terça-feira, 23 de agosto de 2011

AS CAUSAS DESCONHECIDAS DO AUTISMO E DOS TRANSTORNOS DO DESENVOLVIMENTO

AS CAUSAS DESCONHECIDAS DO AUTISMO E DOS TRANSTORNOS DO
DESENVOLVIMENTO
Por Patty Salcedo-Morton
(Great Plains Laboratory 2006)
“SE NINGUÉM encontrou a causa do autismo, NINGUÉM pode te dizer que é
incurável”
Victoria Beck
Os estudos estatísticos e as pesquisas feitas pelo Doutor Bernard Rimland, do
Instituto de Pesquisa sobre o Autismo nos Estados Unidos, mostraram que
entre 1965 e 1969 somente 1% dos pais que o consultaram o fizeram com
relação a uma criança menor de 3 anos com autismo; mas no período entre
1994 e 1995 esta cifra aumentou para 17%. Este é só um dos estudos que
demonstram o aumento da incidência do autismo nos últimos anos.
Os fatores genéticos e alguns fatores que encontramos no ambiente como
imunizações, flora gastrintestinal anormal, metais tóxicos e as reações anormais
à alimentos podem ser diferentes causas do autismo; como explica o Dr. William
Shaw, Doutor em Bioquímica e Fisiologia Humana pela Universidade da
Carolina do Sul, Estados Unidos.
Em 1991 o Dr. Shaw começou a trabalhar num Hospital Infantil muito conhecido,
e foi ali onde iniciou um estudo que comprovaria sua teoria sobre a relação das
levaduras intestinais com o autismo. Seu estudo se baseiou nos testes de urina
de dois irmãos que tinham debilidade muscular e autismo, e duas crianças
normais. Por meio deste estudo o Dr. Shaw observou que havia uma grande
diferença entre os compostos químicos nas amostras de urina das crianças
normais, e nas amostras de urina das crianças com problemas musculares e
autismo. Com freqüência os resultados dos testes de ácidos orgânicos feitos
nestas crianças revelavam altas concentrações de compostos provenientes das
leveduras.
A hipótese do Dr. Shaw sobre a relação dos compostos anormais procedentes
do sistema gastrintestinal e o autismo, e o tratamento destes microorganismos
para melhorar seu comportamento autístico, se reafirmou com o estudo em outra
criança. A criança que o Dr. Shaw escolheu tinha se desenvolvido de maneira
normal até que começou a sofrer de infecções nos ouvidos com muita
freqüência. A criança também apresentou candidíase na boca (também
chamada de levedura); isto acontece porque os antibióticos matam às bactérias
benéficas que ajudam a impedir a proliferação da levedura. Depois dos
antibióticos e da infecção de levadura, a criança não foi capaz de pronunciar
palavra nenhuma, tinha sintomas de hiperatividade, perdeu o contato visual, não
era sociável e seu padrão de sono estava muito alterado. Bruce, este é o nome
da criança protagonista desta história, começou um tratamento antifúngico com
Nistatina, para eliminar a levedura de seu organismo. E estas foram as palavras
da mãe depois do tratamento: “Vimos muitas melhoras na parte da
hiperatividade, Bruce tem mais contato visual, aumentou sua vocalização,
diminuíram os comportamentos compulsivos e não voltou a se agredir. O
impacto positivo dos estudos do Dr. Shaw na vida de nosso filho, não se pode
descrever com palavras”.
Além das pesquisas do Dr. Shaw em relação à levedura intestinal e ao autismo,
a Dra. Domínguez em seu livro “Mejorando al Calidad de Vida de tu Hijo Autista
o Hiperactivo” (Melhorando a qualidade de vida de seu filho autista ou hiperativo)
sintetiza a explicação de como a cândida é responsável da condição do intestino
permeável. “A cândida ao se multiplicar sem controle no intestino adquire uma
forma mais prejudicial: micélio, o qual faz com que sua propagação seja mais
invasiva, se infiltrando por toda a parede do intestino como uma enredadeira em
um muro, as substâncias das excreções deste fungo começam a destruir os
mucopolissacáridos da parede intestinal, formando buracos, sendo mais
conhecido como intestino permeável; isto pode se observar microscopicamente
através de uma biópsia”.
