Vermes contra o autismo
seg, 14/02/11
por Alysson Muotri |
categoria Espiral
Casos como o de um pai de uma família americana em Nova York, que luta pra encontrar um caminho que possa atenuar os efeitos do espectro autista em seu filho, são cada vez mais comuns. O filho, Lawrence, com 13 anos, foi diagnosticado com dois anos de idade e em pouco tempo já não se entrosava socialmente, exibia um comportamento repetitivo. Com os anos, sua personalidade foi ficando cada vez mais agressiva: batia a própria cabeça na parede, mordia os colegas e demonstrava muita ansiedade e agitação. Difícil pra família, pior para Lawrence.
O pai, Stewart, tentou diversos tratamentos. Começou buscando terapia do comportamento, modificações na dieta, terapia musical e, por fim, diversas combinações de medicamentos. Na maioria das vezes, a melhora era temporária e o tratamento deixava de fazer efeito após um curto período de tempo.
Como muitos pais, Stewart procurou por alternativas fora da medicina convencional. No entanto, ao invés de seguir métodos sem uma base racional, ele começou a pesquisar em sites como o PubMed por literatura especializada, que traria informações e pesquisas cientificas sobre os tipos de sintomas apresentados pelo seu filho.
Numa dessas buscas, deparou-se com o trabalho de um grupo de pesquisadores que conseguiu tratar pacientes com a doença de Crohn, usando vermes de porcos conhecidos como Trichuris suis. Como outras doenças autoimunes, o sistema imunológico do próprio paciente ataca as paredes intestinais, levando à formação de úlceras e a desconforto.
Nesse caso, os parasitas do porco estariam modulando a resposta imunológica, diminuindo a inflamação (Summers e colegas, Gut, 2005). Stewart também encontrou evidências de que alguns dos sintomas presentes no autismo podem ser frutos de um ataque imunológico em células da glia no cérebro (Vargas e colegas, Annal Neurol 2005).
Para ele não foi difícil juntar os pontos: os vermes do porco poderiam também ajudar na modulação imunológica de seu filho. Sem medo do ridículo, escreveu uma pequena revisão e apresentou suas ideias a um grupo que pesquisava autismo no Albert Einstein College of Medicine. Os pesquisadores acharam inusitado, mas concluíram que valia a pena testar a hipótese. Através desse grupo, Stewart consegui comprar ovas de T. suis para tratamento de uma empresa europeia chamada OvaMed.
Stewart também conseguiu permissão do FDA americano para testar a droga em seu filho, sob supervisão dos pesquisadores e médicos. Cada frasco carrega 2.500 ovas e é, em geral, consumido a cada duas semanas, com um custo de 600 euros por mês. Depois de ingeridas, as ovas tentam se alocar no intestino humano. Encontrando um ambiente hostil, a maioria morre. As ovas que sobrevivem dão origem a larvas que persistem no intestino por alguns dias. É nesse estágio que acontece a modulação do sistema imunológico.
Não se sabe ainda exatamente como isso acontece, as bases moleculares do fenômeno estão sendo pesquisadas. As larvas sobreviventes morrem logo em seguida e são dissolvidas no intestino – nada sai nas fezes.
Como o T. suis evoluiu para infectar porcos, a colonização no trato intestinal humano é limitada. Os vermes não conseguem se reproduzir e são eliminados com o tempo. Além disso, o ciclo de vida do verme requer um estágio fora do hospedeiro, sendo incapaz de infectar outros membros da família.
É um medicamento considerado seguro, sem nenhum efeito colateral. No caso de Lawrence, a melhora no comportamento começou depois de 8 semanas de tratamento. Depois da décima semana, os sintomas tinham desaparecido por completo. A narrativa dessa história pelo próprio Stewart pode ser encontrada aqui.
Os resultados promissores foram apresentados em 2007 ao FDA e deram inicio a um ensaio clínico mais completo – em andamento – que servirá para mostrar se o tratamento é realmente efetivo ou se foi apenas um caso de sorte, com alguma variável não controlada fazendo efeito na criança.
