Tuesday, August 31, 2010
Sensory seeking - nossa experiência
O Pedro é uma criança em constante movimento, coloca as mãos em tudo, pula, corre, mexe a cabeça, vai de encontro aos móveis e paredes, agarra, aperta, amassa as pessoas, coloca areia na boca, lambe postes, cheira canetinhas, dá gritinhos só para ouvir a própria voz, tudo isso desde bem cedo no dia, por volta das 6 da manhã.
Quando no trampolim ele começa a pular sozinho, depois quer a presença de um adulto (mais pesado que ele) assim o reflexo do pulo da outra pessoa dá mais input ao seu salto, depois ele se joga de costas no trampolim com um salto, depois ele pede para ser "basketball" que é uma brincadeira inventada com o pai em que o outro pula e dá impulsos no Pedro deitado no trampolim como se ele fosse uma bola de basket. É assim que ele escala em busca de mais estímulo sensorial.
Adora passar as coisas no rosto, coloca areia, folhas, terra na cabeça, está em constante busca por estímulos sensoriais e nada parece saciar a sua “fome”.
As palmas das mãos, plantas dos pés, rosto e região genital são as áreas do corpo que tem mais sensores em que os estímulos sensoriais são percebidos com mais intensidade.
Quando ainda morávamos nos EUA, durante o mês de verão o Pedro ia para o jardim, descalço às 6 da manhã e lá ele corria, pulava, brincava no balanço, colocava a mão na terra como táticas para suprir sua necessidade sensorial enquanto eu ainda abria os olhos e o irmão dormia.
Nos meses de inverno e dias de chuva na primavera o Pedro ficava no nosso “indoor park” que era um quarto da casa cheio de brinquedos que estimulam o sistema vestibular e proprioceptivo.
Até hoje o Pedro precisa de auxílio para canalizar a energia, temos que levá-lo a caminhadas, supermercado em que ele empurra o carrinho, ajuda a carregar as compras, andar de bicicleta e eu arduamente estou tentando estimular a Yoga. Nos finais de semana temos que fazer um revezamento, meu marido e eu, e enquanto um sai com o Pedro para direcionar seu excesso de "energia" o outro descansa com o irmão.
O que eu percebi é que o mover-se por mover-se sem engajar o cognitivo faz muito pouco (até mesmo nada ou prejudica) a organização do processamento sensorial do Pedro, por isso eu tento canalizar a busca sensorial do Pedro com algo que tenha um objetivo, os esportes são ótimas ferramentas que podem ser exploradas nesse sentido.
Além disso eu faço uso de essências pela casa, velas com cheiro doce como baunilha ou morango além de dar o estímulo no olfato acalmam pela essência. a terapia da escovação, massagem com vibrador elétrico, massagem nos pés com hidratante de hortelã, música suave como música Celta ou Bethoveen, limito ao máximo o tempo de televisão, meus filhos ainda não tem acesso mínimo ao computador, engajo nas rotinas da casa com as atividades do RDI incorporando carregar e puxar para trabalhar os músculos, alimento todos os sistemas sensoriais para diminuir essa fome constante, e assim vamos tocando a vida.
Para as crianças que são sensory seeking apenas dizer “fique quieto” tem pouquíssimas chances de surtir efeito por mais de 3 segundos, mas se elaborada uma dieta sensorial a criança vai estar “nutrida” sensorialmente e assim terá mais disposição para focar a atenção.
Se o ambiente é na escola, a criança pode mover as cadeiras, empurrar contra a parede, carregar livros, levar bilhetes para outras salas antes das tarefas que requeiram concentração e que tenha que ficar sentado.
Se a criança for sensory seeking na boca, que é a região que tem o maior poder de organização sensorial no nosso corpo, você pode oferecer alimentos que estimulem essa organização como mastigar cenoura crua, tomar iogurte ou outra bebida espessa pelo canudinho, mascar chiclete, se a mãe e a escola permitirem.
Wednesday, August 25, 2010
Under-responsivity - nossa experiência
O Pedro até por volta dos 5 anos e meio foi uma criança muito tranquila, e até certo ponto, nunca deu muito trabalho, parecia não se importar com nenhum estímulo e não tinha resistência a mudanças.
O grande problema foi pelo fato dele "não dar trabalho", no jardim de infância as professoras consideravam ele reservado, mas como ele não incomodava ninguém, esse comportamento pouco natural para uma criança entre 1 e 2 anos não foi encarado como um problema. Já em casa, nós acreditávamos que ele era hiperativo, ou agitado pelo menos, isso acontecia porque o Pedro tem duas formas de distúrbio de modulação sensorial - sensory modulation disorder (SMD), ele é under-responsivo (resposta baixa ou inexistente) e Sensory Seeking (constante busca por estímulos sensoriais).
