quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Integração sensorial 1

INTEGRAÇÃO SENSORIAL

A integração sensorial é o processo do cérebro para organizar e interpretar os estímulos externos como o movimento, o toque, o cheiro, o olhar e o som. Crianças autistas sempre exibem sintomas de disfunção sensorial, tornando difícil para elas processar as informações trazidas pelos seus 5 sentidos. As crianças autistas podem ter um comprometimento sensorial leve, moderado ou intenso, manifestando-se tanto pela hipersensibilidade ou pela hiposensibilidade ao toque, som, etc. Por exemplo, a criança hipersensível pode evitar ser tocada enquanto uma hiposensível vai procurar pelo estímulo de sentir os objetos e pode gostar de ficar em lugares apertados, restritos ou quentes (camas com muitas cobertas ou armários por ex.).
Muitos comportamentos comumente vistos como "comportamentos autísticos" tipo: andar na ponta dos pés, balançar as mãos e ficar rodopiando, podem ser na verdade sintomas de disfunção da integração sensorial.

Eu, Claudia Marcelino, acredito que o espectro do autismo começa a se manifestar no bebê com desordens da integração sensorial. Estas desordens provocariam uma desorganização do desenvolvimento do cérebro, ativando áreas de forma desordenada e comprometendo a comunicação entre os lados direito e esquerdo dos hemisférios cerebrais. Este comprometimento da comunicação entre os hemisférios comprovado cientificamente em autistas por exames de PET SCAN, levariam a alterações de sinalizações cerebrais para o funcionamento de sistemas metabólicos levando ao longo do tempo alterações no sistema imunológico que agravam o quadro.
O objetivo da Terapia de Integração Sensorial é facilitar o desenvolvimento das habilidades do sistema nervoso para que ele consiga processar os estímulos sensoriais normalmente. Com a terapia o cérebro coloca as mensagens sensoriais juntas e devolve a informação correta em resposta ao estímulo que foi dado. A terapia de integração sensorial usa exercícios neurosensoriais e neuromotores para estimular a própria habilidade do cérebro em se reparar. Quando a terapia é bem sucedida, ela pode desenvolver a atenção, concentração, audição, compreensão, equilíbrio, coordenação e o controle da impulsividade nas crianças.

A avaliação e o tratamento do processo básico de integração sensorial nas crianças autistas são geralmente oferecidos por terapeutas ocupacionais ou fisioterapeutas. Um programa especial deverá ser planejado para fornecer a estimulação sensorial necessária, sempre em conjunto com atividades musculares propositais, visando o perfeito funcionamento do cérebro em processar e organizar as informações sensoriais. A terapia também sempre requer atividades que consistem num movimento completo do corpo, utilizando diferentes tipos de equipamentos.
A terapia envolve atividades sensoriais específicas (balanço, salto, escovação e mais) que pretendem ajudar o paciente a regular sua resposta sensorial. O resultado destas atividades pode ser melhor foco, comportamento melhorado, e mesmo ansiedade controlada. Sabe-se que a terapia de integração sensorial não ensina habilidades próprias de nível altíssimo, mas incrementa as habilidades do processo sensorial o que permite a aquisição dessas outras tão sonhadas habilidades.

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