Outro fator importante a se mencionar entre as causas multifatoriais do autismo
é a clostridia, uma bactéria anaeróbica, em outras palavras, morre ao entrar em
contato direito com o oxigênio. Também se menciona como causadora do
tétano, da diarréia e intoxicação alimentar. Esta bactéria forma esporos muito
resistentes ao calor e aos antibióticos, atualmente tem se descoberto em torno
de 100 espécies de clostridias no intestino. A clostridia pode se controlar com
vacocimin, metrodinazol e com Lactobacillus acidophilus GG, como indica o Dr.
Shaw.
Alguns psicólogos, médicos, professores e pais são céticos quanto a alimentos
completamente inocentes como o pão, as massas ou o leite possam vir a ser
responsáveis pelos comportamentos compulsivos das crianças com problemas
de desenvolvimento, mas a reportagem do DAN (Defeat Autism Now) do ano
2002, sobre as opções biomédicas para tratar crianças com autismo do Dr.
Pangborn, afirma que mais da metade das crianças com autismo que ele
conheceu e que têm seguido a dieta sem gluten (trigo) e sem caseína (leite)
têm melhorado tanto que podem seguir a dieta durante toda a vida.
Um importante grupo de cientistas de diferentes países do mundo, como a
Noruega, a Escócia e os Estados Unidos informou que depois das pesquisas
descobriram que há uma redução dos sintomas autistas ao se eleiminar
alimentos que contenham trigo e leite. A explicação se baseia no trabalho do Dr.
Kart Reichelt que encontrou peptídeos anormais na urina de pessoas com
autismo. Estes peptídeos são aparentemente similares aos que o suiço, Dr.
Christopher Gilberg ou o Dr. Cade na Universidade da Florida descobriram em
suas pesquisas.
Depois a Unidade de Pesquisas do Autismo reafirmou estas descobertas na
Universidade de Suderland, sob a direção do Dr. Paul Shattock. Conforme o Dr.
Shattock: “Na urina de aproximadamente 50% das pessoas autistas os níveis de
substâncias opiáceas parecem ser elevados”.
Em seu livro o Dr. Shaw explica que um processo incompleto de digestão das
proteínas do trigo e do leite, deixa os aminoácidos unidos em cadeias curtas,
chamadas de peptídeos. Se os peptídeos tiverem uma atividade biológica
denominam-se como opiodes, os quais podem filtrar-se pelo intestino permeável
e penetrar na corrente sanguínea, o que poderia causar problemas
comportamentais e neurológicos sérios. A caseína produz um peptídeo chamado
de caseomorfina e o trigo produz a gliadinomorfina, os quais agem como a
morfina no corpo e são os responsáveis por muitas crianças se agridirem sem
sentir dor nenhuma.
“Nos Estados Unidos e na Europa as dietas sem glúten sem caseína estão
produzindo resultados benéficos em quase 80% de crianças de espectro Autista
e com transtornos do desenvolvimento” conforme à pesquisa da Dra.
Domínguez incluída em seu livro.
A Dra. Domínguez, mãe de uma adolescente com autismo, afirma que depois da
implementação da dieta sem glúten e caseína com sua filha, o contato visual
melhorou dramaticamente, os risos e a euforia noturna que se apresentavam
depois de comer trigo sumiram, assim também se normalizaram o padrão de
sono e a hiperatividade.
Além dos problemas gastrintestinais e problemas de peptídeos já mencionados,
podem também apresentar índices elevados de metais pesados e alergias
alimentares, as quais podem contribuir para diferentes comportamentos nas
crianças com autismo. Para estes dois últimos sintomas, também há
tratamentos, testes de laboratório e experiências próprias.
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