Posto abaixo um texto escrito por Harold Doherty, pai de um garoto autista e morador de New Brunswick (original no link abaixo):
http://autisminnb.blogspot.com/2006/10/questions-mackay-inclusion-review-did.html
"As não respondidas pelo Relatório Mackay sobre Educação Inclusiva"
"Num post anterior, eu comentei sobre o abismo entre a retórica e a realidade da inclusão em salas comuns para todas as crianças, inclusive autistas. A ênfase em colocar todas as crianças juntas em salas comuns é baseada na crença, sem embasamento em evidências, de que todas as crianças seriam beneficiadas ao estarem o tempo inteiro em salas comuns. Algumas crianças autistas são afligidas pela estimulação da sala comum, resultando em alguns casos em auto-agressão, problemas de comportamento e de aprendizagem.
Os governos gostam da inclusão em salas comuns por uma série de razões. Inclusão é um conceito atraente facilmente vendido aos pais. Salas comuns são baratas, sendo mais barato do que prover locais separados e assistência especializada para as crianças para quem um trabalho alternativo funcionaria melhor. Quando o relatório Mackay foi comissionado, foi assumido que trabalhos de inclusão e algumas alterações menores eram tudo que era necessário para mantê-lo suavemente em seu caminho. Os termos de referência do relatório Mackay não responderam se a inclusão funciona para todos. Por ser baseado na premissa de que a inclusão é maravilhosa, o relatório Mackay não respondeu se alternativas ao modelo de inclusão poderiam funcionar melhor para estudantes, pais e educadores. Não respondeu se crianças, incluindo algumas crianças autistas, têm na verdade sofrido por terem sido colocadas, tempo integral, em salas comuns. O relatório Mackay não respondeu a essas difíceis questões".
"O Encontro da Inclusão, que se seguiu à emissão do relatório Mackay de Educação Inclusiva, foi organizado para prevenir a discussão dessas questões importantes. Foi organizado para impedir a discussão de fatores que afetam crianças com deficiências particulares, como o autismo. Representantes de autistas foram informados, no início, que não nos seria permitido discutir deficiências específicas. Que a discussão deveria focar em temas gerais. No primeiro workshop a que assisti, fui ativamente desencorajado a perguntar essas questões difíceis, por um dos governistas participantes, que me informou "vocês deveriam ser gratos pelo que conseguiram". Em outra sessão, quando tentei falar da necessidade de fornecer treino específico para autistas a professores assistentes que trabalham com crianças autistas, foi dito por um Superintendente de Distrito Escolar – "fale sério". À medida que se desenrolava o segundo dia de encontro, uma conferência de imprensa foi programada, na qual um sumário do encontro foi fornecido. Um sumário numa conferência de imprensa antes que o encontro tivesse ao menos acabado".
"O processo de ignorar dissensões, de pintar um quadro bonitinho da inclusão nas escolas de New Brunswick, garantindo que questões difíceis não sejam respondidas continua hoje. Em novembro de 2006, o Departamento de Educação e a NBACL – New Brunswick Association for Community Living (Associação para a vida Comunitária de New Brunswick) irá co-hospedar um evento de dois dias de desenvolvimento profissional para professores de New Brunswick. A NBACL tem feito muitos trabalhos bons, melhorando as vidas de todas as pessoas com deficiência e seu trabalho é apreciável, mas eles têm consistentemente promovido a filosofia de que todas as crianças se beneficiam ao serem colocadas em classes comuns. Essa crença não é sustentada por evidências ou estudos e, na prática, tem ferido algumas crianças, inclusive meu próprio filho, autista severo".
"A ASNB – Autism Society New Brunswick solicitou a oportunidade de convidar os professores nesse evento, mas essa solicitação foi rejeitada pelo Departamento de Educação e a NBACL. O evento foi planejado inteiramente pelo Departamento e a NBACL e a lista de oradores e tópicos reflete suas crenças em comum quanto à inclusão de todos os estudantes em classes comuns. As perguntas que não foram respondidas durante o encontro Mackay de Inclusão não serão respondidas em discussão com os professores de New Brunswick. Não será permitido que vozes discordantes sejam ouvidas pelos professores que formam a espinha dorsal do sistema de educação de New Brunswick. A observação baseada em evidências da ASNB de que NEM toda criança deve ser colocada em classes comuns, que deve haver flexibilidade nas colocações e que uma criança deve aprender com ajustes que lhe permitam aprender melhor, pelos métodos que funcionam melhor para essa criança, não será ouvida pelos professores de New Brunswick".
