sábado, 4 de junho de 2011

DEUS ESCOLHE AS MÃES

Deus pairou sobre a Terra, selecionando o seu instrumento de propagação com um grande carinho e compassivamente, enquanto Ele observava, Ele instruía seus anjos a tomarem nota em um grande livro:

- Para a mãe Sebastiana, um menino e o anjo da guarda Mateus.
- Para a mãe Maria, uma menina e como anjo da guarda Cecília.
- Para a mãe Fátima, gêmeos, e como anjo da guarda, mande Gerard.
Pronunciando um nome, sorri e diz:
- Dê a ela uma criança deficiente.
O anjo cheio de curiosidade pergunta:
- Por que a ela Senhor? Ela é tão alegre...
- Exatamente por isso. Como eu poderia dar uma criança deficiente para uma mãe que não soubesse o valor de um sorriso? Seria cruel.
- Mas será que ela terá paciência?
- Eu não quero que ela tenha paciência porque, com certeza, se afogará no mar da autopiedade e desespero. Logo que o choque e o ressentimento passar, ela saberá como se conduzir.
- Senhor, eu a estava observando hoje, ela tem aquele forte sentimento de independência. Ela terá que ensinar a criança a viver no seu mundo e não vai ser fácil.
- E além do mais, Senhor, eu acho que ela nem acredita na sua existência.
Deus sorri.
- Não tem importância. Eu posso dar um jeito nisso. Ela é perfeita. Ela possui o egoísmo no ponto certo. O anjo engasgou.
- Egoísmo? E isso é, por acaso, uma virtude?
Deus acenou um sim e acrescentou:
- Se ela não conseguir se separar da criança de vez em quando, ela não sobreviverá. Essa é uma das mulheres que eu abençoarei com uma criança menos perfeita. Ela ainda não faz idéia, mas ela será também muito invejada. Sabe, ela nunca irá admitir uma palavra não dita, ela nunca irá considerar um passo adiante uma coisa comum. Quando sua criança disser 'mamãe' pela primeira vez, ela pressentirá que está presenciando um milagre. Quando ela descrever uma árvore ou um pôr do sol para seu filho cego, ela verá como poucos já conseguiram ver a minha obra. Eu a permitirei ver claramente coisas como a ignorância, crueldade, preconceito e a ajudarei a superar tudo. Ela nunca estará sozinha. Eu estarei ao seu lado cada minuto de sua vida, porque ela estará trabalhando junto comigo.
- E quem o senhor está pensando em mandar como anjo da guarda?
Deus sorriu.
Dê a ela um espelho, é o suficiente!'

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Vamos encher a caixa postal deles!!!!!

Vamos nos engajar, people!

Gostaríamos de agradecer a todos que se engajaram na luta pela aprovação do PLS nº 168/11 na Comissão de Assuntos Sociais do senado.

Agora, nobres companheiros, é chegado o momento de divulgarmos a nossa audiência solene em comemoração pela aprovação de nosso Projeto de Lei e, mostrarmos a nossa força, ou seja, a força de nosso AMOR POR NOSSOS FILHOS, lotando o plenário do Senado Federal.

"O tempo presente é o melhor momento para reparar o passado e planejar o futuro!" Sto Agostinho.

E nós estamos vivendo esse tempo presente! É chegado o momento de repararmos esse grave dano causado aos nossos filhos devido a falta de políticas públicas específicas para nossos filhos lutando pela aprovação da PLS nº 168/11.

Abaixo segue a mensagem que pode ser copiada e enviada aos senadores, chamando a atenção deles para a audiência solene do dia 27 Jun 11. Segue também o e-mail de todos os senadores.

"Se não houver a luta, como pode haver VITÓRIA!".

VOTE SIM PARA O PLS 168/11!

Atenciosamente,

Ulisses.

Exmos Srs Senadores,

Temos a honra de convidar Vossas Excelências para uma Sessão Solene no plenário do Senado Federal, com a participação de todos os envolvidos na causa maior, o AUTISTA, para juntos celebrarmos as conquistas e avanços no que diz respeito à políticas públicas para as pessoas com esta síndrome.
A presença dos senadores, vem reforçar a confiança que depositamos nessa casa, o respeito ao trabalho de parlamentares bem como a certeza de que não estamos sós.
Dois milhões de brasileiros aproximandamente sofrem de autismo. Um número expressivo para que qualquer medida seja urgentemente tomada.
No dia 27 de junho de 2011, às 11 horas nós estaremos no plenário esperando encontrar todos os senadores simpáticos à causa do autista, os que estiverem dispostos a seguirem conosco esse caminho que temos certeza será de vitórias.
Durante essa Sessão Solene esperamos sim já comemorar a aprovação do projeto de lei 168/11 que visa a Política Nacional de Proteção a Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. É um direito caros senadores, que esperamos já com o coração apertado.
Sabemos que muitos de nossos autistas talvez não alcancem essa lei, que talvez fiquem pelo caminho tal é a gravidade da situação de muitos.
Dentro desse espírito e também do espírito de gratidão pelo muito que já fizeram em prol dessa causa, fica o convite fraterno de famílias de pessoas com autismo e seus representantes.
Nós os esperamos!



