domingo, 18 de setembro de 2011

Autismo é tratável




Tratamento Biológico Autismo
Notícia divulgada no Brasil por mim e traduzida pela minha amiga, Ana Muniz, no dia 10/12/08.

Autismo é considerado como medicamente tratável

Em abril de 2008, a Escola Americana de Medicina Genética (ACMG), reconhecida pelo conselho médico AMA, estabeleceu procedimentos de práticas clínicas a serem seguidos por geneticistas clínicos, tanto para determinar a etiologia dos casos de desordens do espectro autista (ASD) como para tratar pacientes com este diagnóstico. Este estudo, “ Desordem do Espectro Autista – associados a biomarcadores para a avaliação do caso do paciente e gestão por geneticistas clínicos “, confirma que atualmente existe uma rotina bem estabelecida, clinicamente disponível, com biomarcadores identificados que auxiliam os geneticistas clínicos a avaliar e tratar indivíduos clinicamente diagnosticado com ASD, e descreve sucintamente alguns biomarcadores reconhecidos. Dependendo da causa da ASD, estes pesquisadores descobriram que “os riscos médicos associados, podem ser identificados, o que pode levar a uma triagem e prevenção em pacientes com potencial morbidade e de outros membros da família.” A COMED Inc., associação sem fins lucrativos e, através de subsídio da Fundação Brenen Hornstein Autismo Research & Education (BHARE), sem fins lucrativos do Instituto de doenças crônicas, Inc. financiou esta pesquisa.
NOTA PESSOAL: Autismo além de já ser tratável, pode ser prevenível e reversível. Com os procedimentos adotados a partir deste estudo, reconhece-se também, sem nenhum alarde, que mercúrio é sim um agente causador de autismo.
As importantes ferramentas clínicas identificadas para avaliação médica e resposta ao tratamento monitorizado incluiu:
1. Biomarcadores de Pofirinas – ajuda a determinar se o mercúrio tóxico está presente e, quando ele for encontrado, monitora as alterações das quantidades de mercúrio, durante as terapias de desintoxicação (leia-se: quelação).
2. Biomarcadores de Transulfatação – ajuda a determinar se a suscetibilidade bioquímica ao mercúrio está presente e, quando ela for encontrada, monitora as respostas do paciente durante a suplementação com terapias nutricionais, tais como: metilcobalamina (a forma metil de vitamina B12), ácido folínico, e piroxidina (vitamina B6).
3. O estresse oxidativo/ biomarcadores de Inflamação - ajuda a determinar se há excesso de subprodutos de vias metabólicas e, quando forem encontrados, monitora os progressos dos pacientes durante a suplementação com anti-inflamatórios, como Aldactone ® (espironolactona).
4. Biomarcadores Hormonais – ajuda a determinar se alterações hormonais estão presentes e, quando forem encontrados, monitora os progressos dos pacientes durante o tratamento indicado com drogas de regulação hormonal tais como Lupron ® (acetato de leuprolide) e Yaz ® (drospirenone / ethynyl estradiol).
5. Biomarcadores de disfunção mitocondrial – ajuda a determinar se houver perturbações nos percursos de produção de energia celular e, quando forem encontrados, monitora os progressos dos pacientes durante a suplementação com drogas como a Carnitor ® (L-carnitina).
6. Biomarcadores Genéticos - ajuda a determinar se há susceptibilidade genética ou fatores causais presentes e, quando forem encontrados, fornece dicas sobre as modificações comportamentais que reduzem o impacto desses fatores genéticos.
Hoje em dia, qualquer pai, médico, ou provedor de saúde pode facilmente contratar os serviços de um geneticista clínico, que segue as orientações praticas da ACMG para avaliar e tratar pacientes diagnosticados com ASD.
Encontrando um médico
Encontrar um médico que entenda o autismo poderá ser um obstáculo, mas que você terá que ultrapassar. Porquê? Ao menos que o médico tenha tido experiência com autismo, é muito improvável que ele seja capaz efetivamente de ajudá-lo e tratar essa condição.
Autismo não é um simples transtorno invasivo do comportamento que pode ser melhorado ou curado com uma simples medicação ou algumas poucas visitas ao psiquiatra. É uma desordem muito séria que afeta cada pessoa diferentemente, tornando cada caso específico e único.
Contudo se você ou o pediatra de seu filho suspeitam de autismo, é decisivo para a sua criança e o futuro dela, que ela seja encaminhada à um especialista em diagnosticar e tratar as desordens do espectro autista. Isto significa que sua criança pode necessitar mais do que um médico ou profissinal especializado em autismo.
A lista a seguir é de profissionais especialistas que devem fazer parte da equipe multidisciplinar que uma criança autista, certamente em algum momento precisará:
- Psiquiatra infantil: Pode ajudar a determinar o diagnóstico inicial, prescrever medicações e ajudar o autista a lidar com as relações sociais e a desenvolver o seu comportamento emocional.
