quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Habilidades Sociais ANTES das Habilidades Acadêmicas

Habilidades Sociais ANTES das Habilidades Acadêmicas (The Son-Rise Program®)
Por Raun K. Kaufman
Tradução da Sandra Santos Tadini

 Existe uma obsessão nacional de ensinar crianças com autismo ou qualquer tipo de transtorno do espectro do autismo de e...nsinar habilidades acadêmicas.
Não importa quão impressionante e diligentemente você trabalhe habilidades acadêmicas com seu filho, isso não vai ensiná-lo a ser mais sociável,
Não vai ensiná-lo a fazer amigos , a rir de uma piada, dar um abraço, ou amar alguém ou dizer Eu Te Amo,
Ou realmente se preocupar com as pessoas, ou interagir espontaneamente com as pessoas a sua volta.
É muito mais crucial priorizar as habilidades sociais do que as acadêmicas.
Isso não significa, de jeito nenhum que vamos esquecer, abandonar para sempre a parte acadêmica.
Mas antes de você realmente colocar sua energia nisso, nós queremos ajudar a nossa criança a ser mais sociável, porque o autismo não é matemática ou leitura,
O autismo é uma desordem relacional,
Desordem na qual nossas crianças ou adultos com autismo tem dificuldades de criar conexões e relacionamentos com outras pessoas entre outras coisas,
O que acontece é que por exemplo, uma parte do cérebro , eu diria um músculo, um músculo de uma parte do cérebro é fraco, perdeu a força.
Isso não significa que ele será fraco para sempre;
Significa que ele precisa de muita ajuda nessa área e nós temos que ajudá-lo.

No curso introdutório Start-Up Son Rise nós focamos Os Quatro Fundamentos Sociais do Modelo de Desenvolvimento.

Primeiro , CONTATO VISUAL E COMUNICAÇÃO NÃO-VERBAL: gestos e várias maneiras de comunicação não-verbal.
O fundamento número 2: COMUNICAÇÃO VERBAL,
O fundamento número 3: ATENÇÃO COMPARTILHADA, o quanto a sua criança ou adulto se envolve com outra pessoa antes que ele/ela se desconecte ou faça alguma coisa diferente que atraia sua atenção
E por último FLEXIBILIDADE, são esses QUATRO FUNDAMENTOS que são os mais esquecidos de se ensinar.
Tenta se ajudar a criança a compensar seu autismo , mas vamos então ajudá-la a SUPERAR os desafios que elas tem ao invés de compensar as dificuldades que elas têm.

Isso é muito importante!

Isso não significa que ela vai superar seus déficits sociais, mas nós nunca saberemos se elas vão superar ou não se não gastarmos nossa energia nisso.
Uma vez que focamos nestas áreas, eu penso realmente que você ficará surpreso do que a sua criança pode crescer nestas áreas.
Nós temos que priorizar as habilidades sociais ANTES das habilidades acadêmicas.

Assista ao vídeo original da tradução acima:
http://www.youtube.com/watch?v=MP6vS9HMQVo&feature=youtu.be
 
 

A PLASTICIDADE DO CÉREBRO

Por Sandra Tadini
O Cérebro não é estático. Ele se desenvolve ou atrofia, ele se remodela. Podemos alterar o Cérebro, gerar a produção de novos neurônios ou destruí-los, incapacitá-los. São os modernos aparelhos de Ressonância Magnética por Imagem Funcional que demonstram como isso acontece.
A ciência estuda a lógica do Cérebro. Ela comprova a importância das EMOÇÕES na estrutura cerebral... e, conseqüentemente, em todas as áreas da nossa vida.
As emoções negativas produzem dois hormônios: adrenalina e cortisol, que, em excesso, corroem o cérebro, matando neurônios, destruindo o Sistema Imunológico, afetando toda a vida do ser humano. São elas: pressa, ansiedade, medo, tristeza, insegurança, desconfiança, ciúme, inveja, raiva, ódio, ressentimento, mágoas, impaciência, prepotência, revolta, queixas, reclamações, pessimismo.

As emoções positivas produzem as endorfinas, entre elas a dopamina, que recuperam os neurônios danificados, estimula a produção de novos neurônios, novas conexões, fortalecendo o Sistema Imunológico, melhorando toda a vida da pessoa. São elas: amor, calma, paz, serenidade, confiança, paciência, tolerância, otimismo, humildade, motivação, alegria, fé, esperança, ternura, zelo, altruísmo.