Atenciosamente,

Berenice Piana de Piana
Associação em Defesa do Autista
Diretora Administrativa

Acir Gurgacz acir@senador.gov.br

Aécio Neves aecio.neves@senador.gov.br

Aloysio Nunes Ferreira aloysionunes.ferreira@senador.gov.br

Alvaro Dias alvarodias@senador.gov.br

Ana Amélia ana.amelia@senadora.gov.br

Ana Rita ana.rita@senadora.gov.br

Angela Portela angela.portela@senadora.gov.br

Anibal Diniz anibal.diniz@senador.gov.br

Antonio Carlos Valadares antoniocarlosvaladares@senador.gov.br

Armando Monteiro armando.monteiro@senador.gov.br

Ataídes Oliveira ataides.oliveira@senador.gov.br

Benedito de Lira benedito.lira@senador.gov.br

Blairo Maggi blairomaggi@senador.gov.br

Casildo Maldaner casildomaldaner@senador.gov.br

Cícero Lucena cicero.lucena@senador.gov.br

Ciro Nogueira ciro.nogueira@senador.gov.br

Clésio Andrade clesio.andrade@senador.gov.br

Cristovam Buarque cristovam@senador.gov.br

Cyro Miranda cyro.miranda@senador.gov.br

Delcídio do Amaral delcidio.amaral@senador.gov.br

Demóstenes Torres demostenes.torres@senador.gov.br

Eduardo Amorim eduardo.amorim@senador.gov.br

Eduardo Braga eduardo.braga@senador.gov.br

Eduardo Suplicy eduardo.suplicy@senador.gov.br

Epitácio Cafeteira ecafeteira@senador.gov.br

Eunício Oliveira eunicio.oliveira@senador.gov.br

Fernando Collor fernando.collor@senador.gov.br

Flexa Ribeiro flexaribeiro@senador.gov.br

Francisco Dornelles francisco.dornelles@senador.gov.br

Garibaldi Alves garibaldi@senador.gov.br

Geovani Borges geovaniborges@senador.gov.br

Gim Argello gim.argello@senador.gov.br

Gleisi Hoffmann gleisi@senadora.gov.br

Humberto Costa humberto.costa@senador.gov.br

Inácio Arruda inacioarruda@senador.gov.br

Itamar Franco itamar.franco@senador.gov.br

Ivo Cassol ivo.cassol@senador.gov.br

Jarbas Vasconcelos jarbas.vasconcelos@senador.gov.br

Jayme Campos jayme.campos@senador.gov.br

João Alberto Souza joao.alberto@senador.gov.br

João Durval joaodurval@senador.gov.br

João Pedro joaopedro@senador.gov.br

João Vicente Claudino j.v.claudino@senador.gov.br

Jorge Viana jorgeviana.acre@senador.gov.br

José Agripino jose.agripino@senador.gov.br

José Pimentel gab.josepimentel@senado.gov.br

José Sarney sarney@senador.gov.br

Kátia Abreu katia.abreu@senadora.gov.br

Lídice da Mata lidice.mata@senadora.gov.br

Lindbergh Farias lindbergh.farias@senador.gov.br

Lobão Filho lobaofilho@senador.gov.br

Lúcia Vânia lucia.vania@senadora.gov.br

Luiz Henrique luizhenrique@senador.gov.br

Magno Malta magnomalta@senador.gov.br

Marcelo Crivella crivella@senador.gov.br

Maria do Carmo Alves maria.carmo@senadora.gov.br

Marinor Brito marinorbrito@senadora.gov.br

Mário Couto mario.couto@senador.gov.br

Marisa Serrano marisa.serrano@senadora.gov.br

Marta Suplicy martasuplicy@senadora.gov.br

Mozarildo mozarildo@senador.gov.br

Paulo Bauer paulobauer@senador.gov.br

Paulo Davim PV paulodavim@senador.gov.br

Paulo Paim paulopaim@senador.gov.br

Pedro Simon simon@senador.gov.br

Pedro Taques pedrotaques@senador.gov.br

Randolfe Rodrigues randolfe.rodrigues@senador.gov.br

Renan Calheiros renan.calheiros@senador.gov.br

Ricardo Ferraço ricardoferraco@senador.gov.br

Roberto Requião roberto.requiao@senador.gov.br

Rodrigo Rollemberg rollemberg@senador.gov.br

Romero Jucá romero.juca@senador.gov.br

Sérgio Petecão sergiopetecao@senador.gov.br

Valdir Raupp valdir.raupp@senador.gov.br

Vanessa Grazziotin vanessa.grazziotin@senadora.gov.br

Vicentinho Alves vicentinho.alves@senador.gov.br

Vital do Rêgo vital.rego@senador.gov.br

Waldemir Moka waldemir.moka@senador.gov.br

Walter Pinheiro pinheiro@senador.gov.br

Wellington Dias wellington.dias@senador.gov.br

Wilson Santiago wilson.santiago@senador.gov.br

Bactérias intestinais podem estar relacionadas a casos de autismo


Artigo completo, pode baixar "gratuitamente" plea http://www.sciencedirect.com/ via IP da UFSC.
Journal Reference:
  1. Emmanuel Denou, Wendy Jackson, Jun Lu, Patricia Blennerhassett, Kathy McCoy, Elena F. Verdu, Stephen M. Collins, Premysl Bercik. The Intestinal Microbiota Determines Mouse Behavior and Brain BDNF Levels. Gastroenterology, Vol. 140, Issue 5, Supplement 1, Page S-57 [link]
Causa da ansiedade pode estar no intestino

19 de maio de 2011 (Bibliomed). Bactérias intestinais podem estar relacionadas a casos de ansiedade e depressão, aponta estudo da McMaster University. Publicada na edição on-line da revista Gastroenterology, a pesquisa comprova a tese especulada por muitos cientistas de que alguns transtornos psiquiátricos, como o autismo de início tardio, podem ser associados com um teor anormal de bactérias no intestino.
A pesquisa mostra que as bactérias do intestino podem influenciar a química do cérebro e o comportamento, e as drogas como os antibióticos podem influenciar no funcionamento do intestino. Uma pessoa saudável tem cerca de 1.000 bactérias trillium em seu intestino. Essas realizam uma série de funções vitais para a saúde: coletam energia da dieta, protegem contra infecções e fornecem alimentação para as células do intestino. Contudo, quando esse nível está maior o menor, são percebidas alterações comportamentais.
A pesquisa envolveu ratos saudáveis que, tratados com antibióticos, tiveram sua flora intestinal modificada, e passaram a apresentar mudanças comportamentais. A interrupção dos antibióticos resultou na volta ao comportamento normal.
Os resultados da pesquisa são importantes porque vários tipos comuns de doenças gastrointestinais, incluindo a síndrome do intestino irritável, são frequentemente associadas com ansiedade ou depressão. Agora, sabendo-se os possíveis motivos, o tratamento pode ser mais eficaz.

Fonte: EurekAlert, 17 de maio de 2011

Can Bacteria Make You Smarter?

May 25, 2010 ? Exposure to specific bacteria in the environment, already believed to have antidepressant qualities, could increase learning behavior, according to new ... > full story

Gut Bacteria Linked to Behavior: That Anxiety May Be in Your Gut, Not in Your Head - http://www.sciencedaily.com/releases/2011/05/110517110315.htm

May 17, 2011 ? Working with healthy adult mice, researchers showed that disrupting the normal bacterial content of the gut with antibiotics produced changes in behavior. Working with healthy adult mice, the ... > full story
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Rio: I Seminário de Autismo (UERJ)

Palestras:
Dr Jair Moraes - "Autismo: uma visão da Neuropediatria"
Rita Thompson - " Teoria da mente e aquisição de habilidades sociais"
Dayse Serra - "Avaliação Psicopedagógica Inicial e continuada em alunos com autismo"
Dr Cleitom Alves - "Autismo e a Odontologia"

Data: 11/06/2011
Horário: 08:00 às 14h
Local: UERJ, auditorio 11 bl F
Investimento: R$ 60,00

Informações e inscrições: http://www.corautista.org

(21) 2564-1969/3287-1387

Sites legais sogre educação e inclusão

Materiais interessantes de Educação


 · Método das 28 palavras - http://palavras28.no.sapo.pt/
· Guia de escrita - http://www.meddybemps.com/letterary/guide_and_archives.html

