segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O poder arrebatador do açúcar

O poder arrebatador do açúcar


Sempre nos perguntamos o porquê da esmagadora preferência das pessoas por alimentos doces. Sabemos, por exemplo, que os bebês demonstram instintivamente reações de prazer ao serem alimentados com alimentos adocicados e que se provermos uma gestante com grande quantidade de doces, seu bebê será mais predisposto a gostar das guloseimas do açúcar. Na Europa, há uma prática de se oferecer água adocicada aos bebês, quando eles vão tomar injeções, pois parece que o açúcar pode alterar o humor deles, além de conferir-lhes certa ação anestésica.
A nossa percepção do sabor doce começa nas papilas da língua e são levados até receptores cerebrais que codificam o sabor prazeroso. Esses receptores são os mesmos que respondem aos efeitos prazerosos  do álcool, tabaco e cocaína. Isso poderia explicar a preferência das pessoas que comem doces compulsivamente, ou seja, que comem apenas pelo prazer de saborear determinados alimentos.
No cérebro, os alimentos doces aumentam os nossos níveis de serotonina, um neurotransmissor que desempenha um importante papel na regulação do humor, do sono, da sexualidade e do apetite.  Assim, alimentos doces, agindo direta ou indiretamente, através da serotonina, parecem  melhorar o humor das pessoas.
As estatísticas revelam que 60% das pessoas tem preferência pelos doces e a indústria dos alimentos intuitivamente, ou talvez mais sistematicamente,  entendeu isso muito bem, tanto é que milhares de alimentos nos supermercados são enriquecidos com sacarose, para atender à demanda dos paladares.
Apesar de muitas pessoas declararem que são dependentes de doces e chocolates, não há  nenhuma evidência conclusiva a cerca desse poder aditivo do açúcar. O que sabemos é que dentre os três macronutrientes de que dispomos no cardápio - carboidratos, gorduras e proteínas - os carboidratos, que englobam também os doces, são os alimentos de mais rápida saciedade, ou seja, voltamos a sentir fome muito mais rapidamente quando nossa refeição é constituída basicamente deles.

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