo mundo. Depois de um ano muito doloroso, de compreensão, de mergulho nesse novo mundo, eu estava pronta para escrever. Eu, que sempre escrevi sobre tantas coisas, passei um ano reclusa, sem conseguir falar no assunto.

Escrever minhas experiências com o Luca nesse último ano e o dia a dia da minha família nesse espaço maravilhoso e nas redes sociais foi uma catarse e é até hoje. Chorava várias vezes enquanto digitava. Reabria feridas para - só agora vejo isso - fechá-las de maneira serena, saudável, sem a mágoa, o rancor e a desesperança que a gente carrega no início do diagnóstico. As lágrimas que escorriam pelo rosto lavavam a minha alma. E lavam até hoje.

A Patrícia de 2 de abril de 2013 é muito diferente da de 2011. E o Luca também. Naquele 2 de abril de 2011, ele era não-verbal. Fazia birras homéricas, se jogava no chão, gritava, não se comunicava, não olhava, não respondia, não interagia. Era hiperativo, não parava quieto. Não se concentrava. Tudo o que eu queria naquela época era que ele falasse e voltasse a me chamar de "mamãe". Que ele voltasse a falar "papai".

A Patrícia de hoje é mais informada. E mais conformada. Mais paciente e mais calma. Ainda sou um furacão. Mas, aprendi a canalizar essa força para as coisas produtivas. Aprendi quais as brigas devo comprar e que o autismo não é mais um inimigo. Como pode ser? Ele faz parte do meu filho… Eu preciso é entendê-lo para poder entender o Luca.

O Luca de 2013 ainda é hiperativo, ainda tem dificuldades de se comunicar e de interagir. Se concentra pouco. Mas já fala, identifica as letras e escreve o próprio nome. Se, em 2011, o desafio é saber se ele iria um dia falar, o desafio de agora é saber se um dia ele vai ser alfabetizado… E é assim, nossa vida de mãe especial: vencer desafios.

Hoje cedo, antes de vir trabalhar, revirei meu guarda-roupa em busca de uma blusa azul. Como boa atleticana, não tenho lá muitas roupas azuis. Encontrei uma antiga, meio velhinha, meio apertada… Deixei de saber! Botei um cinto, um salto alto, um brincão de argola, um batom bem bonito e um sorriso no rosto e cá estou eu, de azul, para lembrar, não para os outros, mas para mim mesma, que lutar pelos diferentes é e sempre será parte importante da minha vida.

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Post Na Pracinha (texto 25)




terça-feira, 26 de março de 2013

 "Mãe, consegui"

Luca escrevendo o nome, fazendo o dever de casa e brinquedos de faz de conta, de imaginação... esse domingo foi de revelações para mim. E se tem uma coisa que essa vida de mãe especial me ensinou é que existem dias bons e ruins. Que não devemos cair nos ruins. Nem nos sentir auto suficientes demais nos bons.

Eu choro e me chateio com os dias ruins, aqueles dias em que ele está tão agitado, tão acelerado, que não se concentra para fazer as coisinhas na escola e os deveres em casa. Não responde as minhas perguntas e não fixa o olhar. Parece estar em rotação mil. E está mesmo. É a tal da hiperatividade. Nesses dias, eu temo pelo futuro e questiono minha fé, minhas crenças, minha rotina com ele, meu papel de mãe.

Mas aí me lembro que chorar não adianta nada e já penso pra frente, no que eu posso fazer para melhorar... E, como dizia a minha avó, o que não tem remédio, remediado está. Se não for o tempo de ele fazer algumas coisas que outras crianças de 4 anos já fazem, não é, e pronto.

Tem dias que ele joga o lápis no chão e diz que não vai fazer o dever. E tem dias que ele faz tudo e até os deveres extras, as folhas avulsas que eu imprimo com atividades para ele e o Thiago (o meu outro filho, de 6 anos) fazerem. E entende o proposto e me abraça quando eu dou parabéns pelo trabalinho feito.