Dislexia

· Portal da Dislexia - http://www.dislexia-pt.com/sinais_alerta.htm
· Dislexia: Perceber o que os meus olhos vêem - http://alunos.por.ulusiada.pt/21656106/
· Artigos e informações sobre Dislexia - http://www.dyslexia-teacher.com/


Autismo
 Recursos para o autismo - http://www.sensite.co.uk/approach/theme_4.html
 Actividades para autistas - http://actividadesautistas.blogspot.com/
 Partilha de experiências e trabalhos - http://partilharombroamigo.blogspot.com/
 PECS (Picture Exchange Communication System) - http://www.pecs.org.uk/
 PECS (Picture Exchange Communication System) - http://www.autistas.org/pecs.htm
· Associação Portuguesa de Síndrome de Asperger -http://www.apsa.org.pt/bin/PresentationLayer/home_00.aspx
· Federação Portuguesa de Autismo - http://www.appda-lisboa.org.pt/federacao/
· Banco de imagens gratuitas - http://www.picto.qc.ca/
· Imagens para colorir - http://www.coloring.com/pictures/choose.cdc
· Recursos educativos 1.º ciclo - http://www.cantinhodateresa.net/corpo.htm
· Actividades 1.º ciclo e pré-escolar - http://www.catraios.pt/
· Rua Sésamo - http://www.sesameworkshop.org/
· Passatempos, jogos educativos, colorir e multimédia - http://www.smartkids.com.br/
· Actividades pré-escolar, 1.º e 2.º ciclo - http://www.junior.te.pt/
· Recursos - http://www.akidsheart.com/
· Actividades e recursos para crianças do 2-6 anos - http://www.first-school.ws/
· Cooperativa de Educação e Reabilitação de crianças inadaptadas de Fafe - http://www.cercifaf.pt/
· Aplicações interactivas para o 1.º ciclo e a Educação Especial -
· http://www.cercifaf.org.pt/mosaico.edu/

Diversos

 Entre Amigos - Rede de Informações sobre Deficiência - http://www.entreamigos.com.br/
 Programas educativos interactivos - http://misprogramaseducativos.blogspot.com/
 Estimulação sensorial e criativa - http://www.boohbah.tv/
 Actividades pedagógicas para E.E. pré-escolar - http://www.malhatlantica.pt/apoio_pre_escolar/actividades.htm
 Conteúdos pedagógicos abordados através de animações, jogos, sons e imagens - http://www.estarconsigo.com/animacoes.htm

·Noddy - http://www.noddy.com/funtime/index_pt.html
· Puzzles, jogos e diversas actividades - http://www.poissonrouge.com/
· Ruca - http://ww1.rtp.pt/wportal/sites/tv/ruca/index.php
· Teletubbies - http://www.bbc.co.uk/cbeebies/teletubbies/
· Recursos sobre Ciências da Natureza - http://www.cientic.com/portal/
· Eu Sei! - Centro de Competência TIC da ESE de Santarém - http://nonio.eses.pt/eusei/
· No Mundo das Fábulas - http://nonio.eses.pt/fabulas/
· Actividades 1.º ciclo - Univ. Évora - http://www.minerva.uevora.pt/web1/
· TIC Ciênci@ - Univ. É vora - http://www.minerva.uevora.pt/ticiencia/index.htm
· Aventuras na Web - 1.º ciclo - http://www.minerva.uevora.pt/pre1ciclo/webquests.htm
· Netescrit@ - http://www.nonio.uminho.pt/netescrita/princ1.html
· Molecularium - Simulações em Química-Física - http://www.molecularium.net/
· Softciências - Jogos sobre a Tabela Periódica - http://nautilus.fis.uc.pt/cec/jogostp/
· Softciências - Camada de Ozono - http://nautilus.fis.uc.pt/cec/ozono/
· Softciências - Caça ao Tesouro - http://nautilus.fis.uc.pt/cec/ct/
· Jogo das Coisas - Centro de Física Computacional - http://www.jogodascoisas.net/
· Cadernos Net - Actividades/Webquests - 1º, 2º, 3º ciclos, Secundário e Técnico - Proformar - http://cadernosnet.proformar.org/intro.swf
Marina S. R. Almeida
Consultora Ed. Inclusiva, Psicóloga, Pedagoga e Psicopedagoga
INSTITUTO INCLUSÃO BRASIL
(13) 34663504 (13) 30191443 (13) 91773793
R. Jacob Emmerich, 365 sala 13 - Centro-São Vicente-SP
contato@...
www.institutoinclusaobrasil.com.br

Projeto disponibiliza coletânea de textos sobre autismo

Por ocasião do Dia Mundial de Conscientização do Autismo, comemorado no sábado (2/04), e da conclusão das atividades do projeto Perspectivas Educacionais Inclusivas para o Aluno com Autismo na Rede Pública de Ensino, o Instituto Nacional de Tecnologia (INT) traz aqui uma série de textos sobre essa deficiência, que hoje atinge cerca de 2 milhões de brasileiros, muitos deles sem diagnóstico.

O projeto, visando a inclusão de alunos com autismo na rede pública de ensino, teve a participação do INT em parceria com a Universidade Federal Fluminense, a Secretaria de Educação de São João de Meriti e a Escola Municipal Especial Professora Mariza de Azevedo Catarino, sendo concretizado com apoio da FAPERJ no Programa “Apoio à Melhoria do Ensino em Escolas Públicas sediadas no Estado do Rio de Janeiro – 2009â€�.

Nos aquivos disponibilizados encontram-se conhecimentos reunidos pela equipe do projeto, descrição de artefatos para a inclusão da pessoa com autismo e dados sobre o software SigescAVA - Ambiente Virtual de Aprendizagem Cooperativa, que inclui a avaliação psicopedagógica desse grupo de alunos.

“Esperamos que esse material contribua para o desenvolvimento da pessoa com autismo, sua avaliação psicopedagógica e a capacitação dos profissionaisâ€�, observa o tecnologista da área de engenharia de produção, Saul Mizrahi, responsável pelo projeto no INT.