A saga desse pai e o sucesso da história traz uma perspectiva interessante para o entendimento do autismo, a “hipótese da higiene”. Segundo essa ideia, a industrialização e a falta de contato com elementos naturais acabam desestabilizando o sistema imunológico humano.
Evoluímos juntamente com nossos parasitas e assim que os eliminamos do nosso ambiente, a homeostase do nosso corpo tenta se estabilizar novamente. Durante a evolução, criamos diversas “armas imunológicas” contra esses parasitas que não estariam mais sendo utilizados no ambiente moderno.
A hipótese da coevolução é válida para a doença de Crohn, outras síndromes autoimunes como esclerose múltipla e provavelmente para alguns casos de autismo, como o de Lawrence. Ou seja, ao invés de existir “algo” no ambiente urbano que contribua para a incidência de autismo, seria mesmo a falta desse “algo”, no caso, nossos parasitas.
Acho que existe algo de muito importante nessa história. A investigação cientifica cautelosa desse e de outros casos semelhantes vai contribuir para entendermos melhor como o sistema imunológico interage com o sistema nervoso no estado normal e no estado autista.
1 Comentários para “Vermes contra o autismo”
Páginas: [2] 1 »
- 21Mariana:
16 abril, 2011 as 9:53 am Oi Alysson querido
Isso é muito, muito interessante!!!
Devia ser amplamente divulgado e testado por aí.
Acho que poderia ser usado no ínicio do aparecimento do Diabetes Mellitus (tipo 1), quando ainda está acontecendo a reação auto-imune contra as células Beta do pâncreas. Quando o dibetes é dagnosticado rápido ainda restam céluas produzindo insulina. Existe até um período chamado “lua de mel” (pelo menos foi assim que eu conheci) logo deppois que você já está diabético e em tratamento com insulina, que a necessidade desta diminui muito e dá para passar alguns dias sem tomar.
Acho que tentar um tratamento com o Trichuris suis nesse período inicial não faria mal nenhum, não? O pior que poderia acontecer seria não funcionar. Mas e se funcionasse? Que maravilha uma criança se ver livre da causa de uma doença que depois acompanhá-la pelo resto da vida.
Boa sorte a todos!
Beijos e saudades
Mari
- 20Leandro C S Gavinier:
28 fevereiro, 2011 as 7:59 pm Interessantíssimo o post, fiquei até surpreso quando ví que não tinha nenhum comentário.
Não sou cientista, mas minha intuição de quem é médico psiquiatra e leu ciência a vida toda é que neste caso, não seria a hipótese higiênica a responsável pelo Autismo e sim um efeito coincidente terapêutico dessa imunomodulação,
- 19Hugo A M Torres:
26 fevereiro, 2011 as 11:47 pm Há! Tem um eposódio de House, M.D. em que isso acontece com um cafetão (pimp) da indústria porn. Ele vai ao hospital e piora muito ao curarem sua infestação de lombrigas e fica com sindrome do intestino irritável. Depois de reinfectado ele passa a sentir-se melhor.
- 18.:
26 fevereiro, 2011 as 9:24 pm amei a história!! é impressionante como o amor desse pai fez de tudo para conseguir salvar o filho! muito lindo!
- 17Leandro Pereira:
25 fevereiro, 2011 as 4:22 pm O óleo de Lorenzo… História parecida!!!
- 16Roger:
23 fevereiro, 2011 as 7:47 pm Parabéns Stewart, seu amor incondicional, muita fé e dedicação trouxeram um bom resultado.
Deus abençõe voces.
Obrigado por compartilhar sua experiência.
- 15Leandro Pereira:
23 fevereiro, 2011 as 12:39 pm Olá!
