sexta-feira, 10 de maio de 2013

A Dieta SGSC no Tratamento do Autismo:

Texto retirado do maravilhoso blog da Bruna Marcelino


Dieta sem glúten e sem caseína

Por Claudia Marcelino e Priscila Spiandorello - Texto publicado na edição nº 2 da REVISTA AUTISMO, abril de 2012.

A história da interferência dos peptídeos de glúten e caseína nas desordens mentais é quase tão antiga quanto o próprio autismo. Foi no meio da década de 60 que Dohan começou a sugerir que a ingestão de glúten poderia ser um fator causal da esquizofrenia.
No início da década de 70, peptídeos com atividade imitando a morfina, foram descobertos como um produto fisiológico normal do metabolismo de seres humanos. Esses peptídeos são chamados de endorfinas e são liberados no organismo em situações tanto de prazer, quanto de stress ou dor.

Peptídeos são cadeias de 2 ou mais aminoácidos derivados da digestão incompleta de proteínas. Os peptídeos do glúten e da caseína possuem o mesmo efeito de droga da morfina e de opióides, por isso recebem o nome de gluteomorfina e caseomorfina. Uma vez que estes peptídeos consigam chegar a corrente sanguínea, eles podem se ligar aos receptores opiatos no cérebro causando toda a gama de sintomas destas drogas. O glúten e a caseína são proteínas muito complexas e grandes exigindo uma perfeita condição digestiva e uma boa integridade da barreira intestinal para que sejam devidamente quebrados e assimilados sem vazar para a corrente sanguínea.
O peptídeo mais conhecido de todos provavelmente é a beta-endorfina, que atraiu muito interesse e pesquisas na época dos anos 70.

Sete maneiras de ajudar seu filho autista não verbal a falar

Do blog da Cláudia Marcelino


Imitar os sons de seu filho e seu jeito de brincar irá encorajar mais vocalizações e interação.


Tradução de Claudia Marcelino para artigo publicado pela Autism Speaks no dia 19/03/2013.

Esta semana, pesquisadores publicaram os resultados esperançosos de que, mesmo depois de 4 anos de idade, muitas crianças não-verbais com autismo, eventualmente, desenvolvem a linguagem. (Leia a nossa notícia aqui .)
Por uma boa razão, as famílias, os professores e outros querem saber como eles podem promover o desenvolvimento da linguagem em crianças não-verbais ou adolescentes com autismo. A boa notícia é que a pesquisa produziu uma série de estratégias eficazes.

AS 10 MELHORES DICAS PARA A DIETA DO AUTISTA:

Gente, a Cláudia Marcelina publicou essas dicas hoje no perfil dela do facebook. Ela é uma das mães mais guerreiras que eu conheço. O livro dela "Autismo, esprança pela Nutrição", é maravilhoso. Ela tem um blog espetacular. Não deixem de acessar: Sinos de vento

Existem vários grupos de alimentos e alimentos que causam reações alérgicas em pessoas autistas. É melhor modificar sua dieta e tentar uma combinação de vários alimentos, suplementos e medicamentos para controlar os sintomas.

Aqui estão listadas as 10 melhores dicas de dieta para o autismo:

1 - É sempre bom começar com uma dieta de eliminação. Remover ou reduzir os alimentos para ver quais controlam os sintomas e quais podem agravar-los.

2 - A pesquisa mostrou que a remoção de certos alimentos ricos em proteína, ajuda. Uma dieta isenta de glúten e caseína, as proteínas do trigo e do leite. No entanto, pode não ser a resposta, uma vez que não é eficaz em todos os casos.

3 - As crianças autistas são consideradas altamente alérgicas a alguns alimentos como ovos, peixes, frutos do mar, nozes, amendoim e soja. Eliminando esses alimentos pode melhorar os sintomas.

4 - A dieta cetogênica, baixa em carboidratos geralmente usada para controle de crises epilépticas, também descobriu-se ser eficaz para crianças autistas. Mas isso pode levar a um mau crescimento e níveis elevados de colesterol.

5 - A dieta livre de açúcar e fermento é útil em certos casos, mas pode ser difícil de administrar. Se os pais também comem esses novos alimentos, pode ser mais fácil para as crianças a aceitá-los.

6 - Verificou-se que as crianças com autismo são deficientes em determinadas vitaminas e minerais. Suplementar ajuda a garantir que seu filho está recebendo uma quantidade adequada de ambos para ajudar o seu crescimento, bem como tratar os sintomas.

7 - As crianças autistas também são deficientes em ácidos graxos essenciais, fibras e proteínas. Especialistas dietéticos recomendam a inclusão de ômega-3 consumindo o óleo de fígado de bacalhau e suplementos de óleo de peixe. Eles são considerados como "boas gorduras" e ajudam a reduzir a inflamação.

8 - Probióticos ajudam com problemas gastro-intestinais em muitas crianças autistas. Eles contêm bactérias saudáveis e podem melhorar a microflora do trato digestivo.

9 - Dietas de eliminação pode restringir o consumo de nutrientes. Certifique-se de substituí-los por algo mais para o desenvolvimento global e crescimento.

10 - Incluir enzimas digestivas no alimento para ajudar na digestão.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Excesso de iodo pode causar doenças auto-imunes (entre elas, o autismo)

O Brasil registra um aumento de casos de doenças da tireóide e a causa é o excesso de iodo no sal. A afirmação é de um dos maiores especialistas em tireóide no Brasil, o endocrinologista Geraldo Medeiros Neto, professor da Faculdade de Medicina da USP e consultor do Ministério da Saúde.
O problema, diz, foi detonado em 1998, quando uma resolução da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aumentou a proporção de iodo no sal. Passou de 40-60 g/kg (microgramas por quilo) para 40-100 g/kg. Em 2003, após estudos comprovarem que havia excesso de iodo na urina da população, os índices foram reduzidos para 20-60 g/kg.

O Ministério da Saúde alega que a mudança em 1998 foi em razão de pressões da indústria salineira. "O setor teria reclamado que o limite mínimo de 40 e máximo de 60 g/kg de sal eram muito próximos, o que levava a erros de dosagens e, conseqüentemente, a multas", afirma Juliana Amorim, da coordenação de políticas de alimentação e nutrição.

O professor Medeiros Neto, que já era consultor do ministério da época, confirma. "A alteração foi feita sem o aval dos assessores técnicos. Foi decidida pelo pessoal do segundo e terceiro escalões." A indústria salineira nega.

Segundo Medeiros Neto, a ingestão de iodo em excesso durante um período prolongado --acima de três anos-- pode provocar o aumento da tireoidite crônica (tireoidite de Hashimoto) entre as pessoas que têm predisposição genética a doenças auto-imunes --15% da população, em média.

Pesquisas recentes feitas no país mostram incidência de até 20% de casos dessa doença, tipo mais comum de hipotireoidismo que atinge as mulheres e leva o organismo a produzir anticorpos contra a glândula tireóide, levando a uma inflamação crônica. O padrão internacional é de 7%.

"Não tenho dúvidas. [O excesso de iodo] é o gatilho que deflagrou esse aumento. As conseqüências aparecem mais tarde", diz ele.

Mas muitos médicos, como os endocrinologistas Mário Vaisman (UFRJ), Eder Quintão (USP) e Antonio Roberto Chacra (Unifesp), acreditam que o aumento dos casos esteja relacionado ao crescimento do diagnóstico da doença. "Ainda não há estudos suficientes", diz Quintão.

Não há um padrão internacional para o nível de iodo no sal. Cada país tem sua norma, mas em geral varia de 20 a 100 g/ kg.