Disponibilizamos a Coletânea de Textos em nosso site no endereço:
http://www.int.gov.br/noticias/projeto-disponibiliza-coletanea-de-textos-sobre-autismo

Nova tecnologia pode ajudar em problemas neurológicos

Optogenia controla circuitos cerebrais específicos, e com isso, traz novas terapias contra ansiedade, Parkinson, entre outros

The New York Times | 28/05/2011 13:38
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Foto: The New York Times
Cobaia durante experiência com aparelho optogenético: terapia localizada ajuda com ansiedade
O tratamento contra ansiedade já não exige anos de comprimidos ou psicoterapia. Pelo menos não para um grupo de ratos modificados pela bioengenharia.
Num estudo recentemente publicado na revista Nature, uma equipe de neurocientistas transformou essas amedrontadas presas em exploradores audazes – com o toque de um botão.
O grupo, liderado por Karl Deisseroth, psiquiatra e pesquisador em Stanford, empregou uma nova tecnologia, chamada optogenética, para controlar a atividade elétrica em alguns neurônios cuidadosamente selecionados.
Primeiro, eles projetaram esses neurônios para serem sensíveis à luz. Então, usando fibras óticas implantadas, eles piscaram uma luz azul numa via neural específica na amígdala cerebelosa, região do cérebro envolvida no processamento de emoções. E os ratos, que vinham se limitando aos cantos de seu confinamento, saíram em disparada pelo espaço aberto.
Embora tais ferramentas estejam bem longe de qualquer uso em humanos, cientistas afirmam que a pesquisa optogenética é emocionante por lhes oferecer um controle extraordinário sobre circuitos específicos do cérebro – e, com isso, novas percepções sobre uma série de doenças, entre elas a ansiedade e o mal de Parkinson.
Deisseroth reconheceu que ratos são muito diferentes de humanos. Mas acrescentou que, como “o cérebro mamífero possui notáveis semelhanças entre espécies”, as descobertas podem levar a um maior entendimento dos mecanismos neurais da ansiedade humana.
David Barlow, fundador do Centro de Ansiedade e Doenças Relacionadas da Universidade de Boston, adverte contra levar a analogia longe demais: “Tenho certeza de que os pesquisadores concordariam que essas síndromes complexas não podem ser reduzidas à ativação de um único circuito neural, sem considerar outros circuitos cerebrais importantes – incluindo aqueles envolvidos no pensamento e na avaliação”.
Mas uma visão mais profunda surgiu de um experimento de acompanhamento, onde a equipe de Deisseroth aplicou seu feixe de luz de forma um pouco mais ampla, ativando mais vias na amídala. Isso apagou inteiramente o efeito, deixando os ratos mais assustadiços do que nunca.
Isso implica que os atuais tratamentos com remédios, que são bem menos específicos e costumam causar efeitos colaterais, também poderiam estar trabalhando contra eles mesmos.
David Anderson, professor de biologia do Instituto de Tecnologia da Califórnia que também conduz pesquisas usando a optogenética, compara os efeitos das drogas a uma troca de óleo descuidada. Se você jogar um galão de óleo no motor de seu carro, parte dele irá escoar ao lugar certo, mas a maior parte acabará fazendo mais mal do que bem.
“Transtornos psiquiátricos provavelmente não se devem apenas a desequilíbrios químicos no cérebro”, afirmou Anderson. “Eles são mais do que uma enorme sacola de serotonina ou dopamina, cujas concentrações podem ser altas ou baixas demais. Em vez disso, os problemas provavelmente envolvem desarranjos de circuitos específicos, em regiões específicas do cérebro”.
Então a optogenética, que pode focar em circuitos individuais com uma precisão excepcional, pode ser algo promissor ao tratamento psiquiátrico.
Mesmo assim, Deisseroth e outros avisam que pode muitos levar anos até essas ferramentas serem usadas em humanos, se isso acontecer.
Para começar, o procedimento envolve uma bioengenharia que a maioria das pessoas pensaria duas vezes a respeito. Primeiro, biólogos identificam uma opsina, proteína encontrada em organismos fotossensíveis, como algas, que lhes permite detectar a luz. Depois, eles pescam o gene da opsina e o inserem num neurônio dentro do cérebro, usando vírus modificados para serem inofensivos – ou “seringas moleculares descartáveis”, como define Anderson.
Ali, o DNA da opsina se torna parte do material genético da célula e as proteínas resultantes da opsina conduzem correntes elétricas – a linguagem do cérebro – quando expostas à luz. Algumas opsinas, como a “channelrhodopsin”, que reage à luz azul, ativa neurônios; outras, como a “halorhodopsin”, ativada por luzes amarelas, silenciam neurônios.
Finalmente, pesquisadores delicadamente inserem fibras óticas através de camadas de tecido nervoso, e aplicam a luz apenas ao ponto certo.
Graças à optogenética, neurocientistas podem ir além de observar correlações entre a atividade dos neurônios e o comportamento de um animal: ativando ou desativando certos neurônios, eles podem provar que aqueles neurônios efetivamente comandam o comportamento.
“Às vezes, antes de palestras, as pessoas me perguntam sobre minhas ferramentas de 'imagens”', disse Deisseroth, psiquiatra praticante de 39 anos. Sua insatisfação pessoal com os atuais tratamentos o levou a montar um laboratório de pesquisa, em 2004, para desenvolver e aplicar tecnologias de optogenética.
‘`Eu digo: ’Curiosamente, uso o exato oposto das imagens, que é a observação.
Não estamos usando a luz para observar eventos. Estamos enviando luz para causar eventos’''.
Em experimentos iniciais, cientistas fizeram com que vermes parassem de se mexer e ratos ficarem correndo em círculos, como se tivessem um controle remoto.
Agora que a técnica recebeu seus louros, laboratórios do mundo todo começaram a usá-la para compreender melhor o funcionamento do sistema nervoso e para estudar problemas como dores crônicas, mal de Parkinson e degeneração da retina.
Algumas das percepções obtidas com esses experimentos em laboratório já estão abrindo caminho à prática clínica.
O Dr. Amit Etkin, psiquiatra e pesquisador de Stanford que colabora com Deisseroth, está tentando traduzir as descobertas sobre ansiedade em roedores para aprimorar a terapia humana com ferramentas existentes. Usando a simulação magnética transcraniana, técnica muito menos específica que a optogenética mas com a vantagem de não ser invasiva, Etkin busca ativar o correspondente humano dos circuitos da amídala que reduziram a ansiedade nos ratos de Deisseroth.
O Dr. Jamie Henderson, seu colega no departamento de neurocirurgia, já tratou mais de 600 pacientes de Parkinson usando um procedimento padrão chamado estimulação cerebral profunda. O tratamento, que requer o implante de eletrodos de metal numa região do cérebro chamada núcleo subtalâmico, melhora a coordenação e ajusta o controle motor. Mas também causa efeitos colaterais, como contrações musculares involuntárias e vertigens, talvez porque ativar eletrodos no interior do cérebro também ativa circuitos alheios.
“Se pudéssemos descobrir como ativar apenas os circuitos que oferecem benefícios terapêuticos sem mexer naqueles que causam os efeitos colaterais, obviamente seria algo bastante útil”, disse Henderson.
Além disso, como ocorre em qualquer cirurgia invasiva do cérebro, implantar eletrodos traz riscos de infecção e hemorragia fatal. E se, em vez disso, você pudesse estimular a superfície cerebral? Uma nova teoria sobre o grau em que essa estimulação afeta os sintomas de Parkinson, baseada no trabalho de optogenética em roedores, sugere que isso poderia funcionar.
Recentemente, Henderson iniciou testes clínicos em pacientes humanos e espera que essa abordagem também possa tratar outros problemas associados ao Parkinson, como distúrbios de fala.
No prédio ao lado, Krishna V. Shenoy, pesquisador em neurociência, está trazendo a optogenética para trabalhar com primatas. Estendendo o sucesso de uma iniciativa similar, conduzida por um grupo do MIT dirigido por Robert Desimone e Edward S. Boyden, ele recentemente inseriu opsinas no cérebro de macacos rhesus. Eles não apresentaram efeitos nocivos dos vírus ou das fibras óticas e a equipe conseguiu controlar neurônios selecionados usando a luz.
Segundo Shenoy, que integra um empenho internacional financiado pela Defense Advanced Research Projects Agency, a optogenética promete novos dispositivos que poderiam, eventualmente, tratar lesões cerebrais traumáticas e equipar veteranos de guerra feridos com próteses neurais.
“Os sistemas atuais podem mover um braço prostético até um copo; porém, sem uma sensação artificial do toque, é muito difícil pegar esse copo sem derrubá-lo ou estilhaçá-lo”, afirmou ele. “Ao enviar informações de sensores nos dedos prostéticos diretamente ao cérebro – usando a optogenética _, seria possível, em teoria, proporcionar uma sensação artificial de tato com alta fidelidade”.
Alguns pesquisadores já estão imaginando como os tratamentos de optogenética poderiam ser usados diretamente em pessoas, caso o desafio biomédico de entregar novos genes aos pacientes possa ser superado.
Boyden, que participou do desenvolvimento inicial da optogenética, administra um laboratório dedicado a criar e disseminar ferramentas cada vez mais poderosas. Ele declarou que a luz, diferente de drogas e eletrodos, pode ativar neurônios – ou, como ele mesmo coloca, “desligar um circuito inteiro”. E desligar circuitos superexcitáveis é exatamente o que você gostaria de fazer com um cérebro epilético.
“Se você quer desligar um circuito cerebral, e a alternativa é uma remoção cirúrgica de uma região do cérebro, implantes de fibra ótica podem parecer preferíveis”, explicou Boyden. Vários laboratórios estão trabalhando no problema, mesmo que as aplicações reais ainda pareçam distantes.
Para Deisseroth, que trata pacientes com autismo e depressão, a optogenética oferece uma promessa mais imediata: abrandar o estigma enfrentado por pessoas com doenças mentais, cuja aparência de saúde física pode gerar incompreensão junto a familiares, amigos e médicos. “Para nós como sociedade, simplesmente entender que alguém com ansiedade possui uma diferença de circuito conhecida ou passível de ser conhecida já é incrivelmente valioso”, disse.

