O CÉREBRO E OS INTESTINOS
A relação do cérebro com os intestinos, embora há muito conhecida pelos grandes códigos de medicina, como a ayurvédica, a chinesa e a tibetana, vem sendo descoberta pelos cientistas.
O aminoácido L-glutâmico – presente na Aloe vera, mas pouco comum à alimen-tação contemporânea – é tão indispensável à regeneração da mucosa intestinal quanto ao processo de reversão dos quadros de senilidade e depressão.
A L-tirosina, igualmente presente no gel da Aloe vera, é precursora dos hormônios tiroxina, melatonina e serotonina – neurotransmissores da tranqüilidade e da alegria de viver, cuja deficiência está relacionada à depressão, agressividade, tendências ao vício do álcool, das drogas etc.
A serotonina é a precursora da melatonina – hormônio produzido pela glândula pineal, o centro superior de processamento de informação eletromagnética, do qual as vias aferentes e eferentes são os meridianos da acupuntura. A melatonina é o antioxidante mais poderoso produzido pelo organismo.
A serotonina e a melatonina têm uma relação de alternância. A primeira predomina quando o cérebro se encontra em estado de alerta e a segunda nos períodos de sono.
O que não se sabia até recentemente é que ambas são secretadas pelas glândulas dos intestinos, e não apenas pela pineal.
O que não se sabia até recentemente é que ambas são secretadas pelas glândulas dos intestinos, e não apenas pela pineal.
As primeiras evidências desse fato vieram das pesquisas do Dr. Michael D. Gershon, autor do livro O Segundo Cérebro,(1) que revelaram dois fenômenos importantíssimos:
• As paredes dos intestinos, estimuladas pela fricção das fibras alimentares, secretam a serotonina.
• A serotonina secretada pelos intestinos é o fator de controle do peristaltismo que, em cadências regulares, movimenta o bolo alimentar e as fezes ao longo do trato gastrintestinal.
• As paredes do trato gastrintestinal são recobertas por uma rede de neurônios diretamente responsáveis pela coordenação de todas as funções digestivas que, embora estejam conectados ao sistema nervoso central, têm total autonomia sobre todas as etapas do processo digestivo.
No Brasil, o Laboratório de Pesquisas em Neurônios Entéricos da Universidade Estadual de Maringá, vem se destacando como centro de pesquisa no assunto.(2) De acordo com o seu coordenador, Dr. Marcílio Hubner de Miranda Neto, os neurônios, tanto do cérebro como dos intestinos, são basicamente de três tipos.
A Natureza dos Neurônios do Cérebro e dos Intestinos |
Associativa | conduzem as informações a serem processadas. |
Motora | respondem aos estímulos. |
Sensitiva | captam os estímulos do meio ambiente e os levam aos centros nervosos. |
O intestino é o único órgão capaz de funcionar de modo totalmente independente do sistema nervoso central. A autonomia vem de sua habilidade em produzir arcos reflexos – intertransmissão de estímulos entre os neurônios sensitivos, associativos e motores – que tanto lhes permite captar as informações, como processá-las e responder de acordo com a necessidade do momento. Em outras palavras, os intestinos também pensam, decidem e executam tarefas tal qual um cérebro.
Torna-se, portanto, óbvia a relação entre os intestinos saudáveis e a sensação de autoconfiança e de auto-estima, e porque os que padecem de prisão de ventre têm problemas relacionados à autoconfiança e à auto-estima. Isso explica porque o sistema floral de Bach indica o Crab Apple tanto para aumentar a auto-estima como para combater a prisão de ventre.
Sob a batuta dos neurônios entéricos, os alimentos devem percorrer o tubo digestivo a uma velocidade ideal, para que o bolo alimentar ou fecal não fique retido, em lugar algum, mais do que o tempo necessário.
Qualquer alteração física ou mental se reflete na aceleração ou desaceleração dos movimentos peristálticos – diarréia ou prisão de ventre –, cuja cronicidade gera conseqüências desastrosas.
• Diarréia
- Desidratação e perda de sais minerais, cuja conseqüência mais imediata é o desequilíbrio ácido-alcalino.
- Perda da fluidez dos humores, dificultando a desintoxicação, nutrição, oxigenação das células e dos humores e controle sobre metabolismo celular.
- Deficiência dos sucos digestivos, promovendo a má digestão, as inflamações intestinais, a perda da permeabilidade da mucosa intestinal, exaustão do sistema imunitário, subnutrição celular, problemas emocionais e mentais etc.
• Prisão de ventre
- Fermentação, putrefação e oxidação do bolo alimentar.
- Intoxicação do organismo e congestão hepática'.
- Disbiose da flora intestinal.
- “en-fez-amento” descontrolado.
- Ressecamento e acúmulo de fezes nas paredes intestinal, impedindo a absorção dos nutrientes devido ao sufocamento da mucosa, promovendo um ambiente propício à flora disbiótica e aos processos infecciosos e inflamatórios.
Sendo 90% da serotonina produzida pelos intestinos, assim termina o Dr. Helion Póvoa seu livro O Cérebro Desconhecido:
Quando analisamos o fato de que o intestino é fundamental na formação da seroto-nina, nada mais é preciso acrescentar. A alegria e a inteligência emocional, de que tanto precisamos para viver bem, começam realmente a partir do intestino! Por isso só nos resta garantir a esse fantástico órgão matérias-primas de primeira qualidade, o que conseguimos com uma alimentação saudável. Ele, inteligentemente, se encarregará de garantir nossa saúde e nossa felicidade.(3)
Por isso, a higiene alimentar e a higienização dos intestinos também são essenciais à prevenção e à reversão dos quadros de distúrbios emocionais e problemas mentais que, segundo estatística um tanto benevolente, hoje atinge 25% da população mundial.
Os alimentos, portanto, podem estar fazendo com que os intestinos padeçam e a alma chore. Nesses casos vale a pena recorrer ao socorro da Aloe vera. Devido à sua ação sobre a rede neural entérica da mucosa intestinal, ela promove a produção da serotonina e da melatonina, assim como o peristaltismo.
Aumenta a qualidade do sono, a sensação de bem-estar, o otimismo, o bom humor, a capacidade de atenção e de raciocínio. Os pensamentos ficam mais leves e a vida mais prazerosa.
REFERÊNCIAS:
(1) Gershon, Michael D. O Segundo cérebro. Ed. Campus, Rio de Janeiro, 2000.
(2) http://www.aduem.org.br/revista/revista_ocerebrodointestino.htm
(3) Póvoa, Helion. O cérebro desconhecido. Objetiva, Rio de Janeiro, 2002.
(2) http://www.aduem.org.br/revista/revista_ocerebrodointestino.htm
(3) Póvoa, Helion. O cérebro desconhecido. Objetiva, Rio de Janeiro, 2002.
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