quarta-feira, 30 de maio de 2012

TDAH - Mitos e Verdades

Mito:
O uso de estimulantes pode levar ao vício em drogas posteriormente.

Fato:

Estimulantes podem ajudar muitas crianças a focar e a ter mais sucesso na escola, em casa e em momentos de brincadeira. Evitando experiências negativas no momento presente, podem evitar vícios e outros problemas emocionais mais tarde.

Mito:
Uma resposta boa a um estimulante prova que a pessoa tem TDAH.

Fato:

Estimulantes possibilitam que muitas pessoas foquem e prestem mais atenção, tendo ou não TDAH. Nas pessoas com TDAH, isso é apenas mais visível.

Mito:
A medicação deve ser interrompida quando o indivíduo chega à adolescência.

Fato:

Aproximadamente 80% daqueles que precisam de medicação quando crianças ainda precisam quando adolescentes, e 50% continuam precisando quando adultos.
 
Fonte: National Institute of Mental Health – NIMH

TDAH - casos de sucesso

Como saber se tenho TDAH?
Desde a popularização do TDAH, é comum as pessoas comentarem que apresentam características do Déficit de Atenção, ou que as observam em seus filhos, e então procurarem profissionais em busca de tratamento. A presença de apenas determinados sintomas, no entanto, não é suficiente para que o Transtorno, de fato, esteja presente. Além disso, ele pode se apresentar de formas diferentes: há TDAs em que são mais fortes os sintomas de desatenção, enquanto em outros predomina a hiperatividade associada à impulsividade. Há também casos em que esses sintomas todos aparecem.

TDAH: quando não compreendido, um transtorno


Imagem: Reprodução

Nos depoimentos de mães, pais e especialistas no assunto, as semelhanças são marcantes. Os portadores do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são impulsivos, agitados, irrequietos, ansiosos e tão inteligentes e carinhosos quanto mal compreendidos e rejeitados – o que acontece porque, quando se trata de TDAH, falta informação e sobra preconceito.
Com um ano e quatro meses de idade, em 1986, Fernando começou a andar. A partir daí, ficar parado tornou-se algo simplesmente impossível para ele. Um ano e dois meses depois, sua mãe, Mara Narciso – endocrinologista, acadêmica de jornalismo e autora do livro Segurando a hiperatividade – decidiu levá-lo a uma psicóloga. Por ser “acelerado” e “incapaz de sossegar um minuto que fosse”, Fernando ficava sujeito a toda sorte de acidentes. “Machucava a toda hora, e demorou muitos anos para entender que buraco era buraco e que pular dentro dele como se não existisse o faria machucar. Corria na direção de uma escada como se não houvesse desníveis”, relata Mara.

Os neurônios-espelho


Cérebro: um simulador de ação
Pesquisadores descobriram um subconjunto de neurônios localizados no córtex parietal que disparam cada vez que vemos alguém executar uma ação. Uma característica que pode ser usada na reabilitação de pessoas com déficit motor

Por Roberta de Medeiros


 

Por que sorrimos quando vemos alguém sorrir? Ou por que ficamos com olhos marejados quando a protagonista do filme chora? Já reparou que nos retesamos quando vemos alguém com dor ou sentimos uma vontade incontrolável de bocejar quando alguém boceja? Afinal, o que nos leva a agir de acordo com o que as outras pessoas fazem? Isso acontece porque, quando vemos alguém fazendo algo, automaticamente simulamos a ação no cérebro, é como se nós mesmos estivéssemos realizando aquele gesto. Isso quer dizer que o cérebro funciona como um “simulador de ação”: ensaiamos ou imitamos mentalmente toda ação que observamos. Essa capacidade se deve aos neurônios-espelho, distribuídos por partes essenciais do cérebro – o córtex pré-motor e os centros para linguagem, empatia e dor. Quando observamos alguém realizar essa ação, esses neurônios disparam – daí o nome “espelho”. Por isso, essas células cerebrais são essenciais no aprendizado de atitudes e ações, como conversar, caminhar ou dançar. Eles permitem que as pessoas executem atividades sem necessariamente pensar nelas, apenas acessando o seu banco de memória.

O tratamento não medicamentoso de TDAH - Leonardo Mascaro

O caso a seguir ilustra como o treinamento neurológico por Neurofeedback permitiu o resgate de um funcionamento saudável a um menino de 10 anos de idade com sérios problemas atencionais e comportamentais. Este menino, que chamaremos de RB, chegou ao meu consultório com um quadro diagnosticado de hiperatividade e déficit de atenção (DDA/TDAH).
Mapa inicial

Mapa Q feito antes do início do tratamento
SHUTTERSTOCK

terça-feira, 29 de maio de 2012

Uso de agrotóxicos pode alterar comportamento de gerações futuras

O contato com elementos ambientais tóxicos pode influir na resposta de futuras gerações ao estresse e causar desordens de conduta, segundo um estudo realizado nos Estados Unidos com ratos. O estudo, realizado por pesquisadores das universidades de Washington e do Texas, comprovou que apenas uma exposição de fêmeas que esperavam filhotes a um fungicida utilizado em frutas e verduras, a vinclozolina, tinha consequências sobre a conduta da terceira geração de seus descendentes, apesar deles terem sido criados livres do agrotóxico.

Segundo os resultados do estudo, publicado nesta segunda-feira na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS)", estes roedores se mostraram mais sensíveis às situações de estresse e experimentaram uma maior ansiedade do que os descendentes de ratos que não tiveram contato com o fungicida.

Série de Vídeos legais sobre autismo

segunda-feira, 28 de maio de 2012

O meu dia D

 




- É, mãe. É autismo.

Foi essa a frase que eu ouvi da segunda neurologista que procurei quando a falta da fala do Luca e a regressão de coisas que ele já falava e fazia passou a nos incomodar. Eu chamo de meu "Dia D", ou Dia do Diagnóstico, quando tudo o que eu desconfiava tomou forma, ganhou nome e virou oficial. Na história mundial, o Dia D ficou marcado por mortes e dor. Mas foi também que muitos historiadores consideram como o início do fim da II Guerra Mundial. O meu Dia D me causou dor sofrimento e confirmou o que, no fundo, eu já sabia. Mas marcou o início da nossa luta para resgatar o Luca.

O Luca fez 2 anos e falava muito pouco. A família ligava: "E aí o Luca já tá falando?", e eu sempre respondia meio sem jeito que não, que ele estava meio preguiçoso... Ouvia de volta que cada um tem seu tempo e fingia concordar, mas no fundo algo já me incomodava. Não era só a falta da fala. Aos poucos, ele passou a se isolar no quarto; não olhava quando era chamado; o contato ocular praticamente sumiu; não fazia questão da nossa presença; começou a nos puxar pelas mãos quando queria alguma coisa; a hiperatividade explodiu e ele passou a rodar em círculos pela casa com mais frequência. O que antes para mim era uma brincadeira boba de criança, virou um alerta. Colocava essas características no google e recebia de resposta 80 millhões de explicações. Todas com a palavra autismo no meio. Autismo se manifesta por volta dos 2 anos e pouco... Era a idade do Luca...