No tempo que o Pedro passava no jardim da infância, os estímulos não eram suficientes para fazer com que o cérebro dele mandasse comandos de ação, de curiosidade, mas ao mesmo tempo a sua fome por estímulos sensoriais crescia e em casa, um ambiente que ele se sentia seguro, começava sua busca incansável por estímulos sensoriais, muita desta busca está ligada ao sistema vestibular e isso é o que impele a agitação.
Após o diagnóstico, já aos 3 anos, nós enfrentamos o mesmo problema na pré-escola de educação especial, ele não incomodava, ficava "desligado" num canto da sala e precisava de uma auxiliar para movê-lo de um lado para o outro, em casa parecia um vulcão em erupção.
Vocês podem imaginar o quanto eu fiz o papel de mãe louca frente as escolinhas com a preocupação que o Pedro era hiperativo, e foi somente quando ele estava com 4 anos que eu descobri a resposta para essa quietude na escolinha (que eu não acreditava) e o vulcão em casa (que a escolinha não acreditava).
Com esse conhecimento, foi possível traçar um plano para aumentar o estado de alerta do Pedro quando na escola e foram implementados programas para que ele fosse "obrigado" a estar envolvido na rotina da escola, assim ele deixava de ser um expectador passivo para ser um aluno atuante. Não foi uma mudança fácil, houve muita resistência por parte da escola alimentada pela resistência do Pedro, mas quando essa mudança aconteceu, em pouco tempo surgiu um "novo" Pedro na sala de aula e assim o sonho da integração começava.
O fato do seu sistema sensorial ser under-responsivo causa um enorme atraso na resposta ao estímulo. Segundo nossas observações o Pedro tinha um atraso de 15 a 30 segundos na resposta ao estímulo. Na prática, isso aparece como uma não reação e depois uma ação sem lógica.
Um exemplo é de um dia o Pedro passou espremido entre a mesa da cozinha e a geladeira e bateu a cabeça na geladeira, pareceu não sentir o golpe e 20 segundos depois, já no meio do jardim, começou um choramingo de reclamação.
Ele tinha uma resistência a dor muito grande e essa é a parte que mais me assustava pois poderia colocá-lo em risco.
Quando seu irmão Luís arrancava o brinquedo da mão do Pedro ele também tinha um atraso na reação e até nós descobrirmos isso creditávamos que ele não se importava que o irmão arrancasse os brinquedos da mão dele e ao mesmo tempo, parecia aborrecer-se por nada.
Para tentar auxiliá-lo a desenvolver uma reação mais rápida a consultora educacional da escola implantou um programa de ABA focado em fluência, com cartões de figuras, essa tentativa durou 4 meses e todas as pessoas envolvidas sentiam-se desconfortáveis com o programa pois ele ataca a lentidão como um comportamento que a criança controla e não como um problema de natureza sensorial da criança.
O Pedro também teve um programa de Terapia de escovação com o objetivo de abrir os canais sensoriais na pele.
O grande problema foi pelo fato dele "não dar trabalho", no jardim de infância as professoras consideravam ele reservado, mas como ele não incomodava ninguém, esse comportamento pouco natural para uma criança entre 1 e 2 anos não foi encarado como um problema. Já em casa, nós acreditávamos que ele era hiperativo, ou agitado pelo menos, isso acontecia porque o Pedro tem duas formas de distúrbio de modulação sensorial - sensory modulation disorder (SMD), ele é under-responsivo (resposta baixa ou inexistente) e Sensory Seeking (constante busca por estímulos sensoriais).
No tempo que o Pedro passava no jardim da infância, os estímulos não eram suficientes para fazer com que o cérebro dele mandasse comandos de ação, de curiosidade, mas ao mesmo tempo a sua fome por estímulos sensoriais crescia e em casa, um ambiente que ele se sentia seguro, começava sua busca incansável por estímulos sensoriais, muita desta busca está ligada ao sistema vestibular e isso é o que impele a agitação.
Após o diagnóstico, já aos 3 anos, nós enfrentamos o mesmo problema na pré-escola de educação especial, ele não incomodava, ficava "desligado" num canto da sala e precisava de uma auxiliar para movê-lo de um lado para o outro, em casa parecia um vulcão em erupção.
