quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pesquisa aponta: crianças que estudam música ficam mais inteligentes!

Pesquisa aponta: crianças que estudam música ficam mais inteligentes!



musica1 300x157 Pesquisa aponta: crianças que estudam música ficam mais inteligentes!
Vejam só, mamães! Uma pesquisa realizada pela York University e pelo Royal Conservatory of Musica de Toronto mostra que 90% das crianças que mantêm treinamento musical apresentam melhora na inteligência, com melhor conhecimento de vocabulário, tempo de reação e precisão. Esse estudo foi realizado com 49 crianças com faixa etária de 4 a 6 anos previamente estudadas, divididas em dois grupos, tendo lições duas vezes por dia, em sessões de uma hora, ao longo de 20 dias.

“Há muito tempo já sabemos da relação da música clássica e a inteligência, mas atualmente sabe-se que outros tipos de música e principalmente seu aprendizado poderá melhorar muito esse desenvolvimento, principalmente entre 4 e 6 anos. Também sabemos que a música pode auxiliar em quadros depressivos infantis e até sintomas de dores físicas”, diz o pediatra do Hospital e Maternidade São Luiz, Dr. Marcelo Reibscheid. “As crianças que ouvem música com frequência, e principalmente aquelas que estudam música, podem e normalmente têm um raciocínio mais rápido e maior facilidade de ganho verbal”.
Saiba mais:
- A partir de que idade as crianças podem ingressar para o aprendizado musical e se beneficiar com este aprendizado em diversas outras áreas do saber?
Dr. Marcelo Reibscheid – Este benefício pode acontecer em qualquer idade. Porém, pensando-se em aprendizado, concentração e estímulos o ideal é que as crianças comecem as aulas simples com 18 meses e aulas para aprendizado de algum instrumento musical entre 3 e 4 anos.
- Que tipos de resultados práticos podem ser citados como benefícios do aprendizado musical para as crianças? Aprendem, por exemplo, a falar mais cedo e mais corretamente? Saem-se melhor nas aulas de matemática? Relacionam-se melhor com os amiguinhos?
Dr. Marcelo Reibscheid – Todos os benefícios citados acontecem. Além disso apresentam melhora na inteligência, com melhor conhecimento de vocabulário, tempo de reação e precisão. Também sabemos que a música pode auxiliar em quadros depressivos infantis e até sintomas de dores físicas.
- Música clássica é o tipo mais recomendado?
Dr. Marcelo Reibscheid – Na verdade falava-se muito que a música clássica era a única que conseguia este estímulo. Hoje em dia sabemos que qualquer música pode estimular as crianças. O que ocorre com a música clássica é que por esta não ser a rotina da grande maioria das pessoas, ela poderá estimular outras áreas que até então não foram estimuladas. O ideal na verdade é que a criança escute a maior variedade possível de estilos musicais, para que assim várias regiões e áreas cerebrais sejam estimuladas.
- A música também ajuda a acalmar a crianças? Fazê-la dormir melhor, por exemplo?
Dr. Marcelo Reibscheid – Sim. Quando colocamos a música ao dormir, a criança se acalma, não se sente só no ambiente, muitas vezes “viaja” ao som e simplesmente dorme, sem precisar ser ninada.
- Se a criança não demonstra interesse pelo aprendizado musical, os pais devem insistir?
Dr. Marcelo Reibscheid – Com certeza. É muito difícil uma criança não gostar de músicas. Somos muito musicais ao nascer, já que sempre que conversamos com as crianças cantamos ou falamos cantado. É importante esta insistência, mas sinceramente, nunca vi uma criança que não gostasse de música.

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domingo, 20 de novembro de 2011

Desespero pela cura do autismo

Os diagnósticos evoluíram, mas são poucos os tratamentos eficazes. Pais recorrem a terapias
alternativas suspeitas e, com frequência, arriscadas

por Nancy Shute

QUANDO SE DIAGNOSTICOU AUTISMO em Benjamin, seu primogênito, Jim Laidler e sua esposa
começaram a buscar ajuda. “Os neurologistas diziam: 'Não sabemos as razões para o autismo
nem quais serão as consequências para seu filho'”, relata Laidler. “Ninguém dizia: 'Essas
são as causas; esses, os tratamentos'.”

Mas, ao pesquisarem na internet, os Laidlers, moradores de Portland, no estado americano de
Oregon, encontraram dúzias de tratamentos “biomédicos” que prometiam amenizar ou mesmo
curar a incapacidade de Benjamin de falar, interagir socialmente ou controlar seus
movimentos. E, assim, os Laidlers testaram essas terapias em seus fi lhos; começaram com
vitamina B6 e magnésio, dimetilglicina e trimetilglicina – suplementos nutricionais –,
vitamina A, dietas livres de glúten e caseína, secretina – hormônio envolvido na digestão –
e quelação, terapia medicamentosa destinada a eliminar chumbo e mercúrio presentes no
organismo. Aplicaram esses supostos tratamentos a David, irmão caçula de Benjamim, também
diagnosticado com autismo. A quelação não pareceu ser de muita ajuda. Foi difícil perceber
qualquer efeito decorrente da secretina. As dietas trouxeram esperança; para onde fossem,
os Laidlers carregavam a própria comida. E Papai e Mamãe continuaram a alimentar os garotos
com inúmeros suplementos, modifi cando as doses de acordo com cada alteração
comportamental.