Diagnóstico do problema aumentou 23% de 2006 para 2008
EUA: autismo afeta quase cinco vezes mais meninos do que meninas
(ThinkStock)
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AUTISMODistúrbio que afeta a capacidade de comunicação e de estabelecer relações sociais. O autista comporta-se de maneira compulsiva e ritual. O distúrbio, que pode afetar o desenvolvimento normal da inteligência, atinge cinco em cada 10.000 crianças e é de duas a quatro vezes mais frequente no sexo masculino.
Este aumento se explica em parte por uma detecção mais eficaz da síndrome, sobretudo em menores de três anos, explicou Coleen Boyle, especialista dos CDC. "Uma parte deste aumento se deve a um diagnóstico melhor, mas não sabemos até que ponto", afirmou, durante teleconferência. "Graças a estas estatísticas sabemos mais sobre como a idade mais avançada dos pais e o nascimento prematuro aumenta o risco de que uma criança sofrer de autismo", disse a médica.
Geografia — Estas estatísticas também mostram que o desenvolvimento da síndrome, cujas causas continuam sendo indeterminadas e que existe em diferentes formas e graus de gravidade, afeta quase cinco vezes mais meninos do que meninas, uma proporção que também aumentou de 2006 a 2008. A prevalência do autismo está experimentando uma variação geográfica significativa nos Estados Unidos, onde afeta uma criança em 210 no Alabama (sul) e uma em 47 em Utah (noroeste). O aumento mais expressivo foi observado em crianças negras e hispânicas.
A presidente da subcomissão sobre autismo da Academia Americana de Pediatria (AAP, na sigla em inglês), durante a mesma teleconferência, recomendou que façam testes de autismo "sem exceção a todas as crianças entre 18 e 24 meses" de vida.
Marcos Roithmayr, presidente da Autism Speaks, a maior fundação privada do mundo dedicada à pesquisa sobre esta síndrome, disse que a doença custa 126 bilhões de dólares ao ano nos Estados Unidos, um montante que segundo o informe da organização triplicou desde 2006.
Por último, todos os médicos consultados descartaram que o projeto de revisão de critérios de classificação do autismo, lançado pela APA em janeiro, seja prejudicial para algumas crianças que sofrem da síndrome. Psiquiatras e fundações particulares chegaram a expressar receio de que a nova classificação deixasse de fora muitas crianças com variações de autismo, como a Síndrome de Asperger.
(Com agência France-Presse)
fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/autismo-ganha-contornos-de-epidemia-nos-eua
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