Ritalina, a droga legal que ameaça o futuro


É uma situação comum. A criança dá trabalho, questiona muito, viaja nas suas fantasias, se desliga da realidade. Os pais se incomodam e levam ao médico, um psiquiatra talvez.  Ele não hesita: o diagnóstico é déficit de atenção (ou Transtorno de Deficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH) e indica ritalina para a criança.

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação


O medicamento é uma bomba. Da família das anfetaminas, a ritalina, ou metilfenidato, tem o mesmo mecanismo de qualquer estimulante, inclusive a cocaína, aumentando a concentração de dopamina nas sinapses. A criança “sossega”: pára de viajar, de questionar e tem o comportamento zombie like, como a própria medicina define. Ou seja, vira zumbi — um robozinho sem emoções. É um alívio para os pais, claro, e também para os médicos. Por esse motivo a droga tem sido indicada indiscriminadamente nos consultórios da vida. A ponto de o Brasil ser o segundo país que mais consome ritalina no mundo, só perdendo para os EUA.

A situação é tão grave que inspirou a pediatra Maria Aparecida Affonso Moysés, professora titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a fazer uma declaração bombástica: “A gente corre o risco de fazer um genocídio do futuro”, disse ela em entrevista ao  Portal Unicamp. “Quem está sendo medicado são as crianças questionadoras, que não se submetem facilmente às regras, e aquelas que sonham, têm fantasias, utopias e que ‘viajam’. Com isso, o que está se abortando? São os questionamentos e as utopias. Só vivemos hoje num mundo diferente de mil  anos atrás porque muita gente questionou, sonhou e lutou por um mundo diferente e pelas utopias. Estamos dificultando, senão impedindo, a construção de futuros diferentes e mundos diferentes. E isso é terrível”, diz ela.

O fato, no entanto, é que o uso da ritalina reflete muito mais um problema cultural e social do que médico. A vida contemporânea, que envolve pais e mães num turbilhão de exigências profissionais, sociais e financeiras, não deixa espaço para a livre manifestação das crianças. Elas viram um problema até que cresçam. É preciso colocá-las na escola logo no primeiro ano de vida, preencher seus horários com “atividades”, diminuir ao máximo o tempo ocioso, e compensar de alguma forma a lacuna provocada pela ausência de espaços sociais e públicos. Já não há mais a rua para a criança conviver e exercer sua “criancice.

E se nada disso funcionar, a solução é enfiar ritalina goela abaixo. “Isso não quer dizer que a família seja culpada. É preciso orientá-la a lidar com essa criança. Fala-se muito que, se a criança não for tratada, vai se tornar uma dependente química ou delinquente. Nenhum dado permite dizer isso. Então não tem comprovação de que funciona. Ao contrário: não funciona. E o que está acontecendo é que o diagnóstico de TDAH está sendo feito em uma porcentagem muito grande de crianças, de forma indiscriminada”, diz a médica.

Mas os problemas não param por aí. A ritalina foi retirada do mercado recentemente, num movimento de especulação comum, normalmente atribuído ao interesse por aumentar o preço da medicação. E como é uma droga química que provoca dependência, as consequências foram dramáticas. “As famílias ficaram muito preocupadas e entraram em pânico, com medo de que os filhos ficassem sem esse fornecimento”, diz a médica. “Se a criança já desenvolveu dependência química, ela pode enfrentar a crise de abstinência. Também pode apresentar surtos de insônia, sonolência, piora na atenção e na cognição, surtos psicóticos, alucinações e correm o risco de cometer até o suicídio. São dados registrados no Food and Drug Administration (FDA)”.

Enquanto isso, a ritalina também entra no mercado dos jovens e das baladas. A medicação inibe o apetite e, portanto, promove emagrecimento. Além disso, oferece o efeito “estou podendo” — ou seja, dá a sensação de raciocínio rápido, capacidade de fazer várias atividades ao mesmo tempo, muito animação e estímulo sexual — ou, pelo menos, a impressão disso. “Não há ressaca ou qualquer efeito no dia seguinte e nem é preciso beber para ficar loucaça”, diz uma usuária da droga nas suas incursões noturnas às baladas de São Paulo. “Eu tomo logo umas duas e saio causando, beijando todo mundo, dançando o tempo todo, curtindo mesmo”, diz ela.

Fonte: https://mail.google.com/mail/u/0/?shva=1#inbox