De todas as técnicas educacionais que usamos, a dependência na apresentação visual da informação é a mais importante. Como foi descrito anteriormente, as explicações verbais isoladas são raramente eficientes, com alunos autistas. As palavras podem ser usadas, indicações físicas podem ser úteis, mas os materiais e estrutura física que orientam visualmente o aluno no sentido da compreensão e do sucesso são, de longe, muito mais eficientes.
Apresentações complexas de grandes quantidades de materiais tendem a ser confusas e constituem uma carga excessiva ou incompreensível, em qualquer situação, para o aluno. Consequentemente, nós também lhe ensinamos as estratégias de trabalhar da esquerda para a direita e de cima para baixo. Esta organização espacial é culturalmente normal para nós. Por isto nos o fazemos, para que nossos alunos tenham o máximo possível de experiências nesta forma. Exemplificando: eles encontram as partes componentes de seus trabalhos à esquerda e colocam o produto final à direita.
Nós também nos apoiamos em informação visual, sempre que possível, para ensinar os alunos com autismo o conceito de "acabou" (tarefa concluída). Este é um conceito importante a ser incorporado a todas as atividades, porque muitos alunos com autismo são incapazes de divisar quanto tempo uma atividade vai durar, o que é parte de suas dificuldades de inferir o significado de eventos. Isto pode lhes ser aflitivo, diante do que eles, com freqüência, impõem sua própria decisão de quanto tempo ainda irão trabalhar. Nós tentamos mostrar a eles, através de meios visuais, quantas repetições da atividade se espera que eles executem antes que a atividade termine. Algumas vezes os materiais por si mesmos tornam isto claro: quando uma caixa contendo as partes componentes fica vazia, o trabalho acabou; quando você atinge o final da página, a sessão de trabalho chegou ao fim. Em outras situações, tem que ser usada mais criatividade para fazer visível a passagem do tempo. Por exemplo, quanto um certo período de tempo passou, o professor remove um pregador da manga ou cinto do aluno; quando os pregadores foram retirados (saíram do campo visual), a atividade terminou. Terminar uma atividade de uma maneira clara, definida, é mais prazeroso para ele do que receber elogios, adesivos, balas, etc. Na verdade, nos parece que quando estas recompensas são usadas, elas servem mais à função de conduzir ao "acabou" (associação reforço com final de trabalho) do que de servir de reforços ao desempenho do aluno, na próxima oportunidade.
Outra técnica educacional usada na vida diária é o ensino de rotinas com flexibilidade incorporada. Existem três razões primárias para tal. Primeiro, as rotinas dão ao aluno a estratégia para entender e prever a ordem dos eventos à sua volta, o que, de uma forma geral, diminui a agitação e ajuda o desenvolvimento da habilidade. Em segundo lugar, se o professor não oferece rotinas, o aluno com muita freqüência irá desenvolver a sua própria rotina, que pode ser menos adaptativa ou aceitável. Por exemplo, o aluno pode desenvolver uma rotina de entrar na sala toda a manhã e puxar todos os agasalhos dos cabides, ou pode insistir em lamber todas as colheres que ele arrumou na mesa para o almoço, porque foi o que ele fez na primeira vez. As rotinas, tais como "pendurar o agasalho", ligar o aparelho de som" ou "guardar as colheres (com supervisão) e depois ir para a área de brincar", podem ajudar a reduzir as rotinas alternativas indesejáveis. Em terceiro lugar, o ensino das rotinas deve ser flexível, porque isto reflete a realidade da nossa cultura. Nosso mundo não é invariável. Esta variabilidade é o que o faz tão confuso para uma pessoa com autismo. Esta tentativa deve ser respeitada, mas gentilmente desafiada pelo professor, através do uso de materiais para trabalho, caminhos usados para caminhadas, jogos, comida oferecida, etc., ligeiramente diferentes. A estrutura essencial deve permanecer previsível, mas os detalhes devem variar, de forma que o aluno seja levado a se concentrar na estrutura ao invés de nos detalhes.
A individualização é um conceito chave nos programas educacionais do TEACCH. Apesar das características autísticas que têm em comum, nossos alunos são extremamente diferentes um dos outros, em termos de competência, áreas de dificuldade e idiossincrasias. Concluímos que eles não trabalham bem em grupo, por causa da diversidade de suas habilidades e da dificuldade de aprender através da observação dos outros. Temos que ter em mente que, em cada um dos nossos alunos, os níveis de diferentes habilidade individuais não se correlacionam umas com as outras, nas diversas áreas. Por exemplo, a existência de excelentes habilidades em percepção visual não nos dá nenhuma informação sobre as habilidades de linguagem deste aluno. Uma fluência na área expressiva pode estar mascarando falhas significativas na área de linguagem receptiva. Alunos que são capazes de ler, cozinhar ou processar dados podem ser incapazes de pedir um copo d'água em público. Da mesma forma, alunos com autismo e deficiência mental podem ser artistas ou músicos talentosos. Consequentemente, os professores têm que conhecer extremamente bem seus alunos, e estarem preparados para ensinar, a um mesmo aluno, em níveis muito diferentes, nas diversas áreas de habilidade.
A tendência dos nossos alunos de se super concentrar em detalhes e de resistir a mudanças, significa que nós temos que lhes ensinar sob situações variadas, com materiais diversos, para que desta forma possamos ajudá-los a se tornar o mais flexíveis possível. Em relação a este fator, é também importante ensinar as habilidades em seus contextos naturais, devido a limitada habilidade de generalização de nossos alunos. Sendo assim, esperamos ensiná-los a trabalhar no local original de trabalho, habilidades relativas a comunidade, como habilidades de preparo de comida na cozinha, etc.