Célula da pele é transformada em neurônio

Por Paula Rothman, de INFO Online
• Segunda-feira, 30 de maio de 2011 - 12h18


Wiki Commons

SÃO PAULO – Quatro proteínas. Isso foi tudo o que os pesquisadores da
Universidade de Stanford precisaram para converter células da pele humana em
neurônios.
O feito é significativo, pois elimina a necessidade de se criar primeiro as
chamadas células tronco pluripotentes induzidas (iPS) e facilita a
fabricação de neurônios em laboratório.
leia também
• 22/05/2011 - Cientistas controlam atividade de neurônio
• 19/05/2011 - Celular pode reduzir fertilidade masculina
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Cérebro
Pesquisas

Com isso, os pesquisadores chegam cada vez mais perto de imitar doenças
cerebrais ou neurológicas in vitro e, quem sabe um dia, usar esse material
para terapias humanas.
A pesquisa é paralela a uma já feita em 2010 pelos próprios pesquisadores de
Stanford, na qual células da pele de ratos foram transformadas em neurônios.
O sucesso com os roedores fez os cientistas aplicarem uma técnica parecida
nas células humanas, cuja primeira etapa foi converter células tronco
embrionárias em neurônios. Isso foi feito por meio de uma combinação de
proteínas (Brn2, Ascl1 e Myt1l), um tratamento que recebeu o nome de BAM. O
mesmo processo funcionou em células tronco pluripotentes induzidas.
O próximo passo foi o grande desafio: fazer o mesmo com células epiteliais.
Utilizando células já maduras da pele de fetos e recém nascidos, os
pesquisadores descobriram que o tratamento BAM as fazia ficar bastante
parecidas com neurônios, porém estes eram incapazes de gerar sinais
elétricos e se comunicar. Foi então adicionada uma quarta proteína, a NeuroD
com a nova combinação, as células epiteliais se transformaram em neurônios
funcionais em quatro a cinco semanas. Além de expressarem atividade elétrica
eles se integraram e interagiram com neurônios de rato criados nas placas
do laboratório.
A pesquisa, embora significativa, ainda possui limitações se comparada à feita com roedores em 2010. Cerca de 20% das células da pele de ratos podem virar neurônios, contra somente 2% a 4% das humanas. Além disso, em humanos, os neurônios criados a partir de células epiteliais levam mais tempo para se formar e emitem sinais mais fracos.

Exame de Ressonância Magnéritica pode ajudar a diagnosticar Autismo


Sobre o Conector RX

Galera, o depoimento do Paiva sobre o Conector RX

Vale a pena ler

bjs

Tá no blog dele

http://umavozparaoautismo.blogspot.com/2011/04/connector-rx-e-eric-hamblen-por-paiva.html