Vocês podem imaginar o quanto eu fiz o papel de mãe louca frente as escolinhas com a preocupação que o Pedro era hiperativo, e foi somente quando ele estava com 4 anos que eu descobri a resposta para essa quietude na escolinha (que eu não acreditava) e o vulcão em casa (que a escolinha não acreditava).
Com esse conhecimento, foi possível traçar um plano para aumentar o estado de alerta do Pedro quando na escola e foram implementados programas para que ele fosse "obrigado" a estar envolvido na rotina da escola, assim ele deixava de ser um expectador passivo para ser um aluno atuante. Não foi uma mudança fácil, houve muita resistência por parte da escola alimentada pela resistência do Pedro, mas quando essa mudança aconteceu, em pouco tempo surgiu um "novo" Pedro na sala de aula e assim o sonho da integração começava.
O fato do seu sistema sensorial ser under-responsivo causa um enorme atraso na resposta ao estímulo. Segundo nossas observações o Pedro tinha um atraso de 15 a 30 segundos na resposta ao estímulo. Na prática, isso aparece como uma não reação e depois uma ação sem lógica.
Um exemplo é de um dia o Pedro passou espremido entre a mesa da cozinha e a geladeira e bateu a cabeça na geladeira, pareceu não sentir o golpe e 20 segundos depois, já no meio do jardim, começou um choramingo de reclamação.
Ele tinha uma resistência a dor muito grande e essa é a parte que mais me assustava pois poderia colocá-lo em risco.
Quando seu irmão Luís arrancava o brinquedo da mão do Pedro ele também tinha um atraso na reação e até nós descobrirmos isso creditávamos que ele não se importava que o irmão arrancasse os brinquedos da mão dele e ao mesmo tempo, parecia aborrecer-se por nada.
Para tentar auxiliá-lo a desenvolver uma reação mais rápida a consultora educacional da escola implantou um programa de ABA focado em fluência, com cartões de figuras, essa tentativa durou 4 meses e todas as pessoas envolvidas sentiam-se desconfortáveis com o programa pois ele ataca a lentidão como um comportamento que a criança controla e não como um problema de natureza sensorial da criança.
O Pedro também teve um programa de Terapia de escovação com o objetivo de abrir os canais sensoriais na pele.
Trabalhamos também um protocolo chamado Astronaut Training que visa regular o sistema vestibular e foca também na visão. Além disso ele usou prismas que ajudaram muito num primeiro momento a ele reconhecer o espaço que o corpo dele ocupava, o Pedro foi carinhosamente apelidado de "King Kong" por uma terapeuta por causa da maneira que ele se movia levando tudo a sua volta com ele para o chão.
Com uma consultora nós fizemos um programa chamado Tomatis Therapy que tem o objetivo de acelerar a resposta do Pedro e trabalha no plano sensorial com o sistema vestibular. Mais tarde nós passamos para o ILS que deriva da técnica Tomatis.
O tratamento do Pedro foi centrado na família, pois é assim que deve funcionar o tratamento de uma criança com SPD, pais e terapeutas são parceiros que desempenham papéis diferentes, porém essenciais.
Juntos, eles devem pensar sobre a rotina diária em que a criança está e assim trabalhar para atingir os objetivos que reflitam a cultura e valores da família.
Com uma consultora nós fizemos um programa chamado Tomatis Therapy que tem o objetivo de acelerar a resposta do Pedro e trabalha no plano sensorial com o sistema vestibular. Mais tarde nós passamos para o ILS que deriva da técnica Tomatis.
O tratamento do Pedro foi centrado na família, pois é assim que deve funcionar o tratamento de uma criança com SPD, pais e terapeutas são parceiros que desempenham papéis diferentes, porém essenciais.
Juntos, eles devem pensar sobre a rotina diária em que a criança está e assim trabalhar para atingir os objetivos que reflitam a cultura e valores da família.
Sunday, August 22, 2010
Over-sensitivity - nossa experiência
O Luís é nosso segundo filho, então nada mais lógico que amamentar, trocar as fraldas e a hora do banho não sejam tarefas desafiadoras pois já tínhamos a experiência do primeiro filho, certo?
Certo se não fosse um detalhe, o Luís reagia de uma forma estranha e agressiva a essas simples rotinas diárias.
Por volta dos 4 meses o Luís desenvolveu um verdadeiro pavor ao banho, a hora do banho era um tormento para ele, para mim e provavelmente para os vizinhos por causa dos gritos.
