sexta-feira, 12 de agosto de 2011

À procura de voluntários para brincar com autista



À procura de voluntários para brincar com autista

Alto Minho
 “O que nós pedimos é que as pessoas disponibilizem uma hora por semana do seu tempo para virem brincar, na nossa casa, com o nosso filho, nada mais que isso”, disse, à Agência Lusa, a mãe do Marco, um menino que este mês completa cinco anos.

Segundo Cristina Meinier, neste momento já há 27 voluntários inscritos para brincarem com o Marco, o que é insuficiente para assegurar as oito horas de brincadeira que a criança deve ter por dia.“Temos tido dificuldade em encontrar mais gente, e mesmo alguns dos que se ofereceram faltam bastante”, admitiu a mãe.

Os pais fizeram formação em França para tratar do filho, a quem estão a aplicar o chamado “método 3 i”: intensivo, individual e interactivo.
“Agora, somos nós que ministramos uma formação de duas horas às pessoas que se disponibilizem para viirbrincar com o Marco, para que a terapia seja correctamente aplicada. Mas, no fundo, o que se pretende é que eles brinquem com ele”, acrescentou Cristina Meinier.

“Podem ser de qualquer faixa etária”

O Marco tem em casa uma sala de jogo, com uma bola gigante, um escorrega, um baloiço, livros, puzzles e outros brinquedos, estando agora à procura de amigos para a brincadeira.
Os voluntários podem ser “de qualquer faixa etária”, tendo apenas de ter capacidade de entender e assimilar a formação prévia que lhes é ministrada pelos pais e aplicá-la nos moldes correctos.

Dos inscritos, há gente com mais de 60 anos, mas há também jovens na casa dos 20.
“O importante é que gostem de brincar”, acentuou a mãe do Marco. O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento, uma alteração que afecta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização e de comportamento.

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