Connector RX e Eric Hamblen - por Paiva Jr

Venho dar meu depoimento sobre o Connector RX e sobre o profissional estadunidense Eric Hamblen. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Antes, uma explicação necessária: minha família fez uma terapia de imersão de 3 dias com o Eric, aqui no Brasil, no fim de março deste ano -- eu, Célia (esposa), Giovani (3a11meses, que está no espectro do autismo) e Samanta (1a11meses, que está tendo desenvolvimento típico.Fomos dispostos e abertos a uma nova experiência e sem conceitos pré-determinados -- resumindo: fomos "desarmados", e sem saber NADA sobre RDI ou sobre o Connector RX. E o que venho relatar é na PRÁTICA e não na teoria, pois ainda não sei as bases teóricas desse trabalho e vou estudá-las ainda, nem que sejam apenas os principais conceitos pelo menos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O Eric não faz nenhum treinamento com a criança, mas analisa as situações que vivemos (e os problemas que relatamos) e propõe algumas possíveis saídas baseadas na construção de relacionamento. Meu filho, desde a suspeita de autismo faz psicoterapia comportamental, baseada em ABA. Como o Eric foi aluno do Lovaas, precursor do ABA, conhece bem a Análise do Comportamento Aplicada e seus princípios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O maior problema que relatamos foi a dificuldade de relacionamento entre nossos filhos, Giovani e Samanta, pois ele sempre a empurrava e as raras brincadeiras entre os dois terminava em choro. O Eric nos alertou para 2 importantes mudanças que devíamos fazer. Primeiro ele nos orientou para inverter os papéis e tratar a Samanta como a mais velha e o Giovani como o caçula, pois o Eric avaliou que, emocionalmente, ele tem cerca de 6 meses. Outra recomendação foi para que nos lembrássemos de que cada um da família corresponde a 25% e, portanto, merece 25% do tempo e atenção, inclusive nós mesmos. Sem querer, nossa atenção era sempre mais voltada ao Giovani, por ser especial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Colocando isso em prática, vimos grandes melhoras no comportamento de ambos, principalmente quando brincam juntos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Este é só um exemplo, simplificado, de mudança de atitude proposta e seu resultado prático. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outro item que preciso destacar é o uso do Connector RX, criado por Eric, patenteado nos EUA. É um "equipamento" simples (se é que posso usar o termo "equipamento"), dois cintos ligados por uma cordinha de alpinismo, que pode ser substituído por cordinha qualquer amarrada na cintura de duas pessoas. O vale aqui é o conceito e não o produto como algo insubstituível. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Repito que não sei ainda a teoria por trás do conceito do Connector RX. O que vou relatar é o resultado prático do uso do Connector RX, ou simplesmente, conector. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Não sei lhe dizer se o conector teve um efeito em mim, no meu filho ou em ambos, mas, ao usá-lo com o Giovani, algo diferente aconteceu. Logo na primeira vez que o usei, em menos de 20 minutos, eu parei para ver uma planta e o Giovani compartilhou comigo esse interesse, olhou a planta também. Eu, então peguei numa pétala de flor para sentir sua textura. O que acontecia normalmente era o Giovani encontrar uma flor e despedaçá-la, porém, para minha surpresa, ele pegou a pétala, como eu havia feito, e sentiu sua textura, me imitando. Pela primeira vez na vida, o Giovani compartilhou interesse comigo e me imitou, sem qualquer esforço ou sem pedir para que ele o fizesse. Foi natural. E, para mim, foi impressionante. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Essa foi só a primeira experiência. E de poucos minutos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O conector não visa à segurança, tanto que o cordão é preso por um velcro em cada cinto. Se qualquer um dos dois forçar, os cintos se soltam um do outro. Portanto, ao sair na rua ou num estacionamento, tenho que segurá-lo pela mão ou pegá-lo no colo, como faço sem o conector. Penso que há um efeito de maior liberdade para ambos quando sei que estamos conectados pelos cintos e que precisará de um puxão mais forte para nos soltarmos, o que me dá alguns segundos e uma grande dose de segurança em deixar meu filho mais à vontade e para que ele possa agir mais naturalmente. Senti nele, que fica mais tranqüilo e mais organizado, mais atento ao seu redor e mais concentrado. Por quê? Não sei, mas o conector, no caso do meu filho, quando usado comigo ou com minha esposa, faz essa diferença. Pode até não fazer para você ou para seu filho, mas se alguém me perguntasse, diria que vale a pena tentar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . F. Paiva Jr

Cientista brasileiro conserta neurônios autistas em laboratório

Os medicamentos usados para tratar os neurônios não podem ser usados em humanos e é o próximo passo e desafio dos pesquisadores. Confira

Ana Paula Pontes

 Shutterstock
"Tenho uma filha autista de 5 anos e me interessei muito a respeito de suas novas conquistas sobre o autismo. Somente venho me solidarizar e deixar minha filha e eu à sua disposição se pudermos ajudar no seu estudo.” Essa mensagem endereçada por meio de uma rede social ao neurocientista brasileiro Alysson Muotri, da Universidade da California (EUA), é apenas uma das centenas que ele vem recebendo depois que descobriu, em laboratório, diferenças entre neurônios autistas e normais e, assim, conseguiu “consertar” aqueles com problema.

Para o especialista, é difícil estudar síndromes psquiátricas, que envolvem a interação social, com modelos animais ou com cérebros doados para pesquisa após a morte do paciente, já muito comprometidos. “Meu interesse era acompanhar os estágios iniciais do desenvolvimento do cérebro humano, desde a fase embrionária”, diz. Para isso, foi feita uma biópsia (retirada de um pedacinho) da pele de crianças autistas e normais, e as células da pele foram transformadas em células-tronco embrionárias humanas, que podem dar origem a neurônios.

A partir daí, Muotri e mais dois cientistas brasileiros que também participaram do estudo perceberam diferenças entre os neurônios. O tamanho do núcleo de neurônios autistas eram menores e o número de sinapses, estrutura que permite a comunicação entre um neurônio e outro, eram reduzidas. Os neurônios com problemas foram, então, tratados com duas drogas e, após a medicação, o número de sinapses aumentou e eles passaram a se comportar como os normais. “Esse foi o momento mais impressionante e de muita emoção do nosso trabalho, porque nos mostra que essa característica autista [crianças com dificuldade para se comunicar, interagir e com comportamento repetitivo] não é permanente. Ela pode ser revertida”, afirma.

Segundo Muotri, com esses resultados fica claro que o autismo é uma doença biológica provavelmente causada por um defeito genético,uma vez que esses neurônios autistas não sofreram nenhuma influência externa. “Isso contribui para reduzir o estigma que acaba ficando na cabeça dos pais de que a criança tem o problema ou porque eles não deram amor e estímulo suficientes ou porque alguma vacina provocou o autismo”, afirma. Apesar de os grupos antivacinas não terem tanta força no Brasil, na Europa e nos Estados Unidos muitos pais deixam de vacinar os filhos porque acreditam que os imunizantes podem ser responsáveis pelo distúrbio nas crianças. (Leia Vacinação Não Causa Autismo)

O próximo desafio da equipe de pesquisadores é encontrar drogas seguras e eficazes que possam reverter o estado autista nos neurônios humanos até mesmo antes de os sintomas aparecem na criança. “Estamos caminhando para uma medicina personalizada em que será possível retirar células do feto no útero para experimentos e diagnósticos”,diz. Os medicamentos utilizados em laboratório poderiam causar efeitos colaterais tóxicos, além disso é preciso saber a dose exata para não trazer outros problemas, como aumentar demais as sinapses cerebrais, o que poderia provocar ataques epilépticos.