Trocar as fraldas era um verdadeiro rodeio, e por volta de 1 ano e meio ele não podia suportar a sensação de uma fralda suja, nem por um segundo, tirava na hora e assim espalhava pelo chão.
Cortar as unhas, pés e mãos era outro tormento, tivemos que desenvolver um método de trabalho em equipe para executar essa tarefa, corte de cabelo também era outra situação traumática.
Hoje, consigo escrever sobre esses episódios com um sorriso no rosto pois eles fazem parte do passado, é certo que ainda precisamos de algumas técnicas para executar o corte de unhas e lavar os cabelos, mas o Luís desde os 3 anos e meio já se veste sozinho, usa o banheiro com perfeição, dia e noite, gosta de cortar o cabelo e até considera as idas ao cabeleireiro um programa legal, as unhas e lavar os cabelos ainda precisam de técnica, mas já e possível fazer com um só adulto na ação.
Algumas técnicas que ajudaram e ainda ajudam o Luís a controlar e superar as suas reações sensoriais:
Brushing Therapy também conhecida como Wilbarger Protocol, esta é uma técnica usada para tratar disfunções de integração sensorial. Ela consiste de uma escovação pelo corpo com uma escovinha plástica cirúrgica bem macia e compressão nas juntas feitas gentilmente para estimular os nervos da pele, esta massagem funciona como um "organizador" sensorial e assim auxilia no controle das emoções.
http://www.youtube.com/watch?v=XV9AsyL7izI
Com crianças como o Luís que são extremamente sensíveis sensorialmente, este protocolo deve ser introduzido aos poucos, primeiro só escovar as mãos, depois escovar as mãos e fazer a compressão nas juntas e aos pouquinhos, conforme a criança vai se sentindo confortável você vai introduzindo mais a massagem com a escovinha.
Nós demoramos 1 ano e meio até conseguir fazer a massagem completa no Luís, mas depois de 15 dias que ele havia aceitado a massagem completa, passou a calçar qualquer tipo de sapato, e a não necessitar de meias o tempo todo. Isso foi uma grande conquista para nós, pois o Luís usava meias de inverno até na praia e era o primeiro impecilho para o banho, retirar as meias, aos 4 anos ele conseguia revezar o calçar em 4 pares de sapatos, 1 par de tênis, 2 sandálias e 1 par de chinelos, o que com 2 anos era inimaginável. Ele só aceitava um único par de sapatos e quando ficavam pequenos eu tinha que mover montanhas para encontrar um igual, tamanho maior.
Nós também utilizamos os princípios do ABA como quebra em pequeninas etapas para desinsetização do toque e texturas; muita análise para detectar o que incomodava no banho assim desenvolver uma estratégia.
Aplicamos uma pequena pressão nas pontas dos dedos antes de cortar as unhas, assim prepara o corpo a receber o estímulo do corte.
Aos 5 anos o Luís ainda tem algumas questões em torno do seu sistema sensorial, mas nada que o impeça de desfrutar a vida, ele gosta de abraços, mas desde que sejam de pessoas que ele realmente tem afeto, quando nervoso, ficar só ainda é a melhor estratégia, mas após a tempestade já gosta de colo para uma aconchego.
Marie
Friday, August 20, 2010
Sensory Modulation Disorder (SMD)
Sensory Modulation Disorder (SMD) -Transtorno de modulação sensorial - é um problema que está em tornar estímulos sensoriais em respostas comportamentais controladas que combinem com a natureza e intensidade do estímulo sensorial apresentado.
Esta dificuldade em detectar e tornar as informações sensoriais num comportamento/resposta apropriados podem trazer prejuízos para o desenvolvimento da criança por não conseguir se auto-regular.
Dentro do grupo Transtorno de modulação sensorial a criança pode ter:
Sensory-over-responsivity (de resposta sensorial exagerada) é o mesmo que sensory-defensiveness (sensorialmente defensiva) em que a criança responde as mensagens sensoriais mais intensa, mais rápida e mais prolongadamente do que uma criança com processamento sensorial típico.
Esta resposta "exagerada" pode ocorrer em somente um dos sentidos ou numa combinação deles.
A criança que é extremamente sensível na visão pode reagir de forma perturbada quando exposta a certos tipos de luz, cores ou um ambiente muito carregado visualmente.
Quando a sensitividade é na audição, provavelmente esta criança protegerá os ouvidos de barulho que para ela é excessivo e reagirá como se estivesse sofrendo uma agressão aos seus ouvidos, que é como, de fato ela percebe a sensação.