A cada dia me convenço mais que temos que direcionar nosso conhecimento científico para observar de forma mais próxima as formas de sociedade antigas, tribos primitivas e afins…
Como era a sua medicina? Como viam a doença e buscavam a cura? Tentar conhecer a incidência de doenças das mais variadas ordens e se confirmar que eram menores estatísticamente frente aos dias de hoje procurar entender como existia este equilíbrio. Como Gaia se relacionava com os seus?
Acredito que precisamos “acolher o conhecimento não científico” dos antigos povos e sem preconceito buscar entender sua ação através da nossa ciência moderna. Isso demandará uma mente aberta de biólogos, químicos, físicos, antropólogos, povos “comuns” detentores do conhecimento empírico… Enfim, será um trabalho multidisciplinar onde não existirá o doutor e o iletrado, mas uma equipe num objetivo comum de evolução na forma de entender um pouco de sí e da sua interação nesta terra…
Leandro
- 14Renato Borges:
22 fevereiro, 2011 as 7:59 pm Olá Alysson Muotri,
Procurei aqui pelo site uma forma de contato com você mas acabei não achando.Tenho uma dúvida em biologia que talvez seja um pouco incomum e, postar aqui na sessão destinada aos comentários me pareceu a única solução.
A minha questão é relacionada a natureza do cérebro humano. Eu gostaria de saber se houve alguma mudança recente no cérebro humano na ordem de milhares de anos. O primeiro homem que manipulou o fogo tinha exatamente o mesmo cérebro dos humanos que habitam a Terra hoje em dia? As mudanças no cérebro, se é que existem, são perceptíveis em civilizações diferentes? Em outras palavras, os cérebros dos chineses, bem como suas capacidades intelectuais, são as mesmas dos europeus, africanos e indígenas? Os cérebros dos seres humanos quando nascem são todos idênticos e com as mesmas capacidades intelectuais?
Desculpe-me caso essas sejam questões primitivas. Entretanto, gostaria muito de receber uma resposta e se possível, gostaria de sugestões de material para esse assunto sobre a evolução do cérebro humano, desde os primatas até o homem moderno.
Muito obrigado pela atenção, aguardo resposta no meu e-mail.
- 13Melina Gunha:
22 fevereiro, 2011 as 12:52 pm Olá Alysson!
Eu estava procurando sobre geneticistas famosos (rs) e por um acaso descobri o seu site. Achei muito interessante a facilidade em que você tem em explicar os fatos científicos, com uma linguagem simples e acessível para qualquer pessoa, parabéns!
Eu acho que será realmente importante descobrir a forma que o sistema imunológico interage com o sistema nervoso, pois dessa forma não só pessoas com o autismo serão beneficiadas, mas outras síndromes também como a Síndrome de Guillain Barré, Lupus, esclerose, entre outras que ainda se encontram sem explicação do pq ocorrem.
- 12ÂngelaArbex:
17 fevereiro, 2011 as 10:25 pm Dr.Alysson, não consegui entender o fundamento. O autismo é um problema no cérebro? Provocado pelo quê?
A esclerose múltipla é algo provocado pelo sistema nervoso, ou qual o sistema que fica com dificuldades?
E quanto aos vermes, eles se instalam no intestino, e esse ataque imunológico é feito no intestino. Desculpe, entendi seu fundamento, mas não consegui entender a ligação.
- 11Murilo Queiroz:
15 fevereiro, 2011 as 11:25 am Meu comentário de ontem não passou na moderação, vou tentar de novo com uma versão mais curta:
Eu não entendo é porque não pensam no que me parece óbvio: não é difícil uma criança ser autista E ter doença de Crohn. E sintomas de doença de Crohn incomodam muito até neurotípicos, faça idéia autistas. Tratando a doença de Crohn o comportamento do autista obviamente vai ficar muito, muito melhor. É claro que isso não significa que tratamento de doença de Crohn “combate o autismo” – dizer isso seria cometer um erro básico, de confundir correlação com causalidade.