Ainda não se sabe quanto tempo os cientistas vão levar para desenvolver um medicamento seguro e, enfim, curar o autismo. A estimativa é de dez anos. Mesmo assim, a repercussão do estudo - publicado na revista científica Cell – que aconteceu na mídia e por tantos pais e mães tem servido de inspiração para Muotri. “É impressionante o número de e-mails que tenho recebido de pais de todo o canto do mundo agradecendo por ter trazido uma esperança de cura para seus filhos. Sempre me envolvo e converso com mães e pais para entender melhor o autismo, porque nada como eles para saber todos os sintomas e quando aparecem. Eu vejo o quanto é difícil, e sempre penso em como posso ajudar cada criança.”  
comentários

Ignez Lopes de Carvalho - Niterói/RJ | 02/06/2011 12:13

Muito interessante as perspectivas que a pesquisa aponta, mas em princípio me parece muito simplória. Síndromes Invasivas ou o hoje chamado Espectro Autista, que começa no TDA – transtorno de déficit de atenção, são síndromes multifatoriais. Pela forma que o texto se apresenta, dá a idéia que estes pesquisadores não têm vivencia do dia a dia com os diversos casos de autismo, sendo inúmeros os que deflagram o processo pós vacina. Se estas células já estavam modificadas pela própria patologia, gerariam células tronco saudáveis, ou já modificadas? Não tenho conhecimento do trabalho com células tronco para responder a esta pergunta. Mas o que dizer das alterações que são causadas por nível de mercúrio alto, decorrente de mães já intoxicadas, por amalgamas ou outras fontes de intoxicação .... E das inflamações intestinais, decorrentes de infestações fúngicas, e/ou bacterianas, antibióticos, intolerâncias alimentares e alergias? Claro que a se julgar por uma reportagem escrita por outra pessoa que não seja o próprio, ainda que baseada no que se compreendeu; e em se tratando apenas de um resumo tão pequeno, da pesquisa em si, pode não estar expresso exatamente a idéia como um todo dos pesquisadores. Na forma que se apresenta, a idéia parece simplória demais. Ou as terapias de detoxicação e nutrição, e respeito ao metabolismo do indivíduo (as dietas) não estariam favorecendo as estimulações e produzindo as melhoras e até curas que tem produzido em todo o mundo. Sou fonoaudióloga e trabalho com síndromes invasivas a 35 anos. Ignez Lopes de Carvalho

Regina Krusemark - Vitória/ES | 02/06/2011 01:03

Eu tenho uma sobrinha Asperger, uma forma branda de autismo. Além do autismo ela também tem hipotiroidismo. Ela estuda numa escola normal, seu português é excelente, o que ela aprende NUNCA esquece, verbaliza muito bem as palavras, adora um computador, brinca, dança e canta o dia todo, adora uma piscina...etc. Quem a vê pensa que é uma criança como outra qualquer, mas não é. Ela tem problema de comunicação, de interação social e de comportamento de interesses repetitivos e estereotipados. Essa é tríade que caracteriza se uma criança é autista ou não. Ficarei eternamente agradecida aos cientistas se descobrirem a “cura” para o autismo. Sonho em ainda ver Carolina sentadinha conversando comigo uma conversa que tenha início, meio e fim e que não seja uma conversa “sem pé e nem cabeça” como geralmente tem sido.

Regina - Vitória/ES | 02/06/2011 01:00

Eu tenho uma sobrinha Asperger, uma forma branda de autismo. Além do autismo ela também tem hipotiroidismo. Ela estuda numa escola normal, seu português é excelente, o que ela aprende NUNCA esquece, verbaliza muito bem as palavras, adora um computador, brinca, dança e canta o dia todo, adora uma piscina...etc. Quem a vê pensa que é uma criança como outra qualquer, mas não é. Ela tem problema de comunicação, de interação social e de comportamento de interesses repetitivos e estereotipados. Essa é tríade que caracteriza se uma criança é autista ou não. Ficarei eternamente agradecida aos cientistas se descobrirem a “cura” para o autismo. Sonho em ainda ver Carolina sentadinha conversando comigo uma conversa que tenha início, meio e fim e que não seja uma conversa “sem pé e nem cabeça” como geralmente tem sido.

Vera Fernandes - Atibaia/SP | 11/05/2011 06:30

Não tenho ninguem da familha autusta mais tenho conhecido , fico muito feliz com as pesquizar ,é torcendo para ache logo á cura abraços.

ALINE RAMOS OLIVEIRA SOUZA LOUREIRO - Rio de Janeiro/RJ | 23/03/2011 03:27

Tenho um filhinho de 2 anos que ainda nao fala, suas unicas palavras sao, tchau e oi. Nem mamae ele fala. Ele acabou de entrar na escola, ja procurei um neurologista mas so fizemos um eletro que gracas a Deus nao deu nada, mas ainda fico com medo de que haja algo que eu e os medicos nao estamos percebendo. Queria saber de voces como foi feito esse diagnostico e o que voces fizeram. Agardeco desde ja.

Os números da inclusão no Brasil



Hoje na Folha A meta 4 Plano Nacional de Educação para 2011-2020 do MEC, que ainda espera aprovação, propõe a matrícula dupla para os alunos com deficiência, ou seja, ele deverá frequentar a rede regular de ensino e, no contraturno, a escola especial.
Segundo reportagem de Vanessa Costa Santos publicada na edição desta segunda-feira da Folha, capacitação dos docentes, adaptação do currículo e vontade e disposição são as condições necessárias para a inclusão de crianças com deficiência na rede regular de ensino.


Editoria de Arte/Folhapress

As escolas públicas estão preparadas para identificar e acolher pessoas autistas?