Quando essa sensitividade acontece no toque, a criança pode recusar colo, abraços, atividades diárias como banho, escovar os dentes, limpar o rosto podem ser verdadeiros obstáculos, corte de cabelo, unhas e outros hábitos de higiene também são um tormento, além de ser extremamente rígida na alimentação quando essa sensibilidade acontece na gustação ou tato na região da boca.
Quando a criança tem o olfato com esta desordem pode ter repulsa a certas comidas, lugares ou pessoas por causa do odor.
Muitas crianças com over-sensitivity também são rígidas a transições, isto acontece porque estas crianças precisam criar uma zona de conforto neste mundo que os sobrecarrega sensorialmente tentando evitar as mudanças (de atividades, lugares), pois estas mudanças sinalizam novos estímulos sensoriais.
Crianças que são over-sensitivas, geralmente alarmam os adultos em volta mais rapidamente pois o comportamento tipicamente é dramático e barulhento o que é impossível de ignorar.
Quando nós percebemos perigo, as partes do cérebro que são responsáveis por controlar as emoções é ativada. Informações no sistema proprioceptivo (juntas e músculos) e pressão (através da pele) viaja até essas mesmas áreas no cérebro e pode diminuir a atividade cerebral nessas mesmas regiões, diminuindo o impacto dos sinais de perigo percebidos pela criança e voltando as emoções a um estado de equilíbrio coerentes com o ambiente e ação.
Sensory-under-responsivity (de resposta sensorial baixa ou inexistente), estas crianças apresentam menos ou nenhuma resposta a uma informação sensorial. A reação pode ser mais lenta ou necessitar de mais estímulo para que ela aconteça.
Estas crianças são normalmente anti-sociais e preferem brincar solitariamente, preferem computadores ou leitura. Aparentemente, são imunes à dor, não reagem quando se machucam, nem mesmo quando sangram. Demoram a perceber sensações básicas como frio e calor.
Parecem indiferentes às pessoas e até parecem não notar quando alguém tenta buscar sua atenção.
O problema mais sério para uma criança under-responsive é o aspecto social. Aparenta não ter interesse por brincadeiras e é pouco comunicativa por parecer não ter nenhum interesse no ambiente e nas pessoas.
A aparente indiferença as reações das outras pessoas também é um sinal de under-responsivity.
Além de filtrar informação, o cérebro interpreta estas informações como negativas ou positivas e então estimula a ação conforme essa informação. A criança under-responsive não consegue fazer interpretação da emoção por trás das palavras de uma forma efetiva por isso, muitas vezes aparentam não se importar quando alguém fala bravo ou está frustrado com eles.
Sensory-Seeking (de consatnte busca por estímulos sensoriais), estas crianças têm uma necessidade, aparentemente, insaciável por experiências sensoriais o que leva a comportamentos socialmente inapropriados.
Quando privados das sensações que buscam desesperadamente, estas crianças reagem com agressão ou explosivamente. Muitas vezes esse desejo por sensação ou sensações pode colocá-los em risco e dar uma aparência que estas crianças não têm noção de perigo. Muitas vezes são conhecidos como "bagunceiros", "rebeldes" e "sem limites".
É comum que estas crianças não parem quietas. Isto acontece porque tocar, puxar, empurrar, cutucar, espremer e todas as outras formas de movimento geram sensações e isto alimenta os seus sistemas sensoriais.
Geralmente estas crianças têm dificuldade em permanecer sentadas ou não dormem bem. Eles têm dificuldade com atividades que promovam aconchego. São crianças que se movem, movem, movem ... e mexem em tudo!
Estas crianças precisam de uma dose extra de sensações para que a busca não atrapalhe tanto o seu desenvolvimento e convívio social.
Bibliofrafia:
Sensational Kids - Hope and Help for Children with sensory Processing Disorder (SPD) by Lucy Jane Miller, Ph.D., OTR
Diagnóstico não é tratamento!O tratamento leva tempo e persistência, baseados em muita observação.
Esta dificuldade em detectar e tornar as informações sensoriais num comportamento/resposta apropriados podem trazer prejuízos para o desenvolvimento da criança por não conseguir se auto-regular.
Dentro do grupo Transtorno de modulação sensorial a criança pode ter:
Sensory-over-responsivity (de resposta sensorial exagerada) é o mesmo que sensory-defensiveness (sensorialmente defensiva) em que a criança responde as mensagens sensoriais mais intensa, mais rápida e mais prolongadamente do que uma criança com processamento sensorial típico.