- Psicólogo clínico: Especialista que entenda sobre a natureza e o impacto do autismo. Esse profissional deve conduzí-lo a um teste psicológico e assistí-lo no treino de abilidades sociais e modificação de conduta.
- Pediatra: Trata os problemas de saúde e os problemas relacionados a defazagens e atrasos do desenvolvimento.
- Fonoaudiólogo: Ajuda a desenvolver a comunicação, focalizando na linguagem e no uso da fala.
- Terapeuta ocupacional: Foca em ajudar o autista a desenvolver a prática da vida diária e auto-cuidados, como comer e se vestir adequadamente. Esse profissional pode ajudar ainda a adquirir abilidades na coordenação motora grossa e fina e na integração sensorial.
- Fisioterapeuta: Ajuda a criança a desenvolver-se motoramente através de exercícios para os músculos, nervos e ossos.
A partir do momento que você encontrar os profissionais que precisa,é essencial que você trabalhe junto com eles. A razão para isso é que embora o profissional tenha experiência com autismo, você é a pessoa mais experiente quando se trata de informações específicas relacionadas as abilidades e necessidades do seu filho.
Para você efetivamente colaborar e trabalhar junto com um profissional, você precisa:
- Educar-se: aprender o máximo possível sobre autismo;
- Preparar-se: Escrever qualquer questão ou assunto relacionado a sua criança, ao autismo ou ao tratamento e debatê-lo com o profissional;
- Libertar-se: Você não tem que concordar com tudo que o profissional fala. Se você não concorda com uma recomendação, faça-se ouvir.
Se você está com dificuldades de saber aonde você pode encontrar especialistas em autismo, temos sugestões a seguir:
- Na sua comunidade: Visite o seu convênio médico, hospital, farmacêutico e pergunte se eles conhecem alguém especialista em diagnosticar e tratar o autismo. Mas lembre-se, mesmo que você seja indicado à um especialista, ele pode não ser a pessoa que você esteja procurando e deseja. Não tenha receio de questioná-lo sobre sua experiência.
- Na internet: A internet é um fantástico meio de pesquisa e tem inúmeras e valiosas informações sobre autismo, como entender e ajudar efetivamente um autista.
- Nos grupos de suporte: Se envolver e fazer parte de um grupo de suporte criado para apoiar o autista e seus familiares, pode ser extremamente favorável para encontrar os profissionais, já que você pode pedir por recomendações. Os grupos de suporte também dão encorajamento nos momentos difíceis e te permite a oportunidade de discutir o autismo com outras pessoas que conhecem e sabem pelo o que você está passando.
Tratamento biomédico
Nos EUA muitos médicos tratam os autistas através do protocolo DAN (Defeat Autism Now/Derrote o Autismo Agora) feito pelo ARI (Autism Research Institute/Instituto de Pesquisas em Autismo). Pense no movimento DAN! como um movimento político. Bernard Rimland, médico, cientista, pai e estudioso, não se conformava com a visão limitada da sociedade médica que tratava o autismo como uma doença mental. Na década de 60 fundou o Autism Research Institute (Instituto de Pesquisas no Autismo) e a partir de 1980 junto com mais 2 médicos, Sidney Baker e John Pangborn, deu origem ao movimento DAN!
Em 1995, fez a 1ª conferência DAN! O objetivo formal do movimento DAN é ” se dedicar a exploração, validação e disseminação de intervenções biomédicas cientificamente documentadas para indivíduos dentro do espectro autístico, através da colaboração de médicos, cientistas e pais”. A experiência desses grupos mostra que o autismo é causado por stress oxidativo, metilação inadequada e distúrbios na sulfatação que acabam atingindo o cérebro e provocando a alteração que chamamos de autismo.
Na visão DAN!, o comportamento autista se mantém em um tripé que envolve os sistemas imunológico, intestinal e endócrino. Este protocolo baseia-se em tratar o autismo através do comportamento do processo metabólico de cada indivíduo. Este método encontra falhas, excessos, desequilíbrios que ocorrem no organismo, através de exames específicos de sangue, urina, fezes e mineralograma. O objetivo final é superar essas falhas e junto com um tratamento educacional intensivo, recuperar essas crianças. Além de verificar o excesso de metais no organismo, esses exames também podem mostrar outros problemas como défit em vitaminas, aminoácidos e sais minerais, hormônios, alergias e intoxicação alimentar, inflamações…
De acordo com o protocolo DAN há muitos pontos a serem analisados que podem estar afetando a criança autista.
A estratégia de intervenção deve ser planejada e a interpretação de eventos que ocorram deve ser cuidadosa, tanto do ponto de vista objetivo quanto subjetivo, de tal modo que eventuais ajustes na conduta sejam implementados.
Nunca se deve esquecer que, em algumas ocasiões, o uso de medicamentos pode vir a ser necessário.

