Galera, o depoimento do Paiva sobre o Conector RX
Vale a pena ler
bjs
Tá no blog dele
http://umavozparaoautismo.blogspot.com/2011/04/connector-rx-e-eric-hamblen-por-paiva.html
Connector RX e Eric Hamblen - por Paiva Jr
Venho dar meu depoimento sobre o Connector RX e sobre o profissional estadunidense Eric Hamblen. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Antes, uma explicação necessária: minha família fez uma terapia de imersão de 3 dias com o Eric, aqui no Brasil, no fim de março deste ano -- eu, Célia (esposa), Giovani (3a11meses, que está no espectro do autismo) e Samanta (1a11meses, que está tendo desenvolvimento típico.Fomos dispostos e abertos a uma nova experiência e sem conceitos pré-determinados -- resumindo: fomos "desarmados", e sem saber NADA sobre RDI ou sobre o Connector RX. E o que venho relatar é na PRÁTICA e não na teoria, pois ainda não sei as bases teóricas desse trabalho e vou estudá-las ainda, nem que sejam apenas os principais conceitos pelo menos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O Eric não faz nenhum treinamento com a criança, mas analisa as situações que vivemos (e os problemas que relatamos) e propõe algumas possíveis saídas baseadas na construção de relacionamento. Meu filho, desde a suspeita de autismo faz psicoterapia comportamental, baseada em ABA. Como o Eric foi aluno do Lovaas, precursor do ABA, conhece bem a Análise do Comportamento Aplicada e seus princípios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O maior problema que relatamos foi a dificuldade de relacionamento entre nossos filhos, Giovani e Samanta, pois ele sempre a empurrava e as raras brincadeiras entre os dois terminava em choro. O Eric nos alertou para 2 importantes mudanças que devíamos fazer. Primeiro ele nos orientou para inverter os papéis e tratar a Samanta como a mais velha e o Giovani como o caçula, pois o Eric avaliou que, emocionalmente, ele tem cerca de 6 meses. Outra recomendação foi para que nos lembrássemos de que cada um da família corresponde a 25% e, portanto, merece 25% do tempo e atenção, inclusive nós mesmos. Sem querer, nossa atenção era sempre mais voltada ao Giovani, por ser especial. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Colocando isso em prática, vimos grandes melhoras no comportamento de ambos, principalmente quando brincam juntos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Este é só um exemplo, simplificado, de mudança de atitude proposta e seu resultado prático. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Outro item que preciso destacar é o uso do Connector RX, criado por Eric, patenteado nos EUA. É um "equipamento" simples (se é que posso usar o termo "equipamento"), dois cintos ligados por uma cordinha de alpinismo, que pode ser substituído por cordinha qualquer amarrada na cintura de duas pessoas. O vale aqui é o conceito e não o produto como algo insubstituível. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Repito que não sei ainda a teoria por trás do conceito do Connector RX. O que vou relatar é o resultado prático do uso do Connector RX, ou simplesmente, conector. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Não sei lhe dizer se o conector teve um efeito em mim, no meu filho ou em ambos, mas, ao usá-lo com o Giovani, algo diferente aconteceu. Logo na primeira vez que o usei, em menos de 20 minutos, eu parei para ver uma planta e o Giovani compartilhou comigo esse interesse, olhou a planta também. Eu, então peguei numa pétala de flor para sentir sua textura. O que acontecia normalmente era o Giovani encontrar uma flor e despedaçá-la, porém, para minha surpresa, ele pegou a pétala, como eu havia feito, e sentiu sua textura, me imitando. Pela primeira vez na vida, o Giovani compartilhou interesse comigo e me imitou, sem qualquer esforço ou sem pedir para que ele o fizesse. Foi natural. E, para mim, foi impressionante. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Essa foi só a primeira experiência. E de poucos minutos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O conector não visa à segurança, tanto que o cordão é preso por um velcro em cada cinto. Se qualquer um dos dois forçar, os cintos se soltam um do outro. Portanto, ao sair na rua ou num estacionamento, tenho que segurá-lo pela mão ou pegá-lo no colo, como faço sem o conector. Penso que há um efeito de maior liberdade para ambos quando sei que estamos conectados pelos cintos e que precisará de um puxão mais forte para nos soltarmos, o que me dá alguns segundos e uma grande dose de segurança em deixar meu filho mais à vontade e para que ele possa agir mais naturalmente. Senti nele, que fica mais tranqüilo e mais organizado, mais atento ao seu redor e mais concentrado. Por quê? Não sei, mas o conector, no caso do meu filho, quando usado comigo ou com minha esposa, faz essa diferença. Pode até não fazer para você ou para seu filho, mas se alguém me perguntasse, diria que vale a pena tentar. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . F. Paiva Jr
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