Apresentações complexas de grandes quantidades de materiais tendem a ser confusas e constituem uma carga excessiva ou incompreensível, em qualquer situação, para o aluno. Consequentemente, nós também lhe ensinamos as estratégias de trabalhar da esquerda para a direita e de cima para baixo. Esta organização espacial é culturalmente normal para nós. Por isto nos o fazemos, para que nossos alunos tenham o máximo possível de experiências nesta forma. Exemplificando: eles encontram as partes componentes de seus trabalhos à esquerda e colocam o produto final à direita.
Nós também nos apoiamos em informação visual, sempre que possível, para ensinar os alunos com autismo o conceito de "acabou" (tarefa concluída). Este é um conceito importante a ser incorporado a todas as atividades, porque muitos alunos com autismo são incapazes de divisar quanto tempo uma atividade vai durar, o que é parte de suas dificuldades de inferir o significado de eventos. Isto pode lhes ser aflitivo, diante do que eles, com freqüência, impõem sua própria decisão de quanto tempo ainda irão trabalhar. Nós tentamos mostrar a eles, através de meios visuais, quantas repetições da atividade se espera que eles executem antes que a atividade termine. Algumas vezes os materiais por si mesmos tornam isto claro: quando uma caixa contendo as partes componentes fica vazia, o trabalho acabou; quando você atinge o final da página, a sessão de trabalho chegou ao fim. Em outras situações, tem que ser usada mais criatividade para fazer visível a passagem do tempo. Por exemplo, quanto um certo período de tempo passou, o professor remove um pregador da manga ou cinto do aluno; quando os pregadores foram retirados (saíram do campo visual), a atividade terminou. Terminar uma atividade de uma maneira clara, definida, é mais prazeroso para ele do que receber elogios, adesivos, balas, etc. Na verdade, nos parece que quando estas recompensas são usadas, elas servem mais à função de conduzir ao "acabou" (associação reforço com final de trabalho) do que de servir de reforços ao desempenho do aluno, na próxima oportunidade.
Outra técnica educacional usada na vida diária é o ensino de rotinas com flexibilidade incorporada. Existem três razões primárias para tal. Primeiro, as rotinas dão ao aluno a estratégia para entender e prever a ordem dos eventos à sua volta, o que, de uma forma geral, diminui a agitação e ajuda o desenvolvimento da habilidade. Em segundo lugar, se o professor não oferece rotinas, o aluno com muita freqüência irá desenvolver a sua própria rotina, que pode ser menos adaptativa ou aceitável. Por exemplo, o aluno pode desenvolver uma rotina de entrar na sala toda a manhã e puxar todos os agasalhos dos cabides, ou pode insistir em lamber todas as colheres que ele arrumou na mesa para o almoço, porque foi o que ele fez na primeira vez. As rotinas, tais como "pendurar o agasalho", ligar o aparelho de som" ou "guardar as colheres (com supervisão) e depois ir para a área de brincar", podem ajudar a reduzir as rotinas alternativas indesejáveis. Em terceiro lugar, o ensino das rotinas deve ser flexível, porque isto reflete a realidade da nossa cultura. Nosso mundo não é invariável. Esta variabilidade é o que o faz tão confuso para uma pessoa com autismo. Esta tentativa deve ser respeitada, mas gentilmente desafiada pelo professor, através do uso de materiais para trabalho, caminhos usados para caminhadas, jogos, comida oferecida, etc., ligeiramente diferentes. A estrutura essencial deve permanecer previsível, mas os detalhes devem variar, de forma que o aluno seja levado a se concentrar na estrutura ao invés de nos detalhes.
A individualização é um conceito chave nos programas educacionais do TEACCH. Apesar das características autísticas que têm em comum, nossos alunos são extremamente diferentes um dos outros, em termos de competência, áreas de dificuldade e idiossincrasias. Concluímos que eles não trabalham bem em grupo, por causa da diversidade de suas habilidades e da dificuldade de aprender através da observação dos outros. Temos que ter em mente que, em cada um dos nossos alunos, os níveis de diferentes habilidade individuais não se correlacionam umas com as outras, nas diversas áreas. Por exemplo, a existência de excelentes habilidades em percepção visual não nos dá nenhuma informação sobre as habilidades de linguagem deste aluno. Uma fluência na área expressiva pode estar mascarando falhas significativas na área de linguagem receptiva. Alunos que são capazes de ler, cozinhar ou processar dados podem ser incapazes de pedir um copo d'água em público. Da mesma forma, alunos com autismo e deficiência mental podem ser artistas ou músicos talentosos. Consequentemente, os professores têm que conhecer extremamente bem seus alunos, e estarem preparados para ensinar, a um mesmo aluno, em níveis muito diferentes, nas diversas áreas de habilidade.
A tendência dos nossos alunos de se super concentrar em detalhes e de resistir a mudanças, significa que nós temos que lhes ensinar sob situações variadas, com materiais diversos, para que desta forma possamos ajudá-los a se tornar o mais flexíveis possível. Em relação a este fator, é também importante ensinar as habilidades em seus contextos naturais, devido a limitada habilidade de generalização de nossos alunos. Sendo assim, esperamos ensiná-los a trabalhar no local original de trabalho, habilidades relativas a comunidade, como habilidades de preparo de comida na cozinha, etc.
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