É o mesmo que ocorre com a dieta SGSC: é claro que para autistas que têm alguma intolerância a caseína, glúten ou lactose (o que é algo muito comum) a dieta vai melhorar o comportamento dele, porque elimina um grande desconforto, mas não existe razão para achar que TODO autista vai melhorar com a dieta, ou que as causas do autismo estão ligadas a problemas intestinais.
- 10Hudson Golino:
15 fevereiro, 2011 as 12:42 am Segundo o Professor Michael Lamport Commons, da Harvard Medical School (comunicação pessoal, 14 de Fev. de 2011), descobriu-se, posteriormente que o pai era uma fraude. Mas a história precisa ser mais bem investigada.
- 9Alessandro de Oliveira:
14 fevereiro, 2011 as 11:42 pm Sensacional.
- 8Luciana nassif:
14 fevereiro, 2011 as 4:39 pm Dr Alysson
Como posso dar o primeiro passo em busca desse tratamento? QUal sua opinião em relação a ele?
Fico no aguardo!
- 7Murilo:
14 fevereiro, 2011 as 3:47 pm Ultimamente muitos centros de ensino superior têm menosprezado a matéria de parasitologia (estudo dos helmintos, protozoários e etc). Sendo que este assunto, ainda tem uma gama enorme para novas e grandes descobertas, uma até citada aqui. Sou universitário e almejo fazer mestrado e doutorado em parasitologia, mas muitas pessoas não me “vêm com bons olhos” pela escolha que fiz.
- 6Jonas:
14 fevereiro, 2011 as 2:35 pm Fantástico!!! novamente esta coluna está de parabéns
- 5danilo:
14 fevereiro, 2011 as 1:15 pm O Óleo de Lorenzo
- 4Maurício:
14 fevereiro, 2011 as 1:02 pm Muito legal! Lembra o desenrolar do filme “O óleo de Lorenzo”
- 3Wagner:
14 fevereiro, 2011 as 11:28 am Melhor não ficar muito animado com a Hipótese da Higiene. No passado (Idade Média), crianças com comportamento autista viviam confinadas em chiqueiros. De qualquer forma, é uma nova linha de pesquisa.
- 2Raquel:
14 fevereiro, 2011 as 10:49 am Como dizia minha avó, vitamina “S” faz bem. Até uma marca de sabão em pó usa a frase: “Se sujar faz bem”.
Sempre achei que excesso de limpeza e falta de contato com parasitas e outros bichos, deixava nosso corpo mais sensível e propenso a doenças. Isso é comprovado pela Imunologia.
Claro que não devemos nos expor e a nossos filhos ao contato de toda e qualquer contaminação, mas deixar as crianças brincarem com terra de vez em quando faz bem. Estimula o sistema imunológico e evita uma série de doenças e alergias.
- Oi Alysson querido
Isso é muito, muito interessante!!!
Devia ser amplamente divulgado e testado por aí.
Acho que poderia ser usado no ínicio do aparecimento do Diabetes Mellitus (tipo 1), quando ainda está acontecendo a reação auto-imune contra as células Beta do pâncreas. Quando o dibetes é dagnosticado rápido ainda restam céluas produzindo insulina. Existe até um período chamado “lua de mel” (pelo menos foi assim que eu conheci) logo deppois que você já está diabético e em tratamento com insulina, que a necessidade desta diminui muito e dá para passar alguns dias sem tomar.
Acho que tentar um tratamento com o Trichuris suis nesse período inicial não faria mal nenhum, não? O pior que poderia acontecer seria não funcionar. Mas e se funcionasse? Que maravilha uma criança se ver livre da causa de uma doença que depois acompanhá-la pelo resto da vida.
Boa sorte a todos!
Beijos e saudades
Mari
- 20Leandro C S Gavinier:
28 fevereiro, 2011 as 7:59 pm Interessantíssimo o post, fiquei até surpreso quando ví que não tinha nenhum comentário.
