domingo, 3 de julho de 2011

Dúvidas sobre Integração Sensorial e Dieta Sensorial

Muitos comportamentos estranhos de crianças, podem ter uma causa. Nem tudo pode ser manha, birra ou simplesmente "coisa de criança"

Para realizarmos nossas atividades cotidianas, como estudar, escrever, alimentar-se e etc, recebemos inúmeras informações dos nossos sentidos (tato, olfato, visão, audição,vestibular,proprioceptivo e gustativo) que quando são utilizadas pelo nosso cérebro de maneira correta, servem para organizar nosso comportamento e promover aprendizagem.


Quando isso não ocorre da maneira esperada, a criança pode apresentar respostas inadequadas aos estímulos e é o que chamamos de Disfunção de Integração Sensorial (DIS). O programa de tratamento é elaborado pela Terapeuta Ocupacional especialista abordagem Integração Sensorial a partir de uma criteriosa avaliação do perfil sensorial e comportamento das crianças com intuito de adequá-lo as suas necessidades individuais através de uma Dieta Sensorial para garantir melhores resultados.

1-O que é uma dieta sensorial?

O multissensorial ( toque leve e profundo, pressão, visual, auditiva,olfativo, gustativo, vestibular(movimento) experiências sensoriais que uma pessoa  normalmente procura na sua vida diária para satisfazer seu apetite sensorial. Uma dieta sensorial é um programa de atividade planejada e programada por um Terapeuta Ocupacional especialista na abordagem Integração Sensorial que desenvolve para ajudar uma criança a tornar-se mais auto-regulado e organizado. Alguns tipos específicos de atividades proporcionam o sistema nervoso com disfunção sensorial técnicas de acalmar e organizar e aumentar o nivel de alerta.


2-Quem pode beneficiar de uma dieta sensorial?

Muitas crianças e adultos podem se beneficiar de uma dieta sensorial. Os alunos na escola que utilizam  Dieta Sensorial precisam para melhorar o  seu nivel atenção/concentração,organizar o seu comportamento, melhorar o seu planejamento motor para atividades propostas. Pode ser usada também nas crianças com diagnóstico de Transtornos do Espectro Autista, Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, Transtorno de Déficit de Atenção, Transtornos de Ansiedade, Defensividade sensorial, hipersensibilidade ou hiposensibilidade.Muitos dos nossos alunos precisam de estímulos sensoriais ao longo do dia, para que possam regular melhor o seu comportamento e emoções  mas o terapeuta especializado na abordagem Integração Sensorial indica como deve ser feito de forma adequada e estruturada.

3-Todos os alunos tem a mesma Dieta Sensorial?

Não necessariamente. Escolha cuidadosamente a Dieta Sensorial do aluno de forma  adequada para oferecer os estímulos sensoriais para o seu tipo de comportamento. Por exemplo, atividades proprioceptivas, como flexão ou empurrar a parede  podem funcionar de duas maneiras. Se uma criança precisa para se tornar mais calmo e organizado, estruturado, então, a entrada proprioceptiva vai ajudar. Por outro lado, se uma criança precisa para aumentar o seu nível de alerta, a entrada proprioceptiva (especialmente a cama elástica) irá contribuir para aumentar seu nível de alerta.


4-Como o aluno pode fazer a Dieta Sensorial em casa e na escola?

Dieta Sensorial oferece uma abordagem organizada para receber estímulos sensoriais na sua vida diária. A maioria dos alunos podem  participar das atividades indicadas para a  Dieta Sensorial  1-2 vezes por dia na escola. Ele ajuda o aluno a se tornar mais organizado e estruturado no ambiente escolar e  em  casa das suas próprias necessidades sensoriais.

5- Quando ocorre uma disfunção integração Sensorial (DIS)? 