Domingo, fomos ao cinema e depois de muuuuito tempo, o Luca ficou a sessão inteira. Voou boa parte do tempo, subiu e desceu as escadarias do cinema sabe Deus quantas vezes, as pessoas olhavam, achavam um absurdo eu deixar uma criança correndo na escuridão do cinema com risco de cair. Nessas horas, a mãe é sempre julgada. É a mãe que não dá limite, que não se impõe….

De vez quando, ele parava e prestava atenção numa cena ou outra e ria junto com a plateia. Isso para mim é o máximo: ele entendeu a "piada" e riu. Eu não assistia ao filme. Assistia ao Luca assistindo ao filme. Na hora dos efeitos especiais, com o som muito alto, colocava as mãos nos ouvidos. O semblante é de dor. Olhava outra cena e empilhava as almofadas que a gente coloca no assento das crianças lá na frente, na primeira fileira. E assim foram quase duas horas de "Os Croods".

Para mim, houve um ganho em tudo isso. Pelo menos, dessa vez ele não fez escândalo para sair, como costuma ser. Normalmente, eu saio com ele do cinema e o Thiago fica com outra mãe de um amiguinho - eu nunca vou ao cinema sozinha, porque sei que é grande a chance disso acontecer.

Ao sair da sala, ele veio correndo em minha direção e perguntei se tinha gostado. A resposta acabou comigo. Luca respondeu: "Mãe, consegui!", com as duas mãozinhas fechadas, comemorando, olha fixo no meu olho, sorriso no rosto. E me abraçou. Foi um soco no estômago. Isso me deu a prova de que ele se esforça para ser "normal". Me mostrou que ele tem noção de que a gente cria uma expectativa sobre o seu comportamento, que ele quer fazer o que se espera, mas simplesmente ainda não dá conta.

Ele não dá conta, nesse momento, de ficar duas horas sentado, vendo uma animação. Tenho raiva de mim mesma quando fico assim e esqueço que ele tem o seu tempo.

Esse "mãe, consegui" martelou na minha cabeça o resto da noite. Fui dormir 3h da manhã. Até que ponto ele tem consciência? O quanto ele absorve à sua volta, o que ele pensa, o que ele entende? Perguntas difíceis, com respostas que eu só posso imaginar. De vez em quando o Luca me dá pistas de que está mais presente do que eu posso supor, como dessa vez. De vez em quando levo um tapa na cara como esse, para me fazer acordar. Para me lembrar que o cérebro é um mistério, e que você não deve NUNCA subestimar o seu filho. Você conseguiu sim, Luca. E ainda vai conseguir muitas outras coisas na vida. Conte com a mamãe. Sempre.

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Post Na Pracinha (texto 24)

Segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Mediadora, a "camisa 9" do seu time!


Definir a escola e uma mediadora. Fim de janeiro é um tempo de definições importantes na vida dos nossos filhotes especiais. Graças a Deus, já passei pelo pesadelo de encontrar um colégio disposto a fazer inclusão com o Luca. Mas, de setembro até dezembro do ano passado, foram muitos “nãos”, desculpas evasivas, vagas que sumiram... dá angústia só de lembrar. Agora, estou no momento de definir uma mediadora. Tarefa igualmente difícil. Primeiro, faltam profissionais boas no mercado. Segundo, justamente por isso, elas não saem barato para os nossos bolsos, já tão atolados com contas de terapia, neurologistas, tratamento biomédico, aulas de esporte, lazer...

Não que elas estejam pedindo muito. O valor final, entre carteira assinada e passagem, fica em média entre R$ 1.000 e R$ 1.800, pelo menos aqui no Rio de Janeiro. O trabalho vale, afinal de contas, sem ela seu filho provavelmente não será aceito em uma escola regular, dependendo do grau de comprometimento, e ele pode não aproveitar como deve as preciosas quatro horas de estímulo que ele terá no colégio. É que, para nós, mães mortais, esse valor pesa demais no bolso. Principalmente, por que não é a única despesa que se tem com um filho especial. E, muitas escolas, especialmente as que estão começando com a inclusão, que ainda são inexperientes e inseguras, praticamente condicionam a matrícula do seu filho à contratação de uma mediadora junto.