Não sou cientista, mas minha intuição de quem é médico psiquiatra e leu ciência a vida toda é que neste caso, não seria a hipótese higiênica a responsável pelo Autismo e sim um efeito coincidente terapêutico dessa imunomodulação,
- 19Hugo A M Torres:
26 fevereiro, 2011 as 11:47 pm Há! Tem um eposódio de House, M.D. em que isso acontece com um cafetão (pimp) da indústria porn. Ele vai ao hospital e piora muito ao curarem sua infestação de lombrigas e fica com sindrome do intestino irritável. Depois de reinfectado ele passa a sentir-se melhor.
- 18.:
26 fevereiro, 2011 as 9:24 pm amei a história!! é impressionante como o amor desse pai fez de tudo para conseguir salvar o filho! muito lindo!
- 17Leandro Pereira:
25 fevereiro, 2011 as 4:22 pm O óleo de Lorenzo… História parecida!!!
- 16Roger:
23 fevereiro, 2011 as 7:47 pm Parabéns Stewart, seu amor incondicional, muita fé e dedicação trouxeram um bom resultado.
Deus abençõe voces.
Obrigado por compartilhar sua experiência.
- 15Leandro Pereira:
23 fevereiro, 2011 as 12:39 pm Olá!
A cada dia me convenço mais que temos que direcionar nosso conhecimento científico para observar de forma mais próxima as formas de sociedade antigas, tribos primitivas e afins…
Como era a sua medicina? Como viam a doença e buscavam a cura? Tentar conhecer a incidência de doenças das mais variadas ordens e se confirmar que eram menores estatísticamente frente aos dias de hoje procurar entender como existia este equilíbrio. Como Gaia se relacionava com os seus?
Acredito que precisamos “acolher o conhecimento não científico” dos antigos povos e sem preconceito buscar entender sua ação através da nossa ciência moderna. Isso demandará uma mente aberta de biólogos, químicos, físicos, antropólogos, povos “comuns” detentores do conhecimento empírico… Enfim, será um trabalho multidisciplinar onde não existirá o doutor e o iletrado, mas uma equipe num objetivo comum de evolução na forma de entender um pouco de sí e da sua interação nesta terra…
Leandro
- 14Renato Borges:
22 fevereiro, 2011 as 7:59 pm Olá Alysson Muotri,
Procurei aqui pelo site uma forma de contato com você mas acabei não achando.Tenho uma dúvida em biologia que talvez seja um pouco incomum e, postar aqui na sessão destinada aos comentários me pareceu a única solução.
A minha questão é relacionada a natureza do cérebro humano. Eu gostaria de saber se houve alguma mudança recente no cérebro humano na ordem de milhares de anos. O primeiro homem que manipulou o fogo tinha exatamente o mesmo cérebro dos humanos que habitam a Terra hoje em dia? As mudanças no cérebro, se é que existem, são perceptíveis em civilizações diferentes? Em outras palavras, os cérebros dos chineses, bem como suas capacidades intelectuais, são as mesmas dos europeus, africanos e indígenas? Os cérebros dos seres humanos quando nascem são todos idênticos e com as mesmas capacidades intelectuais?
Desculpe-me caso essas sejam questões primitivas. Entretanto, gostaria muito de receber uma resposta e se possível, gostaria de sugestões de material para esse assunto sobre a evolução do cérebro humano, desde os primatas até o homem moderno.
Muito obrigado pela atenção, aguardo resposta no meu e-mail.
- 13Melina Gunha:
22 fevereiro, 2011 as 12:52 pm Olá Alysson!
Eu estava procurando sobre geneticistas famosos (rs) e por um acaso descobri o seu site. Achei muito interessante a facilidade em que você tem em explicar os fatos científicos, com uma linguagem simples e acessível para qualquer pessoa, parabéns!
Eu acho que será realmente importante descobrir a forma que o sistema imunológico interage com o sistema nervoso, pois dessa forma não só pessoas com o autismo serão beneficiadas, mas outras síndromes também como a Síndrome de Guillain Barré, Lupus, esclerose, entre outras que ainda se encontram sem explicação do pq ocorrem.