Quando o cérebro "interpreta mal" a informação a partir sentidos (tátil, proprioceptivo, vestibular, auditivo, visual, gustativo e olfativo).
Ocorre em crianças com atraso desenvolvimento neuropsicomotora, prematuridade, autismo, síndrome de Asperger, paralisia cerebral, síndrome de Down, síndrome do alcoolismo fetal, Transtorno de Atenção e Hiperatividade (TDAH), Transtorno Invasivo do desenvolvimento, deficiência mental, física ou sensorial, podendo afetar o desempenho escolar e todo o processo de aprendizagem.
No entanto, ainda estamos tentando descobrir a causa exata. Como as crianças com a DIS  não pode "superar" a doença, que muitas vezes desenvolvem estratégias de enfrentamento para ajudá-los a se sentir segura. Essas estratégias podem incluir rotinas atividades sensoriais adequadas a cada criança (porque um estimulo sensorial  inesperado pode provocar uma reação frustrante de medo, fuga ou defesa ).


6- Que sinais de DIS devo procurar  um especialista Terapeuta Ocupacional para uma avaliação?
Aqui estão alguns exemplos de comportamentos que você pode observar em uma criança com DIS. Seu filho pode ter muitos, ou apenas alguns deles:
 
- Aversão a atividades como água, tomar banho, lavar o rosto e lavar as mãos;
- Aversão de realizar atividades de colagem, argila, massinha, tintas, etc;
- Com dificuldades em correr, pular e saltar;
- Com dificuldades em regular seus ciclos de sono;
- Crianças que mordem ou gostam de ser mordidas;
- Com atraso do desenvolvimento sem comprometimento neurológico aparente;
- Aversão a brincadeiras de movimento e não suportam o parquinho;
- Que não suportam ser abraçadas ou contidas e apresentam choro excessivo ao serem movimentadas ou carregadas no colo;
- Que não conseguem manter a atenção sem que estejam se movimentando, não conseguindo permanecer sentadas;
- Com aversão a determinadas texturas de alimentos e seletivas na alimentação;
- Com dificuldade de manipulação de objetos, na coordenação da escrita, no traçado das letras, na junção das sílabas e na coordenação motora global;
- Que parecem não conseguir brincar sozinhas, não exploram o brinquedo e não criam brincadeiras;
- Com dificuldades de aprendizagem e escrita imatura;
- Que tocam tudo que encontram pela frente, passam a mão pelos corredores, paredes e todas as superfícies quando se locomovem;
- Com dificuldades em determinar a mão dominante ou por vezes parece trocar a dominância de acordo com a localização do objeto a ser manipulado;
- Com auto-estima muito baixa e que se frustram facilmente.




7- O que pode ser feito?

 Quando efetivamente a criança apresenta esta disfunção, é importante recorrer à terapia de integração sensorial. As crianças geralmente aderem muito bem a este tipo de terapia, pois é muito divertida, uma vez que decorre num ambiente clínico lúdico e recorre a equipamentos de que as crianças habitualmente gostam muito, nomeadamente, bolas de diferentes tamanhos, almofadões, uma grande variedade de brinquedos, entre outros. Antes de iniciar a terapia, é feita uma avaliação para detectar os problemas e definir o programa de intervenção. Este programa é delineado por forma a que as atividades a desenvolver com a criança consigam proporcionar desafios adequados, estimulando o desenvolvimento e melhorando o seu desempenho funcional.

Este tipo de intervenção é desenvolvido por terapeutas ocupacionais com especialização nesta área. Estes profissionais desenvolvem  atividades especificas com o seu Perfil Sensorial que estimulam uma melhor integração sensorial.


8-Quais as consequências de uma criança ou adolescente com  DIS sem intervenção terapêutica?

Como consequência, a criança ou adolescente poderá apresentar problemas em sua auto-estima, dificuldade de socializar-se, desvios de comportamento, isolamento e retração. Durante o desenvolvimento, observa-se que bebês com baixo tônus muscular; com desenvolvimento lento e qualidade de movimento abaixo do esperado; crianças extremamente irritadas, agressivas ou impulsivas; com limitações motoras, que apresentem problemas com a coordenação motora e escrita; imaturas ou muito emocionais e adolescentes com problemas de comportamento; pouco organizados; com imaturidade física ou emocional; que não realizam atividades em grupo; demonstrem baixa estima ou falta de iniciativa..

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