Alexandre Mapurunga - Conselheiro titular e ex-presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Pessoas com Deficiência,  membro do Movimento das Pessoas com Deficiência do Ceará e Diretor de Assuntos Jurídicos da ABRAÇA
SIM
Ao falarmos de autismo e inclusão escolar devemos ter em mente pelo menos dois conceitos antes de avaliar o mérito das escolas públicas. Primeiro, a inclusão não é um processo que se finaliza no ato da inserção do autista na escola e que tão pouco possa ser avaliado só com base nas dificuldades ou apoios inicialmente encontrados.
Inclusão é a progressiva transformação dos meios sociais com eliminação de barreiras físicas, instrumentais, comunicacionais, metodológicas e atitudinais de modo que os espaços se tornem adequados, acessíveis e inclusivos. O conceito de incluir não tem como premissa a preparação prévia para posterior participação, mas sim a construção inclusiva a partir da participação. Assim, a matrícula é só o primeiro passo para inclusão escolar dos autistas e para construção de uma escola inclusiva.
Um segundo fundamento é relacionado à visão de direitos humanos das questões relacionadas às pessoas com deficiência, dentre elas os autistas, e a convicção na busca pela igualdade de direitos e oportunidades com as demais pessoas. Nesse sentido, educação é direito básico e fundamental e deve ser oportunizado e acessibilizado sem discriminação ou segregação, a todos.
Problemas como negação de matrícula, bullying, falta de acompanhante, principalmente no recreio, salas muito lotadas e dificuldade de adequação na metodologia e conteúdo são ainda realidade na vida dos alunos autistas. É preciso, porém, destacar mudanças importantes nos conceitos, legislação, políticas públicas e práticas educacionais que, aliadas à consciência crescente das famílias, estão permitindo que cada vez mais autistas participem da rede regular de ensino junto com as demais crianças.
A ratificação da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que no Brasil tem força constitucional, garante o ensino inclusivo e não segregado; a Política Nacional de Educação Especial está efetivando o atendimento educacional especializado, instrumentalizando salas de recursos multifuncionais nas escolas e oferecendo capacitação para professores, inclusive com foco em transtornos globais do desenvolvimento; o trabalho constante de militância, organizações e movimentos sociais vem gerando consciência, garantindo direitos e catalisando os processos de mudanças.
Barreiras ainda existem, mas o ambiente nunca foi tão favorável para transformações inclusivas na escola. As famílias que topam o desafio contam com suporte legal, políticas públicas e sistema de garantias de direitos para apoiá-las. As que empreendem essa aventura relatam o quão positivo e transformador é para o desenvolvimento dos filhos e para a escola onde eles estão.
Fonte: Jornal O Povo

BEM-VINDO À HOLANDA!!!!


Por Emily Perl Knisley, 1987
Ter um bebê é como planejar uma fabulosa viagem de férias para a Itália ! Você compra montes de guias e faz planos maravilhosos! O Coliseu. O Davi de Michelângelo. As gôndolas em Veneza. Você pode até aprender algumas frases em italiano. É tudo muito excitante. Após meses de antecipação, finalmente chega o grande dia! Você arruma suas malas e embarca. Algumas horas depois você aterrissa. O comissário de bordo chega e diz:

- BEM VINDO À HOLANDA!
- Holanda!?! - Diz você.
- O que quer dizer com Holanda!?!? Eu escolhi a Itália! Eu devia ter chegado à Itália. Toda a minha vida eu sonhei em conhecer a Itália!
Mas houve uma mudança de plano vôo. Eles aterrissaram na Holanda e é lá que você deve ficar.

A coisa mais importante é que eles não te levaram a um lugar horrível, desagradável, cheio de pestilência, fome e doença. É apenas um lugar diferente.
Logo, você deve sair e comprar novos guias. Deve aprender uma nova linguagem. E você irá encontrar todo um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes.
É apenas um lugar diferente. É mais baixo e menos ensolarado que a Itália. Mas após alguns minutos, você pode respirar fundo e olhar ao redor, começar a notar que a Holanda tem moinhos de vento, tulipas e até Rembrants e Van Goghs.

Mas, todos que você conhece estão ocupados indo e vindo da Itália, estão sempre comentando sobre o tempo maravilhoso que passaram lá. E por toda sua vida você dirá: - Sim, era onde eu deveria estar. Era tudo o que eu havia planejado!
E a dor que isso causa nunca, nunca irá embora. Porque a perda desse sonho é uma perda extremamente significativa. Porém, se você passar a sua vida toda remoendo o fato de não ter chegado à Itália, nunca estará livre para apreciar as coisas belas e muito especiais sobre a Holanda!

Oração da criança especial

"Bem aventurados os que compreendem o meu estranho passo a caminhar.
Bem aventurados os que compreendem que ainda que meus olhos brilhem, minha mente é lenta.
Bem aventurados os que olham e não vêem a comida que eu deixo cair fora do prato.
Bem aventurados os que, com um sorriso nos lábios, me estimulam a tentar mais uma vez.
Bem aventurados os que nunca me lembram que hoje fiz a mesma pergunta duas vezes.
Bem aventurados os que compreendem que me é difícil converter em palavras os meus pensamentos.
Bem aventurados os que me escutam, pois eu também tenho algo a dizer.
Bem aventurados os que sabem o que sente o meu coração, embora não o possa expressar.
Bem aventurados os que me amam como sou, tão somente como sou, e não como eles gostariam que eu fosse."

(Autor desconhecido)

Exame de Ressonância Magnética pode ajudar a Diagnosticar Autismo

Estudo comparou jovens saudáveis com portadores da doença
      Resultados serão divulgados na revista 'Radiology'.

     O uso da ressonância magnética pode ajudar no futuro a diagnosticar casos de autismo, aponta um estudo a ser publicado na edição de agosto da revista científica “Radiology” (radiologia, em inglês) e divulgado nesta terça-feira (31). A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Columbia, em Nova York.

     O autismo é um conjunto de doenças neurológicas que fazem o paciente ter dificuldades para se comunicar e interagir com outras pessoas.

     Os médicos norte-americanos contaram com a participação de 27 jovens com média de 12 anos de idade. Quinze deles formaram o grupo controle do experimento e eram saudáveis. Os outros 12 eram autistas e tinham dificuldades na fala.

      Durante a pesquisa, os garotos passaram por exames de ressonância magnética funcional - enquanto escutavam gravações com as vozes de seus pais. Com as imagens geradas, é possível ver quais áreas do cérebro recebem mais sangue durante a realização de uma tarefa e medir o nível de atividade dos tecidos do órgão.

      Após o estímulo, foram medidos os níveis de atividade em duas áreas do cérebro dos participantes: o córtex auditivo primário (A1) e uma parte do lobo temporal ligada à compreensão de sentenças (STG, na sigla em inglês).

      Na região A1, as atividades do cérebro não foram diferentes entre os dois grupos. Já na segunda área estudada, os jovens saudáveis apresentaram uma atividade maior na comparação com os jovens autistas.

     Para Joy Hirsch, professor no Centro Médico da universidade e diretor de um laboratório especializado em ressonância magnética, os resultados mostram como o autismo reduz a comprensão de narrativas.

     Segundo o especialista, o diagnóstico dos tipos de autismo é difícil, mesmo com a alta prevalência - de acordo com o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDCP, na sigla em inglês), órgão do governo dos EUA, uma em cada 110 crianças são afetadas pela doença. Normalmente, a descoberta da doença acontece após pais e médicos estranharem o comportamento da criança.


Do G1, em São Paulo
Foto meramente ilustrativa no Google