quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Medicamento para autismo e retardo mental


 
Do mural da dra. Geórgia no Facebook
 
"Este é o medicamento que meu marido disse que "NEM QUE EU TENHA QUE ATRAVESSAR O OCEANO ATLÂNTICO À NADO PARA BUSCAR!". Como eu já disse, quando estive agora nos EUA, vi pais e profissionais muito mobilizados e engajados na luta contra este aumento
de proporções epidêmicas nos casos de autismo. O que falta mesmo, como Dr Alysson Muotri falou, é dinheiro para as pesquisas, que, no caso do Arbaclofen, está vindo de uma fundação milionária em que há parentes com x frágil.

Dois dos principais candidatos na corrida para desenvolver medicamentos para o tratamento de retardo mental e do autismo estão unindo forças, na esperança de economizar dinheiro e chegar ao mercado mais cedo. Um acordo, que deverá ser anunciado na terça-feira, vai reunir os recursos da Roche, a gigante farmacêutica suíça, e a Terapêutica Seaside, uma empresa de 30 funcionários, privada, com sede em Cambridge, Massachusetts. Este acordo vai estabelecer “o maior esforço até o momento" na pesquisa de drogas para o autismo,disse antes do anuncio o Dr Luca Santarelli, chefe de neurociência da Roche. 
 
 Os termos financeiros não foram divulgados. Há entusiasmo crescente que as drogas podem ser capazes de aliviar alguns dos problemas comportamentais associados com o autismo e em uma causa particular de autismo e retardo mental conhecida como síndrome do X frágil. Cerca de 100.000 americanos têm a síndrome do X frágil. 
 

Autismo resultaria de pequenas mutações genéticas

Centenas de variações não hereditárias dariam origem ao mal, segundo estudos divulgados nos Estados Unidos

fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/autismo+resultaria+de+pequenas+mutacoes+geneticas/n1597016073273.html

Centenas de pequenas variações genéticas raras, das quais muitas são espontâneas, desempenhariam um papel chave nos casos de autismo, de acordo com estudos publicados na revista científica Neuron.
Os pesquisadores confirmaram assim a hipótese de que muitas destas mutações não seriam hereditárias, mas se manifestariam apenas nos indivíduos afetados.


Eles estudaram os casos de mil famílias, nas quais uma das crianças sofria de autismo e a outra não.
Um dos estudos revelou que nestas famílias, a criança autista tinha um risco quatro vezes maior de sofrer estas mutações genéticas espontâneas em relação a seu irmão ou sua irmã.
As pesquisas também indicam que essas variações genéticas afetavam sobre tudo as sinapses, regiões de comunicação entre os neurônios.

"A diversidade das variações genéticas implica que um tratamento contra uma forma de autismo pode não fazer efeito na maioria dos casos", explica o Dr Michael Wigler, do Cold Spring Harbor Laboratory, principal autor dessas pesquisas.

domingo, 5 de agosto de 2012

“Nasci ouvindo que o autismo não tem cura mas, para mim, isso é um mito”

Brasileiro que reverteu a doença em laboratório diz que tratamento é possível, mas faltam recursos

Pesquisa. O cientista brasileiro Alysson Muotri trabalha em seu laboratório de medicina regenerativa, na Universidade da Califórnia, Estados Unidos, para desvendar o autismo
Foto: Arquivo Pessoal
Pesquisa. O cientista brasileiro Alysson Muotri trabalha em seu laboratório de medicina regenerativa, na Universidade da Califórnia, Estados Unidos, para desvendar o autismo
(Arquivo Pessoal)
Existem no Brasil dois milhões de pessoas diagnosticadas com autismo, segundo estimativas. Nos Estados Unidos, os números são oficiais: a incidência é de uma em cada 88 crianças. Por trás das estatísticas, estão familiares e pacientes, que se esforçam todos os dias para lidar com o transtorno neurológico, que afeta a comunicação, a sociabilidade e o comportamento. Mas que agora enxergam uma luz no fim do microscópio: um jovem cientista brasileiro, Alysson Muotri, de 38 anos, radicado nos Estados Unidos, está surpreendendo o mundo acadêmico com suas pesquisas que desenvolveram neurônios derivados de pacientes autistas e os reverteu ao estado normal. Os resultados do experimento mais recente, de janeiro, estão em fase de revisão e devem ser publicados ainda este ano. Atualmente, uma campanha no Facebook, liderada por pais de crianças com autismo, busca apoio do governo brasileiro às suas pesquisas.

O que o motivou a pesquisar sobre autismo?
A capacidade social humana é única entre as espécies. Pesquisar o autismo e outras síndromes que afetam o lado social é uma forma de ganhar conhecimento sobre a complexidade do cérebro social humano. Foi isso que me motivou a estudar o autismo inicialmente. Hoje em dia, minha motivação vem do potencial da pesquisa em ajudar os pacientes e familiares. Nasci ouvindo que o espectro autista não tem cura, mas, para mim, isso é um mito.