segunda-feira, 13 de junho de 2011

Autismo, síndrome silenciosa

No próximo dia 2 de abril ocorrerá o “Dia Mundial do Autismo”, síndrome que afeta uma criança em cada 110 nascidas (Estatística feita pelo CDC, órgão de controle de doenças dos EUA).
O autismo é uma disfunção no desenvolvimento que afeta a capacidade de comunicação, socialização e comportamento do individuo. Ainda não se sabe seguramente qual é a causa dessa síndrome, mas há uma hipótese de causa multifatorial, genética e ambiental.
A Síndrome tem atingido cada vez mais indivíduos.  Atualmente, o autismo é mais comum em crianças do que a AIDS, o câncer e o diabetes juntos. No Brasil, são quase dois milhões de autistas, muitos não diagnosticados, de acordo com pesquisas realizadas pelo psiquiatra Marcos Tomanik Mercadante.

Segundo Paiva Junior, editor-chefe da Revista Autismo e pai de uma criança portadora da síndrome, o importante é que o diagnóstico seja feito o mais breve possível. Somente com o início das intervenções que a criança poderá ter uma melhor qualidade de vida. A demora compromete as chances de minimizar os danos causados pelo autismo.
“É preciso agir rápido! A relação entre precocidade no tratamento e a melhoria no prognóstico é exponencial. Não se pode ‘desperdiçar’ a ‘janela’ de desenvolvimento das crianças nessa fase. Portanto, quanto antes, melhor. Aos pais, digo: chore, lamente, fique em luto, demore para absorver o impacto da notícia de ter um filho com autismo, mas não espere para agir. Comece já!”, alerta Junior.
Ainda não existe cura para o autismo, mas pesquisas estão sendo realizadas na área envolvendo epigenética (Estudo dos mecanismos moleculares por meio dos quais o ambiente controla a atividade genética) e tem gerado resultados. Um deles foi o sucesso na cura de um neurônio autista em laboratório, trabalho recente do neurologista brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnica, nos EUA.
Para Paiva, a importância do Dia Mundial do Autismo é voltar a atenção da sociedade para uma síndrome que cresce anualmente. “Disseminar o conhecimento sobre o autismo significa aumentar a inclusão dessas pessoas na sociedade e abrir os olhos do sistema de ensino público e particular, aumentar as possibilidades de tratamento para as famílias afetadas pela síndrome e chacoalhar as autoridades para se posicionarem a respeito do transtorno do espectro autista”, conclui.
Conheça os sintomas do autismo

Apesar de os sintomas serem particulares em cada individuo, existem alguns que podem detectar facilmente a presença de autismo, como por exemplo:
  • A criança não mantém contato olho no olho por mais de 2 segundos;
  • Não responde pelo nome, não se interessa por outras crianças;
  • Olha para o vazio e anda ao acaso pelos espaços;
  • Não olha para o objeto que você aponta;
  • Não brinca de faz-de-conta (como falar ao telefone ou dar de comer a uma boneca);
  • Não brinca corretamente com os brinquedos (com a devida função do brinquedo);
  • Não compreende que lhe dizem;
  • Faz movimentos estranhos com as mãos na frente do rosto;
  • Não aponta com o indicador para pedir algo ou mostrar algum interesse;
  • Usa as pessoas como instrumentos (pegando na mão do adulto e o levando para executar algo);
  • É muito sensível a ruídos (alguns chegam a tapar os ouvidos);
  • Não sorri como resposta às suas expressões faciais, entre outros.
A criança que apresentar de duas a três características como essas devem ser levadas ao médico para uma opinião clínica.

Fonte: Redação HelpLink

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