ALERGIA ALIMENTAR
Histórico-Conceito | Sintomas e Doenças | Mecanismo de Ação | Testes | Tratamento
Histórico - Conceito | |
A partir de 1935, Theron Randolph iniciou exaustiva pesquisa clínica, procurando descobrir se existia algum alimento ou substância química responsável pelos sintomas físicos e psíquicos dos seus pacientes. Após estudar mais de 5000 casos durante 25 anos, com muita paciência e utilizando a técnica da dieta rotatória de restrição e adição do alimento suspeito, chegou à importante e crucial conclusão de que havia relação de causa e efeito entre o alimento ingerido e as queixas físicas e psíquicas dos pacientes . O que dificultou a descoberta era que tais sintomas somente apareciam alguns dias após a ingestão do alimento , porem o que mais alegrou o pesquisador foi constatar que os sintomas ou a doença desaparecia com a retirada do agente causal. Nas palavras de Randolph " Milhões de pessoas estavam doentes sem causa aparente. Eram doentes crônicos que não apareciam nas estatísticas, que iam de médico em médico à procura de soluções e no final eram rotulados como psiquiátricos. Estas pessoas estavam simplesmente apresentando : MÁ ADAPTAÇÃO AO MEIO AMBIENTE " . Theron Randolph é considerado o pai da Ecologia Clínica , porque foi o primeiro a correlacionar a ingestão ou a inalação de substâncias exógenas ( alimentos, químicos, inalantes ) com as doenças degenerativas e os distúrbios emocionais. Foi o primeiro a descobrir que existe a chamada Alergia Cerebral e já naquela época dava valor aos testes provocativos. Em 1970, Marshall Mandell e David King , publicam o primeiro estudo duplo cego com os testes provocativos nas doenças emocionais, iniciando o suporte científico da Alergia Cerebral e da Ecologia Clínica . Ficou assim estabelecido que certo número de pacientes com doenças de difícil tratamento apresentam na verdade intolerância ou alergia a um ou mais dos alimentos comuns, ou a substância químicas ou a inalantes, os quais provocam mal funcionamento de células, tecidos e orgãos. Os sintomas não se manifestam como vermelhidão ou prurido e também não aparecem logo após a ingestão do alimento prejudicial. Os sintomas aparecem horas ou dias após o contato e se manifestam como : fadiga, cansaço, depressão, irritabilidade, alucinações, gastrite, colite, dores de cabeça, etc. dependendo da individualidade bioquímica de cada um. Randolph relata o caso de Prof. Universitário que começou a apresentar alucinações auditivas e visuais terríveis, sendo necessário a sua internação em hospital psiquiátrico . Em 30 dias de internação não apresentou nenhuma crise e obteve alta ,com o diagnóstico de esquisofrenia. No terceiro dia em sua casa, iniciaram novamente as alucinações. Nova internação e no hospital nada acontecia. Após 6 meses foi descoberto que era o leite o agente causal. Após a retirada do leite e derivados, nunca mais apresentou qualquer tipo de distúrbio psiquiátrico. Recentemente, recebemos um paciente com gastrite de difícil resolução, que havia sido examinado por vários gastroenterologistas e que apresentava endoscopia e biopsia confirmando o diagnóstico. O arsenal farmacêutico, fitoterápico e nutricional já havia se esgotado sem sucesso. Foi o próprio paciente que descobriu a sua cura. Verificou que a gastrite aparecia nos fins de semana em Ilhabela , onde era preciso usar dispositivo anti inseto ligado à corrente elétrica. Notou que a gastrite se manifestava, somente quando ele permanecia no ambiente com o dispositivo anti inseto em funcionamento. Livrou-se do dispositivo e nunca mais apresentou gastrite. William Philpott exulta os clínicos que nadam contra a corrente do conceito convencional de doença, onde se prescreve os medicamentos sintomáticos e que procuram a verdadeira causa da doenças ,que muitas vezes pode ser uma reação ao meio ambiente ou a fatores nutricionais. | |
Classificação dos sintomas e das doenças | |
A seguir vamos enumerar os sintomas de Má Adaptação ao Meio Ambiente , elaborado por Randolph. A- NÍVEIS DE ADIÇÃO ( estimulação) Mais 1 : Raramente visto pelo médico: são pessoas alegres e de alto astral e medianamente excitados São saudáveis ao extremo. Mais 2 : Frequentemente visto pelo médico . - Hiperatividade : criança e adulto - Obesidade - Alcoolismo Mais 3 : Egocentrismo Ansiedade Nervosismo ao extremo Tremores Comportamento de alcoolizado com incoordenação motora Mais 4 : Mania , com ou sem convulsões Crise epiléptica Reações catatônicas Agitação psicomotora Pânico Pensamentos, movimentos e fala repetitivos( obsessivo- compulsivo) B- NÍVEIS DE SUBTRAÇÃO ( abstinência ) Menos 1 : Sintomas físicos localizados É o campo do alergista ortodoxo - Sinusite, rinite, asma, urticária, eczema e dermatite de contato Menos 2 : Sintomas físicos sistêmicos Raramente diagnosticado pelos médicos - fadiga, dor de cabeça, dores musculares, dores articulares, gastrite, colite Menos 