Esta resposta "exagerada" pode ocorrer em somente um dos sentidos ou numa combinação deles.
A criança que é extremamente sensível na visão pode reagir de forma perturbada quando exposta a certos tipos de luz, cores ou um ambiente muito carregado visualmente.
Quando a sensitividade é na audição, provavelmente esta criança protegerá os ouvidos de barulho que para ela é excessivo e reagirá como se estivesse sofrendo uma agressão aos seus ouvidos, que é como, de fato ela percebe a sensação.
Quando essa sensitividade acontece no toque, a criança pode recusar colo, abraços, atividades diárias como banho, escovar os dentes, limpar o rosto podem ser verdadeiros obstáculos, corte de cabelo, unhas e outros hábitos de higiene também são um tormento, além de ser extremamente rígida na alimentação quando essa sensibilidade acontece na gustação ou tato na região da boca.
Quando a criança tem o olfato com esta desordem pode ter repulsa a certas comidas, lugares ou pessoas por causa do odor.
Muitas crianças com over-sensitivity também são rígidas a transições, isto acontece porque estas crianças precisam criar uma zona de conforto neste mundo que os sobrecarrega sensorialmente tentando evitar as mudanças (de atividades, lugares), pois estas mudanças sinalizam novos estímulos sensoriais.
Crianças que são over-sensitivas, geralmente alarmam os adultos em volta mais rapidamente pois o comportamento tipicamente é dramático e barulhento o que é impossível de ignorar.
Quando nós percebemos perigo, as partes do cérebro que são responsáveis por controlar as emoções é ativada. Informações no sistema proprioceptivo (juntas e músculos) e pressão (através da pele) viaja até essas mesmas áreas no cérebro e pode diminuir a atividade cerebral nessas mesmas regiões, diminuindo o impacto dos sinais de perigo percebidos pela criança e voltando as emoções a um estado de equilíbrio coerentes com o ambiente e ação.
Sensory-under-responsivity (de resposta sensorial baixa ou inexistente), estas crianças apresentam menos ou nenhuma resposta a uma informação sensorial. A reação pode ser mais lenta ou necessitar de mais estímulo para que ela aconteça.
Estas crianças são normalmente anti-sociais e preferem brincar solitariamente, preferem computadores ou leitura. Aparentemente, são imunes à dor, não reagem quando se machucam, nem mesmo quando sangram. Demoram a perceber sensações básicas como frio e calor.
Parecem indiferentes às pessoas e até parecem não notar quando alguém tenta buscar sua atenção.
O problema mais sério para uma criança under-responsive é o aspecto social. Aparenta não ter interesse por brincadeiras e é pouco comunicativa por parecer não ter nenhum interesse no ambiente e nas pessoas.
A aparente indiferença as reações das outras pessoas também é um sinal de under-responsivity.
Além de filtrar informação, o cérebro interpreta estas informações como negativas ou positivas e então estimula a ação conforme essa informação. A criança under-responsive não consegue fazer interpretação da emoção por trás das palavras de uma forma efetiva por isso, muitas vezes aparentam não se importar quando alguém fala bravo ou está frustrado com eles.
Sensory-Seeking (de consatnte busca por estímulos sensoriais), estas crianças têm uma necessidade, aparentemente, insaciável por experiências sensoriais o que leva a comportamentos socialmente inapropriados.
Quando privados das sensações que buscam desesperadamente, estas crianças reagem com agressão ou explosivamente. Muitas vezes esse desejo por sensação ou sensações pode colocá-los em risco e dar uma aparência que estas crianças não têm noção de perigo. Muitas vezes são conhecidos como "bagunceiros", "rebeldes" e "sem limites".
É comum que estas crianças não parem quietas. Isto acontece porque tocar, puxar, empurrar, cutucar, espremer e todas as outras formas de movimento geram sensações e isto alimenta os seus sistemas sensoriais.
Geralmente estas crianças têm dificuldade em permanecer sentadas ou não dormem bem. Eles têm dificuldade com atividades que promovam aconchego. São crianças que se movem, movem, movem ... e mexem em tudo!
Estas crianças precisam de uma dose extra de sensações para que a busca não atrapalhe tanto o seu desenvolvimento e convívio social.
Bibliofrafia:
Sensational Kids - Hope and Help for Children with sensory Processing Disorder (SPD) by Lucy Jane Miller, Ph.D., OTR
Diagnóstico não é tratamento!O tratamento leva tempo e persistência, baseados em muita observação.
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