- 12ÂngelaArbex:
17 fevereiro, 2011 as 10:25 pm Dr.Alysson, não consegui entender o fundamento. O autismo é um problema no cérebro? Provocado pelo quê?
A esclerose múltipla é algo provocado pelo sistema nervoso, ou qual o sistema que fica com dificuldades?
E quanto aos vermes, eles se instalam no intestino, e esse ataque imunológico é feito no intestino. Desculpe, entendi seu fundamento, mas não consegui entender a ligação.
- 11Murilo Queiroz:
15 fevereiro, 2011 as 11:25 am Meu comentário de ontem não passou na moderação, vou tentar de novo com uma versão mais curta:
Eu não entendo é porque não pensam no que me parece óbvio: não é difícil uma criança ser autista E ter doença de Crohn. E sintomas de doença de Crohn incomodam muito até neurotípicos, faça idéia autistas. Tratando a doença de Crohn o comportamento do autista obviamente vai ficar muito, muito melhor. É claro que isso não significa que tratamento de doença de Crohn “combate o autismo” – dizer isso seria cometer um erro básico, de confundir correlação com causalidade.
É o mesmo que ocorre com a dieta SGSC: é claro que para autistas que têm alguma intolerância a caseína, glúten ou lactose (o que é algo muito comum) a dieta vai melhorar o comportamento dele, porque elimina um grande desconforto, mas não existe razão para achar que TODO autista vai melhorar com a dieta, ou que as causas do autismo estão ligadas a problemas intestinais.
- 10Hudson Golino:
15 fevereiro, 2011 as 12:42 am Segundo o Professor Michael Lamport Commons, da Harvard Medical School (comunicação pessoal, 14 de Fev. de 2011), descobriu-se, posteriormente que o pai era uma fraude. Mas a história precisa ser mais bem investigada.
- 9Alessandro de Oliveira:
14 fevereiro, 2011 as 11:42 pm Sensacional.
- 8Luciana nassif:
14 fevereiro, 2011 as 4:39 pm Dr Alysson
Como posso dar o primeiro passo em busca desse tratamento? QUal sua opinião em relação a ele?
Fico no aguardo!
- 7Murilo:
14 fevereiro, 2011 as 3:47 pm Ultimamente muitos centros de ensino superior têm menosprezado a matéria de parasitologia (estudo dos helmintos, protozoários e etc). Sendo que este assunto, ainda tem uma gama enorme para novas e grandes descobertas, uma até citada aqui. Sou universitário e almejo fazer mestrado e doutorado em parasitologia, mas muitas pessoas não me “vêm com bons olhos” pela escolha que fiz.
- 6Jonas:
14 fevereiro, 2011 as 2:35 pm Fantástico!!! novamente esta coluna está de parabéns
- 5danilo:
14 fevereiro, 2011 as 1:15 pm O Óleo de Lorenzo
- 4Maurício:
14 fevereiro, 2011 as 1:02 pm Muito legal! Lembra o desenrolar do filme “O óleo de Lorenzo”
- 3Wagner:
14 fevereiro, 2011 as 11:28 am Melhor não ficar muito animado com a Hipótese da Higiene. No passado (Idade Média), crianças com comportamento autista viviam confinadas em chiqueiros. De qualquer forma, é uma nova linha de pesquisa.
- 2Raquel:
14 fevereiro, 2011 as 10:49 am Como dizia minha avó, vitamina “S” faz bem. Até uma marca de sabão em pó usa a frase: “Se sujar faz bem”.
Sempre achei que excesso de limpeza e falta de contato com parasitas e outros bichos, deixava nosso corpo mais sensível e propenso a doenças. Isso é comprovado pela Imunologia.
Claro que não devemos nos expor e a nossos filhos ao contato de toda e qualquer contaminação, mas deixar as crianças brincarem com terra de vez em quando faz bem. Estimula o sistema imunológico e evita uma série de doenças e alergias.
- Oi Alysson querido