Doenças Mitocondriais e Transtornos do Espectro Autista
Mitocôndrias são as nossas centrais de energia! Quanto mais energia requer um determinado órgão, maior o numero de mitocôndrias que encontraremos dentro das células desse tecido. Músculos, a retina nos olhos, o fígado e claro, o cérebro precisam de muita energia e de muitas mitocôndrias para um bom funcionamento. As mitocôndrias tem seu próprio DNA (o material genético) e para funcionar elas utilizam além desse material próprio, assim como, genes localizados no DNA do núcleo da célula. O mais intrigante é que os dados sugerem que as mitocôndrias foram no passado (centenas de milhões de anos atrás) bactérias que foram incorporadas por organismos multicelulares. Este fenômeno foi denominado endossimbiose, por meio do qual as ex- bactérias passaram a contribuir para a produção de energia para a célula, utilizando principalmente o oxigênio.
Várias são as doenças que envolvem as mitocôndrias e múltiplos são os sintomas a elas relacionados.
(http://www.umdf.org/site/c.otJVJ7MMIqE/b.5692879/k.3851/What_is_Mitochondrial_Disease.htm)
O diagnóstico laboratorial é realizado por meio de uma biópsia muscular e estudo das mitocôndrias dentro das células musculares. No entanto, esse método é considerado muito agressivo por envolver a biópsia. Recentemente começou-se a avaliar as mitocôndrias presente nas células brancas (leucócitos) do sangue. Com essa técnica um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Davis, realizou um estudo piloto com 10 crianças portadoras do espectro autista (TEA), comparando-as com 10 controles normais. O trabalho encontrou que 08 das 10 crianças com TEA apresentaram alterações no funcionamento mitocondrial, mas nenhuma criança do grupo controle apresentou tal alteração. Além disto, as crianças com TEA apresentaram um maior número de cópias do DNA mitocondrial, sugerindo que por terem um problema na produção de energia para o consumo celular, esses indivíduos tentariam compensar esse prejuízo com a manutenção de uma maior quantidade de material codificante (genético).
Os autores especulam que a falha desse sistema poderia estar associada às perdas de habilidades observadas em crianças com TEA após determinados quadros infecciosos, quando mais energia é requerida. Por outro lado, é animador o fato que algumas das alterações no funcionamento mitocondrial podem ser melhoradas pelo uso de vitaminas e outros suplementos alimentares.
As pesquisas apenas começaram, mas essa é sem duvida uma linha de pesquisa que vale a pena ser acompanhada.
Giulivi C, Zhang YF, Omanska-Klusek A, Ross-Inta C, Wong S, Hertz-Picciotto I, Tassone F, Pessah IN. (2010) Mitochondrial dysfunction in autism. JAMA. Dec 1;304(21):2389-96.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?otool=yalelib&cmd=PureSearch&db=pubmed&term=Giulivi%20C%2C%20Zhang %20YF%2C%20Omanska-Klusek%20A%2C%20Ross-Inta%20C%2C%20Wong%20S%2C%20Hertz-Picciotto%20I%2C
Mitocôndrias são as nossas centrais de energia! Quanto mais energia requer um determinado órgão, maior o numero de mitocôndrias que encontraremos dentro das células desse tecido. Músculos, a retina nos olhos, o fígado e claro, o cérebro precisam de muita energia e de muitas mitocôndrias para um bom funcionamento. As mitocôndrias tem seu próprio DNA (o material genético) e para funcionar elas utilizam além desse material próprio, assim como, genes localizados no DNA do núcleo da célula. O mais intrigante é que os dados sugerem que as mitocôndrias foram no passado (centenas de milhões de anos atrás) bactérias que foram incorporadas por organismos multicelulares. Este fenômeno foi denominado endossimbiose, por meio do qual as ex- bactérias passaram a contribuir para a produção de energia para a célula, utilizando principalmente o oxigênio.
Várias são as doenças que envolvem as mitocôndrias e múltiplos são os sintomas a elas relacionados.
(http://www.umdf.org/site/c.otJVJ7MMIqE/b.5692879/k.3851/What_is_Mitochondrial_Disease.htm)
O diagnóstico laboratorial é realizado por meio de uma biópsia muscular e estudo das mitocôndrias dentro das células musculares. No entanto, esse método é considerado muito agressivo por envolver a biópsia. Recentemente começou-se a avaliar as mitocôndrias presente nas células brancas (leucócitos) do sangue. Com essa técnica um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Davis, realizou um estudo piloto com 10 crianças portadoras do espectro autista (TEA), comparando-as com 10 controles normais. O trabalho encontrou que 08 das 10 crianças com TEA apresentaram alterações no funcionamento mitocondrial, mas nenhuma criança do grupo controle apresentou tal alteração. Além disto, as crianças com TEA apresentaram um maior número de cópias do DNA mitocondrial, sugerindo que por terem um problema na produção de energia para o consumo celular, esses indivíduos tentariam compensar esse prejuízo com a manutenção de uma maior quantidade de material codificante (genético).
Os autores especulam que a falha desse sistema poderia estar associada às perdas de habilidades observadas em crianças com TEA após determinados quadros infecciosos, quando mais energia é requerida. Por outro lado, é animador o fato que algumas das alterações no funcionamento mitocondrial podem ser melhoradas pelo uso de vitaminas e outros suplementos alimentares.
As pesquisas apenas começaram, mas essa é sem duvida uma linha de pesquisa que vale a pena ser acompanhada.
Giulivi C, Zhang YF, Omanska-Klusek A, Ross-Inta C, Wong S, Hertz-Picciotto I, Tassone F, Pessah IN. (2010) Mitochondrial dysfunction in autism. JAMA. Dec 1;304(21):2389-96.
http://www.ncbi.nlm.nih.gov/sites/entrez?otool=yalelib&cmd=PureSearch&db=pubmed&term=Giulivi%20C%2C%20Zhang %20YF%2C%20Omanska-Klusek%20A%2C%20Ross-Inta%20C%2C%20Wong%20S%2C%20Hertz-Picciotto%20I%2C
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