Embora o autismo seja uma condição conhecida por ser altamente hereditária, cientistas ainda buscam as determinantes genéticas que podem levar ao quadro. Em um trabalho recente, a equipe – que teve a colaboração da Universidade de Yale, nos EUA -, concentrou esforços na busca de variações do número de cópia: quantidades incomuns de genes, ou seja, cópias a menos da mãe ou do pai, cópias duplicadas e até três cópias de um gene. Deleções ou duplicações, como são conhecidas, podem ter nenhum efeito sobre as funções normais do corpo. Entretanto, algumas estão associadas a doenças como o câncer de mama ou doença de Crohn.
Para o trabalho em questão, os pesquisadores analisaram as características de raros exemplares de variações do genoma em indivíduos com autismo. A equipe comparou 996 pessoas de descendência europeia com a desordem com 1287 pessoas do grupo de controle. Eles descobriram que muitas variações dos genes parecem estar envolvidas na regulação do processamento do sistema nervoso central.
“Este artigo (publicado na Nature) destaca como fatores genéticos são muito importantes na causa do autismo”, explica Fred R. Volkmar, da Yale. “Baseia-se em trabalhos anteriores que identificaram vários genes candidatos em potencial e ressalta que pode haver múltiplos genes agindo para causar o autismo”.
De acordo com o time, a identificação de processos relacionados a estes genes e o rastreamento em modelos animais (como ratos) poderia levar a uma compreensão mais aprofundada da doença. Além disso, novos tratamentos com abordagens diferentes poderiam ser desenvolvidos.
Fonte: http://cienciadiaria.com.br/2010/06/10/equipe-internacional-identifica-grupo-de-variaveis-geneticas-associadas-ao-autismo/
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