"O processo do relatório Mackay consumiu muito tempo, dinheiro e recursos humanos, mas não incluiu uma visão crítica do sistema atual. O velho sistema, com todas as suas falhas, é ainda promovido em eventos importantes, como o curso de desenvolvimento profissional para os professores de New Brunswick. Uma oportunidade para repensar sinceramente, re-examinar e melhorar a proposta de educação inclusiva de New Brunswick pode bem ter sido perdida para outra geração de estudantes".
http://autisminnb.blogspot.com/2006/10/questions-mackay-inclusion-review-did.html
"As não respondidas pelo Relatório Mackay sobre Educação Inclusiva"
"Num post anterior, eu comentei sobre o abismo entre a retórica e a realidade da inclusão em salas comuns para todas as crianças, inclusive autistas. A ênfase em colocar todas as crianças juntas em salas comuns é baseada na crença, sem embasamento em evidências, de que todas as crianças seriam beneficiadas ao estarem o tempo inteiro em salas comuns. Algumas crianças autistas são afligidas pela estimulação da sala comum, resultando em alguns casos em auto-agressão, problemas de comportamento e de aprendizagem.
Os governos gostam da inclusão em salas comuns por uma série de razões. Inclusão é um conceito atraente facilmente vendido aos pais. Salas comuns são baratas, sendo mais barato do que prover locais separados e assistência especializada para as crianças para quem um trabalho alternativo funcionaria melhor. Quando o relatório Mackay foi comissionado, foi assumido que trabalhos de inclusão e algumas alterações menores eram tudo que era necessário para mantê-lo suavemente em seu caminho. Os termos de referência do relatório Mackay não responderam se a inclusão funciona para todos. Por ser baseado na premissa de que a inclusão é maravilhosa, o relatório Mackay não respondeu se alternativas ao modelo de inclusão poderiam funcionar melhor para estudantes, pais e educadores. Não respondeu se crianças, incluindo algumas crianças autistas, têm na verdade sofrido por terem sido colocadas, tempo integral, em salas comuns. O relatório Mackay não respondeu a essas difíceis questões".
"O Encontro da Inclusão, que se seguiu à emissão do relatório Mackay de Educação Inclusiva, foi organizado para prevenir a discussão dessas questões importantes. Foi organizado para impedir a discussão de fatores que afetam crianças com deficiências particulares, como o autismo. Representantes de autistas foram informados, no início, que não nos seria permitido discutir deficiências específicas. Que a discussão deveria focar em temas gerais. No primeiro workshop a que assisti, fui ativamente desencorajado a perguntar essas questões difíceis, por um dos governistas participantes, que me informou "vocês deveriam ser gratos pelo que conseguiram". Em outra sessão, quando tentei falar da necessidade de fornecer treino específico para autistas a professores assistentes que trabalham com crianças autistas, foi dito por um Superintendente de Distrito Escolar – "fale sério". À medida que se desenrolava o segundo dia de encontro, uma conferência de imprensa foi programada, na qual um sumário do encontro foi fornecido. Um sumário numa conferência de imprensa antes que o encontro tivesse ao menos acabado".
"O processo de ignorar dissensões, de pintar um quadro bonitinho da inclusão nas escolas de New Brunswick, garantindo que questões difíceis não sejam respondidas continua hoje. Em novembro de 2006, o Departamento de Educação e a NBACL – New Brunswick Association for Community Living (Associação para a vida Comunitária de New Brunswick) irá co-hospedar um evento de dois dias de desenvolvimento profissional para professores de New Brunswick. A NBACL tem feito muitos trabalhos bons, melhorando as vidas de todas as pessoas com deficiência e seu trabalho é apreciável, mas eles têm consistentemente promovido a filosofia de que todas as crianças se beneficiam ao serem colocadas em classes comuns. Essa crença não é sustentada por evidências ou estudos e, na prática, tem ferido algumas crianças, inclusive meu próprio filho, autista severo".
"A ASNB – Autism Society New Brunswick solicitou a oportunidade de convidar os professores nesse evento, mas essa solicitação foi rejeitada pelo Departamento de Educação e a NBACL. O evento foi planejado inteiramente pelo Departamento e a NBACL e a lista de oradores e tópicos reflete suas crenças em comum quanto à inclusão de todos os estudantes em classes comuns. As perguntas que não foram respondidas durante o encontro Mackay de Inclusão não serão respondidas em discussão com os professores de New Brunswick. Não será permitido que vozes discordantes sejam ouvidas pelos professores que formam a espinha dorsal do sistema de educação de New Brunswick. A observação baseada em evidências da ASNB de que NEM toda criança deve ser colocada em classes comuns, que deve haver flexibilidade nas colocações e que uma criança deve aprender com ajustes que lhe permitam aprender melhor, pelos métodos que funcionam melhor para essa criança, não será ouvida pelos professores de New Brunswick".
"O processo do relatório Mackay consumiu muito tempo, dinheiro e recursos humanos, mas não incluiu uma visão crítica do sistema atual. O velho sistema, com todas as suas falhas, é ainda promovido em eventos importantes, como o curso de desenvolvimento profissional para os professores de New Brunswick. Uma oportunidade para repensar sinceramente, re-examinar e melhorar a proposta de educação inclusiva de New Brunswick pode bem ter sido perdida para outra geração de estudantes".
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