O ácido tartárico é um composto formado por fungos existentes na flora intestinal alterada. O ácido tartárico é tóxico para os músculos e em quantidades de 12 gramas pode ser fatal para seres humanos. O ácido tartárico é também extremamente elevado em muitos pacientes com fibromialgia, que têm também dores musculares e nas juntas, na síndrome da fadiga crônica, na esquizofrenia, no transtorno do déficit da atenção, no lupus eritematoso sistêmico, na síndrome do cólon irritável, na colite, na cistite intersticial, na depressão (unipolar e bipolar), na esclerose múltipla, e na infecção de HIV. Todas essas doenças não são causadas por microorganismos gastrintestinais anormais, mas alguns dos sintomas provavelmente são exacerbados por este problema e em muitas destas circunstâncias, é certamente possível que haja uma relação de causa e efeito. O ácido tartárico é um composto análogo ao ácido málico, que é uma peça chave no ciclo de Krebs, que nos fornece energia. Acredita-se que o ácido tartárico iniba a ação do ácido málico no ciclo de Krebs, diminuindo a produção de energia. Dessa forma, uma suplementação com ácido málico pode suplantar o efeito do ácido tartárico permitindo o funcionamento regular do ciclo de Krebs. É possível que diversos dos metabólitos produzidos pelas leveduras inibam o ciclo de Krebs, e assim a produção de energia das células em geral. Uma grande porcentagem de pacientes com fibromialgia responde favoravelmente ao tratamento com ácido málico. A arabinose, um outro metabólito produzido pelas leveduras, muitas vezes é encontrado, em quantidades cerca de 40 vezes maior ao limite considerado normal, na urina de crianças autistas. Ela provavelmente reflete uma contaminação do organismo ao invés de apenas uma contaminação intestinal. A arabinose intestinal entra no corpo pelo sistema porta, indo ao fígado onde é transformada em arabitol. Portanto, o achado de arabinose na urina não pode ser oriundo de uma infestação intestinal por cândida. A arabinose liga-se a lisina, a arginina, comprometendo a função destes aminoácidos e das proteínas aonde elas se encontram, inclusive de proteínas responsáveis pela interconexão dos neurônios. Este subproduto da arabinose, lisina e arginina é chamado de pentosidina. A arabinose inibe a neoglicogênese que é o processo de restabelecer as taxas de glicose sanguíneas quando elas estão baixas, propiciando a hipoglicemia. Muitos pacientes com fibromialgia têm hipoglicemia significativa. Como o cérebro necessita para seu funcionamento de um aporte constante e em taxas normais de glicose, e utiliza cerca de 70% da glicose produzida pelo organismo para seu adequado funcionamento, a hipoglicemia afeta predominantemente a sua função. Qualquer droga antifúngica pode ser eficaz, mas a nistatina é uma das mais populares. Praticamente, todas as drogas antifúngicas estão sendo usadas no tratamento do autismo, incluindo o fluconazol (Diflucan), o cetoconazol (Nizoral), e o itraconazol (Sporonox), a terbinafina (Lamisil), e o amfotericina B. Alguns produtos naturais também tem um poder antifúngico importante, como por exemplo, o alho e o ácido caprílico, que é encontrado na gordura do coco. O ácido caprílico parece ser uma excelente opção para o tratamento dos fungos intestinais, uma vez que é um produto natural e de sabor agradável. O lactobacillus acidophilus e outras bactérias da flora intestinal normal também podem ter um efeito no controle do aumento dos fungos intestinais. Além disso, uma diminuição da sacarose alimentar é de grande importância no combate aos fungos. No caso de grandes infestações, as frutas deverão ser oferecidas ao autista separadas dos outros alimentos, para que a digestão seja mais eficiente, não sobrando restos de açúcar no intestino. Esse desequilíbrio intestinal muitas vezes ocorre pelo tratamento excessivo com antibióticos na primeira infância, que desequilibra a flora intestinal e permite o crescimento dos fungos. Entretanto, muitas vezes apenas um tratamento antibiótico já é suficiente para permitir o crescimento anormal de fungos intestinais. Na medida em que tanto a incidência precoce, como a alta frequência de infecções de ouvido são associados com a severidade maior de autismo, vale a pena investigar uma conexão entre autismo e leveduras. Muitas crianças com autismo se desenvolveram normalmente e depois regrediram. Esta regressão é associada frequentemente a ocorrência de sapinho (candidíase bucal) e/ou ao uso freqüente de antibióticos. Esses metabólitos produzidos pelas leveduras intestinais estão também associados além do autismo a outras condições neurológicas como o transtorno invasivo do desenvolvimento, as convulsões, as dificuldades de aprendizagem, ou outros distúrbios de linguagem. Os fatores que influenciam o desencadear do autismo nestas condições provavelmente incluem os níveis dos produtos tóxicos presentes, como por exemplo, do ácido tartárico, o tempo de duração da exposição a estes produtos, o número de exposições, a idade da criança no momento da exposição e a facilidade ou não do organismo se desintoxicar destas substâncias. A Cândida é um dos fungos intestinais mais freqüentes, possui proteínas em sua superfície (antígenos) que são semelhantes a muitos tipos de tecidos humanos, podendo ser responsável pelo desencadeamento de uma resposta imune cruzada com a placenta, o ovário, a supra-renal, o timo, o fígado, o pâncreas, a bílis e o cérebro. Outros fatores modeladores importantes no autismo, e outras doenças relacionadas às levedura são as imunodeficiências, que são muito comuns no autismo e podem também estar presente em outros distúrbios. Alguns indivíduos podem ser tão imunodeficientes, que mesmo uma única exposição antibiótica pode alterar a flora intestinal significativamente. A própria candidíase, dependendo da cepa, pode produzir gliotoxinas, compostos que fragmentam o DNA dos glóbulos brancos do sangue, causando ou agravando a depressão do sistema imunológico. As toxinas ambientais, também podem ser importantes no enfraquecimento do sistema imunológico. Algumas vezes, na falha dos tratamentos naturais, é necessário fazer uso de drogas antifúngicas para o controle dos fungos intestinais. Provavelmente isso acontece quando o aporte de açúcar não foi corretamente reduzido, ou quando o sistema imunológico encontra-se enfraquecido.
Fonte: http://www.autismoinfantil.com.br
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