Impactos no desenvolvimento de crianças pertencentes ao espectro autista:


O que está desequilibrado/alterado nessas crianças? INVESTIGUE ANTES DE MEDICAR.
  • níveis de IgA secretora diminuídos
  • doença inflamatória intestinal
  • deficiências nutricionais
  • refluxo gastro-esofágico
  • intestino permeável
  • acúmulo de metais pesados
  • trombofilia
  • disfunção sensorial
  • alterações cromossômicas (X frágil, Rhett, alterações congênitas-mais raras, etc)
  • sarampo recorrente
  • presença de opióides
  • deficiência de melatonina
  • déficits nutricionais
  • alergias alimentares
  • autoimunidade cerebral
  • alteração na perfusão
  • alteração nos níveis de dopamina
  • CMIS alterado
  • gastrite
  • disbiose
  • nível de amônia elevado
  • alteração nos níveis de purina
  • alteração nos níveis de serotonina
  • alteração nos mecanismos de sulfatação
  • deficiência nos níveis de ômega 3
O QUE ISSO NOS INFORMA?
  • uma gama de desequilíbrios bioquímicos podem originar problemas, especialmente quando ocorrem todos em um indivíduo
  • existência de sub-grupos dentro do espectro
  • identificação do impacto bioquímico que acontece dentro do organismo
  • estabelece uma conexão entre intestino e cérebro
AGENTES DESENCADEANTES:

Para que a história pregressa faça sentido há necessidade de um acontecimento marcante, que leve à alterações no intestino e, depois, ao cérebro.

O que pode ser?
  • Toxinas, viroses, metais, antibióticos, alterações imunes são algumas possibilidades
  • Combinações sinérgicas de todos esses fatores são muito possíveis.
Esses Fatores Necessitam Ser Listados – Estabelecendo prioridades:
  • a prioridade é específica para cada criança
  • o sucesso requer atenção aos detalhes
  • todos os fatores, eventualmente, serão contemplados
  • entretanto, o melhor ponto de partida, geralmente é o intestino (CMIS)
Seqüência de Tratamento:
Seu médico lhe orientará baseado na história do paciente, nos exames laboratoriais e nos sintomas. Essa é uma sugestão de programa de tratamento.
  • intolerâncias alimentares ( i.e. glúten, caseína)
  • imunidade intestinal ( IgAS)
  • flora intestinal/integridade da membrana celular de revestimento intestinal
  • desintoxicação e eliminação de toxinas do intestino
  • digestão
  • absorção
  • fortalecimento do parênquima hepático para a desintoxicação
  • reposição nutricional (vitaminas, minerais, ácidos graxos essenciais, aminoácidos)
  • desintoxicação dos metais pesados
Cada criança tem uma combinação diferente
Pesquisadores trazem novas pistas diariamente

Atualmente o trabalho de uma médica com o autismo, Dra. Amy Yasko tem apresentado uma excelente repercussão.

A Dra. Yasko é médica holística e naturopata, trabalha nos EUA com um protocolo feito através de exames genéticos e outros específicos, baseado no projeto GENOMA e mais precisamente com a epigenética, a ciência que pretende esclarecer como fatores ambientais (hábitos alimentares e stress, por exemplo) podem interferir no funcionamento dos genes.

2 Responses to “Autismo já é considerado como medicamente TRATÁVEL”

  1. Rita disse:
    Parabéns pelo material e pelo Blog. Gostei muito, especialmente desta matéria. Deveria ser encaminhada de maneira direta a todos os pisiquiatras e neurologistas que dizem tratar pacientes autistas no Brasil.
    Como mãe de uma menininha de 4 anos dentro do Spectro, digo que felizmente, nosso país, já começa a ter opções de médicos interessados no protocólo DAN, seja por interesse ou paixão melhor dizendo, na causa ou por eles mesmos terem filhos autista. Mas isso é o que menos importa. Seja quais forem suas motivações, estes profissionais tem meu respeito e reconhecimento indondicional, além da mais profunda gratidão. São poucos, mas a qualidade e dedicação deles tem feito a diferença.
    Parabéns pela sua iniciativa e continue postando tanta informação de qualidade.
  2. jaqueline disse:
    Obrigada Rita!
    Sua opinião é muito importante e é extremamente gratificante saber que o meu blog possa ajudar outros pais a não perderem a esperança e acreditarem que é possível sim uma melhor qualidade de vida para nossos filhos. Graças aos Tratamentos Biomédicos os resultados vem aparecendo. É uma pena que isso ainda seja tão pouco valorizado em nosso país e que esse tratamento por descaso dos nossos governantes seja restrito a poucos que disponham de uma boa condição econômica.
    A dificuldade em realizar exames bioquímicos específicos e que os planos de saúde se negam a pagar e o SUS desconhece. Poucos são os médicos que seguem o Protocolo DAN! Mas os poucos que tive a oportunidade de conhecer merecem realmente a nossa admiração. Eu fiz uma verdadeira peregrinação por diversos “profissionais” mas atualmente estou mais tranquila mesmo que o impacto inicial de saber que sua filha tem Síndrome de Asperger mas estou aqui para mostrar a todos que não se deve desistir e sim lutar com todas as forças pois o Austismo é tratável sim e vamos conseguir se unirmos forças para isso!
    Fique com Deus!
    Beijos, Jaqueline

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