3 : Sintomas mentais e alterações do comportamento - depressão leve - confusão mental - diminuição da memória - indecisão - "brain fag" - mudanças do humor Menos 4 : Sintomas mentais mais severos - depressão grave - psicoses - reações mentais com alterações da percepção e da consciência José Arnaldo Gaertner e Jorge Cavalcanti Boucinhas em experiência clínica de longos anos no estudo da alergia alimentar, relatam os principais sinais e sintomas da alergia alimentar no Brasil. I - Gastrointestinais -náuseas, vômitos, diarréia, constipação, flatulência, eructação, gastrite, cólicas intestinais, cólon irritável, Doença de Crohn, prurido anal, língua saburrosa, sintomas aparentes de problemas da vesícula. II- Dermatológicos - erupções, assaduras, eczemas, dermatites herpetiformes, pele seca, caspa, unhas e cabelos quebradiços III- Otorrinolaringológicos - coriza e congestão nasal, lacrimejamento, visão turva, estalos, zumbidos e dor de ouvido, sensação de descer a serra, surdez, infecções de ouvido recorrentes, prurido e corrimento auditivos, dores de garganta, rouquidão, tosse crônica, prurido no céu da boca, sinusite recorrente. IV- Cardiopulmonares - palpitações, arritmias , taquicardia, asma, congestão no peito e bronquite V- Outros sinais e sintomas - fadiga crônica, artrites, dores musculares e articulares, edema de mãos, pés e tornozelos, sintomas urinários como polaciuria, ardência e urgência miccional, prurido e corrimento vaginal, variação rápida de pêso ( de 1 a 1.5 Kg ou mais, correspondendo a inchaço), bulemia e anorexia nervosa, dores de cabeça , enxaqueca, inchaço e rugas sob os olhos ("olheira"), tontura , vertigem , zonzeira. | |
Mecanismo de Ação | |
Alimentos e bebidas ingeridos diariamente constituem-se na maior carga exógena de antígenos imposta aos seres humanos, estimando-se que exceda a várias toneladas no transcorrer da vida. O trato gastrointestinal dispõe de vários tipos de mecanismos, imunológicos e não imunológicas para diminuir a entrada de proteinas estranhas no organismo. A barreira não imunológica inclue a secreção de ácido clorídrico pelo estômago, a digestão das proteinas pelas enzimas intestinais e do pâncreas, o peristaltismo, a camada de muco e as microvilosidade da mucosa intestinal. È por esta razão que as alergias alimentares podem se iniciar na infância por deficit enzimático ou se manifestarem bem mais tarde quando o sistema digestivo vai diminuindo a produção das enzimas digestivas e de ácido clorídrico. A principal barreira imunológica a proteinas estranhas é a secreção de moleculas IgA - secretora no interior do intestino, a qual se complexa com o as proteinas estranhas e bloqueia a sua absorção. As proteinas estranhas que conseguem chegar à circulação são recebidas por anticorpos da classe IgA e IgG os quais são eliminados do organismo pelo sistema retículo endotelial. Pessoas normais geram anticorpos da classe IgA, IgM e IgG em minúsculas quantidades em reação a antigenos alimentares. Reações mediadas por IgE: Liberam histamina, prostaglandinas e leucotrienos ,produzindo uma reação alérgica típica imediata, com sintomas aparecendo em minutos . Reações não mediadas por IgE: Envolve a classe dos anticorpos IgA, IgM e IgG produzindo os sintomas em horas ou dias. Reações não mediadas por IgE e de mecanismo desconhecido: è um aumento da reatividade a um determinado alimento sem o envolvimento do sistema imune, às quais chamamos de intolerância alimentar. | |
Testes Diagnósticos para a alergia alimentar | |
Segundo Gaertner e Boucinhas , um alérgeno alimentar quando pesquisado por intradermo reação pode dar falsas reações positivas pois a sua via de inoculação não é a mesma, sendo também dispendioso e muito doloroso O RAST no sangue é um método acurado para a identificação de alérgenos alimentares, principalmente porque a maioria das alergias alimentares se manifestam em um tempo não inferior a 1 dia após a ingestão, geralmente 2-3 dias podendo chegar até 30 dias após a ingestão. O RAST do sangue, é especifico, tem boa reprodutibilidade, porém é dispendioso. O FICA ( Food Imune Complex Assay ) , dosa a presença de anticorpos no sangue, é fidedigno, porem é muito caro. Para Gaertner e Boucinhas o melhor método é o VEGA - RAST que dosa os alérgenos por bioressonância eletromagnética. Mede a presença dos alérgenos alimentares através da interação entre os alimentos alergênicos e os não alergênicos à passagem de uma corrente elétrica de amperagem e voltagem pré conhecidas e aplicada sobre um ponto de acupuntura ( TING - polpa do polegar ). É prático e de um modo rápido podemos testar mais de 130 alérgenos no próprio consultório. O VEGA - RAST se correlaciona estatisticamente com o RAST no sangue. | |
Tratamento | |
Consiste no afastamento do alimento prejudicial. | |
Fonte:www.medicinabiomolecular.com.br Jose de Felippe Junior |
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