Mediadora é como seguro saúde. Você paga, mas espera nunca precisar efetivamente dela. O que esses anos de prática e de Luca me ensinaram sobre mediadora? Primeiro, que ela não é babá. Ela não está ali para proteger seu filho, para evitar que ele se meta em confusão, não está ali para carregá-lo, para segurar o lápis para ele, muito menos para ser a amiguinha dele na escola, o amuleto social, já que quem está no espectro autista tem dificuldades nessa área.

A mediadora tem de aparecer o mínimo possível. Quero que o Luca se sinta aluno da professora dele, não da mediadora. Por isso, peço para que ela “finja” que é uma auxiliar da turma, uma segunda professora na classe. Primeiro, porque dessa forma o Luca não vai se sentir diferente dos demais por ter uma professora só para ele. Segundo, porque é bom que ela não esteja o tempo todo disponível. Ele precisa se virar, precisa tentar aprender junto com o restante da sala. Se começar a “voar”, a se distrair com alguma coisa, ou ficar relutante a fazer um ou outro trabalhinho, aí sim, a mediadora entra, fofa, mas firme, para tentar fazer com que ele siga os demais. Ela está ali para, como diz o nome, “mediar” a relação entre ele e a professora, entre ele e o novo espaço físico, entre ele e os coleguinhas...


Seguir os coleguinhas é tudo o que a gente quer que os nosso filhos façam... Por isso, brigamos tanto pela inclusão. O Luca tem 4 anos e meio e esta será nossa primeira experiência em escola regular desde o diagnóstico, de Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD) há dois anos. Durante um ano e meio, ele ficou em uma escolinha pequena, que aos poucos se tornou uma escola especial. Ele evoluiu muito, mas agora achamos que ele precisa desse espelho, desse outro coleguinha típico, para que ele possa ganhar novas habilidades, imitando o que a gente chama de “normal”.


Para mim, ser mediadora é um dom. Não é um trabalho, é quase uma missão, como eu vejo em profissões como enfermagem, fisioterapia... Se dedicar a pessoas que fogem do padrão normal não é para todo mundo. A entrevista é fundamental. Você tem de gostar dela (como profissional) e do jeito dela. Serão praticamente irmãs durante um tempo. Ela precisa de ter a liberdade para te falar as coisas que estão indo bem e as que não estão. Você tem de estar aberta a ouvir críticas sobre seu filho, sobre aquilo em que ele ainda não é bom e você vai ter de conversar e discutir com ela estratégias para que ele se desenvolva nesta área.

Sim, você vai discutir estratégias com ela. Depois de um tempo, a gente sente que entende de tudo um pouco: pedagogia, psicologia, fono, medicação, tratamentos alternativos, terapias... às vezes me pego falando de lateralidade, atividades de desenvolvimento da coordenação motora fina, ômega 3, vitamina D, alimentos com e sem glúten, exercícios de fono e tipos de tratamento, como se tivesse feito faculdades de tudo isso. E eu vejo isso em dezenas de outras mães com as quais eu converso. Viramos polvos, com tentáculos em todas as áreas que possam desenvolver os nossos pequenos.

Uma agenda para “conversar” com a sua mediadora é fundamental. Serve para você definir essas tais estratégias e, com base nas anotações dela, conversar com as outras terapeutas do seu “time”. Sim, eu tenho um time. E, se a neurologista é a camisa 10 da sua equipe, aquele jogador que arma as principais jogadas, a mediadora é sua camisa 9, seu “homem-gol”. Ela vai mediar sua relação com a escola, que costuma ser delicada. Primeiro, porque muitas escolas ainda acham que estão te fazendo um favor por aceitar o seu filho. E, segundo, porque, não se engane, o preconceito ainda existe e muitos pais acham a inclusão linda, desde que não seja na sala do filho deles – não são todos, mas esses pais existem. Não adianta também contratar esse centroavante maravilhoso, se ninguém passa a bola para ele. Os profissionais envolvidos precisam se comunicar, trabalhar juntos, com objetivos definidos. Por isso, escolher esse camisa 9 requer um faro que só mesmo nós, mães especiais, temos. Não deu certo? Contrate outra! Afinal, a treinadora é você! Quem escala o time é você!

Um beijo especial, sempre aqui, Na Pracinha.

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